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quinta-feira, 25 de abril de 2024

25 de Abril - 25 livros para entender a Liberdade

 

Imagem de capa do artigo "25 de Abril - 25 livros para entender a Liberdade", com um fundo branco e vários cravos vermelhos. Celebre o 50.º aniversário da revolução dos Cravos com esta seleção de leituras essenciais sobre o tema da Liberdade.

No dia 25 de Abril de 1974, Portugal viveu um dos momentos mais marcantes da sua história - a Revolução dos Cravos. Hoje, data em que se comemora o 50.º aniversário deste evento tão importante para a Democracia e a Liberdade do nosso país, é essencial relembrar e refletir sobre o que aconteceu naquele dia. 

Para isso, proponho uma lista de 25 livros que nos ajudam a compreender melhor o significado e a importância da Revolução dos Cravos. Desde obras de ficção que retratam o período histórico, a relatos pessoais de pessoas que viveram de perto os acontecimentos, passando por análises políticas e sociais, bem como biografias das principais figuras da época, estes livros oferecem diferentes perspectivas e abordagens sobre esta data tão marcante e fraturante da nossa sociedade. 


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Este é um convite para mergulhar na História, na memória e nas lições que a nossa Revolução nos deixou. Descobre estes 25 livros e permite-te viajar no tempo e no espaço, para compreender melhor a Liberdade que tanto prezamos e que é bem mais frágil do que podemos imaginar. Vens comigo nesta viagem ao nosso passado recente? 


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1. 25 de Abril, no Princípio era o Verbo

Festa. Este livro festeja os 50 anos do dia que derrubou uma ditadura de 48 anos. O 25 de Abril, catarse e delírio, foi uma das mais impressionantes algazarras de liberdade, loucura, e inocente destrambelhamento colectivo que o modesto povo português já viveu. 

A liberdade chegou como uma inundação: proliferaram partidos políticos; levantaram-se do chão incendiários educadores do povo; agitaram-se estandartes; colaram-se cartazes; pichagens pintaram paredes; ruas, largos e avenidas entupiram-se com torrentes de gente em loucas manifs. 

De tudo isso este livro quer ser a mais despretensiosa - e divertida - testemunha. Primeiro, num preâmbulo mansinho, nocturno, visitamos e descrevemos, hora a hora, os incidentes e o suspense da noite de 24 de Abril, da madrugada e do dia 25 em que os militares de Abril derrubaram o Estado do estado a que isto chegara. 

Depois, redescobrimos as palavras de ordem, o alucinado desatino das palavras que varreu Portugal, evocando cartazes, os gritos das manifestações, as paredes e muros pintados. Mais de duas dezenas de ilustrações de Nuno Saraiva recriam, neste 25 de Abril, no Princípio Era o Verbo, um Portugal de cabelos desvairadamente compridos, calças boca de sino, soutiens a serem queimados, um Portugal a pôr a ávida boca na orgia de novos costumes. 

O 25 de Abril foi um dia polifónico em que da voz de cada português saiu uma palavra, fosse essa palavra exaltante, ridícula, hiperbólica, tímida, ou do mais sublime humor. Dessas palavras se construiu o Portugal que hoje somos. Dessas palavras é feito este livro. 


Wook | Bertrand


A imagem de capa do livro "25 de Abril no princípio era o verbo" de Manuel S. Fonseca, publicado pela Guerra e Paz, retrata o momento histórico da Revolução dos Cravos em Portugal, com os militares no Largo do Carmo junto aos tanques, simbolizando a luta pela liberdade e democracia. Uma obra que nos leva a refletir sobre o poder da palavra e a importância da ação para a conquista dos nossos direitos e da nossa voz.

2. Abril pelas Direitas

Para o bem e para o mal, Abril marcou a ferro as nossas vidas. Na Metrópole ou em África, alguns já adultos na altura, outros crianças pequenas e outros ainda por nascer, convidámos um grupo de pessoas de quem gostamos, com as origens mais ecléticas, de partidos diferentes, ou sem partido, que, em comum, têm o situar-se à Direita do socialismo e dar-nos a honra de serem nossos amigos. 

O que pedimos a cada um foi que transmitisse a sua própria sensibilidade ao 25 de Abril. Um testemunho que lhe saísse do coração, em total liberdade. Essa diversidade está espelhada nos vários textos que apresentamos. Esperamos que gostem. 


Wook | Bertrand


Capa do livro "Abril pelas Direitas" com um fundo amarelo vibrante e um cravo vermelho simbolizando a Revolução dos Cravos. Descubra neste livro as diferentes perspetivas sobre o 25 de Abril e como ele moldou a história de Portugal. Leitura essencial para entender a luta pela Liberdade neste momento histórico.

3. 25 Mulheres

No ano da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, somos convidados a conhecer as histórias de 25 Mulheres, contadas pela sua voz. 

Esta viagem à sociedade portuguesa do início dos anos 70, espelha as contradições da condição feminina, com as quais ainda nos debatemos hoje, meio século depois. O que mudou? Como mudou? Como nos víamos na altura? Como nos vemos agora? 

Isolar 25 histórias é tarefa ingrata, mas fica a esperança de que as selecionadas possam representar, de forma digna, a gloriosa diversidade da existência no feminino. 

Acima de tudo, fica o desejo de que este livro favoreça a curiosidade e o diálogo, quer pelo aprofundamento das raízes históricas dos relatos aqui narrados, quer pela indagação do significado contemporâneo do ser mulher. 

Tal como o caminho para a liberdade, este é um livro em permanente construção. 


Wook | Bertrand


A imagem de capa do livro "25 Mulheres" de Raquel Costa apresenta uma ilustração vibrante e diversificada de várias mulheres, cada uma representando a força, coragem e determinação das mulheres ao longo da história. Este livro destaca 25 figuras femininas inspiradoras que desempenharam papéis significativos na luta pela liberdade, igualdade e justiça. Junte-se a nós nesta jornada de descoberta e celebração do poder feminino.

4. A Desobediente

A dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão-de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa. 

Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz activista de uma hovem que há-de ser uma d'As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa actividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. 


Wook | Bertrand


Capa do livro "A Desobediente" de Patrícia Reis, com uma foto de Maria Teresa Horta. Neste livro, Patrícia Reis retrata a vida e obra da escritora portuguesa que desafiou convenções e lutou pela liberdade de expressão, tornando-se um ícone da resistência durante a ditadura. Uma leitura poderosa e inspiradora para compreender a importância da liberdade no contexto do 25 de Abril.

