Sinopse
No final da Guerra das Rosas, a princesa Elizabeth, da casa de York, é oferecida em matrimónio a Henry, da casa rival de Tudor, para que a paz possa retornar ao país. Porém, o casamento não vai bem, pois chega aos ouvidos da princesa que Richard, seu irmão perdido, está a conspirar para tomar o poder e reclamar o trono ao qual diz ter direito.
Opinião
Depois de ter devorado A Rainha Branca, tinha mesmo de ver o seguimento desta história que irá contar o que aconteceu com Elizabeth de York, que se vê obrigada a casar com o inimigo Tudor, depois do seu tio Ricardo III ter morrido no campo de batalha e ter sido assim derrotado por Henrique. E é precisamente nesse ponto da História que a série começa, com a jovem Elizabeth a debater-se contra o seu destino, recusando a aceitar que é a única saída que lhe irá permitir sobreviver aos Tudor e ocupar o lugar que lhe pertence por direito e por nascimento.
Tendo em conta que esta série foi baseada no livro A Princesa Branca, de Philippa Gregory, já sabia que não seria particularmente alegre nem existiriam grandes momentos de paixão e amor, como aconteceu com A Rainha Branca, que viveu uma verdadeira história de amor com o seu rei. No seu casamento com Henrique Tudor o interesse era o principal protagonista. E não apenas de Elizabeth, também Henrique tinha todo o interesse em se casar com uma legítima York, que iria legitimar ainda mais os seus descendentes e o seu direito ao trono de Inglaterra.
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Numa época tão turbulenta e onde as coroas mudavam de cabeça com demasiada rapidez, não podemos desvalorizar a importância de eliminar os concorrentes, verdadeiros ou falsos, e de construir uma dinastia apoiada em alicerces fortes que fosse capaz de resistir ao passar dos anos. No entanto, apesar de ser pontuada por um espírito muito mais negro que a anterior, está longe de ser totalmente fiel ao livro. Depois de ter terminado aquela leitura, fiquei com a sensação de que a vida da princesa branca tinha sido totalmente frustrada pois nunca conseguiu restaurar a sua família, vingar verdadeiramente os seus irmãos mortos na torre, conquistar o amor e a confiança do seu marido, nem ocupar como seria suposto o seu lugar de poder e influência enquanto rainha de Inglaterra.
O seu percurso até ao trono é tortuoso, mas o seu reinado é ainda mais. Os pretendentes ao trono surgem por toda a parte, alguns alegando ser seus irmãos, colocando Henrique sempre com medo, sem confiança da sua posição e da capacidade para a manter. As intrigas estão ao redor de Elizabeth, sendo muitas vezes provocadas pela sua mãe que, para defender o direito dos seus filhos, coloca a filha em perigo, bem como o direito dos netos de herdarem a trono inglês.
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No entanto, em A Princesa Branca vemos que, apesar de todas as desconfianças alimentadas pelas intrigas ao seu redor, Henrique acaba por se unir à sua esposa York para combater os seus inimigos que são também os inimigos dos seus filhos. As máscaras das mães de ambos caem e o que lhes resta é contar um com o outro e defender o legado e a vida dos seus. O rimo é alucinante e obriga a devorar cada episódio para descobrir o que se irá passar em seguida. Além disso, o guarda-roupa é espectacular, como vem sendo hábito nestas produções históricas, e o desempenho dos actores é só brilhante.
Adorei a experiência e só tenho pena de não existirem ainda mais produções dentro deste género e que nos mostrem o imaginário destas épocas longínquas e fascinantes para os amantes de História. E tu? Gostas deste tipo de série? Viste A Princesa Branca? Que outras me sugeres?
Excelente resenha. Bem completa e me deixou com vontade de assistir à série. E eu nem gosto muito dessa coisa de monarquias. Mas parece realmente interessante.
ResponderEliminarAdorei.
Um abraço.
Willian Lopes
lugarnenhum.net
Que bom! Espero que gostes ;)
EliminarEu comecei por amar a série, depois fiquei incrédula com a ambição e ganância da Elizabeth, fiquei horrorizada, e desejei que ela e toda a descendência dela morresse, pois se tornou na cópia da mãe do Henry, um nojo de pessoa, teve coragem de matar o primo e o irmão por ganância, para ficar com um homem cuja a mãe tem o sangue de toda a sua família, enfim, odiei o fim.
ResponderEliminarSim, compreendo bem o sentimento. É revoltante assistir no que esta rapariga se torna. Sobretudo, quando comparamos com A Rainha Branca, tão diferente.
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