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quinta-feira, 30 de junho de 2022

#Filmes - Top Gun Maverick

 

#Filmes - Top Gun Maverick

Sinopse

Após mais de 30 anos de serviço como um dos melhores aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está onde deveria estar: a voar nos limites como piloto de testes e a evitar uma subida na hierarquia que o faria deixar de voar. Quando se encontra a treinar um destacamento de graduados Top Gun para uma missão especializada que nenhum piloto vivo alguma vez viu, Maverick encontra o Tenente Bradley Bradshaw, nome de código "Rooster", filho do falecido amigo de Maverick, o Tenente Nick Bradshaw, nome de código "Goose". Face a um futuro incerto e confrontado com fantasmas do passado, Maverick é obrigado a enfrentar os seus medos mais profundos, culminando numa missão que exige o sacrifício daqueles que forem escolhidos para voar nela. 


Opinião

Agora que a pessoa se habituou a regressar às salas de Cinema, não quer outra coisa e já tenho de me segurar para não ir com mais frequência. Claro, os preços dos bilhetes não são incentivadores, e as estreias interessantes estão longe de outros tempos de ouro de Hollywood. No entanto, o retorno de Top Gun foi uma tentação impossível de resistir. Afinal, o primeiro filme foi lançado no ano do meu nascimento e cresci a ver este filme passar com frequência nas sessões da tarde em todos os canais aos fins de semana. 


Ainda por cima, estamos a falar do Tom Cruise dos anos 80, que vive no imaginário de todas as meninas dos anos seguintes, como um homem de sonhos. Bonito, charmoso, interessante, fascinante até. Para esta imagem muito contribuiu os papéis que protagonizou ao longo dos anos mas, sobretudo, a sua personagem de Pete Mitchell, o Maverick de Top Gun. Trata-se dum piloto arrogante, convencido das suas qualidades e perícia, sedutor e que se acha engraçado. Naturalmente, num jovem são características comuns e que achamos que, pelo menos algumas, são ultrapassadas com a idade. Não é o que acontece. 


Podes ler também a minha opinião sobre Barry Seal


Passaram mais de trinta anos, as expectativas eram muito altas, perigosamente altas, e o risco de Tom Cruise não ser capaz de corresponder ao ideal que criou em 1986 era gigante. Mas está longe de ter sido o que aconteceu. Com Top Gun Maverick, temos uma exaltação do velho Cinema de acção, sem grandes efeitos especiais, sem enredos mirabolantes ou complicados, onde as máquinas são importantes, mas o homem ainda é mais e pode fazer a diferença. Maverick é protegido nos últimos trinta anos pelo seu rival icónico, Iceman, interpretado por Val Kilmer, que o tem mantido na Marinha e a pilotar como tanto deseja. As promoções não são a sua ambição, ao contrário da maioria. Permanece Capitão, mas desse modo pode continuar a voar, que é o que verdadeiramente lhe interessa. 


#Filmes - Top Gun Maverick

Quando o filme começa, Mitchell está a testar um avião e sua capacidade de atingir determinada velocidade, projecto que se encontra em risco de terminar pois o governo pensa que seria melhor aplicar esses fundos num projecto relacionado com drones, o futuro onde as máquinas serão capazes de cumprir as missões se existir necessidade de ser pilotado pelo homem. Apesar da idade, Maverick está longe de se resignar perante esta notícia, e graças à sua audácia e coragem, consegue que o seu projecto não seja cancelado e volta a chamar as atenções sobre si mesmo. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Top Gun Ases Indomáveis


Contra a sua vontade, é chamado de volta à escola de elite Top Gun, lugar para onde não desejava de todo voltar, sobretudo, pelas memórias relacionadas com a perda do seu melhor amigo. Percebemos que o piloto está longe de ter ultrapassado o facto de ter sobrevivido, quando Goose se foi. A sua missão será treinar um grupo de pilotos extraordinários para uma missão que beira o impossível e cujo sucesso está na perícia destes pilotos de vencer o tempo curto que terão, pilotando aviões antigos que não poderão vencer num confronto directo com as mais recentes tecnologias da aviação. 



Os oficiais não ficam satisfeitos com este regresso do piloto rebelde e o próprio sente-se incomodado, pois entre os seus alunos encontra-se o filho do melhor amigo morto, que agora pretende seguir as pisadas do pai na Marinha. Os conflitos emocionais estão presentes, mas não são o foco. O amor também não poderia faltar mas, mais uma vez, não é este o protagonista. O verdadeiro destaque está posto nas qualidades extraordinárias de piloto destemido, audaz e inspirador de Maverick e a sua capacidade de mostrar as dificuldades ao mesmo tempo que prova que é possível concluir com sucesso a missão e todos voltarem vivos para casa. 


Tom Cruise está épico neste papel, imprimindo uma sensação de eterna juventude, como se a idade não tivesse alterado nada em si e continuasse a ser capaz de seduzir a apaixonar o espectador. A forma como foi filmado também o protege para que não seja óbvia a diferença de idades entre o professor e os seus jovens e bonitos alunos. No fundo, é uma ode ao homem como peça fundamental para tirar partido das máquinas, uma exaltação das capacidades que podem ser adquiridas, exploradas, exponenciadas. E tem um sabor delicioso de filme de outros tempos. Será que vai marcar o início de mais filmes com este personagem icónico? 


Já foste ao cinema ver Maverick? O que achaste do filme e da interpretação de Tom Cruise? Recomendas o filme? Conta-me tudo nos comentários! 

terça-feira, 28 de junho de 2022

#Livros - À Espera no Centeio, de J. D. Salinger

 

#Livros - À Espera no Centeio, de J. D. Salinger

Sinopse

A voz do seu protagonista, o anti-herói Holden Caulfield, encontrou eco nos anseios e angústias das camadas mais jovens, tornando-o numa figura icónica do inconformismo. Da mesma forma, os temas da identidade, da sexualidade, da alienação, e do medo de existir, tratados numa linguagem desassombrada e profundamente original, fizeram de The Catcher in the Rye um símbolo da contracultura dos anos 50 e 60. Mas, passados sessenta anos sobre a sua primeira publicação, vendidos mais de 65 milhões de exemplares em quase todas as línguas, e instituído marco incontornável da literatura mundial, À Espera no Centeio mantém toda a actualidade e a frescura da rebelião. 