5. Antes do 25 de Abril era Proibido

Já imaginou viver num país onde: 

tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro? 

uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido? 

as enfermeiras estão proibidas de casar? 

as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos? 

não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim? 

Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas: 

1.º - Mão na mão: 2$50

2.º - Mão naquilo: 15$00

3.º - Aquilo na mão: 30$00

4.º - Aquilo naquilo: 50$00

5.º - Aquilo atrás daquilo: 100$00

6.º - Parágrafo único - com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. 


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A imagem de capa do livro "Antes do 25 de Abril era Proibido" de António Costa Santos apresenta um fundo sépia que nos transporta diretamente para a época conturbada antes da revolução de 25 de Abril de 1974. O título, posicionado como se fosse um cartaz, destaca a proibição e a censura que marcaram esse período da história de Portugal. Este livro é uma leitura essencial para compreender os desafios e as lutas que antecederam a conquista da Liberdade.

6. A Revolução Antes da Revolução 

As senhas da Revolução, é sabido, foram duas canções que fazem hoje parte do cancioneiro da Música Popular Portuguesa. 

O papel da música na queda da ditadura não começou apenas, no entanto, na madrugada de 25 de Abril de 1974. 

A editora Livros Zigurate, a coincidir com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, publica uma obra que lança uma nova luz sobre a revolução e os caminhos musicais que a ela conduziram. 

O ponto de partida é o ano de 1971, o ano da publicação de discos emblemáticos de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira ou Carlos Paredes. E de José Afonso. O ano que deu à música portuguesa e à revolução a contra-senha «Grândola, Vila Morena». 

Neste trabalho de investigação é feito um levantamento rigoroso, exaustivo e em grande parte surpreendente que documenta o modo como a música popular portuguesa abriu as portas para o clima cultural, social e político que desencadeou o dia «inicial inteiro e limpo» e que mudou Portugal há 50 anos. 

Para este livro foram entrevistadas dezenas de figuras e foi analisada uma extensa bibliografia, tendo sido consultados mais de 700 jornais e cerca de duas centenas e meia de revistas. 

As histórias recolhidas e a análise desta vasta documentação - tratadas simultaneamente com o rigor de um estudo aprofundado e com a desenvoltura da linguagem jornalística - lançam pistas novas e um olhar inédito sobre o momento em que a música popular portuguesa iniciou uma revolução antes da revolução. 


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Neste livro fascinante, Luís de Freitas Branco narra os acontecimentos que levaram à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974 em Portugal. Com uma série de recortes de álbuns de artistas relevantes da época, este livro oferece uma perspectiva única sobre as tensões políticas e sociais que culminaram na queda do regime autoritário. Uma leitura obrigatória para todos os interessados em entender a luta pela liberdade e democracia em Portugal.

7. As Duas Faces de Salazar

Há quem admire o nacionalismo de Salazar, que deixou Portugal fora de um conflito mundial e que foi capaz de repor a ordem nas ruas e nas finanças. Mas também não é possível ignorar que criou um regime elitista e fechado, que votou o povo à pobreza em nome do equilíbrio financeiro, do controlo e da ordem, não hesitando em recorrer à repressão e à censura. 

Mas, afinal, que país deixou Salazar? Os portugueses dividem-se: enquanto uns estão cheios de certezas, outros enchem-se de dúvidas. Entre mitos que perduram e factos incontestáveis, Rui Carvalheira apresenta neste livro um retrato completo e abrangente da figura mais controversa do século XX português. As conclusões, essas, são do leitor. 


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Na capa do livro "As Duas Faces de Salazar" de Rui Carvalheira, publicado pela Clube do Autor, duas imagens do ditador português surgem em contraste: uma pintada de verde, representando a imagem oficial e conservadora de Salazar, e outra de vermelho, simbolizando a face mais obscura e repressiva do regime. Um retrato marcante que nos convida a refletir sobre as diferentes facetas deste período conturbado da história de Portugal.

8. Vozes da Revolução

«Estas entrevistas foram habilmente conduzidas por Paul Manuel em 1991, quando os dias agitados da revolução já tinham passado, mas os acontecimentos ainda eram suficientemente vívidos para serem recordados com algum pormenor. As reflexões de 14 dirigentes militares centrais de diferentes patentes e crenças políticas aqui registadas dão nos uma visão clara da espantosa diversidade existente na instituição militar, do desastre que foi evitado e também dos modos de pensar que foram ora penalizadores ora facilitadores de um final feliz. Estas fascinantes entrevistas, a par dos ensaios que as enquadram, oferecem nos uma imagem vívida de alguns dos homens que em última análise determinaram o destino de Portugal. Deveria ser dado um papel mais proeminente aos atores militares na nossa literatura sobre mudanças de regime, e esta deveria ser objeto de uma leitura alargada.» - Nancy Bermeo, Preâmbulo com entrevistas a: Amadeu Garcia dos Santos, António de Spínola, Carlos Fabião, Fisher Lopes Pires, Francisco da Costa Gomes, Jaime Neves, José Manuel da Costa Neves, Luís António Casanova Ferreira, Manuel Monge, Mário Tomé, Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Gonçalves, Vasco Lourenço, Vítor Alves. 


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"Capa do livro "Vozes da Revolução" com organização de Paul Christopher Manuel. Uma obra essencial para compreender a importância do 25 de Abril, com relatos emocionantes e perspicazes sobre este momento histórico que marcou a história de Portugal. Publicado pela Tinta da China, uma leitura imperdível para todos os que buscam entender a verdadeira essência da Liberdade."

9. Avó, onde é que estavas no 25 de Abril? 

O que sabes sobre o 25 de Abril? Está bem, é feriado. Mas o que mudou na nossa vida e porque é que há pessoas a passear com cravos nesse dia? 

O curioso Manu está de volta e quer saber mais sobre este momento histórico, até porque planeia fazer a sua própria revolução. Mas, desta vez, precisa da ajuda de quem viveu este tempo: a sua avó. 

Junta-te ao Manu nesta viagem pela memória. Descobre, afinal, para que é que se fez o 25 de Abril. E não te esqueças de comer brócolos. 


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Capa do livro "Avó onde é que estavas no 25 de Abril?" de Ana Markl, com ilustrações vibrantes de cravos vermelhos em um fundo verde escuro, convidando os leitores a explorar e compreender a importância e o impacto da revolução do 25 de Abril em Portugal. Um livro que celebra a liberdade e a história de um país que se libertou da ditadura.

10. Cravo

Publicado em 1976, Cravo é um conjunto de vinte e dois textos (entre a crónica, a poesia, o manifesto ou o ensaio) ligados pelo impacto do 25 de Abril de 1974. Nos 50 anos desta data histórica, esta é um livro imprescindível para compreender Portugal: vinte e dois textos para pensar o país, a revolução, as mulheres e a condição dos escritores. 


