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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros #2.1 - Acho que a coisa não vai correr bem


Desafio de Escrita dos Pássaros #2.1 - Acho que a coisa não vai correr bem

Quando sentes que algo não vai correr bem, o mais provável é que isso aconteça de facto. Não sei se será pela lei da atracção ou por termos um instinto que não compreendemos mas que nos alerta para quando alguma coisa está errada. Aquela história de quando há fumo, há fogo talvez seja um caso prático disto que falo. O problema é que o fumo nem sempre é visível a olho nu. 

Existem momentos e situações em que precisamos usar outros sentidos para além dos óbvios, como é o caso da visão. Nem sempre a verdade está na frente dos nossos olhos, ao alcance dos nossos dedos. Acontece que a verdade se esconda nas sombras e se mantenha misteriosa. Só que os sinais aparecem e só precisamos de estar atentos para os compreendermos e assimilar. 

Neste exacto momento em que te escrevo é isso que estou a tentar fazer. Fecho os olhos e procuro entender os sinais que se encontram subtilmente a pairar e me escapam por entre os dedos sempre que tento agarrá-los. No fundo sei que isto não vai mesmo correr bem, mas continuo à espera que me provem o contrário. Hoje, ainda não foi o dia. Será amanhã? 

Se ainda não leste os temas da primeira temporada, podes encontrar tudo aqui.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

#Filmes - Dois Papas


#Filmes - Dois Papas

Sinopse

Buenos Aires, 2012. O cardeal argentino Jorge Bergoglio está decidido a pedir a sua aposentadoria, devido a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada para Roma, ele é surpreendido com o convite do próprio papa para visitá-lo. Ao chegar, eles iniciam uma longa conversa onde debatem não só os rumos do catolicismo, mas também afeições e peculiaridades da personalidade de cada um.

Opinião

Este filme da Netflix andava nas bocas do mundo e deixou-me tão curiosa que tive mesmo de ir ver. Ainda por cima, tem o brilhante Anthony Hopkins como Bento XVI o que, por si só, já seria argumento suficiente para eu querer ver o filme. Até porque esse papa em particular não é propriamente simpático e, portanto, estava mesmo curiosa para ver o que este actor teria feito com este papel tão complicado.

Primeiro, tenho que admitir que este não será um filme do agrado de toda a gente. Pessoas com uma visão dogmática sobre a religião católica e a própria Igreja não vão apreciar, bem como malta que gosta de filmes de acção. Este é um filme focado sobretudo nos diálogos entre dois homens idosos, que a fé une mas que tudo o resto separa.

Podes ver também a minha opinião sobre Variações

O foco está no papa Francisco, até porque é o verdadeiro protagonista e o herói da história, seja na versão actual como no jovem que era apaixonado e esteve quase para casar, até que percebeu que o seu caminho passava pelo seminário. Muito se tem falado da actuação de Pryce, mas o actor que interpreta o jovem Jorge também é fantástico.

#Filmes - Dois Papas

A caracterização dos personagens é tão bem feita que, por vezes, temos a sensação de estar a ver os papas reais, o que é um feito incrível tendo em conta que estamos a falar de personalidades conhecidas em todo o mundo. Outro pormenor revelador que não estamos perante um filme produzido em Hollywood é a variedade de línguas faladas ao longo do filme. Claro que o inglês está muito presente, mas o espanhol é falado nos momentos certos para transmitir a veracidade dos acontecimentos narrados e dos locais onde é passada a narrativa.

Podes ver ainda a minha opinião sobre Moulin Rouge

Na minha opinião, a melhor parte deste filme são mesmo os diálogos, e olha que estamos perante um filme com muito diálogo mesmo. São conversas incríveis que nos fazem pensar até que ponto terão mesmo acontecido e de que modo se terão passado esses encontros. Gostei tanto que assim que acabou fiquei com vontade de voltar ao início para rever algumas das conversas fantásticas e tenho a certeza que irei mesmo rever este filme daqui por uns tempos.

Apesar de ser um filme sobre figuras solenes e com um mito associado, encontramos bom humor e muita picardia nas suas interacções ao longo de todo o filme. E a minha parte favorita será sempre o momento em que temos um papa argentino e um papa alemão a assistir à final da Copa do Mundo entre os seus dois países. Delicioso, meus amigos.

Agora só me falta deitar as mãos ao livro, Dois Papas, que serviu de inspiração para a criação deste filme. Será igualmente interessante? Ou ainda mais? Quem já viu o filme ou leu o livro? Conta-me tudo nos comentários! 


quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

#Livros - Imortal, de José Rodrigues dos Santos


#Livros - Imortal, de José Rodrigues dos Santos

Sinopse

Um cientista chinês anuncia de surpresa o nascimento de dois bebés geneticamente modificados. Logo a seguir é raptado. A imprensa internacional interroga-se, os serviços secretos mexem-se. 

Tomás Noronha é interpelado em Lisboa por um desconhecido. Pertence à agência americana de tecnologia, DARPA, e revela-lhe um projecto secreto inspirado no Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. 

De repente, o apartamento onde ambos se encontram explode e o metro para onde fogem sofre uma colisão mortífera. O mundo parece enlouquecer e Tomás torna-se testemunha do maior acontecimento da história da humanidade. 

Transcendência. 

A nova aventura do grande herói das modernas letras portuguesas mostra-nos o momento em que a máquina supera o homem. A Singularidade. 

