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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Uma noite com... #162











Carloto Cotta
Actualmente a brilhar na nova novela da TVI, Prisioneira.

Podes ver os gatos das semanas anteriores aqui.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

#Livros - Novidades para ler nas férias



Eu sei que comecei a semana a lamentar o final das minhas férias e, por isso mesmo, parece-me apropriado e motivador começar já a pensar nas próximas. Sem pensar em destinos e planos demasiado concretos, o que melhor combina com a época de férias são os livros que queremos ler nessa altura onde temos mais tempo e disponibilidade. 

Eu procuro ler durante todo o ano, mas claro que quando não temos de cumprir horários laborais temos mais liberdade para agarrar e devorar os livros que mais desejamos. A minha lista de livros para ler é gigantesca, os que se encontram em lista de espera cá em casa também é considerável. Contudo, têm sido lançados tantos livros incríveis que decidi aqui partilhar a lista dos livros que vão directamente para a minha lista de desejos e que seriam excelentes sugestões para lermos nas próximas férias. 

1. Sophia de Mello Breyner Andresen, de Isabel Nery



A jornalista Isabel Nery traz-nos no seu novo livro, a primeira biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen, no ano em que se assinala o centenário do seu nascimento. 

A autora percorreu lugares e pessoas que fizeram parte da história de Sophia, como o Porto, a Grécia, Lagos, ou entrevistando mais de 60 pessoas, do pescador José Muchacho, ao amigo Manuel Alegre, até ao ensaísta Eduardo Lourenço, passando por companheiros das letras e da política. 

Só assim foi possível completar a biografia que faltava sobre a primeira portuguesa a receber o Prémio Camões e a única mulher escritora com honras de Panteão Nacional, a quem muitos gostavam de ter visto atribuído o Prémio Nobel.

2. Lazarus, de Lars Kepler



Um homem é encontrado morto no seu apartamento em Oslo. Ao que tudo indica, a vítima era um desconhecido, saqueador de túmulos e coleccionador de troféus. Aliás, quando a Polícia abre o frigorífico da cozinha, a perplexidade é total. Uns dias mais tarde, Joona Linna é contactado por uma inspectora da Polícia alemã no sentido de o ajudar com um homicídio perto de Rostock, e Joona reconhece de imediato um padrão que não pode ignorar. 

Alguns chamariam de milagre se alguém regressasse dos mortos - outros chamar-lhe-iam um pesadelo.


3. Leonardo da Vinci, de Walter Isaacson



Arquétipo e símbolo do homem da Renascença, Leonardo da Vinci é universalmente reconhecido como o génio mais criativo e multifacetado da História. A sua criatividade, como aquela de grandes inovadores, nascia na intersecção entre as humanidades e a tecnologia. Esfolou rostos de cadáveres, desenhou os músculos que fazem mover os lábios, e depois pintou o sorriso mais memorável da História em Mona Lisa. Explorou a matemática da óptica, mostrou como os raios de luz atingem a córnea e produziu ilusões de perspectivas variáveis em A Última Ceia. No seu eterno entusiasmo pela encenação de espectáculos imaginava máquinas que subiriam aos céus, permitindo ao homem voar como os pássaros. 

Filho ilegítimo, à margem de uma educação formal, vegetariano, canhoto, distraído e, por vezes, herético, o Leonardo da Vinci retratado neste livro é uma pessoa real, extraordinária pela pluralidade de interesses e pelo prazer que tinha em combiná-los. 

Recorrendo a milhares de páginas dos impressionantes cadernos deixados por Leonardo da Vinci, e atendendo às mais recentes descobertas sobre a sua obra e trajectória de vida, Walter Isaacson revela-nos facetas desconhecidas do artista, desfazendo a aura sobre-humana que lhe é atribuída e mostrando como a genialidade de Leonardo se fundamenta em características bastante «humanas», moldadas por uma enorme vontade e ambição e assentes em habilidades que cada um de nós pode cultivar, não isentas de imperfeições e fraquezas.

Um livro indispensável, não só pela forma única de representar um dos grande génios da História da Humanidade, mas também enquanto demonstração da capacidade humana de inovar, da importância de aprender e questionar, de imaginar e, sobretudo, de pensar de maneira diferente. 

4. O Senhor, de E. L. James



Londres, 2019. A vida tem tratado bem Maxim Trevelyan. Com a sua beleza, dinheiro e relações privilegiadas, nunca teve de trabalhar e raras vezes dormiu sozinho. Mas tudo isso muda quando na sequência de uma tragédia ele herda a riqueza, as propriedades, e o título nobiliárquico da família com toda a responsabilidade que essa herança acarreta. É um papel para o qual não está preparado e que só a custo consegue enfrentar. 

Mas o seu maior desafio é conter o desejo por uma jovem enigmática que inesperadamente chegou a Inglaterra, trazendo consigo pouco mais do que um passado perturbante e perigoso. Tímida, linda de morrer e musicalmente sobredotada, ela revela-se misteriosamente tentadora. E o desejo que Maxim sente por ela transforma-se numa paixão que nunca experimentou e nem sequer se atreve a nomear. Quem é Alessia Demachi? E poderá Maxim protegê-la do mal que a ameaça? E o que fará ela quando souber que também ele esconde segredos? 

