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terça-feira, 29 de novembro de 2022

#Livros - Homenagem à Catalunha, de George Orwell

 

#Livros - Homenagem à Catalunha, de George Orwell

Sinopse

A revolução espanhola ocupa um lugar-charneira na obra de George Orwell, escrita no final da guerra civil espanhola (1936-1939) a partir da sua própria experiência na frente de combate, Homenagem à Catalunha é uma obra ímpar, onde o autor descreve, com o agudo poder de observação que o caracteriza, o confronto entre os vários grupos revolucionários, incluindo as suas clivagens internas, e os fascistas. De facto, Orwell tinha uma franqueza rara entre a esquerda militante: dizia o que via mesmo que isso pusesse em causa o que até então havia pensado, oferecendo-nos aqui um retrato lúcido das peripécias da guerra civil. 


Opinião

Dos tantos livros que vieram comigo na última edição da Feira do Livro de Lisboa, este é já o quarto que termino e acredito que antes do ano acabar ainda virei falar de outro. As compras foram muitas e tenho pouca convicção de que irei ler todos antes da próxima edição, mas isso não é desculpa para os deixar na estante, não é verdade? Depois de ter lido os livros mais famosos de George Orwell, quero continuar a ler o que escreveu, porque tem um estilo irónico e sarcástico fantástico e também porque toca em temas fundamentais para todos nós, sem que seja um peso ler ou sequer difícil de compreender a sua mensagem. 


É precisamente o que acontece neste livro, Homenagem à Catalunha, onde nos conta a sua experiência pessoal na guerra civil espanhola. O facto de ser uma narração na primeira pessoa, fruto dos meses que viveu e participou no conflito, já seriam motivos suficientes para ser de uma importância extraordinária para todos os que querem entender o que aconteceu e o ambiente que se vivia na época. Apesar de Orwell ser abertamente de esquerda, já deu muitas provas do seu espírito crítico e da sua capacidade de emitir opiniões e impressões contrárias às suas convicções e do seu partido. É por isso que as suas impressões sobre este conflito tão polémico são tão importantes e relevantes. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Triunfo dos Porcos


Esteve em Barcelona, viveu o ambiente da cidade, presenciou as emoções fervilhantes de esperança e determinação da classe trabalhadora, num momento em que todos acreditavam que seria possível viver como iguais, sem diferenças de classes ou hierarquias. Os burgueses esconderam-se ou fugiram, e muitos disfarçavam-se na multidão vestindo roupas que os poderiam fazer parecer trabalhadores comuns. Determinado a participar e contribuir para o sucesso desta revolução de trabalhadores, George Orwell decide alistar-se nas milícias e seguir para a frente de combate. 


"Dizem que são precisas mil balas para matar um homem e, por aquele andar, só dali a vinte anos mataria o meu primeiro fascista." 


Como viveu esta experiência pessoalmente, consegue relatar os poucos recursos que existiam na frente de combate da Catalunha, embora tenha percebido que a falta de hierarquia militar não atrapalhava a organização da milícia nem diminuía o seu empenhamento e dedicação à causa. A falta de armas era compensada pela enorme coragem de todos os envolvidos. É curioso também perceber quais as impressões que os espanhóis e a sua particular forma de estar na vida provocaram num prático inglês, pouco habituado a toda aquela expansividade e que não conseguia compreender muito bem as prioridades deste povo, tão diferente do seu. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre 1984


Apesar do foco estar no ambiente militar que viveu, na sua experiência pessoal na frente, nos problema que encontrou, nas pessoas que conheceu e no que o esperava quando, depois de ter sido atingido no pescoço, voltou a Barcelona, ainda assim, existem muitas considerações políticas e alguns esclarecimentos que ajudam a compreender melhor o ambiente dos partidos, das suas rivalidades, das várias fações que se digladiavam e procuravam que as suas ideias vencessem mesmo antes dos fascistas serem vencidos de verdade. É um relato que procura clarificar algumas inverdades que foram difundidas no calor do momento, sobretudo nos países estrangeiros que, à distância, parecem não ter percebido o que realmente se passava em Espanha nesses anos turbulentos. 


"O certo é que todas as guerras sofrem uma espécie de degradação progressiva a cada mês que passa, porque coisas como liberdade individual e imprensa verdadeira não são, pura e simplesmente, compatíveis com a eficiência militar." 


Confesso que sei muito pouco sobre a guerra civil de Espanha e achei esta leitura tão interessante que fiquei com uma sincera curiosidade sobre o tema, sobre o qual gostaria de saber mais, de ler outros relatos, de perceber o que hoje, passados tantos anos dos acontecimentos, qual é a leitura dos historiadores sobre o que se viveu no país. O tema é interessante realmente, mas acredito que o estilo particular de Orwell muito contribua para que o leitor fique preso ao seu relato e perceber quais as experiências que viveu e quais as conclusões que tirou delas. 


Já conheces o trabalho de George Orwell? O que leste do autor? Já conhecias esta Homenagem à Catalunha? Conta-me tudo nos comentários! 