Opinião

Este é um livro que se encontra esgotado em Portugal, e que só é possível encontrar procurando por exemplares usados ou em inglês, para os que conseguem ler nessa língua. Parece inacreditável que não tenha sido ainda lançada uma nova edição no nosso país, tal é a importância deste livro. Mal visto, por ser muitas vezes associado a assassinos e psicopatas, é um retrato da sociedade americana dos anos 50 e 60, que nos transporta para esse tempo, para esse lugar, para esse modo de estar e de ser dos jovens peculiares dessa época. 


O livro é escrito na primeira pessoa pelo nosso estranho protagonista, Holden Caulfield, um jovem que acaba de ser expulso de mais um colégio, após ter tido mau aproveitamento na maioria das disciplinas. A única onde tem boas notas sem grande esforço e com genuíno prazer é Inglês, tudo o resto é para ele um total aborrecimento e não tem qualquer espécie de vontade ou desejo de se esforçar, de agradar aos professores ou aos pais, nem tão pouco quer ser melhor aluno por orgulho ou ambição, ambos conceitos que a sua personalidade não alcança. 


Podes ler também a minha opinião sobre Coração das Trevas 


É escrito quase como se fosse um diário, que conta sobre os seus últimos dias antes de sair do colégio e antes de regressar a casa dos pais, a quem vai dar mais uma desilusão e onde teme o castigo que virá depois do fracasso. Pelas suas palavras ficamos a conhecer os seus colegas de quarto, alguns professores que o marcaram e foram importantes de alguma forma para si, e temos um retrato muito vívido dos seus irmãos, mais até do que dos seus pais. Como se estes últimos estivessem distantes de si, enquanto que os irmãos, mesmo o que morreu, fossem o mais próximo que alguém conseguiu chegar de si mesmo. 


"O que realmente me agrada é um desses livros que, quando estamos a lê-lo, gostaríamos que tivesse escrito por um amigo nosso a quem pudéssemos telefonar sempre que desejássemos. Mas isso é uma coisa que raramente acontece." 


Mas desengane-se quem pensa que estamos perante um rapaz burro ou idiota. Pelo contrário, é extremamente inteligente, com uma cultura acima da média, sobretudo se tivermos em conta a idade do Holden, com 16 anos apenas. No entanto, é preguiçoso, o que lhe dificulta muito a vida nas escolas por onde tem passado ao longo da sua educação formal. Além disso, logo no início, conta-nos que ele é um mentiroso compulsivo, que mente mesmo sem qualquer razão aparente. E é isso mesmo que acontece ao longo de todo o livro. Ao mesmo tempo que nos conta isto, conta-nos também episódios em que notamos claramente que estava a mentir para as pessoas sem sequer se tentar justificar ou esclarecer-nos. Isto sem contar com as inúmeras vezes com que nos deparamos com declarações contraditórias feitas por si mesmo. Num momento, por exemplo, está a dizer-nos que nunca se embebeda, por mais que beba, ficando apenas ligeiramente entorpecido, para passadas poucas páginas nos relatar uma bebedeira descomunal que apanha, com pormenores obviamente indicadores e que contradizem o que foi dito antes. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Triunfo dos Porcos


A complexidade da obra e do seu protagonista é tal que muitas discussões foram tidas em torno deste livro, com gente a defender e outros tantos a atacar. Porque Holden critica e questiona tudo o que o rodeia, desde o sistema de ensino, à sexualidade dos jovens, passando pela hipocrisia e falsidades das pessoas no geral, às amizades que nunca são desinteressadas e verdadeiras. No fundo, não quer crescer e não aceita que terá de entrar na vida adulta, compactuando com as regras e a sociedade que despreza. É um livro escrito de forma simples, com a linguagem que seria própria de um adolescente da época, mas repleto de temas profundos e tantas referências literárias, que fazem pensar, que nos obrigam a colocar em causa tudo o que damos por garantido e certo, ao ponto de se tornar muito irritante. 


"Quando as pessoas sabem muito de literatura, levamos muito tempo até descobrirmos se são de facto estúpidas ou não."


Tudo se passa num curto espaço de tempo, a sua leitura é acessível e cativante, embora não vá explorar este título, tão controverso, e tão difícil de captar a sua essência. Em Portugal, chegou a ser traduzido como Uma Agulha no Palheiro, o que fazia com que se perdesse a mensagem e o entendimento da passagem que vai fazer luz sobre a expressão À Espera no Centeio, ou, como ficou no Brasil, O Apanhador no Campo de Centeio. No entanto, se ainda precisas de mais incentivos para leres este livro extraordinário do Salinger, podes ver os vídeos da Tatiana Feltrin e do Literatura Fundamental.


Conheces este livro icónico da cultura norte americana? Já leste? Que sensações te provocou? Conta-me tudo nos comentários! 


Podes adquirir o teu exemplar, se lês em inglês, através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e contribuir para as próximas leituras deste blog


Wook | Bertrand | Book Depository 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

#Review - ISDIN Ureadin Podos Gel Oil Hidratante

 

#Review - ISDIN Ureadin Podos Gel Oil Hidratante

Quanto mais conheço os produtos da ISDIN, mais rendida fico à sua qualidade e à sua eficácia. Hoje, venho te contar sobre um outro produto da marca que conheci no blog da Maça de Eva e que era recomendado por ela para tratar dos pés secos e gretados. Tudo o que experimentei, recomendado pela Ana, nunca desiludiu de forma alguma, por isso esta se trata de uma das minhas influenciadoras favoritas de sempre. 


O cuidado dos pés é algo muito importante, afinal sustentam o nosso peso e todas as horas que passamos em cima deles, é um grande esforço e por isso é preciso encontrar as melhores formas de os ajudar nessa missão. Especialmente, durante o Inverno, os meus pés ficam secos por passarem tantas horas fechados e a hidratação é essencial por razões de saúde, mas também estéticas, pois quando chega o Verão todos queremos andar a mostrar uns pés bonitos. 


Podes ler também sobre SVR Topialyse Stick Lábios Nutritivo


A embalagem deste creme milagroso tem 75 ml e deve ser aplicado duas vezes por dia, para pés secos e gretados e, quando os pés estiverem macios, pode ser aplicado uma vez por dia. Os resultados são visíveis passados poucos dias de utilização contínua e a sua eficácia é um caso sério, em comparação com tantos outros que já utilizei ao longo dos anos. Refiro-me ao creme da marca referida acima Ureadin Podos Gel Oil Hidratante.


#Review - ISDIN Ureadin Podos Gel Oil Hidratante

Promete reparação, hidratação e suavidade, promovendo uma acção esfoliante e nutritiva, retendo a água na pele para que esta fique realmente macia. Tudo graças à sua fórmula com 10% de ureia, ácido lático, ácido hialurónico e Bacillus ferment. Além disso, tem também uma acção calmante por causa da alantoína e do pantenol. O aroma é agradável e a sensação na pele é refrescante e muito confortável. A textura não é de todo gordurosa e de rápida absorção. 


