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terça-feira, 30 de novembro de 2021

8 Livros Adaptados pela Netflix

 

8 Livros Adaptados pela Netflix

Se vivêssemos num mundo ainda mais cruel do que ele é de facto, e fosse obrigada a escolher entre livros ou filmes e séries, claramente escolheria os livros. Óbvio que pela minha paixão pelos livros, mas também por nos permitirem um exercício puro de imaginação como as versões cinematográficas não permitem tão facilmente. Agora quando aliamos os livros a filmes e séries então estamos perante um mundo perfeito e podemos voltar a sentir o deslumbramento da leitura, agora com rosto, cor e voz. 


Parece-me evidente mas vamos esclarecer: leio sempre o livro antes de ver a adaptação. Isto quando tenho conhecimento que ela existe, claro está. Já aconteceu, inclusive com um dos livros de que irei falar nesta lista, só descobrir que o que estou a ver foi baseado num livro. Quando a série ou o filme são só bonzinhos, não fico a pensar muito nisso, mas quando a adaptação me apaixona tenho de correr atrás do livro para descobrir tudo o que terá ficado de fora. 


Posto isto, é sempre uma alegria quando verifico que mais livros estão a ser adaptados e, graças a isso, acabam por ficar mais populares e mais livros são lidos ao redor do mundo. Autores ganham fama, histórias novas chegam ao nosso conhecimento, novas traduções são feitas e temos mais livros na nossa língua. Em suma, só vantagens, na minha opinião. As plataformas de streaming, e sobretudo a Netflix, são as grandes culpadas desta moda e ao pensar nisso decidi reunir uma lista de livros que foram adaptados para a plataforma tanto no formato de série e de filme. Vamos a eles? 


1. Bridgerton

A série chegou à Netflix em 2020 e já foi renovada para a terceira e quarta temporadas. É uma adaptação dos livros de Julia Quinn, famosos e reconhecidos entre um determinado público, e que agora chegaram a uma audiência mais alargada e que, a ver pelo sucesso da série, adora o enredo. 


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8 Livros Adaptados pela Netflix - Bridgerton

2. 365 Dias

Este foi o filme sensação de 2020 e causou um grande impacto pelo seu conteúdo mais sexual. Para mim, o aspecto mais interessante é que se trata de um filme polaco, adaptado também de um romance de uma autora polaca o que só acrescenta e nos permite fugir dos autores que se popularizam só porque escrevem em inglês. Se ainda não conheces, podes ler a minha opinião sobre o filme


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8 Livros Adaptados pela Netflix - 365 Dias

3. A Última Carta de Amor

Confesso que nunca li nada de Jojo Moyes, mas fico muito contente por ver que a sua primeira adaptação vai chegar à Netflix com este livro de 2012. Talvez seja o incentivo que preciso para começar a ler os seus livros. 


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8 Livros Adaptados pela Netflix - A Última Carta de Amor

4. Rebecca

Estamos perante um livro de 1938 que já foi adaptado noutras alturas e que agora recebe uma nova atenção por parte da Netflix. Ainda não li o livro ou a autora, mas quer-me parecer que terei de ficar atenta a este nome para ver se me dedico à leitura e depois comparar as várias versões. Afinal de contas, quando um livro recebe atenção cinematográfica durante tantos e longos anos, tem de ter algum valor, não achas? 


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8 Livros Adaptados pela Netflix - Rebecca

5. Lupin

Uma série Netflix francesa e que tem estado na boca do mundo. Confesso que ainda não me dediquei a ela porque já não tenho idade para séries inacabadas e para viver a ansiedade de saber quando será lançada cada nova temporada, quando o posso evitar. O livro também era desconhecido mas ficou certamente debaixo de olho. 


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8 Livros Adaptados pela Netflix - Lupin

6. Gambito de Dama

Em 2020, o mundo descobriu o xadrez e ficou fascinado como sempre acontece quando a ficção nos revela um universo do qual não fazemos parte. Este foi um dos casos em que vi a série sem sequer imaginar que existia um livro. E é também um dos casos em que o lançamento e sucesso da série fez com que uma nova edição do livro em português ficasse disponível. Assim, podes ler a minha opinião sobre a série e sobre o livro.


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8 Livros Adaptados pela Netflix - Gambito de Dama

7. A Todos os Rapazes que Amei

Penso que só comecei a ouvir falar do livro quando foi feito o filme pela Netflix em 2018 e desde então outros filmes e outros livros foram lançados com estes protagonistas. Ainda não os vi nem li, mas estão na minha lista com toda a certeza. 


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8 Livros Adaptados pela Netflix - A Todos os Rapazes que Amei

8. Firefly Lane

Kristin Hannah é das autoras mais famosas por cá e é uma grande falha minha nunca ter lido nada dela. Agora, tem uma série na Netflix que já assegurou uma segunda temporada para 2022 e, portanto, já tenho poucas desculpas para continuar a adiar. Será que em 2022 vou conseguir ler este livro?


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8 Livros Adaptados pela Netflix - Firefly Lane


O que achaste desta lista? Conheces todas as adaptações? Quantas viste? E quantas leste? 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

#Séries - A Princesa Branca

 

#Séries - A Princesa Branca

Sinopse

No final da Guerra das Rosas, a princesa Elizabeth, da casa de York, é oferecida em matrimónio a Henry, da casa rival de Tudor, para que a paz possa retornar ao país. Porém, o casamento não vai bem, pois chega aos ouvidos da princesa que Richard, seu irmão perdido, está a conspirar para tomar o poder e reclamar o trono ao qual diz ter direito. 