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A imagem de capa do livro "Cravo" de Maria Velho da Costa, publicado pela Assírio & Alvim, apresenta um cravo delicadamente desenhado em tons de rosa claro sobre um fundo branco. Essa capa simbólica representa a esperança e a liberdade, elementos essenciais da Revolução dos Cravos em Portugal em 25 de abril de 1974. Este romance envolvente e emocionante narra de forma única os acontecimentos turbulentos desse momento histórico que marcou a história do país. Prepare-se para se emocionar e refletir com esta obra marcante da literatura portuguesa.

11. Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975

«Se houve vários "25 de Abril", "11 de Março" e "25 de Novembro", pode-se, porém, concluir que, no primeiro dia, em 1974, a ditadura portuguesa com a duração de 48 anos, nas suas fases militar e civil, de António de Oliveira Salazar e depois de Marcello Caetano, foi decididamente extinta.» 

«Neste livro apresento uma análise pessoal de episódios ocorridos entre os anos finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que acontece à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal. 

Como se verá, não se trata de qualquer análise exaustiva de todas as questões em torno da implantação da democracia em Portugal. Também não serão analisadas as movimentações populares, rapidamente controladas pelos partidos depois de um muito breve período de espontaneidade e autonomia. 

A autonomia do campo político é o que se optou por aqui analisar, através do estudo das principais instituições de poder erguidas durante o processo que se desenvolveu no período entre os dois "25", de Abril de 1974 e de Novembro de 1975, quer entre os militares, quer entre os principais partidos políticos portugueses.» 

Da Introdução


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A imagem de capa mostra uma pilha de livros antigos empilhados, com destaque para o livro "Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975" de Irene Flunser Pimentel. Este livro é uma importante obra que explora os eventos e os desdobramentos políticos e sociais que ocorreram entre estas duas datas emblemáticas da História de Portugal. Uma leitura essencial para quem quer compreender a trajetória da Liberdade no país.

12. Eanes e a Democracia 

Em 1976, no rescaldo da revolução de abril e de um conturbado Processo Revolucionário, Ramalho Eanes foi eleito Presidente da República. Portugal dava os primeiros passos na direcção da democracia plena e a instabilidade e incerteza quanto ao futuro político do país sentiam-se a cada movimento dos actores deste importante momento de transição. Os militares continuavam a ocupar um lugar central na vida política, o sistema partidário começava a tornar forma e o país assistia a um conjunto de crises políticas que colocavam em causa os ainda frágeis alicerces do regime democrático. 

Neste período quente e crítico que decorreu entre 1976 e 1982, Eanes, o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio directo e universal, desempenhou um papel fundamental ao contornar os riscos que ameaçavam a consolidação da democracia. 

Com uma surpreendente mestria narrativa e assinalável clareza e capacidade de síntese, David Castaño acompanha a actuação de Ramalho Eanes nas suas múltiplas vertentes revelando como, paradoxalmente, foi um militar o principal responsável pela subordinação do poder militar ao poder civil, pelo regresso dos militares aos quartéis e pelo sucesso da consolidação da democracia. 


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"Eanes e a Democracia" de David Castaño é um retrato detalhado da figura icônica do General Ramalho Eanes e seu papel crucial na consolidação da democracia em Portugal após a Revolução dos Cravos. Nesta imagem a preto e branco, Eanes é representado em perfil, personificando a coragem e determinação que o levaram a liderar o país rumo a um novo caminho de liberdade e justiça.

13. Esquecidos em Abril 

Seis nomes sem biografia, encontrados no virar de uma página, são como seis cadáveres desconhecidos. Objetos de curiosidade mórbida e de indignação momentânea, que depressa acabam esquecidos. A 25 de Abril de 1974, cinco portugueses, quatro civis e um funcionário da PIDE, morreram na rua António Maria Cardoso; no dia seguinte, um agente da PSP foi assassinado no Largo de Camões. Fala-nos de João Guilherme de Rego Arruda, José James Harteley Barneto, Fernando Luís Barreiros dos Reis, Fernando Carvalho Giesteira, António Lage e Manuel Cândido Martins Costa. Esquecidos em Abril é uma investigação jornalística que dá corpo à memória dos mortos do golpe de Estado, pela primeira vez em 45 anos, expondo o mito da Revolução sem Sangue, que habita grande parte da consciência coletiva nacional. Nem todo o encarnado do "dia inicial inteiro e limpo" pertenceu aos cravos nos canos das espingardas. 


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Na capa do livro "Esquecidos em Abril" de Fábio Monteiro, vemos uma foto em preto e branco de um militar com um cravo caído na mão, simbolizando a Revolução dos Cravos em Portugal. A imagem remete a um momento histórico de luta pela liberdade e democracia, resgatando memórias e reflexões sobre a importância da data do 25 de Abril.

14. Marcello Caetano Uma Biografia 

Marcello Caetano, 1906-1980, de Francisco Martinho (académico brasileiro, "pupilo" de António Costa Pinto), retrata a vida e o homem nos seus vários quadrantes: família, academia, política e exílio. De ressaltar a ênfase dada ao exílio, apresentado como um período «desafogado» financeira e socialmente, ao contrário do que se poderá julgar. Inclusive, o autor ressalta a relação epistolar de amizade, ou algo mais - alvitra, com Maria Helena Prieto. 


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Na capa do livro "Marcello Caetano: Uma Biografia", temos uma foto a preto e branco de Marcello Caetano, o último presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, que foi deposto durante a Revolução dos Cravos em Portugal. O autor, Francisco Carlos Palomanes Martinho, faz uma análise detalhada da vida e carreira política de Caetano, mostrando seu papel no regime autoritário e sua queda em meio às mudanças políticas e sociais ocorridas em 25 de abril de 1974. Essa biografia é essencial para compreender os eventos que levaram à conquista da Liberdade em Portugal.

15. O 25 de Abril Contado às Crianças... e aos Outros 

Escrito a pensar nos pequenos e jovens leitores, nos seus pais e educadores. 

Textos de José Jorge Letria e ilustrações de João Abel Manta. 


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A imagem de capa do livro "O 25 de Abril contado às crianças... e aos outros" de José Jorge Letria mostra uma ilustração vibrante e colorida da revolução dos Cravos. Com personagens animados e expressivos, o livro promete uma abordagem lúdica e acessível, ideal para introduzir os mais jovens ao significado e importância do 25 de Abril. Uma leitura envolvente e educativa para todas as idades.