Podes ler ainda sobre o Fotoprotector FusionWater SPF 50+


Pessoalmente, estou rendida às qualidades deste creme e não quero nenhum outro na minha rotina de cuidados e é por estar tão contente com os resultados deste produto da ISDIN que achei importante recomendar-te também que o conheças, experimentes e descubras os seus efeitos milagrosos. Que creme utilizas para os pés? Já conheces este da ISDIN? Conta-me tudo nos comentários. 

terça-feira, 21 de junho de 2022

10 Novidades para ler nas férias

 

10 Novidades para ler nas férias

O Verão começa hoje e é o momento certo para começar a pensar no que vais ler nas férias, isto se ainda não decidiste e planeaste. Para a maioria das pessoas, é o momento em que temos mais tempo para dedicar a este hobby e por isso é importante escolher com cuidado qual será a nossa companhia nos tempos de lazer mais prolongados. Procurei várias opções, dentro de diversos géneros literários, romances, clássicos que voltaram a ser editados, livros técnicos, biografias e até livros mais leves, que pretendem proporcionar um bom momento de entretenimento. 


Ou seja, procurei opções que possam servir de inspiração e ir ao encontro de todos os gostos, para que não inventes mais desculpas para não ler. Não defendo a ditadura do livro, não pretendo obrigar ninguém a fazer algo que não gosta, mas acredito sinceramente que quem diz não gostar de ler é apenas porque ainda não encontrou o livro certo para si, para o seu gosto, para o que procura. Aceitas o desafio? Aposto que vais encontrar aqui o livro certo para as tuas férias de Verão deste ano. 


1. A Falência, de Júlia Lopes de Almeida

Francisco Teodoro é um homem ambicioso à frente de um florescente negócio de exportação de café. Na busca de protagonizar um quadro social ideal, casa com a bela Camila, jovem de origens humildes, para com ela constituir família. Com o passar dos anos, a paixão de Teodoro continuará a ser o dinheiro; a de Camila, o dr. Gervásio. Acomodada ao conforto que o marido lhe providencia, mas totalmente alheia aos negócios do mesmo, é apanhada de surpresa quando, num revés do destino, a fortuna se eclipsa. 

Considerado um dos romances brasileiros mais emblemáticos do final do século XIX, A Falência expõe a decadência económica e moral de uma burguesia urbana hipócrita, dominada pelo machismo e incapaz de superar a sua dependência das estruturas esclavagistas que acabavam de ser abolidas. 

Uma obra lúcida e sagaz de Júlia Lopes de Almeida, ícone do modernismo brasileiro. 

Introdução de Alva Martinez Teixeiro


Wook | Bertrand


10 Novidades para ler nas férias - A Falência

2. A Mais Breve História da Rússia, de José Milhazes

Nação de proporções colossais ou continente? Luz do mundo ou terra condenada? Aliado da Europa e do Ocidente ou seu adversário mortal? Território de santos, czares, poetas, pintores, revolucionários e músicos, a Rússia é um enorme mistério que importa desvendar. Esconde uma história tão rica, antiga e diversa quanto desconhecida. 

José Milhazes, o grande especialista português da Rússia, propõe neste livro uma viagem fascinante que atravessa séculos e séculos da história, cultura e civilização russas, que começa nos povos eslavos vários séculos antes de Cristo e acaba na actualidade, com Putin. 

Nesta edição que inclui dezenas de fotografias e mapas - além de uma cronologia e de bibliografia aconselhada para quem quiser saber mais - fique a conhecer a geografia, os povos, as grandes figuras, efemérides e feitos desta grande nação em permanente devir. 


Wook | Bertrand


10 Novidades para ler nas férias - A Mais Breve História da Rússia

3. A Noite é um Jogo, de Camila Läckberg

Quatro amigos

Liv, Martina, Max e Anton são melhores amigos há anos. Na véspera de Ano Novo, estão mais do que felizes por passar a noite juntos - a beber, a namoriscar e a jogar. 

Quatro segredos aterrorizantes 

Mas cada um deles guarda um terrível segredo. E, quando um jogo de verdade ou consequência toma um rumo sombrio, não demora muito a emergir uma verdade chocante. 

Uma noite que terminará em assassinato 

Agora, os segredos já não o são. Nada mais será o mesmo. E nem todos viverão para ver chegar o novo ano...


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10 Novidades para ler nas férias - A Noite é um Jogo

Podes ver também outras sugestões para ler nas férias

4. Apontar é Feio, de Joana Marques

«A humorista mais querida dos portugueses», disse ninguém sobre ela. Autora de uma rubrica de rádio de referência, que é também o podcast mais ouvido em Portugal, o Extremamente Desagradável, colunista da Visão, guionista do programa Isto é Gozar com Quem Trabalha e a jurada menos habilitada do programa de televisão Ídolos, Joana Marques partilha agora o seu bloco de notas com toda a gente. 

Apontar é Feio trata-se de um caderno com apontamentos que obedece à estratégia que Joana Marques sempre usou para tomar notas na escola: enquanto lá à frente o professor dava a matéria, ela ia escrevendo sobre assuntos irrelevantes. Em dias bons, porque nos outros fazia só um jogo do galo contra ela própria (e às vezes perdia). 

Nestas páginas, reflecte sobre temas tão importantes como compostagem humana, queijo comido às escondidas dos filhos, juízes sem juízo nenhum, sintomatologia do mau perder, neologismos das Spice Girls, festas da espuma, veados em Odivelas, o Ranger do Texas, um divórcio provocado por bananas, pijaminhas de sobremesas, viagens a Bali, lançamento de búzios, alinhamento de chakras ou a importância dos cheeseburgers no sucesso de Cristiano Ronaldo.


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10 Novidades para ler nas férias - Apontar é Feio

5. Pessoa. Uma Biografia, de Richard Zenith

Fernando Pessoa é, a par de Luís de Camões, o maior poeta português. E é uma das figuras proeminentes do modernismo europeu, juntamente com escritores como Kafka, Joyce e Proust. O seu vastíssimo legado - da poesia, drama e ficção ao artigo de opinião e escrita mediúnica, cruzando e aprofundando inúmeros domínios do conhecimento (da literatura à religião, passando pela história, a filosofia, a astrologia e tantos outros) - tem vindo a ser progressivamente conhecido pelos leitores portugueses e de todo o mundo. 

