Sinopse
Quando Catarina de Aragão, infanta de Espanha, chega à corte Tudor, como jovem noiva de Artur, príncipe de Gales, a princesa Margarida não a recebe com cordialidade. Com um simples olhar sabem que são rivais, aliadas, peões.
Com a irmã mais nova de Margarida, Maria, forma-se uma irmandade única no mundo. As três irmãs tornar-se-ão rainhas de Inglaterra, Escócia e França.
Unidas através de lealdades familiares e afectos, as três rainhas encontram-se em lados opostos e umas contra as outras. Catarina comanda um exército contra Margarida e mata-lhe o marido Jaime IV da Escócia. Mas o filho de Margarida torna-se herdeiro do trono Tudor quando Catarina perde o filho. Maria rouba o marido proposto à viúva Margarida, mas Maria também fica viúva do seu casamento secreto por amor.
À medida que vivenciam traições, perigos, perda e paixão, as três irmãs percebem que a única constante nas suas vidas perigosas é o seu vínculo especial, mais poderoso do que qualquer homem, até mesmo o de um rei.
Opinião
Depois de, por fim, ter terminado de ler
A Maldição do Rei, mal podia esperar para me agarrar ao próximo livro de Philippa Gregory. Não sei o que farei quando terminar de ler todos os títulos desta saga dos Tudor, pois ainda não encontrei nada à sua altura no que toca ao romance histórico. Mas se conheceres autores que valham a pena, partilha comigo e com todos nós, ok?
Este livro acompanha a infância dos príncipes Tudor pelo olhar da filha mais velha, Margarida, e começa com o grande acontecimento que foi a chegada da noiva do herdeiro do trono. Aliás, em Três Irmãs Três Rainhas, ocorre no mesmo período que
Catarina de Aragão mas com o olhar focado em Margarida e na Escócia que passa a ser o seu lar depois de se tornar rainha dos escoceses.
Numa corte tão competitiva como a inglesa, não é de estranhar que a filha mais velha do rei tenha visto com maus olhos a chegada de mais uma mulher para a ofuscar. Afinal de contas, já existiam dois príncipes que diminuíam a sua importância na linha de sucessão e uma irmã mais nova de uma beleza e encanto incomparáveis. Logo, quando a espanhola chega, Margarida não a recebe com efusiva alegria, muito embora, com o passar dos anos, compreenda o elo de ligação que as une e o valorize cada vez mais.
A parte mais estranha, foi perceber o que se passava em Inglaterra de forma secundária, em pano de fundo, ao contrário do que era hábito nos livros que li anteriormente, onde tudo acontecia em Inglaterra. Quando Margarida se casa com o rei da Escócia, passamos a conhecer esse país e o seu povo de uma forma que nunca antes fora apresentada. Foi a primeira vez que li sobre a derrota da Escócia e a morte do seu rei e lamentei esse desfecho.
O que também revela o talento da autora para nos fazer gostar das suas protagonistas. Isto porque Margarida Tudor não é uma princesa que semeia simpatia, bem pelo contrário. Com o casamento, a sua índole começa a ficar mais doce e, longe da família Tudor, a sua segurança e confiança em si própria aumentam exponencialmente. Quando fica viúva e com filhos menores, começa a sua verdadeira luta. Manter a Escócia unida em torno de um rei nunca foi fácil, mas sob uma regente torna-se ainda mais difícil.
O desafio de Margarida passa por manter o poder e o país até que o filho atinja a maioridade e possa lhe entregar a sua herança. Tudo se complica quando Margarida se apaixona perdidamente e volta a casar com um homem que os escoceses detestam e os ingleses desprezam. No entanto, essa ligação é usada por ambas as partes para fazerem de Margarida um peão e o seu herdeiro um mero rei de fachada.
Só que Margarida nunca se conformou com a sua sorte e nunca permitiu ser apenas um peão sem vontade própria, ignorando o que sentia e o que desejava. Lutou sempre e procurou aliados em todos os lados para alcançar os seus intentos. Primeiro para garantir o trono para o seu filho e depois para se livrar de um casamento que só lhe trazia infelicidade, humilhação e medo.
Como deves imaginar, uma mulher não tomava uma iniciativa destas nestes tempos. Todos lhe censuraram o casamento, mas ninguém estava disponível para lhe conceder o divórcio. Mas a sua determinação foi recompensada, pois tudo muda quando o seu irmão, Henrique VIII, decide que a rainha Catarina tem de ser afastada a todo o custo e de qualquer forma para que se possa casar com Ana Bolena.
Este foi um livro diferente do que tenho lido de
Philippa Gregory, mas igualmente interessante. Talvez até por isso mesmo, foi ainda mais fascinante e revelador pela nova perspectiva que nos abre diante dos olhos. Agora, só me resta procurar o último livro que ainda não li e se encontra publicado em Portugal e torcer para que venham mais.
Quanto a ti, já leste Philippa Gregory? Que opinião tens sobre esta autora?
"É assim que as mulheres são tratadas: quando agem por sua livre iniciativa, chamam-lhes pecadoras; quando desfrutam do êxito, chamam-lhes prostitutas."
"E como o mundo gira, sobretudo para as mulheres. A jovem princesa de Espanha que casou com o meu irmão mais velho, Artur, enfeitiçou o meu pai, seduziu o meu irmão mais novo e depois me pregou as incontornáveis leis do casamento vê agora o esposo passar dela para uma mulher mais nova."
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