Podes encomendar o teu exemplar através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e contribuir para as próximas leituras deste blog


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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

9 Perfumes para oferecer no Natal


9 Perfumes para oferecer no Natal


O Natal está a aproximar-se a passos largos e parece-me que já deverias estar a procurar presentes para os teus entes queridos, isto se não fores dos que já arrumaram estas compras logo em Setembro e Outubro. As sugestões que hoje te venho deixar são perfumes, o que é algo muito pessoal e que pode gerar controvérsia, pois nem todos gostam de escolher sem saber se quem vai receber irá gostar. A minha dica é que este deve ser um presente para pessoas mais próximas, de quem conhecemos os gostos ou sabemos o perfume que costumam usar. 


Sabendo isto, podem optar por oferecer o mesmo perfume que costumam usar e que adoram ou, sabendo o tipo de aroma que apreciam, podem escolher dentro dessa gama olfactiva um que facilmente se irá enquadrar no gosto dessa pessoa. São excelentes presentes para mães, pais, avós, namoradas e namorados ou até para melhores amigos. Terminada esta grande introdução, vamos passar às sugestões de perfumes para oferecer no Natal.  Vens comigo? 


9 Perfumes para oferecer no Natal

1. Eau Fraiche the Des Vignes Fragrância Sensual - Caudalíe

A Eau Fraiche The Des Vignes é uma fragrância revigorante, secreta e sensual. 

Thé Des Vignes é uma água particularmente doce. O seu rasto evoca as notas voluptuosas de almíscar branco, de néroli e de gengibre, numa infusão de flor de laranjeira e de jasmim.


2. Gama Gingembre Rouge - Roger Gallet

Mais ousado, mais proeminente, mais selvagem e aventureiro. 

As notas de topo são baseadas no original e emocionante perfume Eau de Gingembre. 

Os tons cítricos e picantes de gengibre são arredondados com notas luminosas de tangerina, com um toque suculento e optimista de romã. 

Este cocktail exclusivo proporciona sensualidade e energia, lembrando a imaginária, colorida e exótica paisagem da ilha de Zanzibar. 

As notas de coração exploram as principais ruas de Zanzibar, através da flor de gengibre. 

A sua aparência opulenta, com uma cor vermelha brilhante e exótica, é combinada com flor de laranjeira e notas frutadas de líchia. 

As notas de base introduzem um doce aroma a gengibre cristalizado. 

Combinado com notas amadeiradas de cedro, e uma fina e aveludada trilha de almíscar branco, suavizam a composição tornando-a ainda mais sedutora. 


3. Angel Eau de Parfum Recarregável - Mugler

No seu mundo fantástico, Thierry Mugler quis dar ao aroma uma galáxia de estrelas e cometas cheias de glamour, onde ele se pudesse reacender e expandir! 

Angel, lançou uma nova categoria de fragrância chamada "Gourmands Oriental" e seduz-nos com sabores angelicais, encontrados no fundo do coração das nossas memórias, bem como notas sensuais e apaixonantes. 

Angel, o seu primeiro perfume evoca a emoção de memórias de infância, uma sensação de sonho infindável, um estilo puro, suave e inocente. 


9 Perfumes para oferecer no Natal

4. Sì Passione Eau de Parfum Mulher - Giorgio Armani

Confiança, independência e sedução. 

Sì Passione Eau de Parfum é uma reinvenção do perfume de assinatura da marca. 

A atenção daqueles que a rodeiam será captada pelas notas de pimenta rosa, groselha negra e pêra; seguindo-se os apaixonantes apontamentos de jasmim, rosa e heliotropo. No seu fundo, encontra-se o calor da baunilha, cedro e patchouli, capazes de criar uma aura de confiança e prazer. 

O "Efeito Batom Vermelho" no seu perfume! 


5. Amor Amor Eau de Toilette Mulher - Cacharel

Uma declaração de amor por Cacharel: um amor colorido, jovem, explosivo!! 

Amor Amor é uma cor, o vermelho: do fogo, de um beijo, da paixão. 

Para uma mulher inebriante e apaixonada, que aproveita o melhor da vida! 


6. La Vie Est Belle Eau de Parfum para Mulher - Lancôme

La vie est belle - A Escolha de Viver a Vida

Sob a forma de uma criação excepcional, a Lancôme partilha de forma genuína esta sua filosofia de vida. 

Introduz assim uma nova nota na história olfactiva: o primeiro Concreto de Íris Pallida. 

A essência é feita com os ingredientes mais preciosos e naturais, revelando-se uma interpretação moderna de uma fragrância oriental. 

Entrelaçando a elegância do Concreto de Íris Pallida, com a força da Essência de Patchouli, adocicados pelos Absoluto de Jasmim de Sambac e o Absoluto de Flor de Laranjeira, esta fragrância emana uma escolha por viver a vida no seu pleno. 


9 Perfumes para oferecer no Natal

7. Yes I Am Eau de Parfum Mulher - Cacharel

Yes I Am | O perfume de mulheres corajosas e independentes, prontas para dominar o mundo! 

Com um design inegavelmente original, inspirado pelo batom, Yes I Am tornar-se-á o seu novo cuidado essencial! 

Uma explosão de feminilidade assegurada graças às notas cremosas de especiarias. 

Os acordes de framboesa e mandarim revelam um lado delicioso da fragrância, reforçada por notas florais mais suaves. 


8. Noa Eau de Toilette Mulher - Cacharel

NOA revela força e energia para mudar o curso das coisas e dar um novo sentido à vida! 