Porém, o homem por detrás da extraordinária multiplicidade de vozes (os heterónimos e dezenas de outros autores ficcionais), e de uma das obras literárias mais complexas e ricas de todos os tempos, é quase um desconhecido. João Gaspar Simões, com a publicação da sua biografia em 1950, teve o grande mérito de reconhecer a importância de Fernando Pessoa numa altura em que o poeta ainda não era justamente apreciado. Mas a obra não se baseou numa pesquisa mais aprofundada e desde há muitos anos que se sentia a falta de uma obra biográfica de referência. 


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10 Novidades para ler nas férias - Pessoa Uma Biografia

6. Empreender Sem Limites, de Filipa Maia

Durante quase toda a minha vida acreditei que era cientista. Racional, lógica e cética em relação a tudo. Depois percebi que podia ser criativa. Que gostava de outras coisas e que queria outro tipo de vida. 

O processo de desenvolvimento pessoal consiste em tornarmo-nos um, em integrar e incorporar tudo o que somos, naquilo que fazemos. Parece simples. Então porque demoramos tanto tempo a conseguir fazê-lo? E porque tantos passam uma vida inteira sem o conseguir fazer? 

Na maioria das vezes, o maior obstáculo ao nosso sucesso e à vida que sonhamos somos nós próprios. O medo de falhar, de perder tudo, o receio daquilo que os outros possam pensar, a paralisação de fazer escolhas, a insegurança sobre se somos suficientes e o medo de aparecer, de nos expormos. Também já estive aí. Eu senti todos esses medos, inseguranças, hesitações e dúvidas. A verdade é que, ao longo do meu caminho, fui aprendendo a ultrapassar todos estes bloqueios internos. 

Talvez já tenhas uma ideia de algo que gostarias de fazer, um projecto para mostrar ao mundo, criar um negócio, ou talvez até já tenhas começado o teu negócio, mas as coisas não estão a correr como imaginavas. 

Neste livro, Empreender Sem Limites convido-te a uma jornada interior, a mergulhar no mais profundo de ti e a enfrentar os medos e dúvidas que surgem a cada passo. Quero mostrar-te como podes ultrapassar estes bloqueios internos, perceber a sua origem e como funcionam. Começar a implementar passos práticos que te vão permitir ultrapassar esses obstáculos. 

Ao fazeres este caminho comigo vais finalmente ter a coragem para viver a vida à tua maneira, tomar decisões por ti, assumir o que queres, encontrar o teu alinhamento e magnetismo radiante, desenhar uma visão de futuro que te motiva, nutre e dá forças para avançar na jornada de criação do teu próprio negócio e ter o impacto que é suposto teres, nas pessoas à tua volta, na humanidade e no mundo. 

Vais finalmente tomar as rédeas do teu destino.


Wook | Bertrand


10 Novidades para ler nas férias - Empreender Sem Limites

7. Senhora do meu Destino, de Lesley Pearse

Esta é a história de três mulheres talentosas e lutadoras. 

É a história de Mabel, cujo amor por um homem viciado no jogo quase a leva à loucura. É a história de Amy, que se casa com um homem destruído pela guerra e pelos seus próprios fracassos. E é a história de Tara, que cedo decide quebrar o ciclo de miséria e violência da sua família. E tenciona fazê-lo através da moda, que a fascina desde criança. 

Para isso, Tara terá de lutar contra o legado que lhe foi deixado pela mãe e pela avó e enfrentar os perigos do popular bairro londrino onde mora e convive com gangues, patifes, comerciantes e mulheres frívolas. 

Mas a maior ameaça à realização dos seus sonhos pode vir de onde menos se espera: ela própria, sobretudo se não contrariar a avassaladora paixão que sente desde sempre pelo encantador - e terrível em igual medida - Harry Collins. 

Conseguirá Tara ser senhora do seu destino e viver de acordo com as suas regras? 


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10 Novidades para ler nas férias - Senhora do meu Destino


8. Marketing Digital O Guia Completo, de Marco Gouveia

Marco Gouveia é um dos nomes mais relevantes do Marketing Digital em Portugal. 

Num mundo digital em constante crescimento, não basta ter um website e contas nas redes sociais para atrair clientes e seguidores. É cada vez mais importante ter uma forte presença online para se conseguir afirmar e ser uma referência. 

Em Marketing Digital O Guia Completo, Marco Gouveia reúne os conhecimentos adquiridos ao longo de quase duas décadas de experiência nas mais variadas áreas de negócio, oferecendo-lhe ferramentas fundamentais para aumentar a notoriedade e melhorar os resultados. 

Neste manual prático vai aprender tudo o que precisa sobre Marketing Digital: 

  • Definição de público-alvo e personas
  • Criação de landing pages e websites em WordPress
  • Marketing de conteúdo
  • Social Media Marketing
  • SEO (incluindo YouTube SEO)
  • SEA (incluindo Google Shopping)
  • Digital advertising 
  • Email marketing e Marketing automation 
  • Marketing de influência
  • Web analytics (incluindo Google Tag Manager e Data Studio) 
Aprenda de forma simples e eficaz todas as competências digitais necessárias para criar uma estratégia online de sucesso. 
Este livro reforça claramente o seu estatuto de referência incontornável do Marketing Digital e é um manual obrigatório para quem hoje em dia procura conhecer de forma mais rigorosa e detalhada este universo digital. 


10 Novidades para ler nas férias - Marketing Digital O Guia Completo

9. Rei do Bluff, de Afonso Noite-Luar


Quando Camila chega a uma ilha paradisíaca para festejar a despedida de solteira de uma amiga, conhecer alguém não é prioritário. Só que Eduardo vai mudar rapidamente as regras do jogo. Sensual, algo enigmático e com uma autoconfiança arrebatadora, é um homem poderoso que enriqueceu graças à sua astúcia nos jogos de azar. Não está habituado a perder. E quer que Camila seja sua. 

O autor bestseller Afonso Noite-Luar está de regresso com um novo romance erótico que vai romper preconceitos e atirar os leitores para um universo glamoroso e envolvente onde nenhuma fantasia fica por concretizar. 


10 Novidades para ler nas férias - Rei do Bluff

10. Zelensky, de Andrew L. Urban e Chris Mcleod 


A 24 de Fevereiro de 2022, o presidente russo lançou aquilo a que chamou uma «operação militar» para invadir a Ucrânia. O objectivo era que a invasão se concretizasse rapidamente e sem oposição. No entanto, interpondo-se firme no seu caminho, encontrou Volodymyr Zelensky, o popular comediante que se tornara o presidente improvável da Ucrânia apenas três anos antes. As ofertas para abandonar o seu país foram céleres, mas ao contrário do que muitos esperariam deu uma resposta que perdurará no tempo: «Preciso de munições, não de uma boleia.»