Estará a humanidade à beira do fim? 
Ou perante um novo início? 

Baseado na pesquisa científica mais avançada, José Rodrigues dos Santos mostra-nos como a ciência está perto do seu maior feito: acabar com a morte. 

Como viver para sempre.

Imortal traz-nos o escritor favorito dos portugueses no apogeu do seu imenso talento. Uma aventura de cortar a respiração que nos desvenda o extraordinário destino da humanidade. 

Opinião

Finalmente pus as mãos em cima do último livro de José Rodrigues dos Santos e devorei o dito em três ou quatro dias de tão bom e interessante que é. Embora ler este autor seja sempre como ter uma aula particular, desta vez os assuntos científicos são tão profundos que requerem alguma atenção redobrada durante a sua leitura. Não por falta de interesse, bem pelo contrário, mas porque os termos técnicos são mais que muitos e eu sou uma leiga nessas coisas da ciência.

Todo o livro gira em torno dos progressos alcançados devido à evolução da Inteligência Artificial e nas consequências que esses avanços trazem e irão trazer para a Humanidade. Afinal, estamos perante uma revolução que afecta todas as vertentes das nossas vidas e da nossa forma de estar. Aliás, estamos perante algo que altera tudo o que conhecemos e tudo o que damos por garantido agora.

Podes ler também a minha opinião sobre Origem, de Dan Brown

O mistério começa com o cientista chinês que, após fazer uma revelação bombástica e reveladora da posição da China no assunto da Inteligência Artificial, é raptado e o seu paradeiro é desconhecido do resto do mundo. Depois deste prólogo, a narrativa segue e alterna-se entre o nosso já conhecido Tomás Noronha e o próprio cientista misterioso.

"Lá diz o ditado, por vezes encontramos o destino no sítio que mais queremos evitar."

Assim sendo, os acontecimentos alternam-se entre a nossa Lisboa e a vigiada China, com toda a tecnologia posta ao serviço do Governo para controlar os seus habitantes e até os turistas. É um contraste absoluto e até chocante de observar e que nos faz pensar nos riscos de permitir o uso intensivo de câmaras e telemóveis que nos identificam pelo rosto, pelas impressões digitais ou pelos dados pessoais.

Podes ler ainda a minha opinião sobre a biografia de Leonardo da Vinci

Pelo meio da aula particular sobre estas novas tecnologias que todos os dias são desenvolvidas a um ritmo que nenhum ser humano consegue acompanhar na totalidade, segue-se uma perseguição digna de um filme de James Bond que coloca Lisboa em estado de sítio de uma forma difícil de imaginar, tão pacífica é a nossa capital. Aliás, no final deste livro, fiquei novamente com a sensação que o azar do nosso autor é ser português, porque se isto fosse escrito por um autor americano ou britânico já teriam sido comprados os direitos e teríamos uma série de filmes sobre o Tomás Noronha.

"Na corrida à inteligência artificial, man, toda a gente sabe que a América inventa, a China copia e a Europa regula. A inovação não existe na Europa. Qualquer génio europeu tem de emigrar para a América para apostar na inovação pois aqui não consegue fazer nada de nada, tantas são as restrições e os desencorajamentos." 

Devo dizer que esta foi uma leitura fascinante, mais do que pelas aventuras e acontecimentos pouco típicos de Portugal, mas por explorar o futuro da Humanidade de uma forma que discutimos muito pouco, sempre com o pensamento de que essa realidade será numa futuro distante e que não nos afecta. A verdade é que esse futuro está a acontecer neste momento, sem que nos apercebamos, e não nos é incutida nenhuma consciência das consequências dos nossos actos.

Já leste o novo livro de Rodrigues dos Santos? O que achaste de Imortal? 

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato. 

Outros livros de José Rodrigues dos Santos com opinião publicada: 


A Ilha das Trevas
O Codex 632
Anjo Branco
O Homem de Constantinopla
Um Milionário em Lisboa
A Mão do Diabo
Vaticanum
As Flores de Lótus
O Pavilhão Púrpura
O Reino do Meio
Sinal de Vida
A Amante do Governador

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

#Séries - Os Tudors


#Séries - Os Tudors

Sinopse

Os Tudors é uma série televisiva que recria os primeiros e tumultuosos anos do reinado de Henrique VIII da Inglaterra. Paixão, ambição e traição transformam-se no fio condutor deste drama televisivo, que mostra um Henrique VIII muito diferente do que aparece nos livros de História. Jovem, atraente e poderoso, mostra-se um rei da Inglaterra capaz de grandes proezas atléticas. Sem dúvida alguma um monarca que não colocava os assuntos de Estado entre as suas prioridades e que sempre deixava os problemas oficias nas mãos do Cardeal Thomas Wolsen. 

Para aqueles próximos de Sua Majestade, satisfazer o rei era uma faca de dois gumes. Henrique VIII era até mesmo capaz de desafiar a instituição mais poderosa da Europa medieval: a Igreja Católica Romana. Também era conhecido por mandar executar os seus súbditos diante da mínima demonstração de insubordinação. 

Filmada na Irlanda, a trama desta produção desenvolve-se na Inglaterra, nos dez primeiros anos do reinado de Henrique VIII. Um reinado que se iniciou em 1509, quando ele tinha apenas 19 anos de idade. Além de mostrar as alianças políticas mais significativas do monarca, a série gira em torno das companheiras femininas do rei: Catarina de Aragão e Ana Bolena. Também é dado destaque à particular relação que o rei mantinha com Charles Brandon, o Cardeal Wolsey e o filósofo Thomas More. 