Do coração de Londres às paisagens idílicas da Cornualha, passando pela rude beleza dos Balcãs, O Senhor é uma montanha-russa de perigo e desejo, que deixará o leitor sem fôlego até à última página.

Podes ver também o meu Top 10 - Livros para ler nas férias

5. A Geografia do Infante D. Henrique, de Joaquim Ferreira do Amaral



As razões que levaram o Infante D. Henrique a conduzir com invulgar tenacidade um projecto tão exigente e tão prolongado como foi o dos chamados «descobrimentos» é uma questão que ainda hoje merece análise. 

Este projecto não constituiu um mero episódio fugaz, que tenha aparecido e logo depois desaparecido sem consequências permanentes. Pelo contrário, os descobrimentos deram origem a uma modificação radical da História da Humanidade, que se prolonga até aos nossos dias. 

Na base de tudo esteve sempre a geografia, que naqueles tempos era matéria muito difícil de conhecer em vastas zonas do globo. Na presente obra o autor procura compreender de que forma o Infante D. Henrique abordou esta questão, que era afinal decisiva para o sucesso do seu projecto. 

6. O Escândalo do Século, de Gabriel García Márquez



O jornalismo é a profissão que mais se parece com o pugilismo, com a vantagem de que a máquina ganha sempre e a desvantagem de que não nos é permitido atirar a toalha ao chão. 

O Escândalo do Século reúne cinquenta textos representativos do percurso jornalístico de Gabriel García Márquez, seleccionados pelo seu editor Cristóbal Pera. Nestas histórias, onde não se diferencia o jornalista do romancista, o leitor descobrirá um fascínio por enredos que desafiam a nossa ideia da realidade, umas vezes porque nunca iremos compreendê-los por completo, tais como o misterioso caso de Wilma Montesi, que dá nome a este livro; outras porque nos obrigam a olhar o mundo com novos olhos, abertos para se surpreenderem com as contradições, desgraças e maravilhas que governam o seu imprevisível mecanismo. 

Gabriel García Márquez, que se considerava mais jornalista do que escritor, deixou bem claro que o jornalismo foi sempre a sua paixão principal, a mais duradoura, e pelo que queria ser lembrado: «Não quero que me recordem por Cem Anos de Solidão, nem por aquilo do Prémio Nobel, mas sim pelo jornal.»


7. Serotonina, de Michel Houellebecq



Romance lírico, irónico, cruel, cirúrgico e profético, Serotonina é uma radiografia do futuro que nos espera, atravessada pelo olhar sempre provocador de Michel Houellebecq. 

Florent-Claude Labrouste tem quarenta e seis anos, é funcionário do Ministério da Agricultura e detesta o seu nome. Divide o apartamento na periferia de Paris com Yuzu, a namorada japonesa, muitos anos mais jovem. Cínico, profundamente desesperançado e intimamente só, tudo lhe parece insuportável: a França está à beira do precipício, a Europa ameaça ruir, a sua vida é um beco sem saída. 

A descoberta de uns vídeos comprometedores da namorada, que ele planeava há muito abandonar, leva-o a despedir-se de muito mais: deixa o emprego, a namorada e a casa, e aluga um quarto de hotel. Dedica os dias a divagar e deambular pelos bares, restaurantes e lojas da cidade. E descobre Captorix, um antidepressivo que liberta serotonina e lhe devolve a possibilidade de aguentar o dia-a-dia mas lhe rouba aquilo que poucos homens estariam dispostos a perder. 

Aproveita a ruptura radical para rememorar o passado: as aspirações e ideias de jovem agrónomo; as relações amorosas, de fim desastroso; a nostalgia de um amor perdido; e o reencontro com um velho amigo aristocrata, que o ensina a manusear uma espingarda. Entre passado e futuro, é-lhe forçoso contemplar, com uma feroz acidez, um mundo sem bondade, desumanizado, atingido por mutações irreversíveis. 

Com Serotonina, romance-profecia de um futuro pouco perfeito, Houellebecq reafirma-se uma vez mais como um cronista impiedoso da decadência da sociedade ocidental, um escritor indómito, incómodo e por isso imprescindível. 

8. O Homem Mais Rico do Mundo, de Jonathan Conlin



Escrita com total acesso aos arquivos da Fundação Gulbenkian, esta é a biografia de um homem complexo, no aniversário dos 150 anos do seu nascimento. 

Conhecido como o Senhor Cinco por Cento, a sua vida privada é tão elusiva e bizantina quanto a sua forma de negociar: as mulheres de que se fazia acompanhar, os negócios com Estaline, a forma como usava a sua mulher, a encantadora Nevarte, para aprofundar relacionamentos e alianças, a sua paixão por arte. 

Em Portugal e no mundo, o seu nome estará sempre associado ao mecenato e à maior e mais importante colecção privada de arte do país, exposta na Fundação Calouste Gulbenkian. 

Que livro vais ler nestas férias? Por qual deveria começar as minhas leituras? 

terça-feira, 28 de maio de 2019

#Places - Restaurante Tudo aos Molhos


#Places - Restaurante Tudo aos Molhos em São João da Madeira

Desde 2018 que não te trago sugestões de bons lugares onde se comer refeições memoráveis e não é por falta do que falar, posso assegurar-te. Anteriormente, desvendei-te onde podes comer as melhores francesinhas do mundo, isto é, na Taberna Belga, em Braga. Hoje, vou-te falar sobre um Restaurante incrível em São João da Madeira. 