Zelensky é actualmente o líder inesperado de uma geração, cuja força reuniu cidadãos comuns para defenderem as suas casas, saírem para a rua e lutarem pela sua independência. Mas quem é ele? Como adquiriu as suas capacidades de liderança? Porque é que entrou na política? Que ideologia defende? E como é que se transformou no grande herói do nosso tempo? 

Zelensky - O Herói Improvável oferece-nos a história do líder ucraniano, desde a infância, passando pela família e não esquecendo a surpreendente trajetória pública, de personalidade televisiva a primeiro presidente judeu da Ucrânia, revelando-nos todos os altos e baixos que moldaram o maior protagonista do actual panorama mundial, o homem que uniu o seu povo e o mundo inteiro sob uma única bandeira. 


10 Novidades para ler nas férias - Zelensky

Pessoalmente, já tenho cá em casa o livro do Marco Gouveia e a biografia de Pessoa, que conto ler durante as férias. E tu, o que achaste destas sugestões? Já decidiste o que vais ler este Verão? 

quinta-feira, 16 de junho de 2022

#Filmes - Top Gun Ases Indomáveis

 

#Filmes - Top Gun Ases Indomáveis

Sinopse

Uma formidável e palpitante combinação de acção, música e uma incrível fotografia aérea, fizeram de Top Gun um arrasador sucesso de 1986. Top Gun mostra o perigo e a emoção que aguardam cada um dos pilotos da prestigiada escola de aviação de caça da Marinha. Tom Cruise está soberbo como Maverick Mitchell, um ousado jovem piloto que pretende tornar-se o melhor entre os melhores. Kelly McGillis está estonteante como a instrutora civil que ensina a Maverick algumas coisas que não se aprendem numa sala de aula. 


Opinião 

Como qualquer pessoa que tenha vivido nos anos 90 e 2000, vi vezes sem conta o icónico filme Top Gun, de 1986, com a estrela em ascensão, Tom Cruise.  Era uma presença recorrente nas sessões da tarde dos canais abertos em Portugal e acredito que tenha marcado uma geração de jovens por todo o mundo. Faz parte da geração de ouro do Cinema dos anos 80, que fez escola e deixou uma marca profunda, tornando-se até intemporais. O sucesso foi tanto que, passados mais de trinta anos, estamos perante o regresso de Top Gun, com uma sequela que promete ser épica. 


Como tal, devido a este regresso e como pretendo ver o novo filme numa sala de Cinema, optei por antes rever o filme original, o primeiro, o que conta os acontecimentos que certamente darão o mote para o que agora chegou. E que bela viagem no tempo que foi rever Top Gun e o belo do Tom Cruise na flor da juventude, belo e perfeito como só os jovens conseguem ser. Se não fosse por mais nada, já valeria a pena pelo festival de beleza masculina que se pode ver ao longo de todo o filme. 


Podes ler também a minha opinião sobre Barry Seal


Mas, felizmente, não é só isso que nos traz este filme. Temos a adrenalina proporcionada por todos os aviões que estão constantemente a aparecer, com treinos exigentes, acrobacias entusiasmantes e alunos ambiciosos que parecem dispostos a tudo para ocupar um lugar na elite aérea dos Estados Unidos. Tem também romance, dos mais irresistíveis, que são os proibidos, e que apimenta a história de um modo extraordinário. O romance entre o jovem piloto e a sua instrutora é delicioso, com constantes desafios de parte a parte, muita sedução, que culminam numa paixão desenfreada, que pode colocar em causa a carreira de ambos. 


#Filmes - Top Gun Ases Indomáveis

Estamos a falar de um filme que não se compara aos que hoje se fazem, com tudo o que os avanços tecnológicos permitem, efeitos especiais, inteligência artificial e coisas que tal. Mas acredito que é precisamente nisso que reside o charme de Top Gun, a sua fórmula despretensiosa, focada nos efeitos que só uma boa realização consegue, com uma fotografia de bom gosto, onde o protagonismo está nos homens e nas máquinas e, em especial, na relação entre ambos. As cenas de acção são old school e remetem para as histórias tão próprias dos anos 80 e que fascinaram toda uma geração, onde me incluo, ainda que posteriormente. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Casamento do meu Melhor Amigo


É uma experiência assistir a este tipo de filme, a este Cinema que era feito noutros moldes, com propósitos tão diferentes dos actuais. Entretenimento puro, mas bem feito, bem executado. Depois de ter revisto pela milésima vez, passados tantos anos desde a última, fico com a impressão de que será muito provável que o novo Top Gun irá ter um trabalho árduo para reproduzir este sucesso, para regressar a uma fórmula de sucesso que, nos últimos anos, ninguém conseguiu recuperar. Depois temos grandes estrelas que abrilhantaram este filme e que, nos anos seguintes, construíram uma carreira extraordinária em Hollywood, como Tom Cruise ou Meg Ryan. 



Será que serão capazes de reproduzir este sucesso? É verdade que a bilheteira indica que Top Gun Maverick é já um êxito estrondoso e as críticas que tenho lido são muito positivas, mas as expectativas estão altas e preocupa-me que possa ser uma decepção, de algum ponto de vista. O que nos espera com este regresso passados tantos anos? Será espectacular como queremos? Será que um Tom Cruise tão mais velho conseguirá manter o seu lugar de protagonista, de galã apaixonante e desejável? 


Agora, conta-me nos comentário: conhecias o filme de 86? Vais ver o novo Top Gun no Cinema? Acreditas que vale a pena? 

terça-feira, 14 de junho de 2022

#Livros - Os Meus Problemas, de Miguel Esteves Cardoso

 

#Livros - Os Meus Problemas, de Miguel Esteves Cardoso

Sinopse

«As crónicas aqui reunidas são de tal forma extraordinárias que é difícil escolher a melhor. Li Os Meus Problemas de ponta a ponta, acabando por nomear dezoito. Após várias releituras, consegui atribuir o prémio a «A Felicidade». Os motivos que me levaram à escolha são variados, mas julgo que o factor decisivo foi o ter descoberto que existia alguém na minha pátria com a ousadia suficiente para se declarar feliz. Os portugueses de quem o Miguel nos fala são analisados com ternura, o que exige um tipo de prosa diferente da usada pelos intelectuais lusos obcecados com a questão da identidade nacional. Ele nunca teve de viver dentro de um labirinto da saudade, não foi obrigado a sentir medo de existir, nem se entregou à autoflagelação. 