Opinião 

Depois de ter devorado A Rainha Branca, tinha mesmo de ver o seguimento desta história que irá contar o que aconteceu com Elizabeth de York, que se vê obrigada a casar com o inimigo Tudor, depois do seu tio Ricardo III ter morrido no campo de batalha e ter sido assim derrotado por Henrique. E é precisamente nesse ponto da História que a série começa, com a jovem Elizabeth a debater-se contra o seu destino, recusando a aceitar que é a única saída que lhe irá permitir sobreviver aos Tudor e ocupar o lugar que lhe pertence por direito e por nascimento. 


Tendo em conta que esta série foi baseada no livro A Princesa Branca, de Philippa Gregory, já sabia que não seria particularmente alegre nem existiriam grandes momentos de paixão e amor, como aconteceu com A Rainha Branca, que viveu uma verdadeira história de amor com o seu rei. No seu casamento com Henrique Tudor o interesse era o principal protagonista. E não apenas de Elizabeth, também Henrique tinha todo o interesse em se casar com uma legítima York, que iria legitimar ainda mais os seus descendentes e o seu direito ao trono de Inglaterra. 


Podes ler também a minha opinião sobre Os Tudors


Numa época tão turbulenta e onde as coroas mudavam de cabeça com demasiada rapidez, não podemos desvalorizar a importância de eliminar os concorrentes, verdadeiros ou falsos, e de construir uma dinastia apoiada em alicerces fortes que fosse capaz de resistir ao passar dos anos. No entanto, apesar de ser pontuada por um espírito muito mais negro que a anterior, está longe de ser totalmente fiel ao livro. Depois de ter terminado aquela leitura, fiquei com a sensação de que a vida da princesa branca tinha sido totalmente frustrada pois nunca conseguiu restaurar a sua família, vingar verdadeiramente os seus irmãos mortos na torre, conquistar o amor e a confiança do seu marido, nem ocupar como seria suposto o seu lugar de poder e influência enquanto rainha de Inglaterra. 


#Séries - A Princesa Branca

O seu percurso até ao trono é tortuoso, mas o seu reinado é ainda mais. Os pretendentes ao trono surgem por toda a parte, alguns alegando ser seus irmãos, colocando Henrique sempre com medo, sem confiança da sua posição e da capacidade para a manter. As intrigas estão ao redor de Elizabeth, sendo muitas vezes provocadas pela sua mãe que, para defender o direito dos seus filhos, coloca a filha em perigo, bem como o direito dos netos de herdarem a trono inglês. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre A Princesa Espanhola


No entanto, em A Princesa Branca vemos que, apesar de todas as desconfianças alimentadas pelas intrigas ao seu redor, Henrique acaba por se unir à sua esposa York para combater os seus inimigos que são também os inimigos dos seus filhos. As máscaras das mães de ambos caem e o que lhes resta é contar um com o outro e defender o legado e a vida dos seus. O rimo é alucinante e obriga a devorar cada episódio para descobrir o que se irá passar em seguida. Além disso, o guarda-roupa é espectacular, como vem sendo hábito nestas produções históricas, e o desempenho dos actores é só brilhante. 



Adorei a experiência e só tenho pena de não existirem ainda mais produções dentro deste género e que nos mostrem o imaginário destas épocas longínquas e fascinantes para os amantes de História. E tu? Gostas deste tipo de série? Viste A Princesa Branca? Que outras me sugeres? 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Novidades Literárias para oferecer no Natal

 

Novidades Literárias para oferecer no Natal

Caso andes distraído ou tenhas estado dentro de uma bolha nos últimos tempos, o Natal está quase aí e parece-me que seria avisado começares a pensar nos presentes que tens para comprar. As razões para despachar a coisa rapidamente são inúmeras, como por exemplo, evitar que os bons presentes esgotem e ter de se resignar com o que sobrou ou escapar das filas intermináveis e dos centros comerciais lotados. 


Assim sendo, estamos em época de Black Friday, as promoções aparecem por toda a parte e este pode muito bem ser o momento ideal para despachares a tarefa. Contudo, se fores como eu, não suportas a correria às lojas e, portanto, preferes sempre comprar online, no conforto do teu sofá, sem filas de espera e com todo o tempo do mundo para escolher o presente ideal para cada pessoa da nossa vida. Só que, para mim, este é a altura certa para comprar e oferecer livros às pessoas, porque é algo que, quando bem escolhido, pode se tornar num presente inesquecível. 


Pessoalmente, consigo lembrar-me de alguns livros que me ofereceram e que ficaram para sempre no meu coração. Para te ajudar nesta tarefa e deixar-te o que de mais recente saiu no mercado literário, vou deixar algumas sugestões que podem servir para todos. Desde crianças a jovens, para a mãe, para o pai, para o namorado ou namorada, para a melhor amiga. Em suma, quero acreditar que vais encontrar aqui uma ideia certeira para fazeres um brilharete neste Natal. Aceitas o desafio e vais oferecer livros neste Natal? 


1. Como se fosse um romance, de Mário Augusto

Da invenção dos primeiros projetores até às inovações em efeitos especiais modernas, do cinema mudo aos grandes clássicos dos nossos tempos, esta história abrangente do cinema é para todos os que já se encantaram com uma grande história de amor, riram com uma comédia de Buster Keaton ou se arrepiaram com o realismo científico de 2001: Odisseia no Espaço ou de O Marciano. 

Aqui estão as inovações tecnológicas, de marketing, de financiamento, os avanços e recuos na forma de lidar com estrelas e paparazzi e as inúmeras vidas que a sétima arte vem tendo, numa tentativa de se renovar e manter relevante, mesmo face à poderosa concorrência do streaming. Contudo, esta não é uma história técnica do cinema, mas antes uma pesquisa guiada pela curiosidade e que retrata a iniciativa, o brilhantismo, as paixões, os conflitos e os grandes momentos de 125 anos da sétima arte - com todos os ingredientes de um bom romance, e para ler como tal. 