A sua mensagem olfactiva de paz e de serenidade é um casulo que associa à suavidade da peónia a intensidade de madeiras raras. 


9. Fleur de Figuier Água Fresca Perfumada Aroma Relaxante - Roger Gallet

Fresco, doce e generoso, Fleur de Figuier evoca a beleza única do Mediterrâneo. 

Instantaneamente esta fragrância transporta-nos para dias de sestas à sombra, finais de tarde calorosos e brisas frescas em dias de Verão. 

Fleur de Figuier capta na perfeição a delicadeza dos frutos e flores da figueira. 

A tangerina picante expressa feminilidade nas notas de abertura, enquanto as sementes aromáticas de cominho adicionam um toque de amargura e a toranja um estimulante frescor. 

No coração as verdejantes folhas de figueira adicionam sensualidade enquanto o figo transmite a alma do Mediterrâneo. 

Na base, o almíscar adiciona notas amadeiradas que se complementam com a luminosidade suave do leite de figo, antes das nobres notas de cedro terminarem esta fragrância com um certo encantamento. 


O que achaste das sugestões de perfumes para oferecer no Natal? Qual vais oferecer e a quem? Qual o teu favorito? Conta-me tudo nos comentários e vamos conversar sobre presentes de Natal! 



terça-feira, 22 de novembro de 2022

#Livros - O Mestre e Margarida, de Mikhaíl Bulgákov

 

#Livros - O Mestre e Margarida, de Mikhaíl Bulgákov

Sinopse

O Mestre e Margarida é a última obra de Mickaíl Bulgákov. O seu processo de criação foi extremamente conturbado, tendo as ideias iniciais surgido na primeira metade da década de 1920. Após incontáveis vicissitudes, o romance viria a ser concluído por volta de 1940 e publicado vinte e seis anos mais tarde. Inspirado pelos dois temas que marcavam a sociedade russa da época, uma campanha antirreligiosa acérrima e uma forte repressão da produção criativa livre, Bulgákov escreve uma obra que é, em termos de composição, um romance dentro do romance, onde espaços e ambientes se interpenetram com naturalidade. 

O romance interior, a história da crucificação de Jesus, escrito com um realismo rigoroso, comporta um significado universal e eterno do bem e do mal, da traição, da fidelidade e da tirania, temas que se reproduzem com um carácter mais concreto no romance de moldura - a realidade da grande capital da Rússia soviética, que o autor trata recorrendo a um realismo fantástico profundamente satírico e humorístico. O Mestre e Margarida viria a ser reeditado quinze vezes na Rússia e traduzido para cerca de 180 línguas. 


Opinião 

Quanto mais descubro os autores russos, mais apaixonada fico pela sua forma de escrever tão peculiar e que nos leva para caminhos inesperados. Ainda não li muita coisa, é verdade, mas cada leitura tem sido uma descoberta de todo um universo e forma de contar histórias nova e maravilhosa. Desta vez, decidi descobrir a escrita de Bulgakóv no seu último romance e que é considerado por muitos a sua obra-prima. O Mestre e a Margarida é uma viagem complexa mas fascinante, que nos transporta para a cidade de Moscovo, dominada pelos soviéticos e pelas suas pressões para se divulgar o seu discurso oficial, ao mesmo tempo que nos leva para o tempo de Jesus Cristo em momentos desconcertantes da narrativa. 


A primeira coisa que tenho de dizer é que estamos perante um livro incrível e muito engraçado. O seu humor, presente em toda a parte, domina a narrativa e permite que as críticas aos soviéticos, à religião e até à própria natureza humana surjam sem chocar. Tudo começa quando o Diabo chega a Moscovo, alegadamente a convite do Teatro de Variedades, para algumas apresentações de Magia Negra. Traz consigo alguns excêntricos ajudantes, que o ajudam a contactar com as pessoas que precisa ou a convencer outras a sair do caminho. Entre elas, encontramos o gato que anda, fala e faz maldades como quem respira. Esta talvez seja a personagem mais engraçada entre todos os ajudantes de Woland, o nome dado ao Diabo nesta visita. 


Podes ler também a minha opinião sobre Noites Brancas


A sua chegada é feita logo com um encontro com Berlioz, ateu evangelizador como o regime espera que seja, e Ivan, poeta que sente dúvidas e não parece ter tantas certezas absolutas como o seu interlocutor. Neste encontro inesperado, é logo lançada uma discussão sobre a existência ou não de Jesus, onde é o Diabo que defende a sua existência e que indica ter estado presente durante o seu julgamento e ter reunido com Pilatos. É aqui que temos a primeira passagem para o romance paralelo sobre Pilatos e Jesus, onde Woland conta o momento do julgamento, sendo que esta narrativa é ainda o romance escrito pelo Mestre, personagem que só bem mais para a frente surgirá. 


"Olhou para mim com espanto, e eu de imediato, mas sem o esperar, percebi que toda a minha vida tinha amado precisamente aquela mulher! Que espanto, não é? O senhor há-de pensar que sou louco, não?" 