A certa altura, o Miguel conseguiu escapar ao destino de um professor catedrático para se instalar na menos prestigiada profissão de jornalista. Foi uma escolha acertada. Nos jornais é hoje clara a divisão entre a época pré-MEC e a pós-MEC. Por outro lado, o que escreve sobrevive ao tempo, o que deve estar ligado ao facto de nunca se ter interessado pela conjuntura política. O que o fascina é o quotidiano.»

Do prefácio de Maria Filomena Mónica


Opinião

Penso que não exista português que não conheça Miguel Esteves Cardoso e as suas crónicas famosas e icónicas, que muitas vezes até aparecem partilhadas nas redes sociais, tal é o impacto que provocam nas pessoas. Pela minha parte, confesso que conhecia maioritariamente as suas crónicas relacionadas com a sua mulher, paixão da sua vida, que transmitem uma profundidade de sentimentos que me deixam até atordoada e me fazem por em causa o meu cinismo crónico. 


No entanto, confesso que estava curiosa para ler mais, de tanto que exaltam as suas qualidades enquanto cronista, e a diversidade de temas que aborda. Por isso, quando encontrei este exemplar de Os Meus Problemas, livro de crónicas publicadas nos anos 80, à venda por um preço impossível de ignorar, soube que tinha de ser meu. Inicialmente, não sabia este pormenor da data de publicação tão antiga das crónicas aqui reunidas, e quando soube fiquei a pensar que talvez não fosse a melhor escolha. Afinal, muitos anos se passaram, e os temas poderiam estar datados ou desactualizados. Não poderia estar mais equivocada. 


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Não encontrei uma única crónica que não fosse possível ler hoje, nos dias que correm, e que não fizesse sentido, tanto quanto deverá ter feito nos anos 80. Primeiro, destaco a forma brilhante, inteligente e sedutora como Miguel Esteves Cardoso escreve, que nos transporta para o seu mundo, ou melhor, para a sua visão de mundo. Com o seu jeitinho muito seu, faz-nos pensar sob o seu ponto de vista e damos por nós, mesmo em situações em que não era suposto concordar, a assentir, a compreender e até a dar-lhe razão. 


"As pessoas sozinhas, que esperam, que sabem o que é a solidão, no que ela tem de bom e no que ela tem de mau, são muito mais desejáveis do que as pessoas super-aderentes que andam de amante em amante, de amigo em amigo, «só para não estarem sozinhas»."


Os temas estão centrados nos sentimentos, nas emoções, nos relacionamentos interpessoais, mas também na peculiaridade do ser português, nas características que partilhamos enquanto povo. Talvez por isso sejam tão intemporais, pois são temas que não passam de moda, nem mudou assim tanto a forma como nos relacionamos, como sentimos e como somos portugueses, passados mais de trinta anos. Durante a leitura, damos por nós a sorrir, a soltar uma gargalhada, a esboçar um ar céptico ou descrente e, como bónus extra, também é possível que nos faça pensar e repensar a vida ou o amor ou os portugueses. 


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São mais de quarenta crónicas, onde a política também ocupa o seu lugar, ou não fosse o Miguel também conhecido pela crítica nessa área. Recordo-me particularmente dos seus tempos no icónico A Noite da Má Língua, programa que fez história na SIC e que ganhou recentemente um podcast, embora o autor não se tenha reunido ao painel neste reencontro. Achei especial piada à crónica sobre os PALOPs, que me pareceu tão actual que poderia ter sido escrita ontem, que não ficaria melhor. Será pela escolha dos temas políticos que foram incluídos nesta coletânea? Ou será que em Portugal tudo sempre acaba por girar em torno do mesmo? 


"Os portugueses gostam das vitórias, mas não dos vencedores, da mesma maneira que odeiam as derrotas mas têm um fraquinho pelos derrotados. Olham para os vencedores e sentem um bocadinho de inveja. Olham para os vencidos e sentem um bocadinho de culpa." 


Pessoalmente, adorei a experiência de ler um livro de crónicas e, em especial, do grande Miguel Esteves Cardoso, que continua a não me desiludir. Agora, o objectivo é conseguir reunir todos os seus livros e transformá-lo num dos autores especiais da minha vida, aqueles que procuro ler um livro por ano, todos os anos sem falta. Já segues o trabalho do Miguel? Qual o teu livro favorito do autor? Qual recomendarias que leia em seguida? Conta-me tudo nos comentários! 


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Wook | Bertrand

quinta-feira, 9 de junho de 2022

#Places - Cervejaria Central

 

#Places - Cervejaria Central

Demorei algum tempo para te falar sobre este lugar, que conheci no Verão passado, talvez porque não me tenha apaixonado nem me deixado uma impressão duradoura, ou um desejo incontrolável de regressar. Ainda assim, não foi uma experiência tão má que não mereça a sua menção e distinção do que deve ser elogiado e do que pode ser melhorado. Falo-te da Cervejaria Central, localizada no centro de Santa Maria da Feira, perto do Castelo e daquela bela zona envolvente. 


O lugar está muito bem situado, não só por ser central mas, sobretudo, por estar numa das zonas mais bonitas da cidade. Confesso que não prestei muita atenção ao interior, pois aproveitei o bom tempo para desfrutar da esplanada e passei a maior parte do tempo cá fora. No entanto, deu para perceber que o espaço é bonito, bem decorado, com elementos interessantes e que nos fazem sentir bem. Como estamos a falar de uma zona a Norte do país, a esplanada poderia ser mais abrigada, porque quando a noite cai, é inevitável que fique um tanto ou quanto desagradável, mesmo no Verão. 


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Quanto ao atendimento, foi atencioso e simpático, embora considere que poderia ser melhor, mais profissional. Acho que o local pedia por isso, embora não possa, de forma alguma, dizer que fui mal atendida. A ementa é enorme e acredito que se possam encontrar opções para todos os gostos, ou para a grande maioria pelo menos. Temos propostas para quem quer apenas petiscar alguma coisa, pratos especiais para crianças, várias peças de carne, poucas opções de peixe, e os clássicos como as francesinhas, os pregos, os cachorros e os hambúrgueres. 


#Places - Cervejaria Central

O couvert e o prato de salgados foram as nossas escolhas para entrada e estavam deliciosos, abrindo o apetite e acompanhando muito bem com a sidra que escolhi para beber nesta refeição. Aliás, devo dizer que foi a primeira vez que bebi a marca A Bandida do Pomar e gostei bastante desta descoberta. É uma sidra fresca, suave, com um sabor espectacular a maçã, sem que o teor alcoólico se sobreponha ao sabor que se espera desta bebida. Em suma, uma bebida perfeita para o Verão, mas que também acompanha muito bem as refeições. 