Trata-se do Tudo aos Molhos, localizado bem no centro da cidade, mas longe da confusão e do trânsito, pois encontra-se numa zona pedonal. O conceito principal deste espaço está relacionado com os produtos da região envolvente, privilegiando e valorizando o que de melhor se pode encontrar por estas paragens. Aqui podes encontrar, incorporados nos pratos disponíveis, o famoso pão de Ul, o delicioso queijo de Ossela, a incomparável Vitela Arouquesa, entre muitos outros produtos icónicos. 

#Places - Restaurante Tudo aos Molhos em São João da Madeira

O espaço é de um bom gosto invulgar, acolhedor e também repleto de detalhes regionais e que combinam na perfeição com as sugestões e propostas da ementa. A sala é espaçosa e o serviço tem uma qualidade acima da média, pormenor que valorizo bastante dado que detesto ser mal atendida, especialmente em restaurantes. 

#Places - Restaurante Tudo aos Molhos em São João da Madeira

Já admiti que deixei de comer francesinhas que não sejam as da Taberna Belga, o que se tornou um tanto ou quanto aborrecido porque Braga não fica propriamente ao virar da esquina e implica alguma organização e disponibilidade. Até que descobri as francesinhas do Tudo aos Molhos e percebi que existia uma alternativa que, não sendo em nada parecidas com as primeiras, não me fazem sentir desiludida de forma alguma. 

Experimentei outras sugestões que podes encontrar na ementa, mas a minha sugestão para quem se inicia neste restaurante e nesta experiência de sabores regionais é a que comecem por provar a francesinha, ou melhor, uma das francesinhas pois podes encontrar alternativas para todos os gostos. 

Se for uma data especial, aconselho-te a reservar mesa para não correres o risco de acabar sem concretizar esta experiência gastronómica. No entanto, em dias normais, basta apareceres e deliciar-te com as maravilhas da cozinha do Tudo aos Molhos. Para saberes mais sobre este restaurante e obteres a localização exacta podes visitar a página no Facebook e deixar o teu like para não perderes as novidades e não te esqueceres de o visitar in loco. 

Conhecias o Restaurante Tudo aos Molhos? O que achas deste conceito onde se privilegiam os produtos da região? 

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A Banda Sonora da Semana #50


A Banda Sonora da Semana #50 com um livro sobre Marketing Digital e a nova música de Tiago Nacarato

Eis senão quando hoje já é o meu último dia de férias e amanhã terei de regressar à rotina laboral, com a sensação de que me esqueci de tudo, embora saiba que não seja assim na realidade. Mas apesar de já estar de regresso a casa e a preparar-me psicologicamente para o dia de amanhã, não poderia ignorar que já estamos na quinquagésima edição d'A Banda Sonora da Semana. Dá para acreditar que já se passou tanto tempo e tantas ideias foram aqui partilhadas? Agora é trabalhar para que outras tantas e cada vez melhores venham nos próximos tempos, certo? 

Efemérides de 27 de Maio


Dia de Santo Agostinho de Cantuária. 
1994 - Alexander Soljenítsin retorna à Rússia, depois de vinte anos de exílio nos Estados Unidos. 
1877 - Nasceu Isadora Duncan, dançarina norte americana, precursora da dança moderna. 
1840 - Morreu Niccolò Paganini, compositor e violinista italiano.

A Banda Sonora da Semana #50 com um livro sobre Marketing Digital e a nova música de Tiago Nacarato

A sugestão literária que hoje te deixo é um livro prático e voltado para todos nós, que estamos cada vez mais presentes no digital e pretendemos utilizar estas ferramentas a nosso favor. Trata-se de Marketing Digital na Prática, de Paulo Faustino, e fiquei de olho nele desde que foi mencionado pela Dora Santos Marques, no seu canal no Youtube. Já conhecias este livro? Aconselhas? 

Podes ler também a opinião sobre o livro Ser Blogger 



A música da semana descobri também no Youtube e chamou-me a atenção pela combinação do nome da música e do artista em questão. Quando vi o título da canção, Sol de Inverno, pensei que o talentoso Tiago Nacarato tinha cantado uma versão da música imortalizada por Simone de Oliveira. Não podia estar mais enganada. A música é nova e da autoria do Tiago e fiquei rendida, mais uma vez, aos seus encantos. Já ouviste esta música? 

sexta-feira, 24 de maio de 2019

quinta-feira, 23 de maio de 2019

#Filmes - Maria, Rainha dos Escoceses


#Filmes - Maria, Rainha dos Escoceses

Sinopse

Com apenas 16 anos de idade, Maria Stuart, filha legítima de Jaime V, rei da Escócia, casou-se com Francisco II, herdeiro directo de Henrique II, rei de França. Após a morte acidental de Henrique, Francisco, então com 15 anos, ascendeu ao trono fazendo de Maria sua consorte. Quando o jovem rei morre, 17 meses depois, Maria recusa-se a voltar a casar e é obrigada a abdicar. Assim, regressa à sua Escócia natal, onde pretende reclamar o trono que é seu por direito de sucessão. No entanto, Isabel I de Inglaterra, receando que a influência dos franceses coloquem em causa a sua própria soberania, dá origem a um jogo político para desacreditar Maria, sua prima, por muitos considerada a herdeira legítima do reino de Inglaterra. 