Opinião

Ainda a terminar as coisas que vi e que li em 2019, tenho de falar da série Os Tudors, que terminei em Dezembro, mas sobre a qual ainda não tinha dito nada por aqui. E acredita que não faltam coisas para dizer sobre esta série incrível, onde nem as falhas de rigor histórico causam impacto na qualidade do enredo. Claro que o período histórico que retrata contribui muito para alimentar o fascínio que nos transmite a cada novo episódio.

Tudo começa nos primeiros anos do reinado do famoso Henrique VIII de Inglaterra, quando o seu casamento com Catarina de Aragão já começava a acusar algum desgaste, sobretudo pela falta de um herdeiro varão para suceder ao trono. A linhagem Tudor era recém-chegada ao trono de Inglaterra e Henrique sabia da importância de ter um filho para lhe suceder e prosperar em tempos tão conturbados para quem usa a coroa inglesa.

Podes ver também a minha opinião sobre Grimm

A primeira temporada acompanha o final desse primeiro casamento e o início do romance com Ana Bolena, bem como todos os conflitos que aí começaram. De católico devoto e fiel ao Papa, Henrique transforma-se no maior protestante, criando toda uma nova religião para o seu país. Claro que este movimento dividiu a Inglaterra, sobretudo porque todos percebiam os reais motivos para a mudança de convicção do rei e a rainha Catarina era muito querida pelo seu povo.

#Séries - Os Tudors

A segunda temporada acompanha a ascensão e queda de Ana que termina com um novo casamento e com o tão esperado filho varão. Na terceira temporada, após ficar viúvo, somos apresentados à quarta esposa, enquanto que na último temporada, acompanhamos um rei cada vez mais velho e doente e acompanhamos o seu quinto e o seu último casamento.

Podes ver também a minha opinião sobre Suits

Devo dizer que o elenco de todas as temporadas é espectacular e repleta de talento, contando com grandes nomes e com interpretações inacreditáveis de tão boas. Jonathan Rhys Meyers faz um Henrique lindo de morrer que me transportou para os primeiros relatos do jovem príncipe que encantava e seduzia as mulheres ao seu redor. Aliás, estamos perante um actor tão bonito que, no processo de envelhecimento, ficou difícil colocá-lo com a imagem de homem doente, velho, gordo e feio. Pelo menos visualmente, porque o carácter pouco ético fica mais exposto a cada novo episódio, temporada atrás de temporada.

Todos já sabem a minha paixão por esta época da História da Inglaterra, e o quanto recomendo os livros de Philippa Gregory precisamente por nos transportar de uma forma brilhante para este período histórico, fazendo-nos sentir emoções e modos de viver tão distintos dos nossos na actualidade. Se andas perdido sem saber por onde começar e queres seguir os acontecimentos narrados na série, aconselho que comeces pelo Duas Irmãs, Um Rei e mergulhe neste universo fantástico.


Pela minha parte, não poderia recomendar mais esta série e só tenho pena que tenha chegado ao fim com a morte do monarca. Teria gostado muito de ter acompanhado os Tudors que se lhe seguiram, porque foram também fascinantes e polémicos. Também já viste esta série? O que achas dela? Que outras séries do género me aconselhas? 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A Banda Sonora da Semana #76


A Banda Sonora da Semana #76 com um livro sobre o Holocausto e música de Djavan

Bem, ainda me estou a recuperar deste último aniversário e a habituar-me à ideia de que fiquei mais velha e consciente do tanto que ainda tenho para fazer. O facto de ter estado a trabalhar ajudou a ocupar a mente e não ficar a pensar em coisas aborrecidas, e as folgas que agora se seguem chegam em boa hora para desanuviar a cabeça e procurar decidir o que precisa ser decidido. Que venha de lá mais uma semana, gente! 

Efemérides de 27 de Janeiro


Dia Internacional da Lembrança do Holocausto
1859 - Nasceu Guilherme II da Alemanha, imperador alemão e rei da Prússia. 
1949 - Nasceu Djavan, cantor e compositor brasileiro. 
98 - Morreu Nerva, imperador romano. 

A Banda Sonora da Semana #76 com um livro sobre o Holocausto e música de Djavan

Neste regresso ainda não tínhamos conversado sobre livros e, bem a propósito do Holocausto, a Wook lançou uma campanha de descontos numa série de obras sobre essa época que é essencial não esquecer para que os mesmos erros não se repitam diante dos nossos olhos. Como tal, deixo-te com um livro que muito quero ler, Se Isto é um Homem, sobretudo depois de ter visto o vídeo da Tatiana. Já leste alguma coisa do Primo Levi? 


E como ignorar o incrível Djavan? Fica com Eu Te Devoro para te acompanhar nesta semana. Qual a tua música favorito do brasileiro? 

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

#Filmes - Moulin Rouge


#Filmes - Moulin Rouge

Sinopse

Christian é um jovem escritor que possui um dom para a poesia e que enfrenta o seu pai para poder mudar-se para o bairro boémio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec, que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine, a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge.

Opinião

Eis que venho falar do último filme que vi em 2019 e que está longe de ser uma novidade. Na verdade, já tinha visto algumas partes, embora nunca o tenha visto do princípio ao fim, como agora fiz. É até uma vergonha que tenha esperado tanto tempo, tendo em conta que estamos a falar dum filme de 2001. Mas antes tarde que nunca, não é verdade?