Nesta loucura de passar entre estas duas narrativas, ficamos presos porque queremos saber o que irá acontecer, ainda que seja óbvio. Queremos descobrir que planos misteriosos tem o Diabo para aparecer em Moscovo, e que acontecimentos serão narrados sobre a morte de Cristo. O Berlioz morre, conforme previso pelo Diabo, logo nos primeiros capítulos e a sua morte peculiar leva à loucura o pobre Ivan, além de que é referida ao longo de todo o livro, até porque este personagem serve como elo de ligação entre diversos personagens secundários, sobretudo no universo do Teatro onde irá decorrer a apresentação mais bizarra jamais vista em qualquer palco. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Contos de São Petersburgo


São muitas as manipulações necessárias para permitir que o espectáculo se realize e escandalize toda a sociedade moscovita. No entanto, quando paramos para analisar tudo o que acontece com estas pessoas, percebemos que o Diabo não as obriga a fazer nada de mal nem de errado. Simplesmente, a sua presença faz com que elas revelem a maldade que já existe nelas. O mesmo se pode dizer do que acontece na apresentação de Magia Negra, dado que ninguém é obrigada a aceitar as ofertas tentadoras, mas a ambição, a inveja, a cobiça, tudo isso leva a que muitos aceitem os presentes e acabem sem roupa na rua ou com notas que se transformam em papel inútil. 


"É curioso notar que a alma de Margarida estava plenamente em ordem. Não se lhe confundiam as ideias, não a perturbava a noite sobrenatural por que tinha passado." 


Com a loucura de Ivan, é precisamente quando ele é internado numa clínica psiquiátrica que encontramos o Mestre do título. Como já referi antes, o Mestre é um escritor, o que escreveu o livro sobre Pilatos, livro que foi muito mal recebido pelos seus pares, não conseguindo encontrar ninguém que o quisesse publicar. Enquanto escrevia a sua obra, encontra também o amor de Margarida, mas acabam separados pela acusação de um vizinho, que é a causa de se encontrar internado. Está lá há demasiado tempo, tanto que começa a duvidar verdadeiramente da sua sanidade mental. Por seu lado, Margarida, casada com um homem que não ama, não desistiu do seu amor, mesmo sem ter muitas esperanças de o reencontrar. 


Quanto Margarida se cruza com o Diabo, recebendo uma proposta fantástica, percebe que é a sua oportunidade de resgatar a vida e o amor que lhe roubaram e, então, aceita o desafio de se tornar na anfitriã do Baile do Diabo. Em suma, estamos perante um romance satírico, irónico, mordaz e fantástico, tudo ao mesmo tempo, revelando as incoerências do regime e das pessoas, expondo as fragilidades de todos e, ainda assim, arrancando gargalhadas a cada novo parágrafo. Sinceramente, não sei o que esperas para correr a agarrar um exemplar de O Mestre e Margarida, mas caso ainda precises de mais incentivos podes ver os vídeos da Tatiana Feltrin ou do canal Olá Bocós


Já conheces o autor Mickaíl Bulgákov? Leste O Mestre e Margarida? O que achaste deste livro fantástico? Conta-me tudo nos comentários e vamos conversar sobre este livro incrível! 


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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A minha experiência com Iglo Green Cuisine

 

A minha experiência com Iglo Green Cuisine

Já aqui referi que depois da leitura do livro O Jardim dos Animais com Alma comecei a ter uma maior consciência sobre o que fazemos aos animais que criamos e matamos para nos alimentar. Desde então tenho tentado reduzir o consumo de carne e, por isso mesmo, procurado alternativas que agradem cá em casa e permitam que essa redução seja cada vez mais frequente. Como não sou uma grande amante da maioria dos vegetais, tenho procurado formas de os comer que sejam saborosas, nutritivas, saudáveis e que me permitam não sentir falta da proteína animal. 


Foi assim que passei a dar mais atenção às opções vegetarianas e vegans que cada vez são mais comuns e até conseguimos encontrar nas marcas brancas dos supermercados. Fico muito contente que cada vez estejam mais disponíveis estas opções alternativas, só lamento que estejam longe de ser acessíveis. É verdade que com a inflação tudo tem aumentado de preço, mas estes produtos começam a ter um custo que o afasta de uma grande faixa da população, pois quem não tiver as preocupações ambientais e do bem estar animal em mente, dificilmente se sente com vontade de pagar tanto por legumes confecionados de forma diferente. 


Podes ler também a minha experiência com O Chico da Fruta


Posto isto, e depois de ter experimentado diversos produtos da gama da Iglo Green Cuisine, decidi reunir aqui as minhas impressões sobre esta experiência alimentar. O primeiro produto que experimentei foram as almondegas, feitas com proteína de ervilha e apta para veganos. Se não souberes que não têm qualquer carne, podias muito bem ser enganado e acreditar que estás a comer as almondegas tradicionais. Gostei tanto desta descoberta, que passei a comprar regularmente, que acabei por continuar a explorar este universo da Green Cuisine. 


A minha experiência com Iglo Green Cuisine

Em seguida, decidi experimentar o Falafel, feito com grão de bico e especiarias e fiquei apaixonada. Tenho sempre uma embalagem no congelador de tão bom que isto é. A minha mãe, que experimenta estas coisas mas não costuma ligar, avisa quando termina para eu não me esquecer de comprar. Depois, tive duas experiências menos positivas ou que, pelo menos, não me encheram as medidas. Uma foram os Hambúrgueres de couve flor, mozzarella e tomate seco. Este é um produto apenas indicado para vegetarianos, e achei um tanto ou quanto enjoativo, com sabores demasiado intensos. O outro foram os Veggie Fingers com pedaços de ervilha, cenoura e milho, cuja textura não me conquistou. 


