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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Desafio de Escrita dos Pássaros - Vou ali e já venho


Desafio de Escrita dos Pássaros - Vou ali e já venho

Pois que o tempo passou e, mesmo com toda a minha procrastinação, chegamos ao último tema do tão querido Desafio dos Pássaros. Houve momentos fáceis, onde a abordagem chegou rapidamente ainda antes de iniciar o texto. Outros foram muito mais difíceis e desafiadores, e foi preciso tempo e paciência e até obrigar-me a começar a escrever alguma coisa. 

Por vezes, a culpa era mesmo das ideias do arco da velha que estes pássaros nos propuseram. Outras, as dificuldades seriam fruto da minha falta de concentração, de vontade ou de inspiração. Escrever é algo que dá trabalho ao contrário do que muita gente pensa e diz por aí. Para mim é também uma fonte de prazer e a grande razão porque continuo a ter este blog e a dedicar-me a ele por tanto tempo, mesmo quando os resultados que gostariam não chegam. 

Contudo, nem sempre estamos capazes de fazer justiça ao nosso potencial nem tão pouco à altura dos nossos sonhos. Mas cabe a cada um de nós lutar contra as dúvidas, contra o cansaço e contra as distracções. É isso que procuro fazer a cada semana, em cada folga que tenho, quando me recolho aqui, nestas páginas, e tento partilhar contigo o que me apaixona ou entusiasma da forma que melhor sei fazer. 

Agora, vou ali e já venho, ainda não para as próximas férias, mas para mais umas semanas de trabalho e com a certeza de que irei sempre regressar a este lugar onde sou tão feliz. Voltas também aqui comigo? 

Vê tudo o que aconteceu neste Desafio dos Pássaros aqui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

#Séries - Madre Paula


#Séries - Madre Paula

Sinopse

No século XVIII, em pleno reinado de D. João V de Portugal, viviam-se tempos de fausto na corte e de devassidão nos conventos. Paula é uma rapariga humilde. O pai, por razões financeiras, manda-a para o convento. Ela obedece, mas o seu destino não é dedicar a vida a Deus. D. João V tem um casamento infeliz e é no Convento de Odivelas que escolhe as suas amantes. Quando conhece Paula, apaixona-se perdidamente. No entanto, a rainha D. Maria Ana, o irmão do rei, o Infante D. Francisco, e outras freiras não admitem a existência de sentimentos profundos entre Sua Alteza e uma mera freira. O que une Paula e João é amor. O que os separa é um País inteiro. 

Poder, sexo e amor numa história inspirada em factor reais. O amor entre Paula e D. João V crescerá entre os espinhos da própria relação e também dos seus opositores, mas será tão imenso que ficará marcado para sempre na História. 

Opinião

Todos sabem que sou uma apaixonada por romances históricos e esta série é uma das mais interessantes realizadas em Portugal nos últimos tempos, contando com um elenco de luxo, cenários extraordinários e um figurino de tirar o fôlego. Isto já para não falar no enredo fascinante que envolve o amor entre um rei e uma freira, que tornou Odivelas afamada por ser a casa das amantes do monarca absoluto. 

D. João V trata-se de um rei famoso por várias razões, como a construção do Convento de Mafra ou os carregamentos de ouro vindo do Brasil que chegaram aos nossos portos durante o seu reinado. O seu casamento parecia ser um mero negócio e as suas incursões pelo Convento de Odivelas eram conhecidas de todos, lugar onde escolhia as suas amantes entre as mais belas do seu reino. 

Podes ver também a minha opinião sobre Os Tudors 

Por seu turno, Paula era uma mulher simples, de origens humildes, que foi obrigada a professar no Convento onde a sua irmã já se encontrava devido à falta de recursos financeiros do seu pai para lhe prover o sustento. A sua beleza, contudo, foi o seu grande troféu, que lhe permitiu ascender e alcançar o coração do rei, enquanto que o seu temperamento o que lhe permitiu mantê-lo para si. 

#Séries - Madre Paula

Esta série acompanha o mundo tumultuoso e repleto de intrigas da corte do nosso Rei-Sol e o ambiente hipócrita e pouco devoto que se vivia em Odivelas. É fascinante podermos ver a luta de ambos por este amor que incomodava tantos por não se revelar apenas mais uma aventura amorosa que se extingue rapidamente como as anteriores. 