O livro é ilustrado por André Carrilho.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - Como se fosse um Romance

2. Daisy Jones & The Six, de Taylor Jenkins Reid

Toda a gente conhece os icónicos Daisy Jones & The Six, mas nunca ninguém soube o que levou à sua separação no auge da popularidade...

Até agora.

Durante a adolescência, no final da década de 1960, Daisy Jones descobre a noite de Los Angeles: os bares, as estrelas de rock, o sexo e as drogas. Mas o que ela quer realmente é escrever as suas próprias canções. Com uma voz rouca, uma beleza distintiva e uma atitude confiante, Daisy está no caminho certo para o sucesso. 

Os The Six, a banda dos irmãos Billy e Graham Dunne, começam também a ganhar alguma notoriedade, mas o ritmo da vida na estrada, as groupies e o álcool levam a que Billy comece a descarrilar, tanto em palco como na sua vida pessoal. 

Os caminhos de Daisy e Billy cruzam-se quando o produtor musical da banda decide juntar as duas vozes num dueto, que resulta num êxito estrondoso. A partir daí, os Daisy Jones & The Six começam a tocar em todos os gira-discos, os seus concertos esgotam os recintos e a banda torna-se uma verdadeira lenda. Esta é a história dos primeiros tempos e das noites loucas, mas todos os membros da banda recordam o que aconteceu de maneira diferente. Porque nem sempre é fácil perceber onde acaba a música e começam os sentimentos.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - Daisy Jones & The Six

3. Harry Potter e a Câmara dos Segredos, de J. K. Rowling

Harry Potter mal pode esperar para voltar a Hogwarts depois de um verão solitário e sem magia. Mas o segundo ano escolar estará repleto de novos desafios, desde um arrogante professor, de seu nome Gilderoy Lockhart, passando por um espírito que assombra a casa de banho das raparigas, chamado Murta Queixosa, até à atenção indesejada da irmã mais nova de Ron Weasley, Ginny. 

Porém, todos estes problemas parecem insignificantes quando alguém - ou algo - começa a transformar os estudantes de Hogwarts em pedra. Será Draco Malfoy, um rival cada vez mais perigoso, o responsável? Poderá ser Hagrid, cujo misterioso passado é finalmente revelado? Ou o culpado será aquele de quem toda a escola suspeita? O próprio Harry Potter?

Com fantásticas ilustrações e elementos interativos em papel criados pelo premiado estúdio MinaLima, esta edição do segundo volume da saga Harry Potter irá certamente deslumbrar leitores de todas as idades. 


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Descobre também a edição comemorativa do 20º aniversário de Harry Potter e a Pedra Filosofal


Novidades Literárias para oferecer no Natal - Harry Potter e a Câmara dos Segredos

4. Separados de Fresco, de Ana Garcia Martins e David Cristina

Em Portugal, 70% dos casamentos acabam em divórcio. Portanto, se está a começar uma relação, ou a pensar casar, compre este livro, para não lhe acontecer o mesmo que aos autores. Ana Garcia Martins e David Cristina separaram-se recentemente. Não um do outro, porque estavam casados com outras pessoas, mas terminaram os respectivos casamentos e, num exercício catártico (mas também por dinheiro, claro), criaram um podcast para falarem sobre todas as causas e consequências das separações e dos divórcios. O êxito foi tal, que chegou a número 1 em Portugal e deu origem a espectáculos ao vivo. Agora, surge em formato livro, misturando na perfeição seriedade e humor. No fundo, trata-se de uma espécie de livro de autoajuda, mas bom. E útil. E divertido. 

A dificuldade da decisão, os medos e as expectativas, a dor e a depressão, os filhos, os amigos, a família e, claro, questões tão importantes como o regresso ao mercado ou a psicoterapia são abordados nestas páginas. Ana Garcia Martins e David Cristina contam o que viveram, na expectativa de que isso possa servir de conforto a quem lê. Nunca de inspiração. Aliás, os autores garantem que, se os leitores fizerem tudo como eles fizeram, só serão bem-sucedidos na arte de alcançar a separação. Mas não se preocupe. Há vida depois do divórcio. Só que é uma merda.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - Separados de Fresco

6. À Dentada, de Rita Nascimento

Estas pequenas porções de delícias alegram qualquer hora do chá, qualquer pausa para o café... qualquer momento, na verdade. E é inacreditável o que se pode fazer com algumas bases simples.

Rita Nascimento, autora dos bestsellers A Vida Secreta dos Gelados Caseiros e Um Bolo por Semana, apresenta agora todas as dicas e técnicas de que precisa para ter sempre em casa uma lata cheia de alegria. 

Desde as tradicionais (broas, areias, esses, fidalguinhos, telhas) até às cosmopolitas (cookies americanas, sablés, rugelach, linzer) e das clássicas incontornáveis (joaninhas, línguas de veado, bolachas de manteiga) àquelas famosas da lata azul... para devorar até à última migalha. 

Inclui opções sem glúten, lactose ou ovo. 

Aviso: Este livro vai encher a sua casa e a sua vida de migalhas.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - À Dentada

7. O Porquinho de Natal, de J. K. Rowling

O Jack adora um brinquedo que tem desde que era muito pequeno, o DuPoco, também conhecido como DP, que esteve sempre ao seu lado, nos bons e nos maus momentos. Até que, numa véspera de Natal, algo terrível acontece: o DP perde-se. 

Mas a véspera de Natal é a noite dos milagres e das causas perdidas, uma noite em que todas as coisas podem ganhar vida... até os brinquedos. Por isso, o Jack e o Porquinho de Natal (o substituto do DP, que é muito irritante) embarcam numa viagem de cortar a respiração pela mágica Terra dos Perdidos. 