Opinião

Já não é segredo para ninguém que sou fascinada pela época dos Tudor, muito graças às lendas em torno de Henrique VIII e, sobretudo, devido aos livros de Philippa Gregory. Graças a esta autora fiquei ainda a conhecer o que aconteceu nos reinados anteriores aos Tudor e os acontecimentos que levaram a que esta família chegasse ao trono inglês. Inclusivamente, esta autora já escreveu sobre a Rainha dos Escoceses no livro A Outra Rainha, onde retrata o que aconteceu a Maria desde que ficou prisioneira de Isabel. 

Logo, quando vi que este filme ia estrear, fiquei a morrer de curiosidade para o ver. Mais ainda porque percebi que era baseado num livro com o mesmo nome - Maria, Rainha dos Escoceses -, escrito por historiador após uma pesquisa exaustiva que pretendia trazer para a luz aspectos menos conhecidos sobre esta rainha que tudo fez para ocupar o lugar que lhe pertencia por direito. E após ter visto o filme, fiquei ainda mais curiosa para ler o livro. 

O filme começa com a chegada de Maria à Escócia para ocupar o seu trono, sendo recebida pelos nobres e pelo seu meio-irmão que ocupava o seu lugar na sua ausência. As paisagens escocesas são de uma beleza ímpar, mas a recepção à rainha não se revela das mais acolhedoras. Os escoceses desconfiavam desta mulher que tinha sido criada pelos franceses e não lidavam muito bem com o facto de terem de obedecer a uma mulher e por ela serem governados. 

A sua intransigência não terá ajudado e conquistou alguns inimigos poderosos que hostilizou, no seu regresso, na sua tentativa de ser obedecida e ver reconhecido o seu direito e o seu poder real. Vamos assistindo à luta que fazem contra o seu reinado, ao mesmo tempo que a jovem rainha, viúva do rei francês, se apaixona por um belo escocês, também de sangue real com direitos legítimos aos tronos da Escócia e da Escócia. 

O seu belo e ambicioso marido revelou-se uma decepção, muito embora tenha servido para fornecer um legítimo herdeiro e de sangue real por ambos pai e mãe para o trono escocês e com pretensões a ser também herdeiro do trono de Isabel I, como efectivamente acabou por acontecer. No entanto, Maria pretendia ser reconhecida como a herdeira da prima, coisa que Isabel não estava disposta a fazer, especialmente depois de Maria ter sido obrigada a fugir do seu país para sobreviver. 

Apesar da protagonista ser a rainha escocesa, Isabel e a sua corte também surgem ao longo deste filme, retratada numa fase já decadente mas ainda apaixonada por Robert, embora sem coragem para assumir esse amor e correr o risco de ver o homem que ama lhe roubar a coroa e o poder, como viu acontecer a outras rainhas, como a própria Maria Stuart. O braço de ferro entre as duas também é um factor de tensão em ambos os lados da fronteira, sem que nenhuma se queira submeter ao poder da outra. 

Até que Maria fica à mercê de Isabel, necessitando da sua protecção para sobreviver e do seu apoio para voltar à Escócia e recuperar o seu trono. Confiante de que, sendo ambas mulheres e sabedoras das dificuldades da sua condição, a prima se sentiria compelida a ajudá-la, constatou que a protecção se transformou numa prisão e terminou de forma trágica como a História nos contou. 

Gostei bastante deste retrato de uma jovem rainha que teve poucas oportunidades de reinar mas que, ainda assim, nunca desistiu de lutar pelos seus direitos. As protagonistas deste filme estiveram muitíssimo bem, embora destaque a dificuldade que terá sido para a actriz que representou o papel de Isabel I. Pela minha parte, é impossível pensar nesta rainha inglesa sem me lembrar da interpretação feita por Cate Blanchett de forma brilhante e sem mácula. 

Esta foi uma excelente experiência cinematográfica e, agora, só quero confirmar o quanto um livro pode ser ainda melhor e mais interessante. Já viste este filme? Também queres ler o livro? Qual achaste melhor? 

terça-feira, 21 de maio de 2019

#Livros - Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo


#Livros - Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo

Sinopse

Em 1807, perante a invasão de Portugal pelas tropas napoleónicas, a corte transferiu-se para o Brasil. D. Carlota Joaquina, mulher do príncipe regente, o futuro D. João VI, tornar-se-ia rainha de Portugal já no Novo Mundo, destino que seria partilhado com a sua futura nora, D. Leopoldina de Habsburgo, mulher de D. Pedro IV, imperatriz do Brasil e rainha de Portugal. 

Carlota Joaquina (1775-1830) é talvez a mais controversa rainha de Portugal. A imagem negativa que dela ficou construiu-se em torno do seu aspecto físico, longe da harmonia e da beleza desejáveis numa princesa, e das suas características morais, sendo acusada de ambição política desmedida, de dissimulação e de traição. Carlota Joaquina manobrou habilmente nos meandros políticos peninsulares e americanos, sempre descontente com a sua situação de consorte. Acompanhou a corte na deslocação para o Brasil, onde foi motivo de embaraços diplomáticos, e, de regresso a Lisboa em 1821, assumiu posições polémicas ao rejeitar a Constituição, convertendo-se num polo aglutinador das forças antiliberais. 

