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terça-feira, 29 de junho de 2021

#Livros - O Manuscrito de Birkenau, de José Rodrigues dos Santos

 

#Livros - O Manuscrito de Birkenau, de José Rodrigues dos Santos

Sinopse

Auschwitz é o ponto de encontro entre duas figuras singulares. Uma é o Grande Nivelli, o mágico judeu deportado para o campo da morte. A outra é Francisco Latino, o legionário português recrutado pelas SS. Os russos aproximam-se e os nazis preparam-se para o massacre final. Com o fim à vista, o judeu e o português vão unir forças para sobreviver. Ao mesmo tempo, a magia do Grande Nivelli irá desempenhar um papel central no maior acto de resistência contra o Holocausto. 

A revolta de Auschwitz. 
O Manuscrito de Birkenau conclui a espantosa história iniciada em O Mágico de Auschwitz e revela-nos a Shoah como nunca foi contada. Baseando-se em acontecimentos verídicos e em personagens reais, José Rodrigues dos Santos transporta-nos ao coração do grande campo da morte nazi e desvenda-nos o papel do misticismo e do esoterismo na Solução Final. 

Opinião

E a curiosidade venceu toda e qualquer reticência que pudesse ter sobre a continuação desta saga passada nos tempos aterradores da Alemanha Nazi. Como já disse anteriormente, o primeiro livro não me arrebatou como estava à espera tendo em conta o seu autor e o tema. Volto a confessar que esperava melhor, tanto do enredo como das próprias personagens. 

Depois de uma curta pausa, até porque imaginava que o desenrolar da trama ia trazer acontecimentos ainda mais sombrios, regressei para descobrir o que ainda faltava descobrir sobre os destinos de Levin e de Francisco. E, tal como aconteceu com os últimos capítulos do livro anterior, este tem um ritmo muito melhor e prende-nos à trama de forma mais intensa e profunda. 

Podes ler também a minha opinião sobre O Mágico de Auschwitz

Depois de Francisco chegar a Auschwitz e encontrar a sua noiva aprisionada por sua causa, o choque é enorme ao deparar-se com uma sombra da mulher que conheceu. Os meses que Francisco passou a treinar para se tornar um SS, foram pesados para a sua amada e os resultados não eram nada bonitos de se ver. As descrições são difíceis de ler e assimilar toda a miséria humana que se multiplica pelos diferentes campos de extermínio. 

"Sabiam a partir dessa noite que tinham encontro marcado com a morte, conheciam até a data em que isso aconteceria, sentiam um medo terrível e daí em diante pensariam nisso a toda a hora. Seria uma obsessão, uma nuvem, uma sombra."

Por seu lado, Levin encontra-se no campo das famílias, com uma falsas sensação de segurança, acreditando que estava a salvo face ao que acontecia à sua volta. Contudo, a dada altura é informado que será feita uma transferência do seu grupo e, sabendo o que isso significava, o medo de enfrentar a morte é inevitável, tanto por si como pela esposa e pelo filho. 

Podes ler ainda a minha opinião sobre Imortal

É o propósito de sobreviver e de fugir da morte que parece inevitável que os acaba por juntar de um modo, óbvio para o leitor, mas inesperado para Levin que se vê envolvido num plano improvável para escapar à morte certa. Francisco encontra em Levin um aliado que lhe irá permitir, com muitas dificuldades e obstáculos, resgatar a sua noiva para um lugar mais confortável onde as probabilidades de sobreviver sejam maiores. 

"Aqueles SS geriam um verdadeiro inferno, eram a máquina que fazia que Birkenau fosse Birkenau; viam e faziam o que mais ninguém vira e fizera a não ser nos campos comunistas da Rússia, e isso colocava-os no limite da sanidade. Poucos tinham ido tão longe no extermínio de seres humanos. Encontravam-se no abismo da noite mais profunda."