Com a ajuda de uma Lancheira falante, uma Bússola corajosa e uma coisa com asas chamada Esperança, eles tentam salvar o melhor amigo que o Jack alguma vez teve das garras do Perdedor, o terrível papa-brinquedos... 

De uma das maiores contadoras de histórias do mundo, chega uma aventura comovente e apaixonante que fala sobre o amor de uma criança pelo seu brinquedo preferido e até onde está disposta a ir para encontrá-lo. Com ilustrações deslumbrantes de Jim Field, O Porquinho de Natal irá seguramente tornar-se um clássico para toda a família.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - O Porquinho de Natal

8. O Mais Belo Fim do Mundo, de José Eduardo Agualusa

Entre 2018 e 2021, o que mudou na nossa vida, o que transformou - para o melhor e para o pior - o nosso mundo? Neste livro, José Eduardo Agualusa reúne contos, crónicas e apontamentos diarísticos escritos (e publicados na imprensa brasileira e portuguesa) durante esse período. São textos que refletem os tempos estranhos, convulsos e um tanto misteriosos que temos vivido, ao mesmo tempo que procuram lançar alguma luz sobre os dias que ainda não chegaram. Caminhando entre a ficção e o ensaio, sem grande preocupação de respeitar fronteiras (pelo contrário, explorando a terra de ninguém que fica entre as fronteiras), O Mais Belo Fim do Mundo divide-se entre crónicas, contos e textos onde se fica nesse limite entre a actualidade e o futuro, entre o passado e os tempos em que refletimos sobre ele. 

Assim, há a memória de livros que despertam uma recordação, viagens interestelares, pastores no deserto, árvores, filmes e música, vidas de escritores, a memória da covid, cidades que não se esquecem, generais que não gostam de guerra, gatos, a presença de pessoas cuja vida dava para um romance, viagens que já são impossíveis, hipopótamos no mar, medos que esvoaçam como fantasmas. Uma ideia sobre como, apesar das tragédias, o mundo não termina.


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - O Mais Belo Fim do Mundo

9. O Livro da Arte

O que torna algo uma obra de arte? De que modo os antigos gregos deram forma ao ideal de beleza? Será que a cor exerce uma influência directa na alma? Este livro analisa estas e outras questões, explorando os principais movimentos, temas e estilos da história da arte através de mais de duzentas obras de uma ampla variedade de meios de comunicação. 

Escrito numa linguagem simples, O Livro da Arte traduz o jargão da história e teoria da arte e está repleto de imagens das grandes obras de arte mundiais e de infográficos engenhosos que exploram as ideias por detrás delas. Das imagens pré-históricas que simbolizam a fertilidade às videoinstalações contemporâneas, este é o livro perfeito para a introdução ao mundo da arte. 

Quer o leitor seja um estudante de arte, ou simplesmente um ávido visitante de museus e galerias, irá encontrar um novo olhar sobre obras de arte já conhecidas e novos tesouros. 


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Novidades Literárias para oferecer no Natal - O Livro da Arte

10. Branco Letal, de Robert Galbraith

Quando Billy, um jovem problemático, procura Cormoran Strike para o ajudar na investigação de um crime que ele pensa ter testemunhado ainda criança, o detective Strike fica muito impressionado. Embora Billy tenha problemas mentais evidentes e não se consiga lembrar de grandes pormenores, há algo de sincero nele e na história que conta. Mas, mesmo quando Strike começa a querer interrogá-lo, Billy foge do seu escritório em pânico. 

Para tentar perceber realmente a história de Billy, Strike e Robin Ellacott - antiga assistente e agora sócia na agência - partem numa busca tortuosa pelas ruas do submundo de Londres, chegam a um refúgio secreto dentro do Parlamento e, depois, a uma bela e sinistra mansão no interior do país. 

Durante esta investigação labiríntica, a vida de Strike também não está nada fácil: graças à sua recente fama como detective privado, já não consegue passar despercebido. Além disso, a relação com Robin está mais tensa do que nunca - sim, ela é essencial aos negócios de Strike, mas o relacionamento pessoal que mantêm é muito mais complicado. 

Épico e fascinante, este é o novo episódio da história de Cormoran Strike e Robin Ellacott, aclamada pelos leitores e pela crítica. 


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Podes ler a minha opinião sobre este livro, Lethal White, antes de existir esta tradução. 


Novidades Literárias para oferecer no Natal - Branco Letal

Gostaste das sugestões? Qual e a quem vais oferecer neste Natal? Qual gostarias de receber? 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

#Places - Oficina da Francesinha

 

#Places - Oficina da Francesinha

Quero começar por dizer que, nesta altura do campeonato, já precisava de ir de férias novamente e, como ainda não será possível para mal dos meus pecados, tenho de me contentar em relembrar as últimas e os lugares incríveis que conheci. E que modo melhor de relembrar do que partilhar contigo estes sítios especiais para que possas visitá-los também? Não é melhor do que poder lá voltar agora, mas em comparação com estar aqui agarrada à rotina profissional, parece-me que roça a perfeição. 


Desta vez, vamos conversar sobre a Oficina da Francesinha, que fica em Santa Maria da Feira, onde existem muitos restaurantes que fazem boas francesinhas, mas dificilmente vais encontrar um lugar onde se reúnem tantas qualidades gastronómicas, estéticas e de bom atendimento. Apesar de ter ido em Setembro, já sabemos que a Norte o Inverno chega mais cedo e este espaço, apesar de ser pequeno no interior, tem ainda uma esplanada espectacular e protegida que nos permitiu jantar no exterior sem grandes problemas com o frio ou com a chuva. 