Leopoldina de Habsburgo nasceu em Viena, em 1797. Aos 20 anos atravessou o oceano para viver no Brasil, então sede do Reino Unido luso-brasileiro, consciente da missão que lhe cabia ao casar com o príncipe herdeiro do trono português, D. Pedro, seguindo a estratégia traçada pelas casas de Bragança e de Habsburgo, com vista à consolidação do governo monárquico absolutista na América e o seu consequente revigoramento na Europa. Cultivadora das artes e do conhecimento científico, mulher erudita e apaixonada, agente expoente na criação do Império do Brasil, faleceu ainda jovem, aos 29 anos, deixando cinco filho pequenos, entre eles: a rainha de Portugal, D. Maria II, e o segundo imperador do Brasil, D. Pedro II. 

Opinião

Depois de me ter iniciado nos registos biográficos com as Memórias de Giuseppe Garibaldi, não consegui ficar indiferente ao lançamento, em Portugal, de uma biografia que pretendia contar-nos da vida de duas rainhas de Portugal que marcaram a passagem da corte pelo Brasil, a transição do Absolutismo para o Liberalismo e que nos deram Reis para Portugal e para o Brasil.

Trata-se de um livro gentilmente cedido pela Temas e Debates, a meu pedido, o que, como já sabes, não irá impedir que a minha opinião seja o mais transparente que seja capaz. Como todos estamos cansados de saber, a História está sempre com os holofotes virados para os homens, deixando que as mulheres fiquem na sombra sem que se conheça o seu real papel nos acontecimentos e nas decisões que afectam todos ao seu redor.

É por esse motivo que gosto tanto de romances históricos, especialmente os que são escritos por mulheres e que colocam mulheres como protagonistas. Logo, tratando-se de um registo biográfico, mais curiosa fiquei por se focarem nas rainhas, em vez de nos reis, como vinha sendo hábito. No entanto, as diferenças entre as duas biografias sobre as quais iremos falar hoje são mais que muitas e notam-se até pela diferença de género dos autores.

Mas vamos começar pelo princípio, que é como quem diz, pela Rainha Carlota Joaquina. A sua má fama está absolutamente enraizada na tradição popular e todos já ouvimos falar desta senhora e dificilmente pelas melhores razões. Desde o seu aspecto físico, passando pelas alegadas infidelidades, sem esquecer a sua compulsão para conspirar contra o marido e almejar um lugar de poder para si própria, fosse em Portugal, em Espanha ou no Brasil.

Existem muitos relatos, pouco isentos, das duas primeiras, mas as conspirações podem ser comprovadas pela sua correspondência particular, onde procurava o que achava que era seu por direito. Sendo uma Infanta de Espanha, acreditava ser capaz de governar melhor do que o marido, embora nem sempre tenha colocado os interesses portugueses à frente dos seus.

O marido e os que o rodeavam não confiavam nesta rainha que parecia ir contra a ordem natural das coisas e que não se limitava à vida doméstica e que desejava mais do que ser esposa e mãe de reis. Terá tido uma vida um tanto ou quanto frustrante por se ver, repetidamente, afastada do poder e sem que as suas opiniões fossem ouvidas e tidas em conta.

Talvez por esta rainha ser um tanto ou quanto desagradável, a primeira parte deste livro, escrita por António Ventura, foi de difícil leitura. Na minha opinião, o enquadramento histórico teve mais protagonismo do que a própria Carlota Joaquina ao longo das páginas, o que, mesmo para mim que gosto de História, se revelou um pouco aborrecido.

As partes mais interessantes foram as cartas que a própria escreveu e as ilustrações que acompanham e embelezam este livro. O bom gosto impera em todas as páginas desta obra, mas confesso que a biografia de Carlota Joaquina não ganhou o meu coração e me deixou apreensiva quanto ao que se iria seguir com a próxima rainha.

"Para os absolutistas, Carlota Joaquina encarnava a coragem e a determinação de quem recusa violar a sua própria consciência em nome de princípios revolucionários que visavam destruir a tradição. Para eles, a rainha era um símbolo vivo de resistência. Em seu redor se agrupariam os elementos antiliberais, absolutistas e, de um modo geral, todos os que estavam em desacordo com a nova situação e preparavam o regresso ao passado."

"Se nunca conseguiu, ao longo da sua vida, ter acesso ao poder que tanto ambicionava, em Portugal, na América, em Espanha, podia ao menos ver que as suas ideias políticas se materializavam na realeza do filho feito rei absoluto."

Sobre Leopoldina de Habsburgo, confesso, sabia muito pouco. Tirando que foi esposa de D. Pedro IV, não tinha conhecimentos sobre esta princesa que atravessou o Atlântico para ocupar o seu lugar na História, aceitando os riscos inerentes com o simples propósito de fazer a vontade a seu pai e estabelecer a aliança entre os dois países.

Esta foi uma biografia destacadamente mais interessante que a anterior. Sobretudo, por estar documentada por inúmeras cartas trocadas pela futura rainha e a sua família, onde contava muito do que lhe ia na mente e no coração. Revela-se uma menina ingénua, sonhadora e pronta para ser feliz a todo o custo. Apaixona-se pelo futuro marido ainda antes de o ver pela primeira vez e, inevitavelmente, acaba por se desiludir com as infidelidades e com o seu jeito pouco polido.