Primeiro que tudo, sei que estamos perante um musical, mas a banda sonora deste filme é incrível. A forma como coloca as melhores canções de amor, mesmo as que oficialmente seriam escritas anos depois da data em que se passam os acontecimentos desta história, é apenas brilhante. Encaixam de forma perfeita no filme e criam momentos musicais de uma beleza inacreditável.

Podes ver também a minha opinião sobre La La Land

Em seguida, temos de conversar sobre o lindo par de protagonistas. Nicole Kidman está linda de morrer e a cantar muito, num papel que marcou claramente a sua carreira. Já o Ewan McGregor, além de bonito e talentoso, faz um brilharete com este Christian, tão ingénuo e crédulo nos poderes do amor. Fazem uma dupla com muita química e que até nos fazem esquecer que estamos perante uma história de ficção.

#Filmes - Moulin Rouge

Os cenários também são espectaculares e todo o ambiente criado nos dá uma vontade imensa de entrar na máquina do tempo e poder viver os anos de glória do icónico Moulin Rouge. Os momentos cómicos e dramáticos sucedem-se a todo o momento o que imprime um ritmo frenético à narrativa e nos deixa sempre presos ao filme e ao destino das personagens.

Podes ver ainda a minha opinião sobre Rocketman

Apesar do filme ter quase vinte anos e o risco de spoilers ser mais reduzido, não quero mesmo falar do final que, apesar de marcante, é muito triste e deixa a todos que viram com um sabor amargo e uma relação ambígua com esta história de amor. Quem viu Moulin Rouge? O que achaste do final? Conta-me tudo nos comentários! 


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A Banda Sonora da Semana #75


A Banda Sonora da Semana #75 com um clássico do cinema com Audrey Hepburn e a Inquietação de José Mário Branco

Janeiro, além de marcar o início de um novo ano, traz consigo mais um aniversário desta que vos escreve, algo que irá acontecer durante esta semana. O que também não é novidade é que não gosto nada de celebrar esse dia, até porque sinto que o meu ano começa aí, nesse momento, e todas as crises de consciência e todos os balanços de sucessos e fracassos são feitos na minha mente. Felizmente, irei trabalhar nesse dia e conto ter menos tempo para me debruçar sobre essas coisas menos agradáveis de acrescentar mais um ano de vida. Fazes parte dos que gostam de festejar ou, como eu, também não gostas? 

Efemérides de 20 de Janeiro


1265 - Realiza-se a primeira reunião do Parlamento inglês. 
1554 - Nasceu D. Sebastião de Portugal.
1993 - Morreu Audrey Hepburn, actriz britânica. 
2012 - Morreu Etta James, cantora norte-americana. 

A Banda Sonora da Semana #75 com um clássico do cinema com Audrey Hepburn e a Inquietação de José Mário Branco

Esta semana, vamos ficar com um clássico do Cinema e com uma das actrizes mais icónicas de Hollywood. Boneca de Luxo é um filme incrível e que vale bem a pena ser visto mesmo em 2020. Conheces o filme? Qual o teu filme favorito de Audrey Hepburn? 


E é com a típica Inquietação da época que te deixo. Tenho a certeza que a irei ouvir muito ao longo desta semana em particular e da vida em geral. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

#Livros - Persuasão, de Jane Austen


#Livros - Persuasão, de Jane Austen

Sinopse

É em Persuasão, o último romance acabado de Jane Austen, que encontramos a sua heroína mais notável - Anne Elliot. Sobre ela escreveu, um dia, a autora: «Ela é quase demasiadamente boa para mim.»

No entanto, naquela que é a sua obra mais amadurecida, que descreve uma órbita de afastamento nítida em relação ao tom predominantemente satírico dos seus anteriores romances, Jane Austen trata o carácter e os afectos da protagonista de uma forma que, sem perder totalmente de vista a ironia, é, sem sombra de dúvida, muito mais terna, e anuncia já uma percepção mais aberta e dinâmica da personalidade e comportamentos humanos. 

Uma história de amor, desenvolvida com profundidade e subtileza, proporciona o campo ideal para um estudo reflectido, que sustenta na sua linha de horizonte o complexo relacionamento entre os dois sexos, e no qual homem e mulher surgem como seres moralmente análogos. 

Opinião

Este foi o último livro que terminei de ler em 2019 e cuja opinião tem sido adiada por demasiado tempo. Foi o segundo livro de Jane Austen que li e, apesar de menos famoso, está longe de ter menos qualidade. É, claramente, um livro mais maduro e com personagens ainda mais profundas e invulgares.

A ironia e o sarcasmo são marcas que se encontram em toda a obra desta autora inglesa, mas neste caso está presente de forma muito mais subtil. Quase como se, mesmo criticando a sociedade da sua época, o foco estivesse muito mais voltado para esta protagonista e empenhada em criar uma mulher mais madura, que aprendeu com os seus erros da juventude e pronta para assumir as consequências do que daí venha.

Vê também a minha opinião sobre Orgulho e Preconceito

Primeiro, é preciso referir que Anne Elliot vive numa família onde está longe de se enquadrar. O pai e a irmã mais velha vivem para as aparências, tanto no que toca à beleza física como da posição social que julgam ocupar na sociedade, sempre procurando viver acima das suas reais posses económicas. Nas suas preocupações repletas de futilidade, quase se esquecem da mais nova Anne, que está longe de concordar com este estilo de vida.