Existe um mistério que só no final é revelado e que, apesar de mal encoberto, não deixa de nos emocionar. É uma leitura pesada, impossível não ser quando trata de Auschwitz e Birkenau, mas está longe de ser arrebatador ou de estar perto dos melhores livros escritos por José Rodrigues dos Santos. Ainda assim, se gostas do tema e do autor, não deixes de ler este enredo. Costumas ler José Rodrigues dos Santos? Qual o teu favorito? 

Podes adquirir o teu exemplar através dos links abaixo e ajudar, sem custos adicionais para ti, as futuras leituras deste blog


quinta-feira, 24 de junho de 2021

#Séries - Friends


#Séries - Friends

Friends é aquela série que toda a gente com mais de trinta anos certamente conhece e tornou-se numa série de culto para toda uma geração que idolatra as personagens icónicas e com as quais todos nos identificamos de alguma forma. Confesso que só tinha visto episódios soltos quando ainda passava na TVI e sentia que estava em falta na minha cultura POP, ver esta série como deve de ser, ainda mais depois de terem anunciado o lançamento da Reunião do elenco passados tantos anos do seu término. 

Podes ver também a minha opinião sobre New Girl

Foi assim que decidi dedicar-me a ver todos os episódios das dez temporadas na ordem devida e de seguida. E que viagem incrível, minha gente! Estamos a falar de uma série cujo primeiro episódio foi transmitido em 1994 e o último em 2004 e envelheceu tão bem que mal se nota. O facto de estar focada nas relações de amizade e de amor, que são temas intemporais, ajuda muito, é certo, mas nota-se também a qualidade do argumento e o brilhantismo das interpretações. 


#Séries - Friends

Os actores transformam-se claramente nas personagens que interpretam e quase nos fazem esquecer que estamos perante ficção, tanta é a verdade que colocam nos seus papéis. A ligação entre todos é incrível de assistir e são o espelho do que as verdadeiras amizades deveriam ser, revelando conflitos, reconciliações e até o nascer do amor. Sei que para muitos, o casal Rachel e Ross é o favorito da vida e eu admito que tenho carinho pela paixão de adolescente do Ross ser finalmente correspondida tantos anos passados. 

Podes ver ainda a minha opinião sobre A Princesa Espanhola

O final da sua relação, passado pouco tempo e que coincide com a ascensão profissional da Rachel, é um tanto ou quanto parvo e os obstáculos que se colocam um ao outro para não voltarem a ser um casal tornam-se até irritantes. Por outro lado, aprecio a reviravolta que os aproxima, ainda que não se transforme num regresso oficial e imediato. Faria muito sentido que não ficassem juntos, mas acho que era muito difícil vê-los avançarem para uma vida com outras pessoas, seria um choque para todos. 

#Séries - Friends

Posto isto, tenho de dizer que o meu casal favorito é a Monica e o Chandler. A forma como tudo começou, a amizade que já existia antes, a evolução de ambos enquanto indivíduo e enquanto casal, a forma bem humorada com que assumem os problemas e procuram soluções. Em suma, estão muito perto do que entendo ser um casal perfeito e são eles que despoletam a "separação" do grupo. No fundo, são a cola que os une a todos e o motor que os faz avançar para a vida adulta e em família, onde já não cabem apartamentos na perigosa cidade, mas onde as amizades seguem para uma nova fase, apenas diferente. 

Não posso terminar sem referir os personagens mais divertidos e mais fora da caixa que são a Phoebe e o Joe. A sua loucura é deliciosa e dão um toque de irreverência e de originalidade a uma série que poderia, sem eles, se tornar demasiado banal e insonsa. Para terminar e por falar em loucura, não posso deixar de referir a única personagem que marca presença em todas as dez temporadas: Janice e a sua gargalhada! 


Esta é, sem margem para qualquer dúvida, a personagem, fora do núcleo central de protagonistas, mais icónica de toda a série. A sua gargalhada é inconfundível e impossível de esquecer. Persegue-nos a nós como assombra personagens como Chandler ou o Joe. Ao mesmo tempo, diverte-nos como poucos. Agora que terminei, fica uma sensação de ter dito adeus a amigos de longa data e não entendo como demorei tanto tempo a ver tudo de fio a pavio. 