Podes ver ainda a minha opinião sobre Amar Depois de Amar

O trabalho dos actores é de excelência e o texto muito bem conseguido o que só me deixou com uma vontade imensa de pôr as mãos no livro, com o mesmo nome, que serviu de inspiração a esta série da RTP. É, inclusive, uma prova de que na História de Portugal existem também momentos dignos de um romance, como acontece com a monarquia inglesa ou francesa. 

Quem aqui já viu Madre Paula? Já leste o livro? Qual deles é melhor? Conta-me tudo nos comentários! 


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

#Livros - O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago


#Livros - O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago

Sinopse

«O Evangelho segundo Jesus  Cristo, dizia, é o romance que gerou mais polémica e é a causa de ter mudado a minha residência de Lisboa para Lanzarote, em Espanha. É um livro que não projectei, porque jamais me havia passado pela cabeça escrever uma vida de Jesus, havendo tantas e sendo tão diferentes as interpretações que dessa vida se fizeram, destrutivas por vezes, ou, pelo contrário, obedecendo às imposições restritivas do dogma e da tradição. Enfim, sobre o filho de José e Maria  disse-se de tudo, logo não seria necessário um livro mais, e ainda menos o que viria a escrever um ateu como eu. Simplesmente, o homem põe e a circunstância dispõe e aqui está o que me impeliu a uma tarefa cuja complexidade ainda hoje me assusta.»
José Saramago, in A Estátua e a Pedra

Opinião

E estamos de volta com mais um livro de José Saramago que vem confirmar o seu génio e que está na origem de grandes polémicas que levaram o autor a deixar Portugal e rumar a Lanzarote. É uma obra pouco falada no que ao conteúdo diz respeito, porque a maioria das pessoas se perdeu nessas polémicas políticas e religiosas, parecendo esquecer que estamos perante um livro de ficção, e que livro incrível, posso já adiantar! 

Estamos perante um relato da vida de Jesus Cristo, relatado do ponto de vista do próprio, embora não seja ele o narrador. Começamos por conhecer os jovens pais e o momento da concepção, momento controverso que deverá ter gerado muito desagrado nos crentes fanáticos porque nos revela que Maria não era Virgem, mas uma jovem recém-casada que teve relações sexuais com o seu marido para engravidar desse filho como dos outros que se seguiram. 

Podes ler também a minha opinião sobre A Jangada de Pedra 

Depois acompanhamos essa primeira gravidez de Maria e as razões que os levam a partir da sua terra e que culminam com o nascimento do seu primeiro filho. Sem esquecer o aparecimento do anjo, tão famoso na Bíblia, que é só uma das personagens mais espectaculares deste livro. Além de ser uma das mais fascinantes e que mais revelações faz ao longo de toda a sua trajectória. 

"Posta de lado, era por esta maneira que Maria ia tomando conhecimento do que não podia perguntar, trata-se de um método antigo das mulheres, aperfeiçoado em séculos e milénios de prática, quando não as autorizam a averiguar por sua conta põem-se a ouvir, e em pouco tempo sabem tudo, chegando até, o que é o cúmulo da sabedoria, a separar o falso do verdadeiro." 

O menino cresce, rodeado de irmãos e irmãs, numa família que não vive em abundância. Contudo, os mistérios começam a ser revelados depois da morte do seu pai, confirmando a célebre frase de que só depois da morte do pai o filho se torna homem. É nesse momento, depois de enterrar o seu pai e se tornar no herdeiro dele, que pressiona a sua mãe para lhe revelar alguns dos segredos que envolvem o seu nascimento e que o levam a partir numa viagem de auto-descoberta. 

Podes ler ainda a minha opinião sobre O Homem Duplicado

Será nessa jornada que começa a descobrir o seu destino e surgem os primeiros milagres, que lhe conquistam a fama na região e os seguidores iniciais. Esta é uma viagem longa que o desafia e o faz crescer, até ao seu derradeiro encontro com Deus, onde descobre ter sido escolhido para ser seu filho e o instrumento que o irá levar a tornar-se num Deus mais universal. 