16. Mário Soares Uma Vida

A carreira política de Mário Soares não se compara, na realidade, com a de nenhum outro português. No seu currículo conta com 70 anos de vida política ativa. Durante este período foi: cabeça de lista ou em nome individual, disputou 10 atos eleitorais, dos quais venceu seis (constituintes de 1975, legislativas de 1976 e 1983, presidenciais de 1986 e 1991 e europeias de 1999) e perdeu quatro (legislativas de 1969, 1979 e 1980 e presidenciais de 2006). Não admira, por isso, que Mário Soares seja considerado um nome maior do século XX português e o pai da democracia portuguesa. Hoje, aos 88 anos, continua a ser uma voz ativa na política, considerada pela sociedade civil. Um verdadeiro senador. 

A apetência pelo poder nasceu cedo, estimulada por uma educação de príncipe que parecia programá-lo para o destino que viria a ter. Mas o seu período de formação decorreu contudo em ambiente hostil, no qual teve de enfrentar a cadeia por 12 vezes. Teria sido mais fácil abandonar os desígnios políticos e enveredar por uma carreira profissional estável e próspera como advogado. Resistiu. Ganhou fibra, a mesma que viria a manifestar em diferentes situações ao longo da vida, como, por exemplo, na rutura com os comunistas, no lançamento de um movimento social-democrata em plena ditadura, no patrocínio jurídico à causa da família do assassinado general Humberto Delgado, na teimosa opção por uma candidatura separada do resto da oposição em 1969, na fundação do Partido Socialista, na liderança do movimento contra a radicalização no período revolucionário, na defesa da integração europeia de Portugal, na rutura com António Ramalho Eanes, ou nas opções para a revisão constitucional de 1982. Soares mostrou-se sempre à frente do seu tempo. 

Para os portugueses sempre foi o «Bochechas». O homem que todos gritavam na rua «Soares é fixe». Afinal, Soares não se portava como um político remetido ao seu Olimpo, mas como um português comum, com as suas dúvidas e hesitações, baralhando números e menosprezando estudos, capaz de dialogar de igual para igual tanto com príncipes como com plebeus, relevando da mesma maneira as cerimónias oficiais e os contactos de rua, sorrindo até nas mais adversas circunstâncias, bonacheirão, atencioso, incapaz de dispensar os melhores confortos, um bom almoço ou uma sesta retemperadora. Sempre foi o presidente de todos os portugueses. O jornalista Joaquim Vieira, depois de vários anos de investigação, e de entrevistas ao próprio biografado, a amigos e inimigos, traça-nos a história de uma vida complexa, com algumas sombras por revelar, como o caso do fax de Macau. 

Um livro fundamental não só para perceber o homem, mas também a História recente de Portugal. 


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Na imagem de capa do livro "Mário Soares" de Joaquim Vieira, vemos o ex-presidente de Portugal Mário Soares em uma fotografia icônica dos anos 80. Uma figura central na história do 25 de Abril, Soares foi essencial para a consolidação da democracia em Portugal. Este livro apresenta uma profunda análise da vida e obra deste grande estadista português.

17. Memórias Minhas 

«Memórias Minhas é um deslumbrante caminhar por dias e lugares que se cruzam com tempos únicos da nossa história contemporânea. Uma vida - uma geração - a rebeldia, a resistência, a guerra, a cadeia, o exílio, a Voz da Liberdade, a festa dos verdes anos, amores e desamores, e ainda, desde o luminoso 25 de Abril que mudou o destino, os combates longos, duros, conflituantes, que esculpiram a identidade da democracia constitucional. E o depois, nas curvas e contracurvas da mudança, do parlamento, da candidatura presidencial. 

Memórias Minhas é um filme do tempo, descontinuado, de ida e volta, comovente por vezes, do achamento das rotas da vida e da poesia, do feito e por fazer, até das ilusões perdidas. E Manuel Alegre, na sua inquietude, insubmisso, a dizer-nos que: "Mais do que de economistas, este é um tempo que precisa de filósofos, poetas e profetas."»

Alberto Martins


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A capa do livro "Memórias Minhas" de Manuel Alegre, publicado pela Dom Quixote, apresenta uma ilustração de uma árvore negra em contraste com um fundo verde escuro. A imagem simboliza a luta pela Liberdade e a resistência durante os tempos de opressão, refletindo as memórias e experiências do autor durante o período da Revolução dos Cravos em Portugal. Um livro essencial para entender a importância da Liberdade e da Democracia.

18. O Meu Primeiro 25 de Abril 

Este livro conta a história de um Abril muito especial que mudou a nossa História. Esse Abril, o do dia 25 e dos muitos que se lhe seguiram, pôs fim à guerra Colonial, à censura e aos muitos medos de todos os dias e todas as horas. O autor, que era jornalista e cantor, conta como viveu essas horas e esses dias com grande intensidade e emoção, aos leitores mais novos, que podem partilhá-la com os colegas de escola e com os amigos. 

É uma história vívida, emocionante e única que deu a Portugal um prestígio mundial invejável. O autor desta história foi de tudo um pouco nesses dias, desde jornalista a cantor-político, ao lado de Zeca Afonso e de outros. Esta é também a história da sua emoção e alegria, que quase dava um filme. O livro conta a história e ela ganha um H maiúsculo porque se tornou mesmo História, com datas, grandes personagens e muitos sonhos para cumprir. 

Este foi um Abril para nunca mais ser esquecido. 


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"Capa do livro "O meu primeiro 25 de Abril" de José Jorge Letria, com ilustrações infantis que retratam uma televisão antiga, símbolo da revolução, e vários cravos, ícone da Liberdade. Uma obra perfeita para ensinar às crianças sobre a importância deste dia na história de Portugal."

19. O Príncipe da Democracia 

Nenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia - e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal. 

Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta. 

Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. 


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A imagem de capa do livro "O Príncipe da Democracia" de Nuno Gonçalo Poças, publicado pela Dom Quixote, apresenta uma foto a preto e branco de Francisco Lucas Pires, figura emblemática do 25 de Abril e defensor acérrimo da democracia. Descubra neste livro a vida e o legado deste ícone da luta pela Liberdade em Portugal.

20. O Último Salazarista 

Américo Thomaz, o último Presidente da República do Estado Novo, é frequentemente recordado como uma figura patética: o caricato corta-fitas do regime fundado por Salazar com o apoio dos militares que cometia gafes e falava com exasperante lentidão. 

Bastará, porém, acompanhar a biografia que lhe traça Orlando Raimundo para perceber que essa é uma perspectiva manifestamente redutora e que o seu papel como facilitador das manobras da ditadura ao longo de quase quarenta anos de vida política teve consequências bastante mais nefastas do que as anedotas que sobre ele se contam fariam adivinhar. 