Podes ler ainda a minha experiência com Veggie Nessie


Experimentei ainda os Miniburguers de Batata Doce e Quinoa, que são deliciosos e com uma textura excelente. Existe também uns Miniburguers de Beterraba, embora ainda não os tenha comprado, por isso não posso opinar, ainda que me pareçam muito interessantes também. Por fim, experimentei ainda os Nuggets de proteína vegetal que são inacreditavelmente iguais aos de frango. Dei por mim a ler os ingredientes para ter a certeza que não estava a comer frango ou qualquer variante animal. Fiquei mesmo fã e, não fosse o preço, esta passaria a ser a minha única escolha no que toca a Nuggets. 


Muitos outros produtos ainda me faltam experimentar, o que conto ir fazendo ao longo dos próximos tempos, mas não poderia recomendar mais esta gama Green Cuisine, para todos os que procuram alternativas à proteína animal e estão disponíveis para experimentar opções novas de alimentos. Já conheces estes novos produtos da Iglo? Qual o teu favorito da gama Green Cuisine? Conta-me tudo nos comentários! 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

#Livros - The Ink Black Heart, de Robert Galbraith

 

#Livros - The Ink Black Heart, de Robert Galbraith

Sinopse

When frantic, dishavelled Edie Ledwell appears in the office begging to speak to her, private detective Robin Ellacott doesn't know quite what to make of the situation. 

The co-creator of a popuçar cartoon, The Ink Black Heart, Edie is being persecuted by a mysterious online figure who goes by the pseudonym of Anomie. Edie is desperate to uncover Anomie's true identity. 

Robin decides that the agency can't help with this - and thinks nothing more of it until a few days later, when she reads the shocking news that Edie has been tasered and then murdered in Highgate Cemetery, the location of The Ink Black Heart. 

Robin and her business partner Cormoran Strike become drawn into the quest to uncover Anomie's true identity. 

But with a complex web of online aliases, business interests and family conflicts to navigate, Strike and Robin find themselves embroiled in a case that stretches their powers of deduction to the limits - and which threatens them in new and horrifying ways...

A gripping, fiendishly clever mystery, The Ink Back Heart is a true tour-de-force. 


Opinião

Ninguém como J. K. Rowling para me prender a um livro e a obrigar-me a fazer maratonas de leitura involuntárias e inesperadas. Dou por mim a ler pela noite dentro, a acordar mais cedo e continuar a ler, a deixar o telemóvel de parte só para poder terminar o livro mais depressa e descobrir como irão ser desvendados todos os mistérios. Para os mais desatentos, que não estão a perceber porque estou para aqui a falar sobre a autora de Harry Potter, precisas de saber que Robert Galbraith é o seu pseudónimo, que utiliza para escrever a sua série policial com os detectives Strike e Robin. 


Espero por cada novo volume com ansiedade e, embora as traduções para português tenham regressado à normalidade, não poderia aguardar mais meses para ler em português quando tenho lido os mais recentes volumes em inglês. Ainda por cima estamos a falar de mais de mil páginas de aventuras pessoais e profissionais, com o estilo inconfundível de Rowling, com um sentido de humor sempre presente para atenuar momentos de tensão e reforçar os laços da amizade e intimidade, e questões que queremos ver respondidas, seguindo as pistas com os detectives, acompanhando os seus raciocínios e procurando resolver os mistérios com eles. 


Podes ler também a minha opinião sobre Troubled Blood


A relação pessoal e profissional de Strike e de Robin começa por ser apresentada com algumas evoluções evidentes, depois de ter sido oficializada a sociedade na agência de detectives e parecendo ter assumido que são, de facto, os melhores amigos. Num momento a dois, enquanto celebram o aniversário de Robin no Ritz, a intimidade e as confidências parecem surgir de uma forma cada vez mais natural e sem grandes preocupações, tendo em conta que estamos perante duas pessoas discretas e que admitem poucas interferências das suas relações. No entanto, continua o clima de fio da navalha, dado que nenhum dos dois decide arriscar e assumir o que verdadeiramente sente pelo outro. A autora explora muito bem este dilema, embora pense que os fãs gostassem de ver maiores desenvolvimentos. 


"It was at times like that Robin found it difficult to remain pissed off at Cormoran Strike, however aggravating he might otherwise be." 


