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segunda-feira, 29 de junho de 2020

#Livros - O Último Oráculo, de James Rollins


#Livros - O Último Oráculo, de James Rollins

Sinopse

Em Washington, D. C., um sem-abrigo morre nos braços do comandante Gray Pierce, atingido pela bala de um assassino. Mas a morte deixa para trás um mistério ainda maior: uma moeda ensanguentada, uma relíquia antiga relacionada com o oráculo grego de Delfos. Enquanto perseguidores implacáveis procuram o artefacto roubado, Gray Pierce descobre que a moeda é a chave para desvendar uma conspiração que remonta à Guerra Fria e ameaça os próprios alicerces da Humanidade. 

Desde os templos da Grécia Antiga aos mausoléus mais deslumbrantes, dos bairros pobres da Índia às ruínas radioactivas da Rússia, dois homens têm de correr contra o tempo para resolver o mistério que remonta ao primeiro grande oráculo da História, o oráculo grego de Delfos. 

Mas uma questão permanece: será o passado suficiente para salvar o futuro? Mestre na arte de combinar a intriga histórica e religiosa com as aventuras mais alucinantes, James Rollins traz de volta a Força Sigma para lutar contra um grupo de cientistas sem escrúpulos que lançaram um projecto de bioengenharia capaz de conduzir a Humanidade à sua extinção. 

Opinião

Como já é sabido, tomei o propósito de ler a saga Força Sigma pela ordem cronológica de publicação original e tem sido uma tarefa agradável embora difícil porque os primeiros volumes se encontravam esgotados e parecia não haver esperança para os seus fãs que não fosse procurar no mercado de livros usados. Felizmente, a Bertrand não se tem limitado a lançar as novidades do autor, mas também se tem dedicado a reeditar os primeiros livros que a malta, como eu, tanto queria.

Portanto, mal recebi a notícia de que O Último Oráculo ia ser reeditado percebi que o tinha de ter, afinal era o próximo que precisava de ler. Gentilmente, a editora enviou-me um exemplar que tive o prazer de ler, mostrando o talento do autor e reforçando o meu desejo de continuar a ler a saga mais famosa de James Rollins e acompanhar as aventuras e desventuras dos seus personagens mais icónicos.

Podes ler também a minha opinião sobre A Célula Adormecida

Desta vez a viagem começa em Washington, bem perto da sede da Força Sigma, com a morte de um misterioso sem-abrigo que revela ser um cientista famoso no meio e que esteve na origem da criação da agência secreta que combina as características de uma força militar com os conhecimentos científicos dos seus agentes duplamente preparados. O rasto do cientista morto tem de ser seguido porque ninguém acredita que ele ali estivesse por pura coincidência.

"Os homens costumavam trocar uma condenação à morte nos gulags por cinco anos de trabalho neste sítio. Não é que algum deles tivesse chegado a ver esse quinto ano. A maior parte morria com a radiação antes do final do primeiro ano. Um jogo louco, mas, no fim de contas, a esperança transformava qualquer homem racional num desesperado."

Como sempre, Rollins leva nos a passear por vários destinos, embora o grande foco esteja na Rússia e lá se passe uma grande parte da narrativa, onde a radioactividade tem um papel fulcral existindo um plano para retomar as glórias russas e devolver-lhe a liderança do mundo. Para isso, prepara-se um ataque concertado em várias frentes que tem como objectivo acabar com as grandes potências, criar o caos e o surgimento de um novo líder, apoiado em crianças prodigiosas que podiam providenciar conselhos e guiá-los para o sucesso.

Lê ainda a minha opinião sobre Imortal

Esta é mais uma aventura espectacular e que vem atar alguns nós que ficaram claramente em aberto em A Herança de Judas. Contudo, volto a frisar, que não é necessário ler os livros anteriores para perceber o enredo, mas acredito que torna a experiência mais rica e por isso, agora que terminei este, já ando de olho no que se segue, ou seja, A Chave Maldita.