Entre muitos episódios em que participou e que condicionaram a história portuguesa do século XX, a sua intervenção foi determinante quando traiu o general Botelho Moniz, fazendo abortar o golpe que iria derrubar Salazar, e no momento em que obrigou Marcello Caetano a assumir o compromisso solene de não abrir mão das Colónias. Como nos diz o autor do presente volume, «na procissão dos devotos do salazarismo [Thomaz] esteve sempre na linha da frente, a segurar o andor». 

Deste modo, justifica-se amplamente dar a conhecer essa outra face de Américo Thomaz e revelar dados menos conhecidos deste Presidente da República que - pasme-se - era um adepto da monarquia. Até para evitar que a tragédia possa dar lugar à farsa. 


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Na capa de "O Último Salazarista", vemos uma imagem a preto e branco de Américo Thomaz, fardado e a fazer continência. A imagem simboliza um período conturbado da história de Portugal, marcado pelo regime autoritário do Estado Novo e pela luta pela liberdade e democracia. O livro de Orlando Raimundo oferece uma perspectiva única sobre o papel de Thomaz e outros protagonistas desse período na história de Portugal.

21. Portugal - A Revolução Impossível? 

Após a data que, da noite para o dia, derrubou quase cinquenta anos de ditadura, seguiram-se dezoito meses de convulsões profundas que trouxeram à tona as forças e fragilidades da sociedade portuguesa. Um povo pobre e deprimido, uma massa de gente ignorante e ignorada, habituada a não ter voz, revelou uma consciência política que parecia adormecida - a consciência da sua própria miséria e a crença de que era possível acabar com ela. 

Mas estes dezoito meses foram também de desencanto: partidos sem vontade de provocar uma mudança real na vida das pessoas; jornais «entusiasmados com o seu poder de criar acontecimentos» e agarrados aos mitos que fabricavam; e vanguardas supérfluas que instrumentalizavam os desejos dos deserdados à medida de cada ismo, sabotando qualquer tentativa de auto-organização. Portugal: A Revolução Impossível? é um mergulho nas águas agitadas do PREC, longe dos comícios, ao lado de gente comum; uma crónica minuciosa e apaixonada de um povo em alvoroço, pelos olhos de um irlandês libertário a viver em Portugal. 


Wook | Bertrand 


A capa do livro "Portugal A Revolução Impossível?" de Phil Mailer apresenta um fundo vermelho vibrante com uma ilustração intrigante de várias figuras que representam a diversidade de ideias e movimentos que marcaram a revolução de 25 de Abril. Uma imagem que convida à reflexão sobre as consequências e desafios enfrentados durante esse momento histórico crucial para a democracia em Portugal.

22. Presos por um Fio 

Com Presos por um Fio chega-nos finalmente o relato livre e documentado de uma das páginas mais negras da história do Portugal recente. É o trabalho de investigação que vem resgatar do esquecimento colectivo a trágica tentativa de impor - pela força das armas e do terror - ao povo português um projecto político que ele explicita e reiteradamente rejeitara. 

Estudo histórico que conta pela primeira vez toda a verdade sobre as FP-25 de Abril, Presos por um Fio é também uma chamada de atenção para como uma outra vez na história contemporânea portuguesa forças de extrema-esquerda passaram do combate político ao extermínio físico daqueles que considerava seus inimigos. 

Este imperdível livro de estreia de Nuno Gonçalves Poças conta ainda com o prefácio de Paulo Portas. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "Presos por um Fio" de Nuno Gonçalo Poças, publicado pela Casa das Letras. A imagem destaca-se em tons de vermelho e amarelo, simbolizando a luta pela liberdade vivida durante a Revolução dos Cravos. Este emocionante romance transporta o leitor para um dos momentos mais marcantes da história de Portugal, onde a coragem e a determinação de um grupo de pessoas foram postas à prova. Uma leitura imperdível para quem deseja entender a importância do 25 de Abril e a conquista da Liberdade.

23. Quando Portugal Ardeu

Quem foram as primeiras vítimas mortais da democracia? Por que razão foram assassinados Padre Max, Rosinda Teixeira e Joaquim Ferreira Torres? Quem protegia e que segredos escondia a rede bombista de extrema-direita? Como enfrentou o cônsul dos EUA no Porto o PREC? O que relatam os diários do norueguês baleado no Verão Quente de 1975? Como é que a Igreja mobilizou e abençoou a luta contra o comunismo? O que sabia a PJ sobre o terrorismo político e tudo o que nunca chegou a julgamento? Com recurso a centenas de documentos, entrevistas e testemunhos inéditos, esta investigação jornalística traz à luz do dia histórias secretas ou esquecidas do pós-25 de Abril. Quando Portugal ardeu e esteve à beira da guerra civil. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "Quando Portugal Ardeu" de Miguel Carvalho, em tons de vermelho e laranja, abordando os acontecimentos turbulentos durante a Revolução dos Cravos em Portugal. Um relato impactante sobre a luta pela liberdade e justiça em tempos de caos e mudança.

24. Revolução 

Um disparo perfura a noite na serra de Sintra, durante um jantar da família Storm, e a matriarca sabe que perdeu um dos três filhos. 

O epicentro do colapso tem origem muitos anos antes, entre o fim da ditadura e os primeiros tempos da revolução. Maria Luísa, a filha mais velha, opositora clandestina do regime, é perseguida pela PIDE. Frederico, o filho mais novo, está obcecado em perder a virgindade antes de ser mobilizado para a guerra colonial. E Pureza, a filha do meio, vê os seus sonhos de uma perfeita família tradicional despedaçados pelo processo revolucionário em curso. 

Revolução acompanha a família Storm, do desmoronar do império ao despertar da democracia, ao longo dos rocambolescos, violentos e excessivos meses do PREC, quando a esperança e o medo dividem os portugueses e muitos acreditam que o país está a um triz da guerra civil. 

Um romance tragicómico sobre a liberdade e as relações familiares, num período único de transformação, na História de Portugal, em que o caráter e o radicalismo medem forças, separando os filhos dos pais, colocando irmãos em lados opostos da barricada, criando terroristas fanáticos e heróis improváveis. 


Wook | Bertrand 


A imagem de capa do livro "Revolução" de Hugo Gonçalves, publicado pela Companhia das Letras, apresenta um rosto de mulher com cravos vermelhos, simbolizando a resistência e a esperança durante a Revolução dos Cravos em Portugal. Essa obra nos transporta para um momento histórico de luta pela liberdade e democracia, trazendo reflexões importantes sobre os ideais revolucionários que marcaram o 25 de Abril.

25. Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal 

"A carta enviada a 17 de Dezembro de 2003 a Álvaro Cunhal estendia-se por três páginas. Nelas, estava o pedido para uma entrevista e uma sugestão de trabalho que permitisse efectuar uma longa viagem pela sua vida pessoal, política e intelectual, a ser publicada por ocasião dos trinta anos da Revolução do 25 de Abril de 1974. A espera por uma resposta virou o ano e continuou por mais alguns meses. Nesse espaço de tempo, as novidades sobre o seu estado de saúde confirmavam que a espera iria ser longa ou até mesmo ultrapassada por um final várias vezes anunciado. 

Apesar de a resposta não chegar, o trabalho jornalístico tinha data marcada e havia que encontrar outra abordagem. 

Diferente, porque o protagonista Cunhal tem sido "fotografado" por vários ângulos ao longo das muitas décadas da sua vida. E o roteiro para essa longa viagem com Álvaro Cunhal recaiu sobre um dos lados menos conhecidos, o da criação literária, sob o pseudónimo Manuel Tiago. 

No bloco em que as anotações iam ser feitas, escreveu-se na primeira folha "Em busca de Álvaro Cunhal na prosa de Manuel Tiago", como orientação cardial para o artigo. O encontro com os personagens que tornam real a ficção de Manuel Tiago sugeria que o título final fosse "Os homens da bicicleta" mas, ao fim de vários meses de investigação, só sobrava "Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal". 

Uma primeira versão desta reportagem foi publicada no Diário de Notícias. Mas a recolha de depoimentos sobre Manuel Tiago só terminou no dia 9 de Junho de 2005, a quinta-feira reservada para a conversa com Jaime Serra. Sentados na sala E do rés-do-chão da sede do PCP, ele desabafou sobre o quanto detestava aquele compartimento: "Não tem janelas, parece uma cela do Aljube". Com esta conversa, o trabalho original passou a ter o dobro do tamanho com que fora publicado no suplemento DNa - a que Pedro Rolo Duarte dera toda a edição - mas o desejo de obter a entrevista solicitada ao ex-secretário-geral mantinha-se. 

Com o amanhecer da segunda-feira seguinte, a notícia da morte de Álvaro Cunhal refez a realidade... Optou-se por manter o tempo presente em todo o texto porque fora escrito com Manuel Tiago vivo." 


Wook | Bertrand 


Na imagem de capa do livro "Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal" de João Céu e Silva, publicado pela Edições Asa, vemos uma fotografia em preto e branco de Álvaro Cunhal, uma figura central na Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. Este livro oferece uma perspetiva única sobre a vida e as ideias do líder comunista, através de uma viagem pela sua trajetória política e pessoal, que ajuda a compreender melhor o contexto histórico e a luta pela liberdade em Portugal.

Neste 50.º aniversário da Revolução dos Cravos, é importante relembrar e celebrar a conquista da Liberdade em Portugal. Através da leitura destes 25 livros sobre o 25 de Abril, podemos compreender melhor o contexto histórico, os ideais e os protagonistas dessa época tão marcante na nossa história. 

Cada livro aqui sugerido oferece uma perspectiva única e enriquecedora sobre os eventos que levaram à queda do regime ditatorial e à conquista da democracia em Portugal. Através da leitura destas obras, podemos honrar a memória daqueles que lutaram pela Liberdade e lembrar sempre da importância de preservar e defender os valores democráticos. 

Que este aniversário seja não só uma celebração do passado, mas também uma oportunidade de renovação do compromisso com a Liberdade, a Democracia e os Direitos Humanos. Que as mensagens destes livros nos inspirem a valorizar e proteger os ideais pelos quais tantos lutaram e sacrificaram as suas vidas. 

Que a Liberdade seja sempre celebrada e jamais esquecida. Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! 


Se chegaste até aqui, tenho que, antes de tudo, agradecer-te a atenção e o interesse! Depois, acho que o teu esforço deve ser reconhecido e, como tal, precisas de deixar o teu comentário abaixo. Já conhecias algum deste livro? Leste algum? Qual vais ler? 

terça-feira, 23 de abril de 2024

#Livros - Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

 

Capa do livro "Crime e Castigo" de Fiódor Dostoiévski, publicado pela Editorial Presença. A imagem em tons de azul mostra várias pessoas reunidas em um quarto pequeno, criando uma atmosfera de tensão e mistério, que reflete a complexidade dos personagens e das situações descritas nesta obra-prima da literatura russa.

Sinopse

Datado de 1866, Crime e Castigo é o primeiro dos grandes romances que Dostoiévski escreveu - já em plena maturidade literária - e, provavelmente, a mais bem conhecida de todas as suas obras. 

Recriando um estranho mundo em torno da figura do estudante Raskólnikov, atormentado pelas privações e duras condições de vida, este é por excelência um dos livros fundadores da modernidade literária. 

Pelo inexcedível alcance e profundidade psicológica, sobretudo no que respeita às motivações não conscientes e à aparente irracionalidade dos comportamentos das personagens. Dostoiévski tornou-se uma referência universal na literatura. 


Buy Me A Coffee

Opinião 

Fiódor Dostoiévski, um dos maiores escritores da literatura russa, nasceu em 1821 e faleceu em 1881. Conhecido pelas suas obras ricas em análise psicológica e filosófica, o autor aborda temas como a moralidade, o amor, o sofrimento e a redenção. Em 1866, publica uma das suas obras mais famosas, Crime e Castigo, que narra a história do jovem estudante Raskólnikov. Estamos perante um dos grandes mestres da literatura universal, cuja influência perdura até aos dias de hoje e era capaz de apostar que assim será ainda durante os próximos séculos. Neste livro em particular encontramos temas como a culpa, a redenção, a punição e o sofrimento humano. 


Situado na Rússia do século XIX, a narrativa acompanha a jornada dum jovem estudante que decide cometer um assassinato para provar a sua teoria de que algumas pessoas estão acima das leis morais. A partir desse acto, o protagonista é consumido pela culpa e pelo remorso, desencadeando um intenso conflito interno que o leva a questionar os seus valores e a sua própria existência. Esta obra-prima de Dostoiévski desafia as convenções sociais e morais da época, revelando as profundezas da mente humana perturbada e as consequências devastadoras das nossas acções. 