"Entre o rio Jordão e o mar, choram as viúvas e os órfãos, é um antigo costume seu, para isso mesmo é que são viúvas e órfãos, para chorarem, depois é só esperarmos o tempo de os meninos crescerem e irem à guerra nova, outras viúvas e outros órfãos virão tomar-lhe a vez, e se entretanto mudaram as modas, se o luto, de branco, passou a ser negro, ou vice-versa, se sobre os cabelos, que antes eram arrancados, se põe agora uma mantilha bordada, as lágrimas, quando sentidas, são as mesmas."

Devo dizer que este é um livro espectacular que todos os amantes de Saramago devem adorar e os que não conhecem precisam de descobrir. Só lamento não conhecer melhor as histórias da Bíblia para compreender melhor todas as alusões que o autor colocou ao longo do caminho de Jesus. Não deixa de ser fascinante ler a interpretação de um ateu ao texto sagrado e fundador da nossa civilização. 

Qual o teu livro de Saramago favorito? E caso pretendas descobrir outras opiniões e análises sobre esta obra podes ver os vídeos da Tatiana Feltrin e do canal Ler Antes de Morrer

Podes encomendar o teu exemplar, e contribuir para as próximas leituras por aqui, na Wook, com 10% de desconto em cartão e portes grátis. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Top 7 Provas Cegas - The Voice Portugal | Season 2

 

Top 7 Provas Cegas - The Voice Portugal | Season 2

A televisão cada vez tem menos capacidade de surpreender porque os formatos acabam por ser uma mera repetição de coisas já feitas anteriormente, dando-lhe uma roupagem diferente, ou com rostos novos e frescos. É o caso também dos concursos de talentos, onde já se viu de tudo um pouco e onde já percebemos que dificilmente serão sinónimo de carreira na área, diria até que ainda menos para os vencedores. 


Depois de ter sido seguidora de fenómenos como Ídolos nos seus tempos áureos onde tudo era novo, fui perdendo o interesse progressivamente por este tipo de formato, até me ter deparado com The Voice Portugal. Confesso que não acompanhei a primeira temporada, mais antiga, e nem encontrei muitos registos dessa época, mas a partir da segunda fiquei rendida. Penso que o segredo desta fórmula de sucesso está mesmo nas provas cegas que são os meus episódios favoritos e que me fazem ficar presa ao que se segue. 


Podes ver também o meu Top 10 Músicas do Festival da Canção


Posto isto, e como já tenho saudades deste formato que não sei se irá regressar agora em Setembro, decidi reunir os meus favoritos de todas as temporadas. O que aconteceu foi que descobri, ao rever as provas cegas todas, que gostava de imensos concorrentes e esta lista seria interminável se juntasse todos ao molho para aqui para dentro. Assim sendo, decidi separá-los por temporada e vou começar pela Season 2, onde tudo começou para mim. Sem qualquer ordem de preferência, vamos a eles? 


1. Pedro Garcia - Equipa Anselmo 

Um madeirense que veio mostrar o seu talento colocando o seu cunho numa canção conhecida de todos. Virou as quatro cadeiras e foi bem disputado pelos mentores. Penso que, se em vez do Mickael, estivesse o pai Carreira ele o teria escolhido. 


2. Bruno Vieira - Equipa Marisa

Este rapaz já tinha dado um ar da sua graça pelo Ídolos e chegou ao The Voice, ainda jovem, mas com um talento óbvio e com um gosto musical apurado. Só podia ter ficado na melhor equipa, a da Marisa, claro. 


3. Constança Gonçalves - Equipa Anselmo 

Uma voz doce, afinada e que fez um brilharete com a minha música favorita do Rui Veloso. Uma excelente prova cega que, na minha opinião, não foi capaz de equiparar na batalha que se seguiu. 


4. Leonor Andrade - Equipa Anselmo 

Muito feeling numa actuação incrível de Nina Simone que transmitiu tudo o que se pedia e revelou o talento desta menina, deixando uma vontade em nós de a voltar a ouvir. 


5. Luís Sequeira - Equipa Marisa

O meu favorito para vencer era este concorrente que demonstrou uma capacidade vocal incrível e que evoluiu a cada nova exibição, fruto do que aprendeu com a sua mentora. Isto para não falar das escolhas musicais que foram sempre excelentes. 


6. Alexandre Guerra - Equipa Mickael 

Esta prova cega revela bem que podes começar mal e ter um resultado excelente no fim das contas. Começou por se enganar, mas depois de recomeçar foi capaz de revelar o seu talento, embora acredite que a escolha musical tenha ajudado ao resultado. 