Agora conta-me a tua experiência com esta série icónica de outros tempos que, tenho a impressão, continua a marcar a vida de outras gerações. Já viste a série? Qual a tua personagem favorita? 


terça-feira, 15 de junho de 2021

#Livros - Rei Édipo, de Sófocles


#Livros - Rei Édipo, de Sófocles

Sinopse

Rei Édipo é a tragédia do conhecimento de si. Enredado e cego pela mescla de aparência e realidade, o herói, através de sofrimentos que enfrenta com denodo, quer saber a verdade sobre si mesmo. Não descansa enquanto não chega à plena revelação da sua identidade trágica - cuja aceitação é também a medida da sua grandeza humana. 


Opinião 

Sou fascinada pela mitologia grega desde a primeira vez que a estudei, de forma muito ligeira, nas aulas de História na escola. Muitos são os textos fundadores dessa mitologia que me deixam muito curiosa mas sobre os quais tenho adiado a leitura, talvez por medo de ser demasiado complicado - puro mito - ou apenas por não me sentir capaz de embarcar nessa aventura. Pois que decidi, por fim, pegar neste Rei Édipo que se encontrava abandonado na estante e dar início à aventura que é ler os clássicos que chegaram aos dias de hoje. 


O receio de que seria muito complicado de entender não se confirmou mas, tenho de confessar, que esta é uma viagem que apenas agora começa porque para um verdadeiro entendimento dos mitos é preciso ler mais e mais e cada vez mais. Mas não em tom de sacrifício ou de aborrecimento. Trata-se de um caminho ainda mais fascinante do que eu imaginava com os meus parcos conhecimentos adquiridos na época escolar. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Triunfo dos Porcos


Aqui, estamos perante uma peça curta e que é bem possível de ler de uma assentada, sem grande esforço ou dificuldade. Felizmente, esta minha edição tem uma introdução espectacular e inúmeras notas que são de grande auxílio para uma melhor compreensão do texto e dos contextos que podem não ser óbvios para pessoas como eu, que não tenham lido outras obras previamente. 


"Dizem-no estrangeiro aqui residente, mas logo se mostrará tebano de nascimento, e não lhe será grata a ocorrência; cego, depois de ver a luz, mendigo, depois de ser rico, o seu bordão tacteante buscará terra estrangeira. Ao mesmo tempo se mostrará irmão e pai dos seus próprios filhos, filho e esposo da mulher que o gerou, herdeiro do tálamo e assassino de seu pai."


Começo por dizer que estamos perante um mito fundador da nossa civilização e que já foi tão discutida que, mesmo quem nunca leu o livro, certamente saberá qual o tema. Contudo, se não queres spoilers aconselho-te a não continuar a ler esta opinião e voltares depois de teres lido o livro devidamente. Posto isto, quero dizer que a ordem em que é narrada a história é um dos factores que a torna especial. O facto de se iniciar com Édipo já rei de Tebas, acossado por uma previsão de um oráculo, que decide buscar mais informações sobre o assassino do anterior rei e, em seguida, sobre o seu próprio passado é parte do sucesso da trama. 


Podes ler também a minha opinião sobre Romeu e Julieta


Esta procura pelo que aconteceu antes da sua chegada a Tebas é o mote que nos faz avançar e perceber, de forma subtil, a tragédia que se avizinha e que Édipo teima em não ver. Os acontecimentos sucedem com um ritmo frenético e é esse mesmo ritmo que nos obriga a continuar a ler, não para saber o que já adivinhamos, mas para descobrir qual será a reação do protagonista e dos que o rodeiam a essa descoberta. 


"A antiga prosperidade de outrora era então verdadeira prosperidade. Agora, neste dia, é gemido, ruína, morte, opróbrio: de quantos nomes a desgraça tiver, nenhum está ausente."