Podes ver também a minha visita ao Mestre Cervejeiro


Como o nome indica, a especialidade da casa são as famosas francesinhas, embora possas comer outras coisas, caso assim prefiras. Contudo, a minha recomendação é que vás mesmo no prato que dá o nome a este restaurante porque vais ter uma agradável surpresa com a qualidade do que te vão pôr à frente. Estamos perante uma francesinha muito bem montada, com as quantidades certas e com produtos de qualidade e, o mais importante sempre, um molho delicioso, consistente e que dá vontade de comer à colher. 


#Places - Oficina da Francesinha

As batatas fritas, que precisam de ser pedidas à parte, também são entregues no ponto certo e ajudam a aproveitar ainda mais e melhor este molho tão bom. É verdade que não é um molho tão único e característico como o do Tudo aos Molhos nem tão pouco pode substituir a melhor francesinha de todo o mundo, que se come na Taberna Belga, para quem não sabe. Contudo, para quem quer uma opção acessível, na região da Feira e com a qualidade que se exige a este prato típico, a Oficina da Francesinha é o lugar certo. 


Podes conhecer também o Xiripitti Adega Caffé


Para acompanhar esta iguaria gastronómica, escolhemos a bebida da moda, que é como quem diz, uma sangria de maracujá. Ando viciada nesta bebida e sempre que a encontro nas ementas tenho de pedir. Esta estava deliciosa, fresca, doce na medida certa para não se tornar enjoativa. Em suma, foi uma combinação perfeita de sabores, com a melhor companhia possível e num espaço super bonito, moderno e inspirador. O que significa que estou certa de lá voltar, embora só vá ser possível que aconteça em 2022. 


#Places - Oficina da Francesinha | Sangria de Maracujá

Gostas de francesinhas? Onde costumas comer as melhores? Conta-me tudo nos comentários! 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

#Livros - Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll

 

#Livros - Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll

Sinopse

Um clássico maravilhoso que continua a fascinar crianças e adultos em todo o mundo. 


Desde o momento em que Alice vê um coelho branco a correr apressado, vestido com um elegante colete e a usar um relógio, ela toma uma decisão que a vai fazer viver as mais incríveis aventuras e conviver com as mais excêntricas personagens: segue-o sem hesitar. Esta menina curiosa, valente e impulsiva vai conhecer um mundo completamente diferente, em que animais e objectos se comportam como gente e onde ela própria deixa de saber bem quem é. Há tanta coisa absurda e Alice sofre tantas transformações, que começa a mudar a forma como se vê a si própria e o que a rodeia. Ao contrário da educação rigorosa que a tinha ensinado a seguir ordens e direcções, estas personagens encorajam-na a ser livre de convenções e a viver aventuras e conhecer coisas novas, sem destino traçado. 


Opinião

Até parece mentira, mas a verdade é que nunca tinha lido este clássico da Literatura infanto-juvenil. Os anos foram passando e, fruto da história ser tão popular que todos pensamos conhece-la, acabei por deixar passar este livro sem o ler quando era mais nova. Isso e também a minha mania de querer ler os livros dos adultos, são as principais razões que me levaram a adiar esta leitura tão mágica e especial. 


O livro é curto e és bem capaz de o ler de uma assentada durante uma tarde bem passada e em boa companhia, tantas são as personagens fantásticas e familiares que o povoam. A visita ao País das Maravilhas, pelos olhos de Alice, é acidentada, tortuosa, por vezes confusa, mas sempre, sempre divertida. Desde que, pela primeira vez, se cruza com o Coelho Branco, ficamos presos a esta sua viagem por um universo onde a lógica que conhecemos não se aplica e não é possível não querer saber para onde irá a seguir e que peripécias vão acontecer. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Contos de Grimm para todas as idades


Depois de cair na toca do coelho, descobrimos que não existem impossíveis e que o que imaginamos pode e vai acontecer como se fosse a coisa mais natural do mundo. É um exercício para nos desprendermos das amarras da razão e permitir que o non-sense entre, nos invada e a fantasia seja completa, bem como o prazer da leitura seja total. No fundo, assistimos à tentativa de Alice de encontrar a lógica em todos os acontecimentos que se sucedem, embora nem sempre tenha sucesso tal é o absurdo. 


"Se conhecesses o Tempo tão bem como eu - disse o Chapeleiro -, não falavas assim nesse tom. O Tempo não é uma coisa qualquer, é uma pessoa de respeito."


Estamos perante uma discussão quase filosófica sobre o tempo e a forma como o vemos, só que escondido dentro de um livro aparentemente para crianças. Ao se ver num mundo que não compreende, onde os seus conhecimentos parecem não ser de nenhuma utilidade, sem conhecer as regras que o regem, Alice acaba por tudo em causa, chegando a questionar-se inclusivamente sobre quem é ela, se será a mesma que acordou nessa manhã em sua casa ou se será agora outra Alice. 


Podes ler também a minha opinião sobre Mitologia Nórdica


Além das circunstâncias referidas acima que podem ter provocado essa sensação na Alice, o que também pode ter influenciado são as consecutivas alterações de tamanho da nossa protagonista. A loucura que seria poder dar uma dentada num cogumelo ou beber um qualquer líquido não identificado e crescer ou diminuir sem parar. Parece-me razão suficiente para fazer uma pessoa repensar tudo o que acha que sabe e conhece como verdadeiro. 


"Toda a assistência se pôs a bater palmas, ao ouvir estas palavras, pois era a primeira coisa inteligente que o Rei dizia nesse dia."


Se ainda não leste Alice no País das Maravilhas, vais descobrir que se trata de um livro com várias camadas e onde vais encontrar também algumas críticas subtis à sociedade vitoriana da época. É perfeito para leres aos teus filhos antes de dormir, ou para ti, pessoa adulta, ir visitar o País das Maravilhas e lembrar a infância, quando a fantasia nos permitia acreditar em qualquer coisa, desde que a imaginação nos levasse. 