Se procuras livros que misturem aventura, tecnologia, mistério e factos históricos, este é o autor que precisas descobrir urgentemente. No entanto, se já és leitor assíduo de James Rollins, conta-me: qual o teu livro favorito do autor? Acompanhas a sua obra fora da Força Sigma?

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis ou, em inglês, na Book Depository, com 19% de desconto imediato e portes grátis para todo o mundo e, deste modo, ajudares ao crescimento deste blog. 

Outros livros de James Rollins com opinião publicada no blog: 


A Cidade Perdida
O Mapa de Ossos
A Ordem Negra
A Herança de Judas

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros - Actualizem-me, por favor!


Desafio de Escrita dos Pássaros - Actualizem-me, por favor!

Eu sei que 2020 ainda vai a meio mas claramente quer tornar-se no pior ano de que há memória. Ou talvez seja a Humanidade que se está a revelar com todas as suas misérias, e tudo o resto sejam acontecimentos aleatórios que sozinhos não querem dizer coisa nenhuma. Desgraças e catástrofes acontecem a toda a hora em toda a parte, o que faz delas piores ou melhores é a forma como lidamos com elas, como ajudamos quem nos rodeia, quem precisa, os valores e princípios que revelamos ter (ou não ter) perante tais situações. 

Neste ano terrível, olho à volta e não gosto do que vejo. Cada vez gosto menos, com a convicção de que as pessoas não ficaram melhores depois da pandemia, nem de qualquer outro momento marcante ou triste dos tantos que têm sucedido. Os que já eram bons, talvez tenham ficado melhores. Os outros, parece-me que a tendência tem sido piorar e muito. Mais ganância, mais egoísmo, arrogância sem medida e desrespeito pelo próximo, mesmos os seus. 

Gostava muito de ter uma mensagem mais positiva, mas não será de todo o caso hoje. Apesar de saber que a culpa não será do ano de 2020 nem de ser ano bissexto, nem nada do género, mas dou por mim, demasiadas vezes, a pensar: será que podem-me actualizar, por favor, e seguirmos já para 2021? Serei a única ou também tem-te ocorrido o mesmo? 

Vê todas as publicações do Desafio dos Pássaros aqui. 

quinta-feira, 18 de junho de 2020

#Séries - Lucifer | Season 1 - Season 4


#Séries - Lucifer | Season 1 - Season 4

Sinopse

A série desenvolve-se em torno de Lucifer Morningstar, que está entediado e infeliz como o Senhor do Inferno. Ele renuncia ao seu trono e abandona o seu reinado para tirar férias em Los Angeles, onde dá início a uma casa nocturna com a ajuda da sua aliada demoníaca, Mazikeen Smith. Depois que uma celebridade a quem Lucifer ajudou a alcançar a fama é assassinada, ele se envolve com a polícia de Los Angeles, onde começa a ajudar a detective Chloe Decker a resolver casos de homicídio e encontrar os responsáveis para que possa "puni-los". 

Opinião

Eu tenho alguma relutância em assistir séries que ainda não terminaram, especialmente aquelas que todos falam e que todos vêem. Primeiro, porque nem sempre as expectativas se cumprem, depois porque não gosto de seguir todas as correntes da moda e, por último, porque fico com ansiedade quando, gostando da série, tenho de esperar pelas novas temporadas meses a fio. Estas são algumas das razões que me levaram a colocar Lucifer em lista de espera.

Entretanto, em 2020, ainda antes da pandemia começar por estas paragens, ouvi dizer que iria estrear em Maio a quinta temporada de Lucifer e tomei a decisão de começar a ver os episódios de forma a poder acompanhar os novos que iriam sair este ano. Que ideia a minha que fiquei apaixonada pelo Diabo para descobrir que não se sabe quando irá para o ar novidades!

