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quinta-feira, 10 de julho de 2025

#Filmes - F1: O Filme

 

Imagem de um pôster do filme "F1 - o Filme" (2025). Ao centro, Brad Pitt veste um macacão branco de equipe de Fórmula 1, com uma expressão determinada. Na frente dele, um carro de corrida de alta performance, reluzente sob a luz do pôr do sol vibrante. Ao fundo, um céu dourado com tons laranja e rosa, destacando um pôr do sol dramático que simboliza velocidade, paixão e o glamour das corridas.

Sinopse

Apelidado d'"o maior que nunca foi", Sonny Hayes foi o fenómeno mais promissor da F1 nos anos 90, até que um acidente na pista quase acabou com a sua carreira. Trinta anos mais tarde, é um piloto nómada de aluguer quando é abordado pelo seu antigo colega de equipa Ruben Cervantes, dono de uma equipa de F1 à beira do colapso. Ruben convence Sonny a regressar para uma última oportunidade de salvar a equipa e ser o melhor do mundo. Ele vai pilotar ao lado de Joshua Pearce, o rookie primissor da equipa que quer impor o seu próprio ritmo. Mas à medida que os motores roncam, o passado de Sonny apanha-o e ele descobre que o seu companheiro de equipa é o seu mais feroz concorrente - e o caminho para a redenção não é algo que se possa percorrer sozinho. 


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Opinião 

F1 - O Filme é uma produção cinematográfica lançada em 2025 que retrata o emocionante universo da Fórmula 1, apresentando as emoções, os desafios e os bastidores dessa elite do automobilismo mundial. Colocando lado a lado Brad Pitt e Javier Bardem, o filme oferece uma experiência imersiva, combinando acção, drama e a complexidade das estratégias da alta velocidade, enquanto explora as histórias pessoais dos pilotos e as pressões enfrentadas nas pistas. A sua proposta parecer ser proporcionar ao público uma visão aprofundada e realista do mundo das corridas, destacando não só a adrenalina das competições, mas também os aspectos humanos e emocionais envolvidos na luta pela vitória. 


A trama acompanha o regresso aos palcos da Fórmula 1 dum piloto veterano, que nunca cumpriu o seu potencial quando era uma jovem promessa. Sonny, depois de ter sofrido um grave acidente, saiu da competição e passou a correr o mundo para participar nas mais diversas corridas, desde conhecidas até obscuras. O que lhe importava era continuar a conduzir, aquilo que fazia de melhor. O seu amigo, Ruben, desesperado e prestes a perder a sua equipa, convence-o a voltar para uma última temporada, acreditando que só ele será capaz de revitalizar a marca, unir o grupo e encontrar a estratégia que lhes permita conquistar um lugar de destaque na competição. Em oposição ao experiente Sonny, temos o jovem Pearce, cheio de talento e arrogância, incapaz de perceber ou de admitir o tanto que pode aprender com a convivência com um piloto veterano, destemido e que foi capaz de manter consigo apenas a paixão pela condução. 


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Com um elenco de peso, liderado pelo sempre lindo de morrer Brad Pitt e pelo sempre charmoso Javier Bardem, o filme foi dirigido por Joseph Kosinski e feitas gravações em diversos circuitos de corrida, contando ainda com vários pilotos reais a aparecerem no decorrer da acção. A produção contou com um orçamento expressivo, permitindo a utilização de tecnologia de ponta para recriar com realismo as emoções das corridas de Fórmula 1, além de contar com efeitos visuais impressionantes. O roteiro, assinado por Ehren Kruger, oferece uma trama envolvente que combina elementos de drama, acção e bastidores do desporto, enquanto explora a pressão, a rivalidade e os desafios dos pilotos. 


magem de Brad Pitt e Damson Idris vestidos com os fatos brancos da equipe de Fórmula 1, posando juntos em um cenário de corrida, com seus uniformes reluzentes sob a luz intensa, simbolizando a emoção e a velocidade do filme "F1 - o Filme".

Antes mesmo da estreia, F1, o Filme gerou grande expectativa entre os fãs de Cinema e de Fórmula 1, afinal o elenco e a temática prometiam uma narrativa intensa e emocionante. As críticas que fui lendo dividiram-se e, se as primeiras diziam mal e quase me tinham deixado sem vontade de ir ver, as últimas acicataram-me a curiosidade e tive mesmo de ir ver com os meus olhos e, de preferência, na grande tela duma sala de cinema. O primeiro impacto que tive foi ver como o Brad Pitt continua com uma beleza perturbadora, mesmo já sendo um sexagenário. Dá para acreditar? A sua interpretação traz uma combinação marcante de carisma e intensidade, capturando com autenticidade a paixão, a determinação e os dilemas emocionais do seu protagonista, ao mesmo tempo que consegue equilibrar momentos de adrenalina com cenas mais introspectivas. Longe vão os tempos em que Hollywood achava que este homem era apenas um rosto bonito. 