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Raskólnikov talvez seja um dos personagens mais irritantes da história da literatura. Atormentado por pensamentos de grandeza e teorias sobre a sua superioridade em relação aos demais, acaba por cometer um brutal assassinato de forma a provar esta sua teoria. A vítima, uma velha viúva abastada que, segundo o nosso protagonista, vivia de explorar os pobres ao aceitar em penhora os seus poucos bens por algum dinheiro que lhes permita sobreviver. Assim, resolve cometer esse acto por considerar que estaria a fazer um favor à sociedade e que poderia utilizar as suas riquezas para ajudar muita gente, incluindo a si próprio. Depois do crime e de conseguir escapar por pura sorte de ser apanhado em flagrante, cai doente por vários dias, chegando a ser considerado louco pelos amigos preocupados com a sua saúde. Mas mesmo quando a culpa o assola e começa a considerar que talvez não fosse da qualidade superior por que se tomava, a sua arrogância parece não ter fim e as suas provocações irritam todos, além de aumentar as suspeitas sobre si mesmo. 


"Pois bem, eis a questão: é a doença que engendra o crime ou é o próprio crime que, pela sua natureza peculiar, é sempre acompanhado por uma espécie de doença?" 


Os personagens principais são todos complexos e repletos de camadas psicológicas profundas. Além do próprio Raskólnikov, que nos transmite uma série de sentimentos contraditórios, temos ainda Sonya, uma prostituta com uma grande influência inesperada sobre o jovem estudante, e que é retratada como uma figura de redenção e bondade, mesmo dentro da sua própria tragédia pessoal. Outras personagens marcam presença com bastante relevância, como o melhor amigo de Raskólnikov, a sua mãe e a sua irmã, chegadas à grande cidade, e a própria família de Sonya, com um pai alcoólico e uma madrasta tísica, parecem servir para nos mostrar várias formas de viver e lidar com a miséria e a pobreza. Também a forma como reagem aos comportamentos incómodos e inconvenientes do protagonista são bem diferentes, mas todos procuram afastar todas as dúvidas sobre a sua conduta, desculpando tudo a todo o momento. 


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Através da história deste jovem e arrogante estudante, que comete um assassinato porque pensa estar acima das leis morais e sociais, o autor faz-nos refletir sobre os limites éticos e a busca pela redenção. A culpa que o atormenta, ainda que não chegue a ser arrependimento, e o leva ao limite da sua sanidade mental, assim como a procura por justificação dos seus actos, são questões que ecoam a complexidade da natureza humana. Dostoiévski convida-nos a questionar a validade dos nossos valores e a enfrentar o dilema moral presente em cada um de nós. Num cenário sombrio e melancólico, onde a própria cidade tem um papel activo na transmissão destas sensações, somos conduzidos por um labirinto de sentimentos e questionamentos, revelando as fragilidades e grandezas da alma humana, por vezes, escondidas onde menos se espera. 


"Existir, apenas, nunca tinha sido bastante para ele, sempre quisera mais. Talvez tivesse sido só por força dos seus desejos que se considerara a si mesmo como um homem a quem era permitido mais do que aos outros." 


Em Crime e Castigo, o autor volta a presentear-nos com uma narrativa densa e complexa, característica marcante do seu estilo literário único. Mais uma vez, leva-nos por uma viagem às profundezas da mente humana, mergulhando nos intricados pensamentos e emoções dos seus personagens de forma intensa e detalhada. A sua escrita é sempre carregada de simbolismo e de metáforas, criando uma atmosfera sombria e angustiante que nos prende do início ao fim da trama, e que quase nos obriga a sentir essa angústia, o medo e a culpa de Raskólnikov. Neste primeiro grande livro da sua maturidade, Dostoiévski apresenta-nos uma obra magistral e que tem marcado profundamente muitos autores posteriores e uma infinidade de leitores ao redor do mundo. Com uma escrita poderosa, uma trama repleta de reviravoltas e personagens que nos causam emoções contrárias, este é um livro que fica na nossa cabeça muito tempo depois de terminado. 


Em suma, é por tudo isto que Crime e Castigo se tornou uma obra atemporal que continua a ser relevante para a literatura e para a sociedade actual. Com a sua escrita profunda e intensa, Dostoiévski mostra-nos que, mesmo num mundo em constante evolução como o nosso, os dilemas morais e existenciais ainda são tão relevantes e urgentes quanto no século XIX. Ao concluir este leitura, sem que tenha ficado apaixonada ou rendida a nenhuma das personagens, é inegável a genialidade do autor na abordagem que faz aos temas mais complexos e que parecem determinar o que é, de facto, a justiça. Apesar de ser um clássico, não tem nada de difícil na sua leitura, a linguagem é acessível, apenas os temas abordados são pesados e talvez precisem de alguma maturidade para a sua total compreensão. É o livro perfeito para quem procura uma leitura profunda e reveladora e é destemido o suficiente para não se intimidar com o nome famoso do autor. No entanto, se ainda precisas de mais motivos para ler Crime e Castigo, aconselho que vejas o vídeo da Tatiana Feltrin e te rendas às evidências. 


Agora, quero saber a tua opinião sobre este livro e sobre Dostoiévski. Já leste Crime e Castigo? O que achaste deste protagonista irritante? Que outros livros leste deste autor russo e que recomendas? Conta-me tudo nos comentários! 


Encomenda o teu exemplar através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e contribui para as próximas leituras deste blog


Wook | Bertrand 

quinta-feira, 18 de abril de 2024

#Séries - A Escada

 

A imagem da capa da série "A Escada" apresenta um perfil em sobreposição de Kathleen e Michael Peterson, em tons de azul, capturando a complexidade e os mistérios que envolvem o caso. A expressão impassível de Michael contrasta com a suavidade dos traços de Kathleen, criando um impacto visual poderoso que reflete a narrativa envolvente e cheia de reviravoltas que a série promete entregar aos espectadores.

Sinopse

A Escada é uma minissérie original da HBO Max e a trama acompanha Michael Peterson, um famoso escritor de suspense criminal acusado de assassinar brutalmente a própria esposa, Kathleen Peterson. No ano de 2001, Peterson ligou para a polícia a avisar que a sua mulher havia sofrido um acidente, caindo da escada enquanto estava bêbada. Mas as investigações constataram que ela foi espancada até à morte e ele mudou a cena do crime para criar a imagem de um acidente doméstico. Com a exposição na mídia, vários segredos de família são desenterrados, incluindo a possibilidade de infidelidade, e a cada nova informação o público foi descobrindo que o casamento de Michael e Kathleen estava longe de ser perfeito. Rapidamente, Michael tornou-se o único suspeito do crime e acabou sentenciado a vários anos de prisão. Ele lutou na justiça ferozmente por anos para provar a sua inocência, mas todas as peças do crime apontavam para a sua culpa. 