Desta vez, o crime central que é investigado está relacionado com o mundo cibernético, onde o Youtube, o Twitter e um jogo online são os campos minados onde os suspeitos e as vítimas se movem. Este universo passa a ser conhecido dos detectives quando a criadora de uma série animada chega à agência para falar com Robin e pedir ajuda para descobrir a identidade de um hater que passou largos meses a intimidá-la, difamá-la e até a ameaçar. Esta situação começa a subir de intensidade conforme o sucesso inesperado da série atinge o ponto de despertar o interesse da Netflix e poder ser criado um filme. Os fãs sentem-se desagradados com essa possibilidade, sendo que eles se reúnem num jogo criado por duas misteriosas figuras e também no Twitter. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Lethal White


Tendo em conta a carga exaustiva de trabalho e a longa lista de espera da agência, Robin descarta o caso, recomendando uma outra agência que está mais capacitada para crimes cibernéticos. O episódio ficaria esquecido se não se desse o caso de, passados alguns meses, a tal rapariga ter sido assassinada e o seu parceiro de trabalho quase ter sido morto também. Logo que sabe, decidem chamar a polícia para dar testemunho desse encontro inicial que poderia ser útil para a investigação. Passadas algumas semanas, recebem um contacto de alguns familiares da vítima, o seu agente e o representante da plataforma digital para se reunirem, o que desperta logo a curiosidade dos dois detectives, que sentem ter uma ligação pessoal com este crime. 


"Strike put the phone back in his pocket without responding. He knew exactly where this was heading: the same way all his relationships went, to the place where expectation met resistance and imploded." 


É assim que se colocam em campo para procurar descobrir quem o misterioso Anomie de facto é, além de co-criador do jogo sobre a série, fã que acha que sabe o caminho certo a seguir na trama e aclamado líder dos descontentes. Além de conhecer as personalidades dos suspeitos na vida real, seguem ainda os perfis suspeitos nas diferentes plataformas para procurar identificar quem são e criar perfis que possam associar aos envolvidos em torno dos criadores. O problema é que os suspeitos são inúmeros, a dificuldade em eliminar alguns é notória, sem esquecer os restantes casos que estão ainda a tratar, e ainda o regresso da problemática ex-noiva de Strike que lhe vem trazer mais um problema e o obriga a vigiar mais uma pessoa para proteger a sua agência e as suas hipóteses de continuar a fazer o que o apaixona. 


Foi o regresso às leituras vorazes, que me fazem mergulhar nas narrativas e ficar a pensar no livro mesmo quando tenho de o abandonar para trabalhar, por exemplo. Se gostas de policiais e ainda não conheces a série Strike, não sei o que andas a fazer. Esta é a equipa que precisas de conhecer para mergulhar num universo rico e envolvente que te vai fazer apaixonar e ansiar pelo próximo lançamento. Já segues a série Strike? O que mais gostas nestas histórias? Esperas pela tradução ou vais pelo original logo que é lançado? Conta-me tudo nos comentários e vamos conversar sobre os livro de Galbraith! 


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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

#Review - Nuxe Very Rose 3 em 1 Água Desmaquilhante Micelar

 

#Review - Nuxe Very Rose 3 em 1 Água Desmaquilhante Micelar

Na minha rotina de pele não pode faltar a Água Micelar para limpar o rosto de manhã e à noite. Já experimentei algumas, de marcas diferentes e com características diferentes, e é o tipo de produto que nunca falha. Nos últimos meses estou a utilizar a Água Micelar da Nuxe, que recebi numa Beauty Box da Look Fantastic e só posso dizer que me apaixonei perdidamente e já não me imagino sem ela. É claramente um produto fundamental e que pretendo continuar a comprar individualmente. 


Todos sabemos da importância da limpeza da pele, passo fundamental e essencial para uma pele saudável e também para potenciar os produtos que serão colocados em seguida. Este produto tem uma acção 3 em 1, pois promete desmaquilhar, limpar e suavizar a pele com um só gesto. Além dessa componente de versatilidade, é também adequada para todos os tipos de pele, incluindo as mais sensíveis. Portanto, pode ser aplicada no rosto, nos olhos e no pescoço. 


Podes ler também sobre a minha rotina de cuidados com a pele


Feita com água floral de pétalas de rosa, que ajuda a acalmar e suavizar a pele, respeitando a flora cutânea, com pH fisiológico e 97% de ingredientes de origem natural. Estamos perante uma água micelar completa, sensorial e eficaz, que não é necessário passar por água. Estamos a falar de uma marca muito conhecida, de qualidade superior sem ter um preço proibitivo, e que, todos os produtos que experimentei até hoje, superam as expectativas. 


#Review - Nuxe Very Rose 3 em 1 Água Desmaquilhante Micelar

Em termos práticos, não é necessário muito líquido no disco de limpeza para obter um resultado excelente e a sensação de frescura, conforto e suavidade no final de cada aplicação é sensacional. Isto sem esquecer a sua eficácia na limpeza, seja de manhã ou ao final do dia. Retira tranquilamente todos os resíduos de maquilhagem e de poluição, deixando uma sensação muito agradável na pele, tanto que, na maioria das vezes, nem sinto necessidade de passar o tónico. E sinto também que todos os cremes que aplico em seguida são melhor absorvidos pela minha pele, o que certamente potencia a sua acção. 


Podes ler ainda sobre o ISDIN Fotoprotector Fusionwater


Posso dizer que já experimentei várias águas micelares, desde as marcas populares de supermercado, passando por outras mais caras e menos conhecidas também. Desta experiência toda, entre todas as opções que utilizei, a da Nuxe é claramente a melhor que utilizei até hoje e uma das que tenho a certeza que irei continuar a usar nos próximos tempos. Conheces a Nuxe? Costumas usar os seus produtos? Qual a tua Água Micelar favorita? Conta-me tudo nos comentários! 