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Por seu lado, o jovem Damson Idris, que interpreta o piloto novato, mas cheio de talento e de desejo de se afirmar, entrega uma actuação muito marcante e surpreendeu-me o seu trabalho, dado que não me recordava de o ter visto em projectos anteriores. Assim, verifico que conseguiu capturar a complexidade do seu personagem, transmitindo com subtileza as pressões e desafios enfrentados, bem como a sua evolução ao longo da narrativa. No que toca a Javier Bardem, apesar de ter um papel com menos protagonismo, a sua interpretação contribui para entendermos o passado do piloto esquecido, as suas lutas, as consequências das suas decisões, quase como um contraponto do que poderia ter sido a vida de Sonny, se tivesse seguido outros trilhos. 



A temática da corrida e da velocidade é explorada de maneira intensa e visceral, transmitindo a adrenalina e a emoção que envolvem o mundo da Fórmula 1 e que é transversal a todos os intervenientes deste universo, desde os pilotos, passando pelas equipas técnicas, sem esquecer o público. Este é o pano de fundo perfeito para explorar os temas inevitáveis relacionados com competição e rivalidade. Não só com as equipas adversárias, mas sobretudo as internas, que contaminam as equipas e impedem que os resultados desejados sejam alcançados. Os conflitos vão muito além da velocidade e da técnica, e refletem as pressões externas, os egos, a experiência de vida e os sacrifícios envolvidos na busca pelo topo. 


Gostei particularmente da forma como retratam a emoção das corridas, destacando-se pela sua direcção dinâmica e por momentos de tirar o fôlego, mesmo para quem não seja adepto ferrenho desta modalidade desportiva. A narrativa é eletrizante, com cenas de corridas intensas, ultrapassagens arriscadas e acidentes dramáticos que testam os limites dos pilotos. A combinação de efeitos visuais impressionantes e uma banda sonora pulsante reforça a emoção do filme, colocando-o como uma homenagem vibrante ao mundo da Fórmula 1, a elite dos pilotos, onde os melhores do mundo sonham chegar. Assim, só posso recomendar este filme a todos os amantes de Cinema e aos apaixonados por velocidade. Também se destina a quem gosta de emoções intensas e histórias de superação, contando com todos os clichés desse género de narrativa. 


Por isso, corre para o cinema mais próximo e prepara-te para uma experiência emocionante e cheia de adrenalina com F1 - O Filme. Mas agora quero muito saber a tua opinião! Já viste o filme? Como avalias a actuação de Brad Pitt? Gostaste da narrativa? Ou ficaste incomodada com os clichés? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 8 de julho de 2025

#Livros - A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

 

Ilustração da capa do livro "A Escrava Isaura" publicado pela Guerra e Paz, apresentando uma mulher branca acorrentada, retratada em tons de laranja e vermelho, transmitindo uma atmosfera de opressão e resistência.

Sinopse

A Escrava Isaura é uma das principais obras do romantismo brasileiro e um marco na literatura a favor do fim da escravatura. 

Isaura é uma escrava lindíssima, criada como filha pela mulher do comendador Almeida, numa magnífica fazenda do século XIX, em Campos de Goitacases, no Rio de Janeiro. A sua beleza desperta múltiplas paixões e desejos libidinosos, dos quais Isaura tenta escapar, particularmente dos avanços de Leôncio, o filho do comendador, um fazendeiro autoritário que não admite ser contrariado. A fuga com a ajuda do pai, o feitor português Miguel, parece ser a única solução. Serão eles bem-sucedidos nos seus planos? Poderá Isaura encontrar a liberdade e o amor? 

Escrito em plena campanha pelo fim da escravatura, este romance tornou-se rapidamente num êxito editorial, dando a Bernardo Guimarães o reconhecimento que até aí não granjeara na proporção merecida. 