Aos 19 anos, apaixonou-se por um jovem rapaz que pouco tinha para lhe oferecer e viu-se forçada pela influência familiar a recusar o noivado que desejava. Entretanto, foi novamente pedida em casamento, pedido que acabou por recusar também, mas por vontade própria, e o rapaz acaba por se tornar no seu cunhado e pai dos seus sobrinhos.

Vê ainda a lista com os 20 clássicos que me faltam ler

Oito anos se passam e é no presente que a vida da família sofre uma reviravolta e o seu destino volta a cruzar-se com o do homem que amou no passado. Os ressentimentos são muitos e as suas relações começam por ser tensas e pouco amistosas. Só que apesar dos esforços que ambos fazem para se manter afastados um do outro, é inevitável conviverem e perceberem o que o tempo fez a cada um. É assim que acabam a conhecer-se de novo e a apreciar a companhia um do outro.

Claro que ambos despertam sentimentos noutras pessoas e quando nos apercebemos estamos perante um quadrado amoroso. Em suma, aqui estão todos os ingredientes de sucesso de uma bela história de amor, com o tempero que só o talento de Jane Austen imprime às mulheres. Que espectáculo de livro e que me espanta não ser mais conhecido, pois vale tanto a pena.

O que já leste de Jane Austen? Qual o teu livro favorito da autora? 

"Nós certamente que não vos esquecemos tão depressa como vocês nos esquecem. Isso é talvez o nosso destino, e não o nosso mérito. Não conseguimos evitá-lo. Nós vivemos em casa, sossegadas, confinadas, e os nossos sentimentos perseguem-nos. Os homens são obrigados a ter uma actividade. Têm sempre uma profissão, interesses, negócios de um tipo ou de outro, para os levar imediatamente de volta para o mundo, e a ocupação e a alteração constantes depressa diminuem qualquer depressão."

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto em cartão, ou na Book Depository, com 16% de desconto imediato e portes grátis para todo o mundo. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

A Banda Sonora da Semana #74


A Banda Sonora da Semana #74 com um livro e uma série sobre Os Távoras e música d'Elas

Depois dum conturbado Dezembro, voltamos com A Banda Sonora da Semana em 2020. Apesar da vida ainda não estar totalmente estabilizada, é preciso procurar o equilíbrio e manter o barco a correr. Assim sendo, volta uma das rubricas mais populares do estaminé e vamos dedicar-nos às inspirações para mais uma semana fantástica. Continuas por cá a partilhá-las comigo? 

Efemérides de 13 de Janeiro


1991 - Mário Soares é reeleito presidente de Portugal.
1864 - Nasceu Wilhelm Wien, físico alemão. 
1759 - Morreu José de Mascarenhas da Silva, nobre português, condenado à morte em virtude do processo dos Távoras. 
1916 - Morreu Victoriano Huerta, ex-presidente do México. 

A Banda Sonora da Semana #74 com um livro e uma série sobre Os Távoras e música d'Elas

Já faz muito tempo que quero ler algo desta autora e este parece-me o título indicado, Os Távoras. Um episódio famoso da nossa História e que muito deu que falar na época e cujo mito perdura até aos dias de hoje. Tanto que, além do livro, existe ainda uma série portuguesa - O Processo dos Távoras -  que retrata essa mesma polémica. Quem leu o livro? Quem viu a série? 


Quem pode negar o talento de Marisa Liz e Aurea? Ainda por cima quando as duas se juntam e nos trazem boa música. Eu gosto delas e de ti também... 

sábado, 11 de janeiro de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros #17 - Luz e Sombra


Desafio de Escrita dos Pássaros #17 - Luz e Sombra

A luz e a sombra. Uma não existe sem a outra e, contudo, eu continuo a preferir as sombras, a noite e o luar. Ainda que seja apreciadora das propriedades do sol e de fazer, eu própria, a minha espécie de fotossíntese, sobretudo quando ainda estamos longe do Verão, a magia da Lua e o mistério da noite e o brilho das estrelas continua a aquecer-me ainda mais o coração. 

Gosto particularmente do silêncio que a noite proporciona, a ausência de distracções que me permite potenciar a minha criatividade e produtividade, e do cenário mágico que a cada noite cai nos lugares. Sozinha ou acompanhada a sombra atrai-me muito mais do que a luz vaidosa do dia, com o seu rebuliço matinal e os barulhos da cidade a virem de todas as direcções. 

Desafio de Escrita dos Pássaros #17 - Luz e Sombra

Em suma, aqui me assumo como noctívaga com muito gosto, consciente de que tenho de correr com os meus medos de dia e trabalhar e cumprir obrigações e ir a sítios que só funcionam em horários diurno (e mal), enquanto não posso dedicar-me a passear todas as noites com os meus sonhos para que os possa cumprir um dia breve. 

Enquanto te decides e partilhas comigo se preferes a luz ou a sombra, aproveita que ainda te podes inscrever no próximo Desafio dos Pássaros aqui. 

Vê tudo na Apresentação Desafio dos Pássaros

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Balanço de 2019 & Resoluções para 2020


Balanço de 2019 & Resoluções para 2020

Janeiro e o ano de 2020 já está mais do que instalado e ainda não me debrucei sobre o ano que passou para fazer o devido balanço e ainda menos pensei em colocar por escrito as minhas resoluções para 2020. Não gosto nada nem de passas nem de escolher resoluções ao som e à velocidade das badaladas, por isso prefiro sempre ponderar no assunto com tempo e sem estar sob o efeito de nenhuma substância alcoólica. 