Podes ler também a minha opinião sobre Suits

Então que tudo começa quando o Diabo decide abandonar o Inferno e tirar férias em Los Angeles. E este Diabo, conhecido entre nós como Lucifer Morningstar, é um pedaço de mau caminho que faz suspirar por onde passa e leva uma vida de autêntico playboy, tanto no seu bar como na sua penthouse luxuosa. Ao seu lado continua Maze, o demónio que o acompanhou nesta viagem e que tem um pacto que a obriga a sempre protegê-lo.

#Séries - Lucifer | Season 1 - Season 4

Após ocorrer um assassinato no seu bar, o seu caminho cruza-se com a detective Chloe Decker e a investigação une-os de uma forma inesperada e inquebrável. A loucura de um, contrabalança com a seriedade da outra. Curiosamente, o Diabo tem como ponto de honra nunca mentir o que leva a diálogos deliciosos em que a forma como fala literalmente faz com que os outros presumam que esteja a falar por metáforas.

Podes ler ainda a minha opinião sobre New Girl

Outras personagens deliciosos juntam-se a este par, como é o caso da melhor terapeuta de todos os tempos, Linda. Que melhor paciente para um psiquiatra do que o próprio Diabo?? Não consigo imaginar experiência mais interessante. Temos também os irmãos-anjos de Lucifer que vão aparecendo para o visitar, sendo que o mais constante é o mais velho que acaba apaixonado pela Terra e pelos seus habitantes, compreendo melhor o irmão e o seu fascínio.

No final da terceira temporada anunciava-se o fim da série até que a Netflix agarrou no projecto e decidiu continuar com esta série de sucesso e que tantos fãs agrega. Aliás, parece-me impensável ter deixado por ali uma narrativa com tanto ainda por explorar. A quarta temporada foi muito interessante, por continuar a apresentar personagens bíblicas, embora tenha sido muito curta na minha opinião.


Agora só me resta fazer muitas figas para que seja lançada ainda este ano a quinta temporada e no entretanto fiquei com muita vontade de ler o Paraíso Perdido que me parece uma leitura muito interessante para perceber melhor a mitologia escondida nesta série tão rica e invulgar. Já és fã de Lucifer? Acompanhas a série? Não é incrível?? Conta-nos tudo nos comentários e vamos conversar! 

quarta-feira, 17 de junho de 2020

#Livros - D. Manuel I - Duas Irmãs para um Rei, de Isabel Stilwell


#Livros - D. Manuel I - Duas Irmãs para um Rei, de Isabel Stilwell

Sinopse

Uma história fascinante de um homem que não nasceu para ser rei, que chegou ao trono depois de ver morrer o sobrinho e ver assassinar o irmão e o cunhado. 

Isabel, viúva de Afonso, filho de D. João II, resistiu ao casamento. Mas Manuel era determinado. Desde aquele dia em que os seus olhares se cruzaram em Moura, sabia que Isabel havia de ser sua. 

Por ela faria tudo, inclusive expulsar os hereges de Portugal, e depois os judeus. Mas mais uma vez a roda da fortuna girava e a sua felicidade durou pouco. Isabel morria no parto, e o seu único filho não sobreviveria. Era preciso garantir a descendência. Maria, irmã de Isabel, esperara, apaixonada, e o seu tempo tinha chegado. Seria rainha de Portugal e mãe de dez filhos, entre eles seis varões. 

Um dos reis mais importantes da nossa História, construtor do império global português, numa época fascinante dos Descobrimentos, em que Lisboa se enche de espiões e especiarias. 

Opinião

A última vez que li um livro desta autora foi no final de 2019 com o fantástico D. Teresa e mal ouvi dizer que a nossa melhor autora de romances históricos ia lançar um novo livro em 2020 não descansei enquanto não o agarrei, que é como quem diz, enquanto não o recebi em casa. Aproveitei a campanha da Wook com desconto de 20% que incluía novidades e utilizando um vale de desconto que tinha por lá, consegui um preço bem simpático.