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Opinião 

A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, é um clássico da literatura brasileira publicado em 1875, que retrata com sensibilidade e realismo a temática da escravidão e da injustiça social no Brasil do século XIX. O autor foi um importante romancista, poeta e jornalista brasileiro, reconhecido pelas suas obras que abordam questões sociais e morais do seu tempo. A sua escrita combina elementos do romantismo com uma forte crítica às desigualdades e injustiças, tornando-se uma das referências do século XIX. Passado num Brasil marcado pela escravidão, que perduraria até 1888, e por profundas contradições sociais, foi publicado num momento em que o país vivia o auge do regime escravocrata. 


A história de Isaura, uma escrava branca e virtuosa, serve como um símbolo da esperança de mudança e da luta contra a opressão, inserindo-se num contexto de crescente debate social e político que culminaria na abolição da escravatura pouco tempo depois. Apesar da sua condição, Isaura é pura e sonha com liberdade e amor verdadeiro. Tendo recebido uma educação esmerada e sido tratada como filha da senhora da casa, a sua vida complica-se quando esta morre sem a libertar e acaba por despertar o interesse do cruel fazendeiro Leôncio, herdeiro e agora dono de todos os escravos, que deseja torná-la sua amante a todo o custo. Ao longo da narrativa, são muitas as dificuldades que esta jovem enfrenta, mas nunca desiste de lutar pela sua dignidade, mesmo quando esmorece e deixa de acreditar que a liberdade é um sonho possível. 


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Na obra, cada personagem principal desempenha um papel essencial na trama, com uma forte carga simbólica. Isaura, a escrava de carácter nobre, é símbolo de pureza e esperança de liberdade. Leôncio é o fazendeiro racista e cruel, sem escrúpulos quando quer obter o que deseja. Álvaro, um jovem generoso e idealista, torna-se o grande aliado de Isaura e o dono do seu coração, representando a justiça e a crença na igualdade. Malvina, esposa de Leôncio, é ingénua e acaba vítima da manipulação do marido, que consegue iludir a sua percepção e esconder os seus defeitos e faltas, colocando toda a culpa na pobre escrava. O autor, sempre de forma contundente, aborda temas relacionados com a escravatura, como a crueldade e desumanização impostas aos cativos, numa época sobejamente marcada pela desigualdade. 


"Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala." 


O romance também explora o poder do amor puro e verdadeiro, evidenciado como uma força transformadora, capaz de desafiar os obstáculos impostos pelo sistema, reforçando a ideia de que a esperança é uma arma vital na luta por dignidade e igualdade. Assim, além de denunciar os horrores da escravatura, também inspira uma reflexão sobre os valores humanos universais de justiça, amor e esperança, além de promover a bondade e a esperança num mundo mais justo. Por fim, também reforça a importância da fé, da coragem e da perseverança diante das adversidades. Portanto, além de denunciar uma realidade triste, também inspira a crença na possibilidade de transformação social. 


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Com uma linguagem repleta de lirismo e uma trama tecida com delicadeza, o autor revela as dores e os anseios duma alma que, apesar das amarras da escravidão, mantém viva a esperança de liberdade e de viver um amor verdadeiro e digno. São muitos os recursos narrativos empregados para envolver o leitor e aprofundar a história. Entre eles, destaco a narrativa em terceira pessoa, a descrição detalhada de ambientes e personagens, de forma gradual, e a utilização de diálogos que revelam as personalidades e as dinâmicas entre os personagens, o que contribui para o desenvolvimento da trama. Um dos pontos fortes da narrativa é a sua construção de personagens complexos e cativantes, especialmente a protagonista Isaura, que conquista o leitor desde o início. 


"Parece que Deus de propósito tinha preparado aquela interessante cena, para mostrar de um modo palpitante quanto é vã e ridícula toda a distinção que provém do nascimento e da riqueza, e para humilhar até o pó da terra o orgulho e fatuidade dos grandes, e exaltar e enobrecer os humildes de nascimento, mostrando que uma escrava pode valer mais que uma duquesa." 


É impossível ler A Escrava Isaura e não ser tocado pela sensibilidade com que o autor retrata a luta pela liberdade e a dignidade humana. A história de Isaura, que todos conhecemos por ter sido celebrizada numa novela da Globo, é fascinante e cumpriu bem as expectativas associadas a um enredo tão reconhecido, tanto no Brasil quanto em Portugal. Retrato da sociedade brasileira do século XIX, a narrativa envolvente, aliada à construção de personagens profundos e humanizados, confere ao livro uma força emocional que permanece impactante até hoje. Apesar de alguns aspectos do romance refletirem o contexto da época, a obra mantém a sua relevância por promover uma compreensão crítica da História e das desigualdades sociais. 