7. Miguel Monteiro - Equipa Marisa 

Um concorrente inteligente que foi capaz de agarrar na icónica música de Ray Charles sem se colocar numa posição em que pudesse ser comparado e, obviamente, perder. Assim, revelou a sua criatividade nas escolhas que fez ao longo da sua interpretação da música e conquistou o seu lugar na competição graças a isso. 


O meu Top 7 está escolhido mas não me posso esquecer do merecido vencedor, Rui Drumond, reconhecido cantor da nossa praça e que foi em busca de uma oportunidade de alavancar uma carreia musical que penso não terá tido os resultados esperados e que acho que o Rui merecia pelo talento e pela persistência. 


Top 7 Provas Cegas - The Voice Portugal | Season 2


Também assistes ao The Voice Portugal? Qual o teu concorrente e o teu mentor favorito? Conta-me tudo na caixa  de comentários e prepara-te para os próximos episódios desta saga. Estamos juntos? 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

#Filmes - 365 Dias


#Filmes - 365 Dias

Sinopse

Após uma reunião entre a família criminosa da máfia siciliana de Torricelli e os traficantes do mercado negro, Massimo Torricelli observa uma linda mulher na praia. O seu pai, líder da família, é morto a tiro, ferindo Massimo também. 

Cinco anos depois, Massimo é agora um líder cruel e violento que assumiu a família do crime de Torricelli. Em Varsóvia, Laura Biel, uma executiva inflamada, está infeliz no seu relacionamento com o namorado Martin. Laura comemora o seu aniverário de 29 anos na Itália com amigos, mas depois de uma discussão com o namorado sai para passear e depara-se com Massimo que a sequestra. 

Opinião

Este tem sido o filme sensação por todas as redes sociais, e tenho passado os olhos por todo o tipo de opiniões de todas as alminhas deste mundo e arredores. Habitualmente, não entro nestas ondas e por isso não corro a ver o filme ou a ler o livro da moda do momento. No entanto, depois de várias amigas me recomendarem que desse uma oportunidade, lá tirei uma tarde para me dedicar a ver o tão falado 365 Dias.

A primeira coisa que temos de deixar já clara é que este protagonista é de tirar o fôlego a qualquer uma e quase que nos dá vontade de ser raptadas também. Michele Morrone é um exemplar masculino que merecia estar em exposição, tantas são as qualidades físicas que revela. Bonito, com um corpo inacreditável e ainda com um charme fascinante. Em suma, uma combinação explosiva que faz um bem danado aos olhos ao longo de todo o filme.

Podes ler também a minha opinião sobre As Cinquenta Sombras de Grey

Destaco o rapaz porque os meus olhos se fixaram nele na maior parte do tempo, mas é preciso referir que a nossa "donzela" também não está nada mal, sendo certamente um bálsamo para os olhos de quem aprecie o género. Outra coisa que gostei bastante neste filme, foi a variedade de línguas que torna tudo mais coerente. Afinal, o mafioso é italiano, a rapariga é polaca e a língua que têm em comum é o inglês. Agrada-me mais esta opção do que o que acontece em grande parte dos filmes de Hollywood que, mesmo quando se passam noutros países, o inglês nunca é abandonado como idioma primordial.

#Filmes - 365 Dias

Passando ao enredo propriamente dito, quero começar por dizer que percebo as feministas que se mostraram muito chocadas com as reacções positivas ao filme que é profundamente machista, mas também me parece que estão a dar demasiada importância a um filme que deveria ser apenas de entretenimento. Concordo que pode ser o ponto de partida para uma discussão interessante, sobretudo com raparigas jovens e facilmente influenciáveis, mas não acho que seja preciso proibir ou censurar apenas porque não concordamos com elas.

Podes ver ainda a minha opinião sobre O Segredo de Brokeback Mountain

Até porque esta é uma história muito frágil, sustentada por premissas improváveis e pouco credíveis. Assenta em clichés datados, como do jovem italiano da Máfia, prepotente, teimoso e determinado a conquistar tudo o que deseja para si ou da jovem que começa por parecer uma mulher independente, com uma carreira profissional, dona do seu nariz mas que permite ficar como refém do milionário lindo de morrer a quem vai estoirando uma quantidade obscena de dinheiro como forma de o "atacar" e mostrar a sua revolta ou o seu desagrado.