Desta vez, Isabel Stilwell chega para nos contar sobre um dos reis mais famosos de Portugal, D. Manuel I. Um homem que não se encontrava na linha directa de sucessão e o único que não recebeu a coroa de um ascendente em toda a nossa longa História. O aspecto mais interessante deste livro é que acompanhamos a infância deste homem até à sua maturidade o que significa que assistimos na primeira fila ao final do reinado de D. Afonso V e a todo o reinado do controverso D. João II.

Podes ler também a minha opinião sobre Filipa de Lencastre

Manuel é filho de uma mulher que enviuvou cedo e que segurou o leme da sua casa nas mãos e criou os filhos mantendo a condução das propriedades da família e fazendo um jogo de influências nos bastidores de forma subtil para que pudesse sobreviver aos reinados vigentes, procurando lucrar ao máximo com cada um deles. Aliás, o jovem cresceu rodeado de mulher fortes e determinadas, como foi o caso da sua irmã rainha e da sua ama, Justa.

"Não era muito diferente de D. João, afinal eram sangue do mesmo sangue: como ele, escolhia os amigos a dedo, confidenciava com poucos, ou mesmo com nenhuns, desenhava estratégias com frieza e disfarçava os seus planos mais secretos com suficiente simpatia para que não desconfiassem dos seus desígnios. Tal como ele, era justa para quem a servia bem, porque a justiça inspira lealdade e devoção, e, sendo mulher, precisava ainda mais da fidelidade dos seus servidores do que o próprio rei."

Contudo, também com os reis que acompanhou aprendeu poderosas e importantes lições que moldaram de forma incontornável tanto a sua personalidade como o seu improvável reinado. Mas foi o brilhante D. João II, que ocultava os seus segredos de todos, e era um estratega implacável, que mais lhe ensinou durante os anos em que viveu como refém dessa corte.

Podes ler ainda a minha opinião sobre O Juramento da Rainha

Apesar de termos um protagonista masculino, desengane-se quem pensa que as mulheres são meras figurantes. Além das que já referi, temos ainda as princesas de Castela, filhas dos reis católicos, habituadas com uma mãe reinante por direito próprio, e que acreditam que as mulheres são tão capazes como os homens para pensar e decidir. Tanto Isabel como Maria, as irmãs que casaram com D. Manuel, desempenharam um papel fundamental na sua vida e influenciaram algumas das decisões mais impactantes da nossa História, como a expulsão dos judeus ou a ligação à casa de Castela que nos levou à perda da independência.

"A filha do meio dos Reis Católicos dera a D. Manuel a segurança de que precisava, contagiando-o com a sua determinação, sem lhe roubar o palco e as luzes de que o rei tanto precisava."

Um dos aspectos mais curiosos é precisamente a improbabilidade maior de que uma dinastia que produziu tantas crianças, com tantos homens que sobreviveram à infância, acabar por ficar sem herdeiro directo e cair nas mãos dos espanhóis. Sabemos que foi fruto da ambição de soberanos como D. João II e D. Manuel que tanto almejavam herdar a coroa do vizinho e acabou por acontecer precisamente o contrário. Só não deixa de ser curioso que um rei que colocou tantos filhos no mundo e deixou seis homens como descendentes, ver a dinastia de Avis terminar nas mãos do idiota do D. Sebastião.

Não poderia ter gostado mais da experiência de leitura deste romance histórico incrível que acontece num dos momentos mais importantes da História Mundial e recomendo que leias logo que possas, porque vais adorar e certamente ficar fascinada com este rei que ficou conhecido pelo Venturoso, como não podia deixar de ser. Que livros já leste de Isabel Stilwell? Já tens o mais recente? 

Podes adquirir o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes gratuitos. 

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros - Não tenho tempo para te aturar


Desafio de Escrita dos Pássaros - Não tenho tempo para te aturar

Parece-me óbvio, e a idade só acentua esta certeza, que o tempo é o bem mais precioso que temos. Não existe dinheiro que possa comprar o tempo que já passou, nem nada nos traz maior retorno do que quando sentimos por bem empregue o nosso tempo, seja porque o passámos a fazer algo útil, algo que nos deu prazer, bem acompanhados ou felizes na nossa companhia. 