Só te posso recomendar esta leitura, qualquer que seja a tua idade, se te interessas por histórias de resistência, amor e luta contra a injustiça. Claro que se viste e adoraste a novela, vais querer muito ler o livro enquanto é tempo, além de ser essencial para quem gostava de compreender um capítulo importante da História brasileira. Mas agora quero muito saber a tua opinião! Já leste o livro ou viste apenas a novela? O que achaste desta história? Algum personagem te marcou? Que reflexões te levantou esta leitura? Conta-me tudo nos comentários! 


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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Compras na Feira do Livro de Lisboa 2025

 

Livros abertos em destaque na Feira do Livro de Lisboa 2025, com estantes ao fundo, transmitindo o entusiasmo pela leitura e a diversidade de obras disponíveis.

A Feira do Livro de Lisboa é, há décadas, um dos eventos culturais mais aguardados do calendário português, reunindo leitores, autores e editoras numa celebração vibrante do universo literário. Em 2025, a Feira continuou a encantar os visitantes com uma vasta seleção de novidades editoriais, debates, sessões de autógrafos e actividades para todas as idades. Este momento especial é uma oportunidade para adquirir livros, mas também para mergulhar na cultura, conhecer autores e descobrir novas paixões literárias, e é o evento de que não abdico, ainda que não consiga ir todas as vezes que gostaria. 


Buy Me A Coffee

Desta vez, consegui ir três vezes, uma a cada semana, e aproveitei para explorar as diversas bancas e escolher algumas obras que prometem enriquecer a minha colecção, num grande rombo no orçamento, mas controlado pois não trouxe comigo tudo o que desejaria. Entre as várias opções disponíveis, encontrei títulos de diferentes géneros, desde clássicos até obras contemporâneas, o que reflete bem a diversidade e a riqueza do panorama literário actual. Hoje, como vem sendo hábito, venho partilhar as minhas compras, com a certeza de que fiz bons negócios e adquiri obras que muito prazer me darão. Vens comigo ver as novas aquisições? 


DIA 1 


Pilha de livros adquiridos na Feira do Livro de Lisboa 2025, exibindo diversas capas coloridas e títulos variados, refletindo a variedade e a riqueza cultural do evento.

1. Gente Ansiosa, de Fredrik Backman

Depois de descobrir este autor sueco, não parei mais e todos os anos procuro ler um livro dele. Portanto, este era um dos autores que sabia que ia comprar na Feira e o eleito foi este, com o preço simpático de 11,31€. 


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2. Eneida, de Vergílio 

Agora que já comecei a ler as grandes obras épicas, fundadoras da cultura ocidental, não posso parar, e esta é uma das que me faltavam. Conto que marque presença ainda durante este ano, portanto, não será uma obra para ficar muito tempo parada na estante. O preço também foi muito apetecível, 10,62€, como livro do dia. 


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3. Salgueiro Maia, de Moisés Cayetano Rosado 

Este foi o grande motivo para ter ido à Feira neste dia, pois ando de olho nele há muito tempo. Desta vez não me escapou e veio para minha casa por 12€. 


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4. A História do Rei Artur e dos seus Cavaleiros, de H. Pyle

Este e o próximo não estavam nos planos, mas quando os encontrei na caixinha das oportunidades, não lhes resisti. Afinal por apenas 7€, quem podia resistir? 


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5. As Aventuras de Robin dos Bosques, de H. Pyle

Como já referi no livro anterior, este também veio das adoradas caixas de oportunidades e custou também apenas 7€. Aquilo a que se chamam bons negócios, não achas? 


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6. A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

Este também não estava nos planos, mas teve de vir comigo quando o vi na caixa dos manuseados da Guerra e Paz, a custar apenas 5€. Um caso sério de amor à primeira vista que já conquistou o direito de ser lido antes de todos os outros que trouxe. 


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7. Hamlet, de William Shakespeare

Para conseguir receber o desconto de 5€ em compras acima dos 30€, promoção da Porto Editora, juntei ao meu carrinho esta obra essencial, numa edição bilíngue e com tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen. Como livro do dia estava apenas a 9,99€, mas o total dos três livros teve direito ao referido desconto, o que a minha carteira muito agradeceu. 


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8. Solaris, de Stanislaw Lem

Apesar de ter este livro debaixo de olho nos livros do dia, acabou por vir logo na minha primeira visita quando o encontrei na caixa dos manuseados da Antígona por apenas 5€. Mais uma pechincha! 