No entanto, a sua educação foi a de uma princesa que sabe ocupar o seu lugar e conhece o modo como se deve comportar para não transparecer a sua mágoa aos que a rodeiam. Não perde a face em público, ainda que os seus sonhos tenham sido gorados e a sua paixão tenha esmorecido. A maternidade ocupa um lugar importante na sua vida e penso que terá sido o consolo que precisava para aguentar os comportamentos do marido.

A autora apresenta-nos os factos sobre a vida desta princesa austríaca de uma forma muito agradável e que nos prende do início ao fim, tornando a leitura célere e sem qualquer sombra de sacrifício para continuar. Pelo contrário, sacrifício é ter de parar para dormir e adiar a leitura para o dia seguinte. Ainda que existam sempre períodos mais e menos interessantes em qualquer vida, ao longo deste relato não o sentimos de forma explícita.

Volto a reforçar o bom gosto desta edição e a relevância das personalidades tanto em Portugal como no Brasil, pelo papel que estas mulheres desempenharam na sua época. Fiquei muito agradada com estas biografias e conto continuar a dedicar-me a este género com mais frequência. Quanto a ti, também gostas de Biografias? Já leste esta edição? E que outras me sugeres para as minhas próximas leituras? 

"O destino que lhe fora traçado parecia bastante venturoso e talvez tenha sido também por ela encarado como libertador da triste sina comum às princesas, frequentemente destinadas a homens bem mais velhos. Ela era a primeira princesa europeia que, para casar, teria que enfrentar a arriscada travessia do oceano e conviver com o forte calor tropical."

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis. 

segunda-feira, 20 de maio de 2019

A Banda Sonora da Semana #49


A Banda Sonora da Semana #49 com um livro de Balzac e música dos Trovante

Só para avisar que estou de férias e ainda tenho toda uma semana pela frente para desfrutar do prazer de não fazer nada ou de fazer apenas o que me apetece e dá prazer. É um privilégio que dura sempre pouco tempo, por isso convém aproveitar ao máximo. Algumas coisas e encontros já estão planeados, mas existe muito espaço para o improviso, que o melhor acontece quando menos se espera. Entretanto, fica com as sugestões de inspiração para esta semana. 

Efemérides de 20 de Maio


Dia da Independência de Timor-Leste. 
325 - Realiza-se o Primeiro Concílio de Niceia. 
1799 - Nasceu Honoré de Balzac, escritor francês. 
1277 - Morreu Papa João XXI.
1506 - Morreu Cristóvão Colombo, navegador genovês. 

A Banda Sonora da Semana #49 com um livro de Balzac e música dos Trovante

Tendo em conta que o autor que se encontra nas efemérides de hoje, Honoré de Balzac, consta em todas as listas de autores que tens de ler antes de morrer e, como tal, parece-me uma excelente oportunidade para aqui deixar registada a minha vontade de começar a ler qualquer coisa deste francês. E nem de propósito a Relógio d'Água lançou, em Março deste ano, A Mulher de Trinta Anos, que faz parte d'A Comédia Humana, e que me parece uma boa porta de entrada para este erudito. Já leste Balzac? O que me aconselhas para começar? 


Não quero deixar passar em branco a Independência de Timor, que tanto movimentou em Portugal as massas e muitos políticos que lutaram por esta causa na Europa. Aqui fica a música que tanto emocionou e que pretendia consciencializar as pessoas para o que se vivia do outro lado do mundo. 

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Uma noite com... #160


Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Uma noite com... #160  com Carlo Porto

Carlo Porto

Mais um brasileiro que vem espalhar o seu charme em Portugal, desta vez, na SIC.

Podes ver os gatos das semanas anteriores aqui.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

#Filmes - Os Crimes de Grindelwald


#Filmes - Os Crimes de Grindelwald

Sinopse

Depois das aventuras vividas em Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, o excêntrico magizoologista Newt Scamander é recrutado por Albus Dumbledore, seu antigo professor em Hogwarts, para enfrentar o terrível Gellert Grindelwald, considerado um dos mais poderosos feiticeiros de todos os tempos, que recentemente escapou da prisão. Como prometido quando foi capturado pelo Congresso Mágico dos Estados Unidos da América, Grindelwald pretende reunir feiticeiros dos quatro cantos do mundo e assim dominar toda a população não-mágica. A ajudá-lo a impedir tal calamidade, Newt terá a seu lado Tina Goldstein e Jacob Kowalski, os únicos em quem pode confiar. 

Opinião

Finalmente ganhei coragem para me dedicar a ver o segundo filme da saga Monstros Fantásticos. Acabei por não ir ver ao Cinema e tenho adiado este momento porque, como já disse anteriormente, não tenho coração para andar anos à espera para saber o que se vai passar a seguir. Esta é uma capacidade que parece estar reservada para a talentosa J. K. Rowling, no que a mim diz respeito.

A única consolação é que, tendo em conta que falamos de acontecimentos anteriores à saga Harry Potter, já se sabe como terminam alguns dos principais personagens. O que não invalida que a curiosidade seja enorme para saber como vai a autora fazer a ligação com esses mesmos finais que conhecemos e sem falhas que os fãs de Harry Potter são conhecidos pela sua exigência e rigor.

Sobre o primeiro filme já falei aqui, e se na altura a simples menção de um nome familiar, como Dumbledore ou Hogwarts, era suficiente para nos deixar aos saltos nas cadeiras, imaginem quando vemos no ecrã o próprio castelo mais famoso de Harry Potter! A sensação é arrebatadora e só por essa oportunidade já vale a pena que estes filmes existam para matarmos as saudades.