Posto isto, apetece-me fazer deste tema extra uma lista com tudo para o qual não tenho tempo para desperdiçar. Assim, fica a saber, não tenho tempo para te aturar se te encaixas neste tipo de gente ou possuis estas características: 

  • Pessoas tóxicas
  • Invejosos
  • Egocêntricos
  • Mentirosos 
  • Pseudo-santos
  • Desprovidos de inteligência
  • Sem sentido de humor
  • Preconceituosos 
  • Manipuladores
  • Com complexo de vítima 
  • Acéfalos sem opinião própria
  • Gente aborrecida
  • Quem vive de e para as aparências
Quer-me parecer que me estou a esquecer de muitas outras pessoas para as quais não tenho tempo nem desejo de aturar, mas por agora ficamos com a lista acima que me parece ser elucidativa do que quero manter longe da minha vida. Se, no entretanto, recordar-me de mais alguma característica importante virei actualizar, afinal, isto é claramente algo em construção. 

Contudo, caso te ocorra alguma coisa que me esteja a faltar, deixa o teu comentário e enriquece esta lista com as tuas opiniões. Afinal, o que não tens tempo para aturar? 

Vê todos os temas do Desafio dos Pássaros aqui. 


segunda-feira, 8 de junho de 2020

#Filmes - Lincoln


#Filmes - Lincoln

Sinopse

Lincoln é adaptado do livro biográfico Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln, de Doris Kearns Goodwin, mas em vez de retratar toda a vida do presidente norte-americano, centra-se apenas nos seus últimos quatro meses de vida, nomeadamente na abolição da escravatura e no fim da Guerra Civil Americana. A votação renhida na Câmara dos Representantes pela 13.ª Emenda, que ilegaliza a escratura, é um dos pontos centrais do filme. 

Opinião

Quando este filme foi lançado, em 2012, muito se falou sobre ele e recordo-me de ter uma boa crítica. Rapidamente fiquei com ele debaixo de olho, mas o tempo foi passando e acabou esquecido na interminável lista de filmes que quero muito ver. Será que é só a mim que acontece isto? Ou também tens este mesmo problema?

A proposta de Lincoln está longe de ser uma típica biografia de uma qualquer figura histórica. Aqui conhecemos melhor um dos presidentes americanos mais famosos de todos os tempos num curto período de tempo que antecedeu o seu assassinato. Só que estamos a falar de acontecimentos icónicos e incontornáveis do ponto de visto histórico, como é o caso da abolição da escravatura e o final da Guerra Civil Americana.

Podes ler também a minha opinião sobre Elizabeth

Quer-me parecer que, ainda que existisse muita gente a compreender o quanto a escravatura era algo nojento e um sinal de uma civilização atrasada, em todos os lugares do mundo existiam também os interesses instalados que não conseguiam imaginar-se sem os seus escravos para manterem as suas posições sociais e económicas. Afinal de contas, pagar um salário parecia algo incomportável para os privilegiados que enriqueciam às custas do trabalho gratuito que só um escravo poderia fazer.

#Filmes - Lincoln

Mas a verdade é que o presidente Lincoln se debateu ferozmente, de uma forma ardilosa e inteligente, para alcançar este objectivo que considerava essencial para o avanço da sociedade do seu país, ainda que nem todos entendessem, nem apoiassem pelas mesmas razões que ele. É desse modo que utiliza também a ideia de que a aprovação dessa emenda na Constituição seria e forma mais rápida de acabar com a Guerra Civil de que estavam todos, Norte e Sul, exaustos e ansiosos pelo seu término.

Podes ler ainda a minha opinião sobre Dois Papas

Claro que não estamos perante um filme de acção com uma rapidez alucinante, mas devido a tratar de acontecimentos importantes que decorreram em poucos meses, o ritmo é rápido e, mesmo quando parece que nada acontece, algo está a acontecer por trás das cortinas para que o objectivo seja concretizado. É de facto um filme incrível e com um elenco de luxo que abrilhantou ainda mais o filme.