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Para prato principal, escolhemos a clássica e inevitável Francesinha, que ninguém pode ignorar quando anda por paragens a Norte. Contudo, o grau de exigência é alto e esta está longe de ser uma Francesinha que fique na memória. Era saborosa, bem feita, com produtos que pareciam ser de qualidade, mas a verdade é que o segredo deste prato está, sobretudo, no molho. E o molho apresentado na Cervejaria Central está longe de ser especial, de ser memorável nem tão pouco inesquecível. Porque quando como este prato típico do Porto é isso que espero, que desejo. De qualquer modo, apesar de não me ter enchido as medidas, não deixa de ser agradável e saborosa esta Francesinha. 


#Places - Cervejaria Central

Não cheguei com espaço no estômago para aproveitar a sobremesa, mas também existiam algumas opções que me deixaram curiosa. Foi uma refeição saborosa, num espaço agradável, com uma companhia excelente, embora dificilmente vá voltar à Cervejaria Central, a menos que tenha notícia que houve melhorias ou novidades que não posso perder. Conhecias este espaço na Feira? O que achaste da experiência? 

terça-feira, 7 de junho de 2022

#Livros - A Mão e a Luva, de Machado de Assis

 

#Livros - A Mão e a Luva, de Machado de Assis

Sinopse

Publicado em 1874 originalmente em folhetim,  A Mão e a Luva, o segundo romance de Machado de Assis, corresponde ao estereótipo de romance romântico. Afilhada de uma rica baronesa, Guiomar, uma jovem de origem humilde com uma ambição desmedida, desperta o interesse de três pretendentes e tem de se decidir por um deles. Estevão - sentimental, doidivanas, ingénuo e piegas - amaria a primeira mulher que se interessasse por ele. Jorge, egoísta e narcisista, norteia a vida pela futilidade e pela indefinição de objectivos. Luís Alves - frio, metódico, reservado e ambicioso - sabe o que quer e não revela seus sentimentos a ninguém. De tal forma que só se decide a pedir a mão da amada quando sente o domínio total da situação e sabe que ela dirá que sim. Em conflito permanente com a emoção e a razão, a decidida Guiomar vai te de escolher a melhor "luva" para a sua mão. 

Mas A Mão e a Luva é muito mais do que isso, podendo até ser o primeiro romance realista brasileiro - será? 


Opinião

Gentilmente enviado pela editora Guerra e Paz, recebi a nova edição do segundo romance do grande, do gigante, Machado de Assis. Para começar, todos os livros desta editora são de um bom gosto como não se encontra habitualmente em Portugal, o papel é de qualidade, a letra confortável à leitura, todos os detalhes parecem ser tidos em conta, cheira a livros de verdade, sabes? Isto sem esquecer todos os textos complementares, que acrescentam valor e ajudam a compreender melhor o autor e a obra que apresenta. 


O mesmo se passa com esta edição de A Mão e a Luva, onde podemos encontrar uma nota introdutório escrita pelos editores e, no final, um perfil de Machado escrito por José Veríssimo e o Queda Que as Mulheres têm para os Tolos, obra que chegou a ser traduzida pelo brasileiro e que deverá ter servido como inspiração para a forma como retrata estes apaixonados. E como se encontra gente apaixonada neste livro! São muitos e totalmente diferentes entre si, como se mostrassem quantas formas de amar existem e revelassem onde reside o factor determinante para conquistar as mulheres. 


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O primeiro que conhecemos é Estevão, romântico incurável, que sente tudo intensamente e sem filtros ou qualquer controlo sobre os seus sentimentos. A esperança no amor correspondido faz que tenha devaneios e ilusões de felicidade eterna. As desilusões fazem com que sofra como um desalmado, que tenha ânsias de morrer, pensando que poderia matar-se ou simplesmente morrer de amor. É também ele que nos apresenta a nossa protagonista, Guiomar, a menina que se torna mulher e que reúne à sua volta uma série de admiradores. 


"O coração era capaz de afeições; mas, como ficou dito no primeiro capítulo, ele sabia regê-las, moderá-las e guiá-las ao seu próprio interesse. Não era corrupto nem perverso; também não se pode dizer que fosse dedicado nem cavalheiresco; era, ao cabo de tudo, um homem friamente ambicioso." 


O segundo pretendente de Guiomar é Jorge, sobrinho da sua madrinha, e cujo casamento faria muito feliz a mulher a quem tanto tem a agradecer. O rapaz vive bem dos rendimentos que herdou e posição que somaria com este casamento só potenciaria a sua capacidade de viver sem esforços nem necessidade de trabalhar. A sua falta de ambição, até uma certa apatia, tornam-no uma das personagens mais aborrecidas de que me recordo. Está longe de ser apaixonado por Guiomar, pelo menos não da forma que estamos habituados a ver. O que o apaixona é a possibilidade de ser adorado, de ser desejado pela moça, que estando numa posição inferior por nascimento, seria aceite por si numa prova de abnegação. 


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Por fim, temos o candidato inesperado, Luís Alves, melhor amigo e confidente de Estevão e vizinho de Guiomar e da sua madrinha. Homem racional, que se emociona perante sentimentos verdadeiros, mas que não se deixa afundar na comiseração, nem aceita que sejam os sentimentos a comandá-lo. Os seus interesses e propósitos vêm sempre em primeiro lugar. Ambicioso, determinado a ser alguém, inteligente e sagaz. A sua personalidade é a mais interessante entre todos, e o seu interesse por Guiomar é menos apaixonado e intenso do que o de Estevão, mas muito mais determinado, confiante e intencional do que o de Jorge. 


"Havia nisto um pouco de meio indirecto, de tática, de afetação, estou quase a dizer de hipocrisia, se não tomassem à má parte o vocábulo. Havia, mas isto mesmo lhe dirá que esta Guiomar, sem perder as excelências de seu coração, era do barro comum de que Deus fez a nossa pouco sincera humanidade; e lhes dirá também que, apesar de seus verdes anos, ela compreendia já que as aparências de um sacrifício valem mais, muita vez, do que o próprio sacrifício." 