O nosso Newt continua a ser um personagem incrível e peculiar, dando um colorido a uma saga que promete ficar cada vez mais sombria. Fiquei fã do brilhante Jude Law, como Albus Dumbledore, e não podia estar mais satisfeita com a escolha deste actor. Mas tenho de admitir que, como seria de prever, Johnny Depp roubou a cena e esteve inacreditavelmente bem como o vilão Grindelwald.

Quanto ao enredo, na verdade sofre do problema de se tratar de um filme de transição e que pretende abrir muitas portas para o que será explorado no futuro da saga. Dou como exemplo o caso da Nagini, tão aguardada depois da revelação do trailer, mostrou ficar muito aquém das expectativas. A sua aparição foi muito reduzida e muitas respostas ficaram por dar, embora acredite que esta seja uma personagem de suma importância nos futuros filmes.

Spoiler Alert! 
Se ainda não viste o filme é melhor não continuares a ler

A passagem abrupta de Leta Lestrange pela história também se revelou estranha e pouco coerente. A sua morte no final do filme parece eliminar uma personagem que parecia ainda ter um papel a desempenhar na família Scamander e na guerra que se avizinha.

Por fim, esta história do Credence ser irmã de Dumbledore foi a grande bomba que foi lançada no final do filme e tem dado origem a todo o tipo de teorias, coisa que já não via acontecer com esta intensidade desde que aguardávamos pelo lançamento de um novo livro de Harry Potter. Embora a minha opinião cause desilusão na maioria dos fãs, eu não acredito que isso seja verdade. Penso que Grindelwald conta isso ao Credence para o forçar a lutar contra o seu inimigo, pela impossibilidade que os próprios têm de se atacar.

De momento e enquanto espero pelo próximo, quero ver se ponho as mãos no roteiro escrito de Os Crimes de Grindelwald, até porque é parte integrante da colecção de qualquer fã que se preze. Além de serem livros lindos de morrer e com alguns pormenores interessantes e reveladores.

Quanto a ti, já viste este filme? O que achaste deste segundo episódio da saga Animais Fantásticos? E, já agora, comenta o que achaste da última revelação e que teoria achas que será verdadeira!  

terça-feira, 14 de maio de 2019

#Livros - A Maldição do Rei, de Philippa Gregory


#Livros - A Maldição do Rei, de Philippa Gregory

Sinopse

Como herdeira dos Plantageneta, Margarida é vista pela mãe do rei, a Rainha Vermelha, como uma rival para a reivindicação dos Tudor ao trono. Margarida está relegada num casamento insignificante com Richard Pole, um leal apoiante dos Tudor, governador de Gales e guardião de Artur, o jovem príncipe de Gales, e da sua bela noiva, Catarina de Aragão. 

Mas o destino de Margarida, como prima da Princesa Branca, é não viver uma vida nas sombras. A tragédia lança-a na pobreza, mas uma morte real restitui-a a ocupar o seu lugar na corte do jovem Henrique VIII, onde se torna dama de companhia da rainha Catarina. Na corte, observa a influência da rainha espanhola sobre o marido e assiste ao seu trágico declínio. 

No centro da rápida deterioração da corte dos Tudor, Margarida terá de decidir se a sua lealdade é para com o cada vez mais tirânico Henrique VIII ou para a sua amada rainha. Aprisionada na corte, Margarida terá de escolher o seu caminho, e esconder a todo o custo o seu conhecimento de uma antiga maldição sobre os Tudor, que lentamente se torna realidade...

Opinião

Este foi um livro bem difícil de adicionar à minha colecção, tanto é o tempo em que se encontrava na minha lista de desejos literários. As promoções nunca eram nada apelativas e foi verdadeira missão impossível encontrar um exemplar usado que não custasse tanto quanto as ditas promoções. Mas por fim, numa das campanhas da Wook, consegui encomendar o livro que tanto desejava e que era o último da Guerra dos Primos.

Aqui, ficamos a conhecer uma personagem com a qual já nos cruzamos, desde tenra idade, nos livros anteriores desta saga. Margarida Pole tem estado presente em vários dos reinados anteriores aos Tudor, não fosse ela uma Plantageneta. Nascida em berço de ouro, criada como sobrinha amada de Reis da casa de York, a sua queda começou quando os Tudor alcançam o trono e declaram, na surdina, todos os membros da sua família como inimigos.

O seu estatuto de mulher permite-lhe esconder-se atrás da sombra pouco importante do marido, passando a usar o seu humilde nome na tentativa de que se esqueçam quem realmente é por nascimento. Relegado para Gales, dedica-se a cuidar do príncipe herdeiro dos Tudor, filho da sua prima Isabel, cujo destino também foi alterado pela vitória da nova casa reinante.

Depois de perder o irmão, a prima e o próprio marido, a Roda da Fortuna coloca-a numa posição descendente e a sua queda é abrupta. Sem qualquer fonte de rendimento que lhe permita manter o estilo de vida nem sustentar devidamente os filhos ainda pequenos, vê-se obrigada a separar a família e procurar abrigo numa casa religiosa. Este é o se fundo do poço e a partir daqui, após a morte de Henrique VII, a sua vida sofre nova reviravolta.