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Podes ver também as minhas compras na Feira do Livro de Lisboa 2024 


DIA 2


Pilha de livros adquiridos na Feira do Livro de Lisboa 2025, exibindo diversas capas coloridas e títulos variados, refletindo a variedade e a riqueza cultural do evento.

1. O Botequim da Liberdade, de Fernando Dacosta

Tenho andado fascinada pela figura carismática de Natália Correia, por isso, não consegui ignorar esta obra que nos fala sobre o seu bar mítico em Lisboa, sobretudo porque era livro do dia e custou apenas 10,50€. 


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2. Batalha Incerta, de John Steinbeck

Mais um autor que ganhou lugar cativo nas minhas leituras anuais e que precisava de adquirir algo seu para este ano de 2025. Este foi o eleito, dado que era livro do dia e custava apenas 11,31€. 


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3. A Peste, de Albert Camus

Ler Camus tem sido uma aventura extraordinária, mas ainda não tinha o livro que todos leram na pandemia. Agora já tenho e custou apenas 9,99€. 


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4. Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

Os autores russos não costumam falhar e queria muito descobrir Turguéniev, além de não ser capaz de passar pela Feira sem trazer nada da singular Relógio d'Água. Este foi o eleito da vez e custou apenas 9€. 


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5. Obra Poética, de Ary dos Santos

Só mesmo este poeta revolucionário para me fazer ir para Lisboa na véspera do Santo António, depois do trabalho, quando ia haver marchas e muitos arraiais nessa noite. Andava a adiar esta compra há demasiado tempo e como andava sem stock de livros de poesia, de 2025 não podia passar. A sua obra poética ganhou lugar na minha estante e custou somente 7,50€. 


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6. Biblioteca Pessoal, de Jorge Luis Borges 

Assim que começamos a ler Jorge Luis Borges, nunca mais conseguimos parar. Esta é uma obra inacabada, mas que queria muito descobrir. Como livro do dia, custava apenas 9,30€, mas mais uma vez consegui aproveitar o desconto de 5€ da Porto Editora com a compra dos três livros. 


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DIA 3


Pilha de livros adquiridos na Feira do Livro de Lisboa 2025, exibindo diversas capas coloridas e títulos variados, refletindo a variedade e a riqueza cultural do evento.

1. Pão de Açúcar, de Afonso Reis Cabral

Não foi uma compra planeada, mas confesso que tinha muita curiosidade para ler algo do neto do gigante Eça de Queiróz. Para aproveitar a promoção da Leya, que oferece o quarto livro na compra de três, decidi trazer este para casa por apenas 11,30€. 


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2. Novas Cartas Portuguesas, das três Marias 

Em tempos tão conturbados como os que vivemos, parece-me essencial revisitar as lutas do passado, porque a memória é o que nos pode salvar. Este já está na estante e custou apenas 14,90€. 


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3. Madre Paula, de Ricardo Correia

O género romance histórico é um dos meus favoritos e estava a sentir a sua falta nas minhas pilhas de livros. Esta foi uma compra de última hora a que não resisti, mesmo não sendo livro do dia na minha última visita. Veio por 7€ e espero que seja tudo o que promete. 


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4. Vida e Destino, de Vassili Grossman

Um clássico calhamaço que precisava de ter na estante, embora ainda me faltem outros do autor desta série. Mas temos de começar por algum lado, não é? Talvez seja o mais caro que comprei, mas não me arrependo dos 17,90€ que custou. 


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5. Eu sou a minha poesia, de Maria Teresa Horta

Mais um livro de poesia, género a que me ando a dedicar nos últimos tempos, duma autora que perdemos recentemente. Com a já referida promoção, acabou por ser oferta. 


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6. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

Compra sempre adiada nos últimos anos, de 2025 não passou e será desta que vou ler a distopia que me falta. O preço? 11,10€. 


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7. Outono Alemão, de Stig Dagerman

Confesso que nunca ouvi falar deste livro, mas ele foi uma oferta da Antígona, muito simpática, e o tema parece ser bem interessante. Quando o ler, partilho contigo! 


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8. Um quarto só seu, de Virginia Woolf

Para terminar, já tratei de agarrar a minha leitura de Virginia Woolf de 2026, com esta obra da Penguin, com um preço muito tentador, apenas 5,97€. 


Wook | Bertrand 


Podes ver ainda as minhas compras na Feira do Livro de Lisboa 2023 


EXTRA


Imagem da capa do livro "Uma Pequena Vida" de Hanya Yanagihara, exibida na Feira do Livro de Lisboa 2025.