Aliás, a interpretação de Daniel Day-Lewis como Lincoln é inacreditável e não foi à toa que lhe valeu o Óscar de melhor actor. Por outro lado, gostei muito do papel do Tommy Lee Jones, que se coloca numa posição em que tem de amordaçar a sua verdadeira opinião sobre os negros para alcançar esta pequena vitória, sem a qual as outras não seriam possíveis. Em suma, tudo se encaixa de uma forma perfeita e que faz todo o sentido, contribuindo para tornar o filme ainda mais credível.

Recomendo muito a todos, sobretudo numa época em que tanto se fala de racismo. Esta é uma luta de séculos que continua a precisar de todos para que outras vitórias possam ser conquistadas. Quem já viu Lincoln? O que achaste? 

sexta-feira, 5 de junho de 2020

#Livros - A Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno


#Livros - A Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno

Sinopse

Um professor universitário vê-se envolvido num acto terrorista de dimensão mundial. As autoridades intervêm e interrogam-no. Mas enquanto as primeiras respostas começam a surgir, uma dúvida persiste: por que motivo continua ele a mentir? 

Lisboa desperta para um cenário aterrador. Um bombista suicida barrica-se no interior de um autocarro e o novo primeiro-ministro é encontrado morto. Ao mesmo tempo, uma jornalista tão bela como determinada recebe um ultimato de um ente querido - é sua responsabilidade descobrir toda a verdade. 

Os Serviços Secretos portugueses reúnem provas e concluem que uma célula terrorista adormecida está pronta a ressurgir. Com um evento internacional a aproximar-se, pedem ajuda a Afonso Catalão, um reputado especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, que já viveu no Médio Oriente. Mas é aí que acabam por se deparar com um poço de mistérios e meias-verdades ainda mais negras do que o novo ataque que está prestes a acontecer. 

Passado durante os 30 dias do Ramadão, abordando temas actuais como a xenofobia e o racismo, A Célula Adormecida transporta-nos numa viagem deslumbrante por locais como Istambul, ou o interior da Mesquita Central de Lisboa. Inovador entre o género dos thrillers religiosos, este é não só um livro de leitura compulsiva e voraz, como também uma incursão temerária aos segredos mais recônditos da vida privada de um homem. 

Opinião

Começo por dizer que o livro que hoje te trago me foi gentilmente cedido pela Cultura Editora nesta época de relançamento do primeiro livro com Afonso Catalão como protagonista. De seguida, tenho de lamentar-me por não ter começado a ler os livros de Nuno Nepomuceno mais cedo. Que história incrível esta, meus amigos! Aliás, recordo-me da minha amiga Liliana recomendar muito os livros do Nuno e realmente ela nunca me engana.

Nesta sua A Célula Adormecida, Nepomuceno transporta-nos para um cenário que povoou a imaginação de muitos quando o fenómeno do terrorismo começou a invadir também a Europa. Imagina um jovem muçulmano, alegadamente terrorista, que faz-se explodir num autocarro com uma criança no colo bem no centro de Lisboa. Outros acontecimentos, como o suicídio do vencedor das eleições legislativas, quando dentro de poucas semanas a cidade irá acolher uma Cimeira com os líderes mundiais, contribuem para um clima de medo e preocupação das pessoas no geral e das autoridades em particular.

Podes ler também a minha opinião sobre A Cidade Perdida

É aqui que entra o misterioso Afonso, sobre o qual parece que sabemos tudo e, ao mesmo tempo, percebemos que o mais importante está escondido no seu íntimo sem que tenha o desejo de partilhar nem mesmo connosco, os leitores. Quanto mais percebemos a existência de segredos profundos no seu passado, mais presos ficamos à trama e a curiosidade é incontrolável. Quem não quer saber mais sobre este professor invulgar?