2019 não foi um ano perfeito nem nada que se lhe pareça, mas teve muitas coisas boas e foi concluído com uma mudança determinante para o futuro próximo. Assim sendo, vamos lá ver com atenção as Resoluções de 2019 e fazer o devido balanço. Vens comigo? 

Balanço de 2019


1. As viagens ficaram-se por território nacional e, embora Leiria não tenha sido contemplada, a pessoa que ia visitar já lá não vive e finalmente conheci a minha amiga Liliana ao vivo e a cores! 

2. Não me apaixonei em 2019, pelo menos não da forma convencional ou com as consequências que as pessoas normais desejam. No entanto, vivi alguns momentos especiais com pessoas improváveis e até inesperadas. O saldo está mais do que positivo nesta questão. 

3. Perdi alguns filmes incríveis para ver no Cinema como Bohemian Rhapsody ou Rocketman, mas ainda assim voltei a ver mais filmes que no ano anterior. 

4.  Este foi o ano em que, de facto, li mais Clássicos da Literatura bem como autores de língua portuguesa, como podes verificar nas opiniões publicadas em 2019 aqui no blog.

Vê também o Top 5 de Melhores Leituras de 2019

5. Tirando o mês de Dezembro, que foi mesmo complicado, o resto do ano não correu assim tão mal e a regularidade das publicações manteve-se estável e dentro dos desejados três posts por semana, que considero os mínimos. 

6. Os seguidores nas redes sociais aumentaram e no blog também, mas ainda não foi em 2019 que chegámos aos 600, como tanto queria. Será em 2020? 

7. A Newsletter também ficou pelo caminho e não saiu do papel nem da minha imaginação. Achas que vale a pena transferir para 2020? O que gostarias de encontrar numa Newsletter do blog? 

8. A monetização do blog também não teve grandes avanços, embora não possa dizer que tenha estagnado. Os links de afiliados portaram-se melhor em 2019 e o próprio Adsense também registou um aumento, embora ainda não seja suficiente para que ele se pague a si mesmo. Quer-me parecer que terei de investir mais de mim nessa matéria. 

9. A poupança não esteve nada mal durante o ano, mas os acontecimentos dos últimos três meses fizeram com que esse dinheiro tivesse de ser investido. Não foi um total sucesso, mas também esteve longe de ser um falhanço. 

10. A casa nova está quase concluída, isto na medida em que nenhum casa está concluída, mas os essenciais estão cá e já é possível viver nela. A antiga também teve alguns melhoramentos, embora ainda não sejam todos os que gostaria. 

11. A organização e a produtividade ainda têm margem para crescer, no entanto, tenho de admitir que melhorei bastante. Os meus dias renderam muito mais, fosse a trabalhar no blog ou a viver. 

12. A diversão esteve garantida, junto dos melhores, e ultrapassou em muito as minhas expectativas. Foi mesmo um ano memorável!

Vê ainda quais os posts mais lidos de 2019

Após analisar o ano de 2019, está na hora de pensar em 2020 e perceber o que quero para o novo ano. Ao contrário do ano passado que dividi em doze resoluções, este ano irei separar em três partes: pessoal, financeira e relativa ao blog. Quem se vai aguentar até ao final? 

Resoluções para 2020


1. Pessoal


Vamos começar com a viagem mais adiada de todos os tempos, Nova Iorque. A ideia é ir com a minha melhor amiga e tem de ser este ano em que ela entrará nos quarenta e nós comemoramos quinze anos de amizade. Tanto que já lhe disse que se ela adiar, irei sem ela! Agora, devido às mudanças, terei de esperar para saber quando poderei ter férias para depois me decidir a marcar finalmente. 

Em 2020, quero continuar apaixonada pela vida e receber de braços abertos o que a vida me reserva. Sempre com os amigos verdadeiros, a família maluca mas espectacular que tenho e os recém-chegados que vierem por bem. Com frio na barriga e com o coração acelerado, porque só assim temos a certeza de estar vivos. 

Depois, quero alcançar o objectivo de cinquenta livros anuais, ver os filmes nomeados aos Óscares e todos os bons que forem saindo e começar as séries que andam pendentes há largos meses, sobretudo as que já terminaram para ficar a sofrer de ansiedade pelo lançamentos das próximas temporadas. 

2. Finanças 


Para 2020, quero controlar melhor o meu orçamento mensal e chegar a Dezembro com saldo positivo e com uma poupança suficiente para ter um fundo de maneio para que, em seguida, possa começar a pensar em investimentos e coisas do género. 

Profissionalmente, vai começar tudo de novo, embora o cenário seja diferente. Como tal, pretendo voltar aos antigos valores de comissões redondos e motivadores, até porque só assim será possível a viagem e a poupança acontecer. 

3. Blog


Para o blog, quero alcançar os 600 seguidores e continuar a reforçar a presença nas redes sociais, incluindo o Instagram, membro mais novo desta família. A frequência será também para manter e quero voltar a abordar temas relacionados com relações, sexualidade e assuntos polémicos em geral. Não de forma gratuita, que nunca gostei disso, mas porque gosto de discussões e trocas de ideias construtivas. Por fim, mas não menos importante, vou trabalhar para que o blog se possa sustentar e que gere dinheiro para investir nos melhoramentos que pretendo fazer em 2020. 