No intervalo das visitas que fiz, aproveitei a visita duma amiga querida, para encomendar este calhamaço que andou nas bocas de meio mundo. Na verdade, até foi o mais caro, 17,95€, mas pareceu-me uma tentação difícil de resistir. 


Wook | Bertrand 


Mais uma edição terminada, com muitas compras realizadas e com o entusiasmo de sempre pelo universo dos livros. Cada livro adquirido representa uma oportunidade de descobrir novas histórias, novos autores, aprofundar conhecimentos ou simplesmente desfrutar de momentos de lazer. Fica a certeza de que o mundo literário continua vivo e vibrante, impulsionado pela paixão de leitores, autores e livreiros. Mas agora, quero saber da tua experiência? Visitaste a Feira este ano? O que achaste do ambiente e das editoras presentes? Quais as melhores compras que fizeste? Ficaste curiosa com alguma das minhas? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 1 de julho de 2025

#Livros - Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso, de João Morgado

 

Fundo azul claro com um desenho do globo terrestre, com os continentes em amarelo. No topo, uma gravura de Fernão de Magalhães, e na parte inferior, uma ilustração de uma ave-do-paraíso.

Sinopse

"Não, não, não!". Foram estas as palavras que D. Manuel I devolveu a Fernão de Magalhães quando este lhe pediu um aumento. Afinal merecia, já tinha dado meia-volta ao mundo. Queria ver os seus méritos reconhecidos. "Não!" E se o rei de Castela lhe desse ouvidos, o levasse a sério, acreditasse na sua coragem e tenacidade, para partir numa viagem de circum-navegação? 

Em 1519, uma armada saiu de Sevilha sob o comando de Fernão de Magalhães com o objectivo de provar que a Terra era redonda e que seria possível chegar à Ásia rumando pelo Ocidente. Para trás o comandante deixa a sua amada Beatriz e uma promessa: «Um dia trago-te uma ave-do-paraíso. Prometo!»

No entanto a jornada era longa e a ave-do-paraíso ficava cada dia mais distante. A fome, a sede, o frio, a violência, a morte marcaram a viagem, assim como a esperança, o acreditar que encontrariam a passagem para o outro lado do Mundo, a felicidade de ouvir um «terra à vista» ou de perceber que um companheiro estava vivo. Mas que segredos esconde Fernão de Magalhães para a determinada altura perder o brilho no olhar, desistir de avançar e de alcançar o tão desejado destino: as ilhas Molucas? 

No ano em que se comemora os 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, o romancista João Morgado apresenta um romance inovador em que a ficção e a História se entrelaçam harmoniosamente e que permite ao leitor descobrir a vida intensa de Fernão de Magalhães, numa viagem no tempo, com a segurança de que, ao segui-la passo-a-passo, encontrará o que de mais verosímil se conhece sobre esta viagem histórica e sobre este homem que marcou a história da Humanidade. 


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Opinião 

João Morgado mergulha na fascinante jornada de exploração e descoberta liderada por Fernão de Magalhães, destacando-se pelo relato das suas viagens pioneiras ao redor do mundo, além de nos levar por uma reflexão sobre os impactos dessas expedições na História, na cultura e na compreensão do desconhecido. Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso convida-nos a explorar os limites da coragem humana e a complexidade do processo de exploração, trazendo à tona a simbologia desta ave como metáfora de sonhos, desafios e descobertas que marcaram uma das mais extraordinárias aventuras marítimas de todos os tempos. 


A obra remete-nos para o século XVI, período marcado pelas expedições marítimas que expandiram os horizontes europeus e abriram rotas para as Américas, Ásia e outros continentes. O livro combina elementos de ficção histórica com um toque de fantasia, criando uma narrativa envolvente que convida o leitor a refletir sobre os encontros culturais, as descobertas e os mitos que cercaram esses momentos de expansão. João Morgado é um reconhecido escritor português, célebre pelas suas obras que exploram temas históricos, nomeadamente a sua trilogia sobre os grandes navegadores, onde este livro se insere, agora com o foco no enigmático Fernão de Magalhães. 