E, por fim, vamos falar da nossa doce protagonista, a popular Guiomar. Menina que nasceu pobre, teve a sorte de ter uma madrinha rica, que lhe proporcionou uma boa educação e a acolheu quando esta ficou órfã e a sua própria filha morreu, consolando-se mutuamente. Mas o seu coração parece ser um campo difícil de aceder, apesar dos esforços e das qualidades dos seus pretendentes. Ninguém consegue perceber muito bem o que esconde a sua frieza, mas ao longo da narrativa vamos compreendendo a sua essência, o seu bom coração, mas também a sua ambição e determinação. 


Em torno destes personagens gira o nosso enredo que, sendo romântico, está longe de abraçar o estilo como era hábito na época de Machado de Assis. Primeiro, pelo tom irónico e com críticas subjacentes a esse mesmo romantismo bacoco, depois porque o autor sempre foi fiel a si próprio, nunca correndo atrás das correntes em voga, de modas nem tão pouco do que era esperado e desejado pelo público. Como sempre, Machado não desilude e apresenta um livro espectacular, relativamente curto, que proporciona uma agradável experiência de leitura. Aliás, considero que este poderia muito bem ser uma excelente porta de entrada para quem está agora a começar a ler a obra do autor. 


Já conhecias este romance de Machado? Qual o teu romance favorito do autor? Algum dos mais famosos? Ou dos menos conhecidos? 


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Wook | Bertrand

quinta-feira, 2 de junho de 2022

#Filmes - 365 Dias: Naquele Dia

 

#Filmes - 365 Dias: Naquele Dia

Sinopse

Em 365 Dias: Naquele Dia, após os acontecimentos de 365 Dias, Laura Biel casa-se com Don Massimo Torricelli, o chefe da máfia siciliana que a sequestrou. A sua vida parece um conto de fadas: ela tem um marido amoroso, uma casa linda e um bebé a caminho. Mas Massimo tem muitos inimigos e eles sabem que a melhor maneira de lhe causar dor é ferir aqueles que ama. Depois de um mal entendido conjugal, Laura e a sua melhor amiga, Olga, fogem da Sicília para a Polónia natal. Mas sem a protecção do marido, Laura é sequestrada por Marcelo "Nacho" Matos, filho do chefe da máfia rival, e levada para as Ilhas Canárias pela máfia espanhola. Agora Massimo moverá qualquer montanha para resgatá-la. Mas o que o chefe da máfia siciliana não espera é que Laura comece a ter sentimentos pelo seu raptor, lindo e extremamente perigoso, enquanto é mantida refém. 


Opinião

Como aconteceu com o primeiro, o novo filme da série 365 Dias gerou grande polémica e muitas opiniões negativas, já para não falar dos puritanos que não se cansam de remar contra a maré e querer impor os seus pontos de vista ao resto da humanidade. No entanto, a verdade é que as críticas negativas foram predominantes desta vez, pelo menos, do que tenho visto e ouvido, e nem todas por causa das cenas de sexo, mas pelas falhas do enredo. 


Aviso já que se não viste o primeiro filme e/ou se ainda não viste este novo filme e não queres spoilers, aconselho-te a voltares aqui mais tarde. Parece-me impossível fundamentar as minhas opiniões e impressões sobre esta história sem referir aspectos importantes, mas que podem interferir com a experiência de quem ainda não viu. A primeira falha é logo no início do filme, que nos mostra que os protagonistas irão casar. Parece algo banal, só que o filme anterior tinha terminado com o acidente de Laura, deixando no ar que ela poderia ter morrido. Ficamos com a sensação de que não existe qualquer ligação entre os dois que seja coerente, e só ficamos a saber muito por alto o que aconteceu pela conversa de Laura com a melhor amiga. 


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Quanto às cenas de sexo, considero menos chocantes que anteriormente e também mais desnecessárias. A sensação com que fiquei foi que a relação de Massimo e Laura está totalmente assente na atracção sexual que sentem um pelo outro. A cena do campo de golfe é do mais ridículo que já vi e os sonhos eróticos de Laura tornam-se tão aborrecidos pelo tempo que se perde a dar protagonismo a uma situação que temos a certeza que não vai acontecer, pois aí sim seria uma verdadeira surpresa que poria em causa todos os clichés que nos apresentam. 


#Filmes - 365 Dias: Naquele Dia

 A beleza dos protagonistas sempre foi um ponto forte desta história e aqui na continuação não foi excepção e o grande aspecto positivo é que agora acrescentou-se um novo gato para podermos babar ainda mais. O Nacho é o clássico surfista moreno e gostoso, que parece estar cheio de boas intenções e querer apenas ajudar Laura a ultrapassar o desgosto que sofreu. Só que a ingenuidade de Laura, depois de ter se apaixonado e casado com um mafioso, é de nos dar nos nervos. Como pode acreditar que este Nacho seja um simples jardineiro? Sobretudo, depois de conhecer a casa do pai e de não saber nada da vida dele. 


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Claro que os clichés nunca são de mais e aqui encontras a toda a hora e por toda a parte. A descoberta de que Massimo tem um irmão sobre o qual nunca falou à mulher poderia ser algo normal por não terem uma boa relação. Só que não. Temos aqui um irmão gémeo, idêntico, revoltado por não ser o herdeiro do império mafioso do pai e disposto a tudo para eliminar Massimo e ocupar o seu lugar. Para isso, alia-se a um mafioso rival que considera que Massimo está a ganhar demasiado poder e influência e acredita que seria mais benéfico para si próprio que a Sicília fosse controlada por este irmão que só quer vingança. 



Pessoalmente, adorei estes homens bonitos e sensuais, das paisagens deslumbrantes e dos automóveis fantásticos que aparecem no filme. Depois temos a melhor personagem de todo o filme que é a melhor amiga de Laura, Olga. A sua relação com a amiga é incrível, o envolvimento com Domenico também é super divertido e alguns dos melhores diálogos são seus, com uma assertividade e bom humor que se encontram poucas vezes noutros personagens, alguns até com mais tempo de tela e outros que cada segundo é um desperdício de tão mal que vão. Os próprios protagonistas deixam muito a desejar neste filme, parecendo que não encontraram a forma de interpretar de forma adequada as personalidades e os conflitos que têm de viver. 


Em suma, é um filme um tanto ou quanto sem sentido, com muitas lacunas no enredo e cujo final é uma repetição do primeiro e que promete ser outro fiasco. Sei que vou ver o próximo, mais por curiosidade e para confirmar que não é possível fazer nada pior do que este. Além, claro está, por causa dos homens bonitos que são um deleite para os olhos. E tu, já viste Naquele Dia? O que achaste desta continuação? Partilhas da minha opinião ou nem por isso? Conta-me tudo nos comentários! 

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