Pela parte que me toca, depois de ter lido o livro e visto o vídeo da Tatiana Feltrin, só quero pegar no Alice do Outro Lado do Espelho e descobrir o que o autor fez com a continuação da sua história. No entanto, se ainda precisas de mais incentivos para leres este livro, vai ver o vídeo do Literatura Fundamental e deslumbra-te com tudo o que ainda falta dizer sobre esta obra icónica e revolucionária. Agora conta-me tudo nos comentários: Já leste Alice? O que achas da obra de Lewis Carroll? 


Podes encomendar o teu exemplar através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e assim contribuir para as próximas leituras deste blog


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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

#Séries - A Rainha Branca

 

#Séries - A Rainha Branca

Sinopse

Na Inglaterra de 1464, antes da Dinastia Tudor assumir o poder, a luta pelo trono era travada entre dois lados da mesma família: os York e os Lancaster. Dos York, o jovem e belo Eduardo IV é coroado rei, com a ajuda do manipulador Lord Warwick. Mas quando ele se apaixona por Elizabeth Woodville, do clã Lancaster, todo o plano de Warwick pode ir por água abaixo. Uma história de amor, sedução, assassinato e traição de uma das eras mais turbulentas da Inglaterra, contada pela visão de três mulheres tão belas quanto fortes: Elizabeth Woodville, Margaret Beaufort e Anne Neville. 


Opinião 

Todos sabem que adoro romances históricos e sou mega fã de Philippa Gregory e, como tal, não poderia ficar indiferente a uma série que foi baseada em três livros desta autora incrível. A série não é das mais recentes dentro do género, mas estava com vontade de a ver e sem tempo livre para a ver assim de uma assentada, como sei que ia querer assim que a começasse. Portanto, quando voltei das férias, aproveitei os últimos cartuchos e as folgas seguintes para devorar todos os episódios. 


Tudo começa com a vitória dos York que coloca no trono Eduardo IV, tudo com uma visão mais solar e iluminada que me fez muito lembrar o Rainha Branca e o seu tom mais alegre, mesmo que tendo momentos mais sombrios e menos felizes. Apesar de estarmos perante uma rainha que foi muito amada pelo seu marido e que com ele conseguiu ser feliz, ter filhos lindos e saudáveis e reunir uma corte alegre, Elizabeth Woodville está longe de ter sido uma figura unânime em Inglaterra. 


Podes ver também a minha opinião sobre Os Tudors


Como não podia deixar de ser, outra figura de destaque na série é Margaret Beaufort, mãe do futuro Henrique VII e a verdadeira fundadora da dinastia Tudor. Tal como acontece na Rainha Vermelha, é na cabeça desta mulher que nasce o sonho de se tornar mãe de rei, uma vez que se torna na única forma de alcançar a grandeza que acredita merecer, mesmo quando a votaram ao esquecimento e a tentaram menorizar e afastar dos lugares de decisão. 


#Séries - A Rainha Branca

O terceiro vértice deste triângulo de figuras essenciais para contarem o mesmo período histórico, é o Lord Warwick com as suas filhas, tornadas peões para cumprir os desejos de ambição do seu pai. Tal como na Filha do Conspirador, Anne Neville mostra a sua visão, partilhando o medo pela Rainha Branca, Elizabeth Woodville, resultado do que ouviu em sua casa durante toda a sua vida. Torna-se numa mulher corajosa mas atormentada pelos medos que acometem todos os que alcançam o poder. A sua ascensão até ao trono é lenta e tortuosa, mas não deixa de ser real e cumpre o sonho do seu pai. 


Podes ver ainda a minha opinião sobre A Princesa Espanhola


Em suma, acompanhamos o reinado de Eduardo IV e, em seguida, o do seu irmão, o famoso Ricardo III, mostrando o contraste entre ambos e destacando um dos episódios mais marcantes e icónicos da Guerra dos Primos ou das Rosas, como posteriormente ficou conhecida. No entanto, o aspecto mais interessante da série, tal como aconteceu com os livros de Gregory, é o destaque merecido que dá às mulheres cujo papel no desenrolar dos acontecimentos está longe de ser passivo e submisso. 



Pela minha parte, só posso recomendar muito A Rainha Branca, para todos os que apreciam romances históricos, o período que gira em torno da Inglaterra Tudor e boas histórias no geral. O elenco é fantástico, com performances incríveis, tendo todos conseguido encarnar muito bem os personagens históricos. Sem esquecer o figurino que é de cortar a respiração e ajuda a transportar-nos para a época de uma forma espectacular. 


Costumas ver este tipo de séries? Já viste A Rainha Branca? Gostaste da experiência? Ou preferes os livros de Philippa Gregory? 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

#Livros - O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway

 

#Livros - O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway

Sinopse

Santiago, um velho pescador cubano, está há quase três meses sem conseguir pescar um único peixe, quando o seu isco é finalmente mordido por um enorme espadarte. O peixe imponente resiste, arrasta a sua canoa cada vez mais para o alto mar, na corrente do Golfo, e obriga a uma luta agonizante de três dias que o velho Santiago acabará por vencer, para logo se ver derrotado. 


Com uma linguagem de grande simplicidade e força, Hemingway retrata nesta aventura poética a coragem humana perante as dificuldades e o triunfo alcançado apesar da perda. Comovente romance, obra-prima de maturidade de Hemingway, O Velho e o Mar recebeu o Prémio Pulitzer em 1953 e desempenhou um papel essencial na obtenção pelo seu autor, um ano mais tarde, do Prémio Nobel da Literatura. 