Podes ler também a minha opinião sobre Vera Cruz 


Assim, a história acompanha as aventuras do navegador pelos mares desconhecidos, enfrentando tempestades, conflitos e descobertas extraordinárias. O enredo destaca a coragem, a determinação e os desafios enfrentados por Magalhães e a sua tripulação, deixando em evidência a busca por novas terras e conhecimentos, além de expor os obstáculos políticos e pessoais que marcaram esta histórica viagem marítima. E no centro, como protagonista mesmo após a morte, temos o navegador mais controverso da História portuguesa, homem aventureiro e determinado, com um espírito explorador que o impulsiona a desafiar limites, mesmo depois de ter constituído família, com uma linda esposa grávida que ficaria em Sevilha à sua espera. 


"Não tinha em grande conta um homem que era senhor de um vasto império, que ia do Brasil às Índias, mas só calcava os tapetes dos palácios; não conhecia sequer o cheiro húmido do mar, onde se alçara, a suor e lágrimas, a glória do reino." 


É uma história onde a ambição é a força motriz que leva os homens a superar-se, com coragem e perseverança diante das adversidades, que eram mais que muitas em alto mar, sobretudo em águas desconhecidas e inóspitas para os padrões a que estavam habituados. É um retrato do espírito aventureiro que impulsionou as grandes descobertas da época e que nos permitiu expandir horizontes e compreender melhor o mundo que nos rodeia. Nesta leitura, fazemos uma viagem também pela busca incessante pelo conhecimento, pelo domínio das técnicas e das ciências que permitiram sobreviver nestas navegações, além de reclamar a soberania sobre os territórios para as coroas que dominavam o mundo europeu, a portuguesa e a castelhana. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre D. Manuel I 


Um dos pontos fortes de Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso é a linguagem envolvente e acessível, ainda que seja capaz de transmitir a riqueza histórica e cultural da época, sempre de forma clara e muito cativante, sem nunca comprometer a compreensão, nem que seja pelas notas adicionadas no rodapé. A narrativa, por sua vez, é dinâmica e bem estruturada, mantendo-nos interessados seja quando retrata Fernão de Magalhães descontente em Lisboa, cheio de esperanças em Sevilha, ou determinado na sua derradeira viagem. A pesquisa do autor traz à tona detalhes pouco conhecidos desta viagem revolucionária, que provou, sem margem para mais dúvidas, que a Terra é redonda. Durante a leitura, somos transportados para dentro das naus, sentindo o impacto das aventuras e dos desafios que estes homens enfrentaram, enquanto são explorados brilhantemente os aspectos históricos conhecidos.


"Tinha dentro de si uma grandeza assumida, uma dimensão maior do que o seu corpo pequeno dava a entender. Dera-se a mil sacrifícios em nome d'el rei para mostrar essa envergadura nobre que lhe fervilhava na alma, mas nunca tinha sido reconhecido." 


Pessoalmente, esta leitura deixou-me impressionada com a forma como o autor consegue misturar aventura, História e muitas reflexões. A narrativa sobre a figura e a trajetória de Magalhães impressionou-me e deixou-me com muita vontade de continuar a desvendar esta personagem histórica fascinante e que está envolta em tanta polémica, mesmo passados tantos séculos. A riqueza dos detalhes e a sensibilidade na abordagem dos personagens tornaram esta imersão inspiradora, além de que me senti transportada para o alucinante século XVI, vivenciando as emoções e os desafios enfrentados pelos navegadores. O meu fascínio por esta era de ouro da História de Portugal já é antigo, mas esta leitura só veio reforçar esse sentimento e reavivar a minha vontade de ler cada vez mais sobre as figuras que mudaram o mundo, pelo que fizeram e pelo que descobriram, com risco da própria vida. 


Só posso recomendar esta leitura a todos os que gosta de histórias de aventura, descobertas e exploração, quer sejas jovem ou adulto, esta pode ser uma excelente porta de entrada para saber mais sobre esta época, além de ser do interesse de quem aprecia História, Geografia e Biografias de figuras marcantes do nosso passado. Agora, quero muito saber a tua opinião! Já leste este livro? Conheces o trabalho do João Morgado? Sentes interesse pelas figuras das grandes navegações? Qual a tua personalidade favorita dessa época? Conta-me tudo nos comentários! 


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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Projecto Cinema - 1944 | Casablanca

 

Filme de película clássico sobre fundo branco, representando o universo do cinema e os vencedores do Oscar ao longo dos anos.