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

#Filmes - Blonde

 

#Filmes - Blonde

Sinopse

Após uma infância traumática, Norma Jeane Mortenson torna-se actriz, na Hollywood dos anos 1950 e início dos anos 1960. Ela transformou-se numa figura mundialmente famosa, sob o nome artístico de Marilyn Monroe. Todavia, por trás dos holofotes da fama, a actriz vivia guerras pessoais, e as suas aparições nas telas contrastam fortemente com os problemas de amor, exploração, abuso de poder e dependência de drogas que ela enfrentava na sua vida privada. Blonde reimagina corajosamente a vida de um dos símbolos mais duradouros de Hollywood, da sua infância volátil como Norma Jeane, até à sua ascensão ao estrelato e envolvimentos românticos, o filme apresenta-se como uma especulação da vida da sex symbol, actriz e modelo. 

Uma história reimaginada da vida privada de Monroe, o filme é um retrato fictício da vida do ícone da década de 50 e 60, contado através das lentes modernas da cultura das celebridades. Baseado no livro homónimo de Joyce Carol Oates. 


Opinião

Assim que soube que o filme Blonde ia estrear em 2022, fiquei com muita curiosidade sobre ele, ou não fosse a figura central o maior ícone feminino do século XX. Marilyn Monroe tornou-se numa imagem conhecida em todo o mundo, mesmo tantos anos passados da sua trágica morte, algo extraordinário se pensarmos que teve uma vida curta e uma carreira ainda mais curta. A sua sensualidade e até sexualidade notória na sua imagem pública, foram usados e explorados por Hollywood e tornaram-se num ícone da cultura popular. 


As expectativas estavam muito altas e, talvez por isso, foram um tanto ou quanto defraudadas. Acredito que o problema é que esperava um filme baseado na vida da actriz, quando o que nos foi apresentado foi uma adaptação de um livro que se apresentou como uma biografia ficcionada ou romance biográfico, contendo alguns factos, mas romantizando e inventando muitos aspectos que nos são revelados. Como ainda não li o livro da Joyce Carol Oates, não sei até que ponto tudo o que vemos no filme vem de lá, mas de qualquer modo não convence. 


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A sensação de dor, de violência, de abandono e a falta de amor sente-se desde o primeiro minuto, quando ainda estamos a ver a infância de Norma Jeane. Todas estas sensações estão presentes em todo o filme, durante as quase três horas, são momentos maus, atrás de péssimos, pontuados apenas com segundos de felicidade ou de alguma tranquilidade. Temos um sentimento de constante negatividade que retira o impacto que determinados momentos poderiam ter, pois depois de passarmos uma hora, hora e meia, a ver tanta angústia e tantos distúrbios mentais, já não se dá valor às tragédias que continuam a suceder à sua volta. É como se fosse mais do mesmo. 


#Filmes - Blonde

O filme tem uma fotografia incrível e que consegue transmitir na perfeição o que se pretende mostrar que acontece na mente de Monroe. A sua psicose, as suas ilusões destruídas, as suas decisões controversas, os momentos de auto-destruição, tudo é filmado com muita intensidade, só que como compõe 80% do filme, perde o seu poder. Em contrapartida, os momentos felizes são ultra aborrecidos e pouco realistas, como se não fizessem parte, de facto, da vida da protagonista. Também no enredo, são deixadas pontas soltas, relações não resolvidas aos olhos do espectador, ciclos por encerrar com clareza. No fundo, o filme perde a paixão que desperta no início conforme os minutos vão passando. 


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O que precisa ser destacado pela positiva é o guarda-roupa que recria alguns dos looks mais memoráveis da estrela de Hollywood, como o vestido branco esvoaçando na saída de ar do Metro, ou o vestido cor-de-rosa que usou no filme Os Homens Preferem as Loiras, ou o vestido cravejado que foi usado na noite em que cantou os Parabéns ao então presidente Kennedy - embora essa cena não apareça no filme, só o vestido e, mais tarde, o próprio presidente. Isto só para dar alguns exemplos que me vieram de memória imediatamente, mas muitos outros aparecem ao longo de todo o filme, expondo o quanto esta mulher marcou a moda da época até aos dias de hoje. 



Por último, e mais importante porque carrega o filme nas costas, temos a interpretação sublime de Ana de Armas. O seu trabalho de estudo profundo sobre Marilyn Monroe é visível em todas as suas cenas, que são praticamente todo o filme. Conseguiu captar os gestos, trejeitos, até um certo olhar de menina, por vezes perdida, outras sedutora e fatal. Apesar de não me sentir minimamente satisfeita pelo filme nem pela história que ele conta, que me parece pouco credível e fantasiada, fiquei totalmente arrebatada pelo talento da jovem actriz que conseguiu encarnar de tal forma a sua personagem que quase nos faz esquecer que não era a própria Marilyn que estávamos a ver no ecrã. 


Posto isto, recomendo que vejas com os teus olhos, mas espero que não vás com as expectativas muito altas, porque duvido que Blonde consiga superá-las nem tão pouco chegar perto de as alcançar. Apesar disso, vale a pena pela recriação de alguns momentos icónicos da História do Cinema e pela interpretação da protagonista. Já viste o filme ou planeias ver? O que achaste desta história maluca? Convenceu-te ou nem por isso? Conta-me tudo nos comentários e vamos conversar sobre Blonde! 

terça-feira, 1 de novembro de 2022

#Livros - Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

 

#Livros - Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

Sinopse

As irmãs March do romance mais popular e duradouro de Louisa May Alcott têm cativado gerações de leitores, jovens e adultos, homens e mulheres. A história abre-se sobre a vida das quatro raparigas quando as duas mais novas, Beth e Amy, estão a entrar na adolescência, e Meg e Jo, as irmãs mais velhas, enfrentam o início das suas vidas como jovens adultas.