"Viviam todos num país calmo, que fizera uma revolução com cravos em vez de armas, que sobrevivera a tensões sociais graves na sequência da crise financeira mundial e que nunca, mas nunca, recorrera à violência. Que estranho mundo novo era aquele em que viviam?"

Em contraponto, temos uma jornalista jovem e ambiciosa, que conhece alguns dos peões desta crise que se vive em Portugal, e que tem muito interesse em arrancar um furo para o seu canal e alavancar a sua carreira profissional. Diana é uma mulher moderna e habituada a defender-se num mundo machista, que acaba por entrar em conflito com Afonso na entrevista que lhe faz após a explosão do autocarro.

Podes ler ainda a minha opinião sobre Madrugada Suja

Outro aspecto fascinante é o contacto próximo que temos com refugiados da Síria e com a comunidade muçulmana em Portugal. A forma como se integram e como os ódios são fomentados nas sociedades são narrados de uma forma muito sensível e coerente, e reflectem muito do que penso serem as razões para que jovens que vivem em liberdade no Ocidente se sintam atraídos pelos grupos terroristas opressores e violentos.

"Estranho ato, o de mentir. Tem a capacidade de nos perturbar tanto que tudo em nós se altera, desde o ritmo a que o nosso coração bate, até à cara que mostramos. Porém, quando aprendemos a fazê-lo bem, torna-se muito fácil lidar com ele. Basta-nos aguentar o primeiro impacto. A partir desse ponto, torna-se num hábito, uma forma de vida. Mascará-lo é inacreditavelmente simples."

Posso assegurar-te que não te vais arrepender de ler este autor português que escreve de forma magistral e nos prende à sua história do princípio ao fim. Tanta a premissa que apresenta é actual e pertinente, como a desenvolve de modo atraente e credível. Agora que terminei esta leitura, mal posso esperar para pôr a mãos em cima do volume que se segue, Pecados Santos, e continuar a ler mais sobre Afonso Catalão.

#Livros - A Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno

Este é o meu exemplar autografado, que muito orgulhosa me deixou, tão simpático foi o Nuno. No entanto, se te apressares, pode ser que ainda vás a tempo de ter o teu livro também autografado pelo autor, dado que está limitado ao stock existente. Encomenda o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes gratuitos. 

terça-feira, 2 de junho de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros - Tive uma ideia!


Desafio de Escrita dos Pássaros - Tive uma ideia!

Sabes que ideias é coisa que me invade a mente com demasiada frequência e, como tal, se fosse anunciar de cada vez que as tenho, não fazia mais nada da vida. Por outro lado, colocá-las em prática já é toda uma outra coisa que não acontece com a mesma frequência. E as razões são inúmeras e variadas para que isto aconteça. 

A mais óbvia e até frequente, pode ser por serem apenas ideias parvas ou absurdas, sem grande hipóteses de concretização. Noutras ocasiões, a ideia chega e parte sem que lhe possa absorver o conteúdo ou reter de que se tratava. No entanto, as últimas são as que realmente me preocupam, as que não ponho em prática por medo de falhar ou apenas porque me deixo ficar sem acção ou atitude que tornem uma ideia num plano ou num sonho a concretizar. 

Quantos de nós temos esta mania de auto-boicotar o nosso futuro? Deixamos projectos na gaveta e sonhos viver apenas na nossa imaginação. Eu até tenho a mania que sou diferente da maioria dos pobres mortais, mas não me livro desta condição que paralisa e nos leva à estagnação. Gosto de acreditar que identificar o problema é o início do caminho para a sua resolução. Mas será isso mesmo? 

O que fazer para fugir deste padrão? Como passar da teoria à prática? Qual a melhor forma de fazer as nossas ideias acontecerem? Tantas perguntas sem uma resposta que possa ser igual para todos. Resta-nos a todos combater a preguiça ou a cobardia ou as amarras que nos prendem e tomar as rédeas das nossas vidas e dos nossos sonhos. És capaz? 

Vê todos os temas do Desafio dos Pássaros aqui.

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