Se que chegaste até aqui, estás de parabéns! O que achaste do meu balanço e das minhas resoluções? Já sabes o que queres para 2020? Qual a mais importante resolução que fizeste e que pretendes cumprir? 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Os mais lidos de 2019


Os mais lidos de 2019

Como vem sendo hábito por aqui, está na hora de reunir as publicações mais lidas do ano que terminou, tanto para registo futuro, como para que possas ir visitar as mesmas e descobrir o que toda a gente andou a visitar neste estaminé, isto no caso de não os teres lido também na altura. É curioso ver que existe uma grande diversidade nas vossas preferências, sendo possível encontrar publicações tão variadas quantos os assuntos que gosto de abordar. Vens comigo nesta viagem pelos mais lidos de 2019? 

1. Janeiro



2. Fevereiro



3. Março



4. Abril



Os mais lidos de 2019 - Primeiras Impressões no Tinder

5. Maio



6. Junho



7. Julho



8. Agosto



9. Setembro



Os mais lidos de 2019 - Desemprego - Quanto vou receber no final do contrato?

10. Outubro



11. Novembro



12. Dezembro



Já tinhas lido as publicações mais populares de 2019? Qual foi o teu favorito? Conta-me também o que gostarias de ver ao longo de 2020 nos comentários, pois a tua opinião é sempre importante para mim! 

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Top 5 - Melhores Leituras de 2019


Top 5 - Melhores Leituras de 2019

O ano terminou e ao longo de 2019 muitos foram os livros que li. Não cheguei aos cinquenta, como secretamente desejava, mas fiquei pelos trinta e oito títulos. Dezembro foi um mês complicado para a leitura e para o blog no geral mas, ainda assim, devo dizer que li algumas coisas espectaculares, novos autores, mais clássicos e regressei a alguns dos meus autores favoritos da vida. Em suma, foi um bom ano para a Literatura o que só dificultou a minha tarefa de estabelecer este Top 5 com as melhores leituras de 2019. 

Desta lista, deixei de fora os clássicos porque, apesar de terem sido leituras espectaculares, nenhum me surpreendeu ao ponto de achar necessário colocá-los nesta posição de destaque. Posto isto, vamos passar ao Top 5, ok? 

1. Leonardo da Vinci, de Walter Isaacson


Este foi, claramente, o melhor livro do ano. Aliás, entra para a minha lista de melhores leituras da vida, com todo o mérito. É óbvio que o próprio Leonardo da Vinci é uma figura fascinante, mas esta biografia é tão bem escrita que nos posiciona perfeitamente no contexto histórico e pessoal de Leonardo, sem esquecer as suas obras de arte que chegaram aos dias de hoje. Ficamos a conhecer o homem, com os seus defeitos e qualidades, o contexto em que cresceu e o que poderá ter moldado a sua personalidade; e o artista das obras mais icónicas da História. E nada disto se torna aborrecido em qualquer momento. 

É um livro gigante que poderá assustar alguns, mas só não se lê de uma assentada, por se tratar de um calhamaço. Depois desta leitura, fica o desejo de ver um dia publicados os cadernos de Leonardo que ainda existem e de ler todas as biografias que este autor já escreveu. 

Lê a minha opinião sobre Leonardo da Vinci

Top 5 - Melhores Leituras de 2019 - Leonardo da Vinci

2. A Maldição do Rei, de Philippa Gregory


Já todos sabem que esta é a minha autora favorita no que toca ao romance histórico e que sou fascinada pela época dos Tudors. Logo, a sua presença neste Top 5 seria obrigatória para não ser injusta. Li vários livros dela ao longo de 2019, mas este foi o que mais me marcou. Em A Maldição do Rei, a protagonista é uma mulher Plantageneta que tentou passar despercebida no reinado dos inseguros Tudors. Apesar de já a termos visto noutros livros da série, neste ficamos a conhecer o seu percurso e a posição que ocupou nas cortes por onde passou ao longo da sua longa vida. É o último livro da saga Plantageneta e é incrível! 

Lê a minha opinião sobre A Maldição do Rei

Top 5 - Melhores Leituras de 2019 - A Maldição do Rei

3. Anita Garibaldi, de Thales Guaracy


Mais uma figura espectacular da história brasileira e uma mulher à frente do seu tempo. Assim que pus os olhos neste livro, sabia que tinha de o ler e não desiludiu de forma alguma. É uma obra de ficção que procura retratar a vida de Anita desde que conheceu o homem da sua vida, contada pelo próprio Giuseppe Garibaldi. Só vos posso dizer que poderá ser controverso, mas não deixa de ser uma leitura espectacular, passada numa época rica em revoltas e lutas pela tão amada Liberdade. 

Lê a minha opinião sobre Anita Garibaldi

Top 5 - Melhores Leituras de 2019 - Anita Garibaldi

4. Filipa de Lencastre, de Isabel Stilwell


Em 2019, finalmente, comecei a ler a autora portuguesa de romance histórico mais famosa e devo dizer que não fiquei em nada desiludida. Este livro é fascinante e vem ligar-se a muitas personagens que já conhecia dos romances de Philippa Gregory, visto que Filipa pertencia aos Plantagenetas. Se isto já não fosse razão suficiente, ainda temos o bónus de se tratar da mãe da Ínclita Geração e de ser também responsável pelo lançar da semente que daria origem aos Descobrimentos portugueses. De autora desconhecida, passa directamente para a lista dos autores de quem quero ler tudo o que existe publicado. 