A história segue as raparigas através da adolescência e do começo da feminilidade, e estas não podiam ser mais diferentes. Mas, com o seu pai ausente na guerra civil e a sua mãe a trabalhar para sustentar a família, a crescida Meg, a Jo maria-rapaz, a tímida Beth, e a precoce Amy devem contar umas com as outras.

Quer estejam a montar uma peça de teatro, a formar uma sociedade secreta, ou a celebrar o Natal, há uma coisa que não podem deixar de se perguntar: Será que o pai regressará a casa em segurança? 

Cada rapariga tem um castelo imaginário pelo qual espera mas, no final, todas aprendem que nada pode trazer mais felicidade do que a de uma família próxima e amorosa. 


Opinião

O romance mais famoso de May Alcott finalmente saiu da minha estante e agora posso dizer que conheço as icónicas irmãs March. Sempre se falou muito sobre elas no meio das letras e, nos últimos anos, também por causa da última adaptação cinematográfica. Como não queria nada ver o filme antes de ler o livro, decidi que deste ano não passava. Apesar de só ter sido no último trimestre do ano, ainda assim foi em 2022, por isso parece-me que cumpri este objectivo pessoal. 


Estamos perante um romance simples, aparentemente despretensioso, que nos conta sobre o dia-a-dia de uma família durante um determinado período de tempo e que vive em certas circunstâncias. Parece despretensioso, mas na verdade revela-se repleto de lições de moral e exemplos moralizadores da conduta correcta, sobretudo das mulheres. Conhecemos a mãe extremosa e dedicada de quatro filhas de diferentes idades. Esta mulher vive o desafio de conduzir e prover ao sustento da sua casa e da sua família, porque o marido foi, como voluntário, para a guerra. 


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Na casa vive também uma empregada que ajuda com o trabalho doméstico, e as quatro filhas, todas diferentes e com personalidades muito próprias. As duas mais velhas já são adolescentes, enquanto as mais novas ainda estão a sair da infância. A mais velha é uma menina doce e dedicada, mas com sonhos de grandeza, que gostaria de ter as coisas, os luxos e a vida das amigas ricas com quem contacta. A mais nova é a sua melhor amiga e, apesar de parecida com esta irmã, é muito mais vaidosa e com uma tendência para não entender ou acompanhar a erudição da restante família. 


"A partir desse momento, ela deixou de sentir medo dele e sentou-se a conversar tão à vontade como se o tivesse conhecido toda a vida, pois o amor afasta o medo e a gratidão pode conquistar o orgulho." 


Depois, temos a dupla do meio. A icónica e peculiar Jo, com o seu jeito de maria-rapaz, desbocada, com um temperamento à flor da pele e com uma grande paixão pela leitura, acalentando o sonho de ser escritora. Em contraponto, temos a frágil e tímida Beth, que não frequenta a escola por não se sentir à vontade entre muitas pessoas, tendo dificuldade em estabelecer novas amizades e socializar com gente que esteja fora do seu círculo familiar onde se sente protegida. Todas se gostam e estimam muito, mas os confrontos de personalidade ocorrem ao longo de todo o livro, e são fundamentais para as conhecermos melhor, mas também para que as próprias se tornem em melhores pessoas. 


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Para completar este grupo tão feminino, sobretudo devido à ausência física da figura paternal, o rico vizinho do lado passou a viver na mansão com o seu neto, com quem as meninas fazem uma forte amizade. Esta ligação também contribui para muitos momentos divertidos e de boa disposição, bem como, tanto avô como neto, ajudam a que todas percebam melhor os seus defeitos, lutem contra eles e procurem ultrapassar as suas fragilidades, tornando-se todos, sem excepção, mais fortes no final dos meses que acompanhamos na narrativa. 


"Prefiro vê-las casadas com homens pobres, mas amadas, felizes e satisfeitas, do que rainhas nos seus tronos, mas sem paz ou amor-próprio." 


No final, sabemos muito pouco sobre o que acontece a cada uma das jovens e isso sucede porque existe um segundo volume, Boas Esposas, que irá contar a evolução dessas personagens. Vou querer ler, mas tenho de admitir que este livro não me arrebatou ao ponto de ter de ler a sua continuação de seguida. A sua componente de querer moralizar e determinar o que se espera de uma mulher foram aspectos que me aborreceram um pouco. Ainda assim, as personagens das irmãs são muito interessantes, umas mais que outras, claro, e a figura materna também revelou muita complexidade, sem roubar protagonismos às jovens. No entanto, se precisas de mais motivos para leres o livro Mulherzinhas, podes sempre ver os vídeos da Tatiana Feltrin e do Ler Antes de Morrer


Já conheces o livro ou viste apenas o filme? O que achaste da história? Qual a tua irmã favorita? Conta-me tudo nos comentários! 


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