A linguagem usada é de fácil compreensão e, como já referi, as notas de rodapé são de grande ajuda para interpretar tudo o que não é tão óbvio ou que requeira conhecimentos prévios. Pela minha parte, mal vejo a hora de continuar a descobrir mais clássicos da literatura grego-romana e entender melhor muitos dos conceitos que hoje conhecemos no Ocidente. 


Se ainda tens dúvidas e queres saber mais sobre o Rei Édipo, aconselho-te a veres o vídeo da Tatiana Feltrin


Por falar em futuras leituras, conta-me tudo nos comentários, quero saber se já leste o Rei Édipo e o que achaste dessa leitura, mas quero também que me deixes sugestões sobre que livros devo ler agora. Conto contigo e com as tuas dicas? 


Podes adquirir o teu exemplar através dos links abaixo, sem qualquer custo adicional para ti, e estarás a contribuir para as futuras leituras deste blog


Wook | Bertrand | Book Depository   

terça-feira, 1 de junho de 2021

Os livros da minha infância

Os livros da minha infância

É Dia da Criança e parece-me o momento perfeito para revisitar os livros da minha infância. Para quem só agora chegou ou tem andado distraído e já não se recorda, sou fascinada por livros desde muito cedo. Em minha casa sempre existiram livros e o seu acesso nunca me foi negado, bem pelo contrário. Li muita coisa que não tinha idade para entender na totalidade, como alguns Clássicos da Literatura e autores mais complexos, mas, no meio dessa amalgama literária, existiram também livros infanto-juvenis que me marcaram verdadeiramente e é sobre esses que te venho falar hoje. 


Podes ver também uma lista de Livros para oferecer no Dia da Criança


1. Os Cinco, de Enid Blyton 

Quando li esta série ainda não existiam estas edições modernas e todas bonitas. Descobri Os Cinco através de livros herdados, livros antigos, mas que cumpriram o seu papel e me proporcionaram muitas horas de diversão e entretenimento. Além de que alimentaram o meu desejo de continuar a ler mais coisas e abriram a porta para que me interessasse pelo fenómeno português que virá em seguida. 


Wook | Bertrand


Os livros da minha infância | Os Cinco na Ilha do Tesouro

2. Uma Aventura, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Depois d'Os Cinco, descobri o universo e os personagens fantásticos da saga portuguesa Uma Aventura e fiquei fã para a vida. Nunca consegui ter a colecção completa, até porque as autoras produziram muitos livros mesmo, mas tenho alguns que ainda se podem encontrar na minha estante. 


Wook | Bertrand


Os livros da minha infância | Uma Aventura nas Férias da Páscoa

3. O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

Este penso que foi uma descoberta feita através das leituras obrigatórias da escola. E é, sem margem para dúvidas, a prova de que existem livros incríveis que somos obrigados a ler e essa obrigação não interfere de modo nenhum na qualidade do livro nem no prazer que podemos retirar dessa leitura. Afinal de contas, não é à toa que este é o livro da vida de tanta gente ao longo dos anos, não achas? 


Wook | Bertrand


Os livros da minha infância | O Principezinho

4. Harry Potter, de J. K. Rowling

Foi no final da infância, praticamente a entrar na adolescência que descobri o meu grande amor literário e que cultivo até aos dias de hoje. Tenho o hábito de reler a saga todos os anos, como quem revisita velhos amigos, e a única inveja que tenho é por quem tem o privilégio de ler os livros pela primeira vez e tem a sensação de deslumbramento que só se sente em pleno na primeira leitura. 


Wook | Bertrand


Os livros da minha infância | Harry Potter e a Pedra Filosofal

Podes ver ainda As marcas da minha infância


Que bem que me soube fazer esta viagem nostálgica pelos livros que me trazem tantas memórias boas dos tempos idos da infância. Por sorte, estou de férias e vou poder viajar de encontro a alguns destes livros e talvez faça a viagem completa. 


O que achaste dos livros da minha infância? Leste algum deles? Quais são os livros da tua infância? Conta-me tudo nos comentários! 



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