Opinião

Só para veres como sou uma pessoa bem comportada, já vou no segundo livro lido dentre os que comprei na Feira do Livro de Lisboa e não podia estar mais satisfeita. Queria muito ler Ernest Hemingway e por isso não resisti a ter este livro na estante e não lhe pegar logo que possível. Claro que ser um livro curto ajuda muito e ter passado à frente de outras opções, mas isso é só mais uma qualidade que podemos atribuir a esta obra. Menos de cem páginas que compõem um livro escrito de forma magistral e onde nada está em excesso. 


Não vais encontrar adjectivos desnecessários ou descrições para além das necessárias para se compreender as personagens, sobretudo Santiago, e entender o enredo. É uma história aparentemente simples, mas profunda, repleta de significados que nos tocam ao coração e à sensibilidade de todos os que se conseguem emocionar e relacionar mesmo que seja com personagem ficcionais e ambientes que podem não ser aqueles onde nos movimentamos. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Triunfo dos Porcos


Aqui, em O Velho e o Mar, somos apresentados à vida dos pescadores cubanos e de Santiago em particular, um velho pescador que está a passar por um período longo de má sorte no mar. Os dias sucedem-se sem que consiga trazer para casa um só peixe e a solidão do seu trabalho só é interrompida pela ajuda de um rapaz, muito jovem mas que nutre pelo velho pescador uma admiração imensa, que também é resultado de ter sido com este homem que aprendeu o ofício, tendo sido afastado dele profissionalmente pelos seus pais que lhe ordenaram seguir com outros barcos mais bem aventurados no mar. 


"Já não sonhava com tempestades, nem com mulheres, nem com grandes acontecimentos, nem com grandes peixes, nem com lutas, nem com provas de força, nem com a sua mulher. Sonhava apenas com lugares e os leões na praia." 


Até que chega o dia em que acompanhamos a partida de Salvador para o mar e a sua aventura em águas mais afastadas da costa. Um relato que poderia ser aborrecido para quem não aprecia ou está de alguma forma familiarizado com a vida de pescador, torna-se, pela escrita de Hemingway, num poema escrito em prosa que nos transporta para um universo mágico onde os valores e a coragem são mais importantes que tudo o resto que rodeia Salvador. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Estrangeiro


Os seus pensamentos durante os três dias que duram a sua aventura depois de pescar um espadarte enorme são partilhados e revelam o enorme respeito que tem pelos peixes e pelo mar, bem como pela sua profissão. Além de que nos mostram a fibra de ferro que compõe o seu carácter e que lhe permite sobreviver sem desistir da sua conquista, mesmo quando tudo parece correr mal e as forças físicas lhe começam a falhar. É um testemunho de resistência, de coragem, de resiliência e respeito pela Natureza. 


"Mas o homem não foi feito para a derrota - disse. - Um homem pode ser destruído, mas não derrotado." 


Para terminar, só posso dizer que fiquei rendida ao talento de Ernest Hemingway e já quero ler tudo o que escreveu. Este livro vale a cada página, a cada palavra, todo o tempo que dedicamos à sua leitura. Se procuras um livro curto, mas intenso e profundo, que te marque por muito tempo, mesmo depois de teres terminado, esta é a escolha certa. No entanto, se ainda precisas que te convençam sobre as qualidades deste livro, vê o vídeo da Tatiana Feltrin


Já leste alguma coisa de Ernest Hemingway? Que livros do autor te fascinam? 


Encomenda o teu exemplar através dos links abaixo, sem quaisquer custos adicionais para ti, e contribui para as próximas leituras deste blog


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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

#Places - Mestre Cervejeiro

 

#Places - Mestre Cervejeiro

Nas últimas férias de 2021 tive oportunidade de conhecer alguns lugares muito especiais e hoje vou partilhar contigo uma dessas experiências incríveis. Trata-se de um espaço único e cheio de personalidade, com propostas gastronómicas deliciosas e com um atendimento de excelência. Isto é apenas um resumo porque muito mais há para dizer sobre o Mestre Cervejeiro. 


Este espaço abriu, segundo sei, pouco antes da pandemia, e apresenta um conceito muito variado, onde podemos petiscar, jantar ou beber um copo, tendo com frequência música ao vivo. Em Fermelã, na zona de Estarreja, tem ainda uma esplanada espectacular que faz as delícias no Verão. O interior tem também uma decoração muito original e que dá um toque único ao ambiente e nos faz sentir muito bem, tal como acontece com todo o staff que nos trata de modo exemplar. 


Descobre ainda a Hamburgueria Fidalgo


Tudo começou com uma carta de entradas de nos deixar de água na boca. O difícil é escolher o que pedir, porque a vontade é mandar vir um de cada. O problema é que depois não se conseguiria ter espaço para comer as deliciosas carnes que por lá se servem ou as sobremesas repletas de ovos moles que nos deixam desejos só de olhar, quanto mais de comer. 


#Places - Mestre Cervejeiro

Nesta primeira visita, experimentei umas batatas fritas com queijo, bacon e molho de francesinha - absolutamente divinais! - e umas bolas de alheira acompanhadas por queijo da serra, que eram deliciosas e viciantes. A carta de vinhos é bem curta e depois de experimentar o maduro branco e o verde, o primeiro venceu e convenceu. No entanto, o foco está, como o nome indica, nas cervejas artesanais, o que não aprecio e por isso não me vou pronunciar. 


Vê também a minha opinião sobre o Xiripitti Adega Caffé


A oferta de carnes maturadas é muito específica e para nós, novatos no assunto, era difícil escolher qual a melhor opção face aos gostos diferentes de cada um. Assim, optámos por pedir a opinião do Chef e foi ele que nos ajudou a escolher uma peça com uma maturação média, de forma a não estranharmos assim tanto o sabor da carne. E que experiência espectacular, meus amigos! Fiquei com a firme convicção de que irei regressar para saborear as outras peças e os outros períodos de maturação. 