Buy Me A Coffee

Opinião 

A Escada, lançada em 2022, é uma série de suspense e drama que acompanha a história real do caso de Michael Peterson, acusado de matar a sua esposa, Kathleen Peterson, que foi encontrada morta no pé da escada da sua mansão em Durham, Carolina do Norte, em 2001. Com actuações brilhantes de Colin Firth e Toni Collette nos papéis principais, a série mergulha nos detalhes do julgamento e na complexidade da investigação policial, trazendo à tona questões sobre justiça, verdade e o sistema legal americano. O mistério em torno da morte de Kathleen e a trajetória de Michael Peterson são o foco central da trama, garantindo uma narrativa envolvente e repleta de reviravoltas a cada episódio. 


Na trama, acompanhamos, além das acima referidas investigações e do julgamento de Michael, as tensões familiares e muitos são os segredos que vêm à tona durante este longo processo. Recriando este polémico caso dum crime ocorrido em 2001, mas que se prolongou ao longo dos anos, com vários recursos e anulações, são exploradas as evidências apresentadas pela acusação e pela defesa, bem como os impactos do caso na família e na comunidade. Com reviravoltas surpreendentes e complexas revelações sobre vários elementos da família, a série prede-nos ao longo dos seus oito episódios e é muito difícil parar de ver. Além da noite do crime e o inferno que se seguiu na vida de toda a família, somos levados por flashbacks que permitem conhecer a vida daquela grande e aparentemente perfeita família americana. 


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A cada novo episódio somos levados a questionar a verdade por trás do suposto crime, enquanto acompanhamos o marido, os filhos e as irmãs da vítima que lidam com as consequências devastadoras da acusação. A composição desta família é um tanto ou quanto complexa e não fica logo evidente para quem não conhece o caso real. Quando este casal se encontrou, se apaixonou e decidiu casar, Kathleen tinha uma filha do seu anterior casamento e Michael tinha dois filhos da ex-mulher que vivia na Alemanha. Além disso, Michael tinha a seu cargo duas meninas que tinham ficado órfãs e cuja mãe, uma americana que vivia ao lado de Michael na Alemanha, lhe deixou como herança, juntamente com o valor do seu seguro. Assim, quando se casaram passaram a ter uma família numerosa com os filhos de ambos, tendo Kathleen feito tudo para proporcionar uma boa educação a todos, adolescentes e crianças na altura, sendo por todos considerada como uma figura materna. 


Curta e sentida, a foto mostra a família Peterson reunida ao redor da mesa de jantar, com sorrisos nos rostos e olhares cúmplices. Michael, Kathleen, seus filhos e os enteados parecem unidos e felizes, capturando um momento íntimo de amor e união familiar. No entanto, a serenidade da cena é interrompida pela sombra da tragédia que se abate sobre eles, revelando que nem sempre as coisas são o que parecem.

Interpretado por Colin Firth, Michael Peterson é um escritor, ex-militar e com pretensões políticas, descrito como um homem carismático e bem sucedido, mas também como uma figura com um passado conturbado e cercado de segredos e mentiras. Já Kathleen é retratada como uma mulher forte e inteligente, que sustenta aquela grande família à custa do seu trabalho corporativo, e que pode ter descoberto segredos obscuros sobre o seu marido, o que levaria à sua morte trágica e inesperada. As motivações para o suposto crime são um dos pontos centrais da trama, levando o espectador a questionar a inocência ou culpa de Michael. Uma dos aspectos mais interessantes da série são as reconstituições das diversas teorias formuladas ao longo dos anos sobre o sucedido nessa noite. Vemos a hipótese em que Michael é culpado, a hipótese de acidente e até a hipótese onde a culpada foi a coruja. 


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A filha de Kathleen é a primeira a saltar fora deste barco tóxico que se torna o ambiente familiar, sobretudo porque é a primeira a pôr em causa a inocência do padrasto. Os filhos biológicos de Michael são bem diferentes e usados segundo as conveniências do pai. O mesmo acontece com as outras duas filhas adoptivas, que são atropeladas com a descoberta da verdade sobre os acontecimentos da sua infância e com as dúvidas sobre a morte da mãe biológica. Em ambos os casos, os danos foram maiores quanto mais próximos ficavam do pai, gerando adultos traumatizados, inseguros e com graves problemas de integração nos seus meios sociais. Chega um momento em que precisam afastar-se e seguir com as suas vidas, mas o regresso à normalidade parece que lhes está negado da mesma forma que às restantes pessoas. Mas a forma como são tratados por este pai egocêntrico dita a forma como se veem a si próprios e sem a sua aprovação parecem sentir que não são dignos. 



A Escada destaca-se também pela alta qualidade técnica em diversos aspectos. A fotografia é impecável, com planos bem construídos que captam tanto a beleza dos cenários como a tensão dos momentos decisivos da trama. São criados ambientes verossímeis e detalhados, que contribuem para a imersão do espectador na história. Estamos perante uma série que prende a atenção do espectador do início ao fim, com actuações poderosas, e uma trama muito bem desenvolvida, que explora as nuances do caso de forma brilhante. A produção consegue manter o suspense e o mistério ao longo dos episódios, mantendo o público intrigado e ansioso pelo desfecho. Tendo em conta que a série retrata um crime real, somos levados a questionar a imparcialidade do sistema judiciário americano e a necessidade de lutar por uma investigação rigorosa e um julgamento justo. Tocando questões complexas sobre relações familiares, justiça criminal e a natureza volátil da verdade, somos confrontados com temas extremamente relevantes na sociedade actual, onde os debates sobre justiça, responsabilidade e ética estão cada vez mais presentes. 


Esta série apresenta um retrato complexo e detalhado do caso de Michael Peterson, entregando um produto final cativante e emocionante e que descobri através da recomendação do Beto Ribeiro. Precisas de ver este conteúdo, que está disponível na HBO MAX, se gostas de tramas intrincadas e de reviravoltas inesperadas, e se aprecias o género da moda, o True Crime. Em suma, A Escada mostra-nos que a busca pela verdade nem sempre é simples e que, por trás de cada caso criminal, existem histórias e sentimentos profundos que merecem ser compreendidos. A cada novo capítulo obriga-nos a pensar e reavaliar as nossas próprias crenças e convicções, e somos levados a tirar as nossas próprias conclusões sobre a inocência ou culpa de Michael. Agora, quero muito conhecer a tua opinião sobre esta série excelente. Já assististe à serie A Escada? O que achaste do elenco de luxo, da forma de contar este mistério e do final? Gostas deste género de conteúdo? Conta-me tudo nos comentários! 

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