Lê a minha opinião sobre Filipa de Lencastre

Top 5 - Melhores Leituras de 2019 - Filipa de Lencastre

5. O Homem Mais Rico do Mundo, de Jonathan Conlin


O último livro desta lista é também uma biografia de mais uma personagem icónica que atravessou o século XIX e brilhou no século XX, deixando a sua marca e o seu nome em Portugal. Falo de Calouste Gulbenkian cuja vida é retratada neste livro desde a infância até à morte no nosso país. Pelo meio, muitos segredos são revelados, mitos são desfeitos e fica a certeza de que muito ficou por saber sobre um homem que fez do mistério a sua imagem de marca. 

Lê a minha opinião sobre O Homem Mais Rico do Mundo

Top 5 - Melhores Leituras de 2019 - O Homem Mais Rico do Mundo

Estas foram as melhores leituras do meu ano, sendo que muitas mais ficaram por destacar. Agora, conta-me, o que de melhor leste em 2019? Que livro me recomendarias para 2020? 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros - Reflexão


Desafio de Escrita dos Pássaros - Reflexão

Os pássaros são mesmo fofinhos e deram umas férias ao pessoal durante as festas, não sem deixar ainda uma proposta para reflectirmos sobre este desafio e sobre os temas propostos. Fez-me lembrar aqueles professores que começavam por dizer que não iriam passar trabalhos de casa e, no fim das contas, arranjam sempre qualquer coisa para a malta fazer antes da aula terminar. 

As minhas festas foram muito agitadas e implicaram uma nova viagem o que dificultou e atrasou a publicação, tanto do tema 16 como da própria reflexão. No entanto, não sou mulher de desistir e portanto aqui estou para cumprir e reflectir contigo sobre este desafio incrível que em boa hora descobri. 

Vamos começar com o elefante na sala, que é como quem diz, os temas. Sim, existiram uns quantos que me desconcertaram e me fizeram duvidar da sanidade mental destes pássaros, outros que me apanharam na curva  de tão inusitados e outros que simplesmente me encontraram numa fase de pouca inspiração. Ainda assim, tentei sempre fazer o melhor, por vezes consciente de que esse «melhor» poderia ser pequeno. 

Sobretudo, porque, graças a este desafio, fiquei a conhecer gente muito talentosa, cuja escrita me deliciou e me fez ter consciência das minhas limitações e imperfeições. Foi fascinante ler os vários pontos de vista dos participantes e ficar a conhecer os seus próprios blogs. Em suma, foi uma viagem espectacular e altamente enriquecedora. 

Tanto assim, que dei por mim a inscrever-me para o próximo desafio de escrita dos pássaros! Portanto, apesar do último tema ir para o ar nesta Sexta-feira, podes contar que em breve voltaremos para voar com a passarada e colorir os teus dias. No entanto, desta vez, também te podes inscrever e participar connosco nesta aventura. Lê este post para ficares a conhecer as regras e envia a tua inscrição para os pássaros! 

domingo, 5 de janeiro de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros #16 - Sobre a vida adulta: Ainda não entendi o que é para fazer


Desafio de Escrita dos Pássaros #16 - Sobre a vida adulta: Ainda não entendi o que é para fazer

A sério que vamos começar o ano a falar sobre a vida adulta? Bem, pensando melhor, até que faz sentido numa época em que todos fazemos balanços e estabelecemos novos objectivos e desejos para o ano que agora começa. Existirá coisa mais adulta do que este hábito que, regra geral, acaba em frustração e desilusão? 

Não me recordo de, quando criança, ter pensado no que desejava para o ano novo. Certamente, pensava na lista de presentes que gostaria de receber no Natal, mas nunca me ocorreria que a mudança de ano significava alguma coisa na roda dos acontecimentos da minha vida. Assim sendo, este deverá ser o primeiro sintoma de que, no fim das contas, já sou uma pessoa adulta. 

Mas existe uma enorme diferença entre ser adulta e entender o que é suposto se fazer nesta fase das nossas vidas. Curiosamente, fui uma criança feliz mas com uma vontade enorme de crescer depressa, na ânsia de ser dona do meu nariz. Quanta inocência... Quem nos contou que os adultos são livres e que podem fazer tudo o que lhes aprouver? 

As prisões só se alteram e tornam-se mais subtis, pois não nos chegam através da voz do pai e da mãe. Em vez disso, passamos a ser prisioneiros do patrão, dos amores, do dinheiro, do status social, só para dar alguns exemplos. Até as responsabilidades são capazes de nos colocar grilhões nos pés e nas mãos. Isto sem contar com a moral ou até com a opinião dos outros. 

De facto, não acredito que seja possível passear pela vida adulta sem nos agarrarmos a estas âncoras, que nos colocam com a falsa ideia de que estamos em terra firme, com raízes fortes e estáveis. Uma ilusão com um preço demasiado elevado, na minha opinião, sobretudo porque sou apaixonada pela ideia da liberdade, esse conceito maravilhoso e tão utópico. 

Os carcereiros da minha prisão na vida adulta são as responsabilidades e o vil dinheiro. Não consigo fugir deles, mesmo quando recuso a todos os outros. Claramente, ainda não percebi muito bem o que é suposto se fazer, mas continuo a procurar as respostas e as perguntas para que este seja um caminho de felicidade de dentro para fora. 

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