#Places - Mestre Cervejeiro

Por fim, temos as sobremesas que são qualquer coisa, também visualmente, e que, como disse anteriormente, têm os ovos moles como estrela da festa. Confesso que nem consegui impedir que a malta esperasse pela foto, dado que pedimos várias opções diferentes para todos provarmos um pouco de cada. Portanto, aconselho-te a deixares algum espaço no estômago para a sobremesa quando visitares o Mestre Cervejeiro. Aliás, tudo o que por lá se faz vale a pena e nos deixa uma memória de sabor impressa e que nos obriga a querer voltar. 


Conheces este espaço? Aceitas o convite para ir visitar o Mestre Cervejeiro?  

terça-feira, 2 de novembro de 2021

#Livros - Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

 

#Livros - Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Sinopse

Memórias Póstumas de Brás Cubas representa um marco decisivo tanto no desenvolvimento da obra do seu autor como na evolução da literatura brasileira. Rompendo com o estilo Romântico dos anteriores livros de Machado de Assis, é considerado o romance inaugural do Realismo brasileiro. 

Publicado originalmente em folhetim, em 1880, na Revista Brasileira, saiu em livro em 1881, causando espanto à crítica da época: a obra era extremamente ousada do ponto de vista formal e apresentava as mais radicais experimentações na prosa brasileira até então, rompendo definitivamente com as fórmulas consagradas pelo Romantismo. Narrado por um defunto, o romance apresenta uma visão irónica do mundo e das pessoas, numa crítica mordaz à hipocrisia reinante. Livre e descomprometido com a sociedade, Brás Cubas, o narrador, revela e analisa não só os motivos secretos do seu próprio comportamento como também põe a nu as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu. Um retrato da elite carioca do final do século XIX: uma burguesia rica com anseios de nobreza. 

Fiel ao humor, à ironia e também à liberdade do texto machadiano, e antecipando procedimentos modernistas e descobertas da psicanálise, Memórias Póstumas de Brás Cubas elevou a literatura brasileira a um patamar que esta jamais havia atingido. 


Opinião

Este será o primeiro livro lido da remessa de compras que fiz na Feira do Livro de Lisboa de 2021 e precisamente porque não resisti a começar pelo incontornável Machado de Assis. Ao contrário do que se passa no Brasil e bem, nunca li Machado na fase escolar e esta foi uma descoberta literária da vida adulta que tem sido espectacular. Aliás, tenho até dificuldade em entender a malta que não gosta do autor e deduzo que sejam traumas da adolescência como por cá acontece com Eça de Queirós ou Camilo Castelo Branco. 


Pois que desta vez peguei em mais um livro obrigatório dentre a obra de Machado de Assis e que tem uma premissa para cima de espectacular. Isto porque estamos perante um livro narrado na primeira pessoa, em tom de memórias, como se costuma fazer mais perto do final da vida, só que, neste caso particular, Brás Cubas já está morto quando decide que é o momento de passar uma parte da eternidade que tem pela frente a escrever as suas memórias, desde a infância até à morte. 


Podes ler também a minha opinião sobre Dom Casmurro


Esta ideia parece tão desparatada mas funciona de forma inacreditável ao longo de todo o enredo. O tom é irónico e mordaz e remete-nos para a fase mais realista de Machado de Assis, com a sua mestria na escrita e na capacidade de nos prender ao longo de cada capítulo. Quando penso que isto foi inicialmente publicado folhetim fico a pensar na ansiedade que seria ter de esperar pelo capítulo seguinte para perceber para onde iria esta história. 


"Ao cabo, era um lindo garção, lindo e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com eles nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros."


Como não podia deixar de ser, até para causar verdadeiro impacto, tudo começa pela narração da morte de Brás Cubas e dos poucos dias que antecederam esse momento. Talvez seja este o factor determinante para nos sentirmos compelidos a continuar a ler e descobrir a vida que este homem viveu que levou que o seu leito de morte fosse aquele e não outro. E, sobretudo, a entender quem realmente é Virgília e que papel teve na vida de Brás Cubas. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Alienista


Esta mulher misteriosa surge no seu leito de morte, logo no início do livro, acompanhada pelo filho, por quem Brás Cubas logo revela não nutrir simpatia, e deixa-nos perceber da importância que esta mulher teve na sua vida e que existe um passado intenso que partilharam e que a leva a visitá-lo naquele momento doloroso. Como acompanhamos a infância de filho mimado e a adolescência rebelde e de descoberta, ainda demora um pouco até a conhecermos e entendermos a ligação entre os dois. No entanto, essa demora está longe de ser aborrecida porque o que é contado é interessante, engraçado e está repleto de críticas veladas e irónicas, que tornam a leitura um prazer enorme. 


"Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. (...) Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados."


Mas que homem era Brás Cubas? Estamos perante um menino nascido numa família que procura mostrar-se mais importante e antiga do que de facto é e cujo pai tinha para ele grandes planos de grandeza, que acreditava que seria este menino adorado que levaria o nome Cubas ainda mais longe e mais alto. Cresce mimado e indisciplinado, até que cresce e se apaixona por uma mulher de vida fácil e com ela gasta o que os pais lhe dão e o que ainda não tinha herdado. Marcela leva-o a cometer as loucuras de amor, que são mais de luxúria do que qualquer outra coisa. No fundo, é um homem que queria ser tudo e acabou por não alcançar nada do que esperavam dele nem o que o próprio almejava para si. 


Em suma, foi uma leitura incrível como Machado de Assis me tem vindo a habituar e só posso aconselhar lerem tudo o que este homem escreveu e este livro em particular. Já leste alguma coisa do autor? Qual o teu livro favorito de Machado? 


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