Casablanca, lançado em 1942 e vencedor do Óscar de Melhor Filme em 1944, é uma das obras mais icónicas da História do Cinema e um dos meus filmes favoritos da vida. Dirigido por Michael Curtiz, o filme retrata uma história de amor, sacrifício e esperança passada na cidade de Casablanca, durante a Segunda Guerra Mundial. Com actuações memoráveis de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, a narrativa combina elementos de romance, suspense e política, refletindo bem os desafios e as emoções daquele período turbulento. A sua importância histórica no Cinema reside não só na sua narrativa envolvente e diálogos célebres, mas também na sua capacidade de capturar o espírito de resistência e esperança em tempos de crise. 


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Os Óscares de 1944, oficialmente conhecidos como a 16.ª Cerimónia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, celebrou as melhores produções lançadas no ano anterior, 1943. Este período foi marcado pelo impacto da Segunda Guerra Mundial, que se refletiu também no Cinema, que procurava oferecer tanto entretenimento quanto uma reflexão sobre os tempos turbulentos que se viviam no coração da Europa. Neste contexto, o filme Casablanca destacou-se entre as demais obras concorrentes, conquistando o prémio de Melhor Filme, como um reconhecimento à sua qualidade artística e ao seu papel cultural e emocional. Com o passar dos anos, o tempo e os espectadores só o têm consolidado como um clássico atemporal e um símbolo de resistência durante a guerra. 


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Passado em Marrocos, a história acompanha Rick Blane, um expatriado americano que administra um bar popular na cidade, com regras apertadas que nunca quebra, e onde a sua fama de cínico o precede. Quando a sua antiga paixão, Ilsa Lund, aparece com o seu marido, Victor Laszlo, um líder da resistência, tudo muda, desde o seu comportamento até ao entendimento do que os levou aos dois a desencontrar-se em Paris e ao reencontro inesperado em Casablanca. Este triângulo amoroso, interpretado pelos icónicos Humphrey Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid, respetivamente, apresenta-nos dilemas morais pontuados por amor e sacrifício, num ambiente hostilizado pela presença dos nazis na cidade e onde o patriotismo era um acto de coragem. 


Imagem de capa do filme "Casablanca" (1942), mostrando Humphrey Bogart como Rick Blaine e Ingrid Bergman como Ilsa Lund, em uma cena icônica do clássico filme de romance e drama ambientado durante a Segunda Guerra Mundial.

No coração da história temos o amor entre Rick e Ilsa, que se revela complexo e cheio de emoções conflitantes, refletindo a força dos sentimentos mesmo em tempos de adversidade. O filme também evidencia o sacrifício individual em prol dum bem maior, numa celebração da coragem e da fé na humanidade em momentos sombrios da História. Claro que o sucesso que perdura até aos dias de hoje só foi possível por causa da química extraordinária entre Bogart e Bergman, fundamental para a narrativa emocional do filme, e que se tornou uma das parcerias mais memoráveis da História do Cinema. Também contribuiu significativamente para o sucesso da obra a direcção de Michael Curtiz, amplamente elogiada por criar uma atmosfera de tensão, romance e esperança, captando a essência do cenário de guerra da Segunda Guerra Mundial. 


Do ponto de vista técnico, o filme destaca-se pela sua cinematografia a preto e branco, que contribui para a atmosfera melancólica e dramática da história. O roteiro é uma obra-prima de narrativa, equilibrando romance, conflito político e dilemas morais, criando diálogos inesquecíveis e cenas carregadas de tensão emocional, tendo merecido também o seu próprio Óscar. A sua abordagem sofisticada, combinada com uma banda sonora marcante e uma direcção habilidosa, ajudou a moldar o estilo clássico de Hollywood e permanece uma obra de referência na História do Cinema mundial, que continua a ser um deleite rever e rever, vezes sem fim. Em suma, estamos perante uma obra-prima que transcende o tempo e continua a cativar novas gerações. 



Se ainda não assististe a este clássico do Cinema, não sabes o que estás a perder e a quantidade de referências na cultura pop que te estão a passar ao lado. Se for esse o teu caso, ou se apenas bateu a vontade de rever esta obra icónica, podes assistir gratuitamente caso sejas subscritor da MAX ou do Prime Video. Aproveita esta oportunidade para mergulhares numa produção que conquistou o coração do público e da crítica há mais de oitenta anos e que continua a inspirar gerações até hoje. Para mim, Casablanca é muito mais do que um clássico, é uma prova de que uma história bem contada consegue resistir ao teste do tempo, permanecendo relevante e apaixonante passe o tempo que passar. 


Agora, quero muito saber a tua opinião! Já viste Casablanca? O que torna este filme tão memorável para ti? Qual a tua cena favorita? Gostas do final? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

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