O jovem Henrique VIII é um raio de sol que faz com que todos os que viviam escondidos voltem a reaparecer na corte e que procura ter toda a família junto de si, mesmo os inúmeros Plantageneta, como é o caso de Margarida. Ocupa o lugar que é seu por direito na corte e nos aposentos da Rainha Catarina, assistindo à sua ascensão e queda devido à incapacidade de produzir um herdeiro masculino para os Tudor.

As minhas expectativas para este livro estavam muito altas e não foram nada defraudadas. Esta personagem, pouco abordada pela História, revelou-se uma mulher forte, decidida e pronta para ascender ou para se esconder, conforme ditava a necessidade de sobreviver. O mais inacreditável é como alguém com tanto potencial para reclamar o trono, para si e para os seus, conseguiu escapar da morte até tão proveta idade.

Só posso dizer que esta foi mais uma leitura deliciosa e que teria lido de uma assentada se pudesse adiar a hora de dormir. Philippa Gregory tem um talento especial para destacar as mulheres nos acontecimentos reais que a História nos conta, tornando-as nas protagonistas que poderão ter sido na sua época. Até agora, tem sido uma viagem deliciosa de fazer pela Inglaterra dos Lencaster, dos Iorque e dos Tudor. Tendo terminado o livro de que hoje te falo, já mal posso esperar para agarrar no volume que se segue, Três Irmãs, Três Rainhas, que já mora cá em casa e está prestes a sair da pilha de livros por ler.

Já te rendeste aos livros desta autora incrível? Qual o teu livro favorito? Preferes a Guerra dos Primos ou os Tudor? 

"Pareço ter sobrevivido aos perigosos vinte e quatro anos do primeiro reinado Tudor. O meu irmão morreu no cadafalso do rei Henrique, o meu esposo ao seu serviço, a minha prima a tentar dar-lhe mais um herdeiro; mas eu sobrevivi. Fui arruinada, destroçada, separada de todos os meus filhos com excepção de dois e vivi escondida com eles, mas agora posso emergir, meio cega, para a luz do Verão do jovem príncipe."

"Nunca esqueço que este é um rei cujo pai não tinha nada, que veio para Inglaterra com pouco mais do que as roupas que trazia no pobre corpo. Sempre que vê um proprietário como vós ou como eu, cujos direitos remontam aos tempos do duque da Normandia, ou mesmo antes, sente uma pequena pontada de inveja, um pequeno frémito de medo de não ter o suficiente, de não ser o suficiente. Não foi criado como nós, numa família que sabia que o seu lugar era o mais alto em Inglaterra. Não como nós, nascidos nobres, criados como príncipes, seguros nos mais magníficos edifícios de Inglaterra, a contemplar os campos mais vastos. Henrique nasceu filho de um pretendente, que sempre se sentirá inseguro num trono tão recente."

"Quando completa trinta anos, o seu olhar torna-se mais duro, o coração torna-se mais duro, como se a maldição dos Tudor não tivesse a ver com herdeiros e sim com uma escuridão que pouco a pouco o vai submergindo."

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto em cartão e portes grátis, ou a versão em inglês na Book Depository, com portes grátis para todo o mundo. 


Outros livros de Philippa Gregory com opinião publicada no blog:


A Senhora dos Rios
A Rainha Branca
A Rainha Vermelha
A Filha do Conspirador
A Princesa Branca

Catarina de Aragão
Duas Irmãs, Um Rei
A Herança Bolena
O Amante da Rainha
A Outra Rainha

segunda-feira, 13 de maio de 2019

A Banda Sonora da Semana #48


A Banda Sonora da Semana #48 com a biografia que estou a ler neste momento e um funk brasileiro

Vamos ignorar o tempo de ausência e vamos focar-nos nas coisas boas desta vida. Como é o caso de faltarem apenas três dias de trabalho para começarem as minhas primeiras férias de 2019. Como é o casamento que irei no próximo Sábado e que promete ser um verdadeiro dia de festa. Enfim, só razões para estar feliz e cheia de força e para não perder o fôlego e regressar às publicações mais frequentes por estas paragens. Será desta? 

Efemérides de 13 de Maio


1888 - É sancionada a Lei Áurea, abolindo a escravatura no Brasil. 
1917 - Três crianças declaram ter visto uma aparição da Virgem Maria sobre uma azinheira, na Cova da Iria, perto de Fátima. 
1767 - Nasceu D. João VI de Portugal.
1881 - Nasceu Lima Barreto, escritor brasileiro. 
1988 - Morreu Chet Baker, músico norte-americano. 

A Banda Sonora da Semana #48 com a biografia que estou a ler neste momento e um funk brasileiro

Bem a propósito de se comemorar o aniversário de nascimento de D. João VI, acabei recentemente de ler a biografia da sua esposa, Carlota Joaquina, sendo que neste momento já estou a ler a segunda parte, onde nos é apresentada a biografia da sua nora. O livro Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo tem sido uma experiência de leitura muito interessante e conto partilhar por aqui a opinião sobre ele na próxima semana. 


O Funk brasileiro chegou para ficar e é ouvido por todos os adolescentes e em todos os bares e discotecas do momento e, como tal, decidi dar uma oportunidade e dedicar-me a ouvir a mais recente música do Kevinho. És fã deste género musical? Que outros artistas me recomendas?

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