Outro ponto polémico têm sido as cenas de sexo onde muitos afirmam que o filme está mais perto da pornografia que do erotismo. Admito que não tenha uma abordagem erótica como estamos habituados a ver, sobretudo nos puritanos americanos, mas também não vi nada que me tenha agredido visualmente. Penso que o exagero aqui também tenha dado um ar de sua graça e, não sendo um filme para ver em família, nada impede que se veja com amigos.


Outro ponto forte do filme é a banda sonora que me suou perfeitamente adequada para a história, revelando-se envolvente, sedutora, apaixonada e sempre com uma carga de desejo reprimida. E como o rapaz já tinha poucas qualidades, muitas das músicas que ouvimos ao longo do filme são cantadas pelo próprio Michele Morrone com uma vez tão sexy quanto a sua aparência exterior se revela.

A parte que me deixou mais curiosa, além daquele final a clamar pela sequela, foi saber que existe um livro que serviu de base para o filme. Assim que confirmei esse dado, corri para a Book Depository disposta a comprar nem que fosse em inglês e, inacreditavelmente, ainda não existe tradução, apenas o livro original em polaco, idioma que não se encontra ao meu alcance. Agora, só me resta esperar que alguém pegue nisto e nos disponibilize para breve um livro em inglês ou em português para que possa comparar efectivamente com a trilogia de E. L. James.

Agora conta-me tudo: viste o filme? O que achaste? Erótico e sexy ou pornográfico e ordinário? Qual a tua reacção ao final? Espero por ti na caixa de comentários! 

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

#Livros - Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman


#Livros - Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman

Sinopse

As lendas nórdicas sempre tiveram uma forte influência no universo de Neil Gaiman. Neste novo livro, o multipremiado autor regressou às suas fontes para criar quinze contos relacionados com a grande saga dos deuses escandinavos, que inspiraram a sua obra-prima Deuses Americanos

Da génese do mundo ao crepúsculo dos deuses e à era dos homens, eles readquirem vida: Odin, o mais poderoso dos deuses, sábio, corajoso e astuto; Thor, seu filho, incrivelmente forte mas turbulento; Loki, filho de um gigante e irmão de Odin, ardiloso e manipulador... Orgulhosas, impulsivas e arrebatadoras, estas divindades míticas transmitem-nos a sua apaixonante - e muito humana - história. 

Opinião

Já tinha ouvido falar muito sobre Neil Gaiman e sobre o seu livro mais famoso, Deuses Americanos, embora nunca tenha lido nada deste autor. Depois, apaixonei-me pela capa deste livro que hoje te trago, que é linda de morrer e prometia contar algumas lendas da Mitologia Nórdica, com a qual tenho menos contacto e os meus conhecimentos se resumem a Thor, Odin e Loki no universo do Cinema.

Assim, quando consegui comprar o meu exemplar fiquei muito contente e confirmei a beleza desta edição da Presença. Graficamente, é também um livro incrível, com uma letra confortável para a leitura e com uma estrutura cativante que só poderia ser enriquecida se tivessem sido incluídas ilustrações sobre as figuras e as histórias contadas ao longo de cada capítulo.

Podes ler também a minha opinião sobre O Hobbit

Tudo começa com uma pequena introdução escrita pelo autor em que nos conta um pouco mais sobre o seu fascínio pela Mitologia no geral e pela Nórdica em particular e o caminho que o levou à criação deste livro. Logo de seguida, surge um capítulo onde ficamos com uma pequena biografia dos três deuses que marcam presença ao longo de todos os mitos narrados. São eles os famosos Odin, Thor e Loki.

"Essa era a coisa mais estranha no que tocava a Loki: as pessoas ressentiam-se dele mesmo quando lhe estavam mais gratas e estavam-lhe mais gratas mesmo quando mais o odiavam." 

Depois destas introduções, começamos a navegar pelas quinze histórias mitológicas que o autor pensa serem as mais interessantes e que mais irão alimentar o fascínio do leitor. É preciso dizer que muita coisa se terá perdido no tempo e não existem registos de todas as lendas nem de todas as histórias, existindo por vezes menções que são desenvolvidas por suposições desses fragmentos na tentativa de reconstruir e completar o que falta.

Podes ler ainda a minha opinião sobre O Estrangeiro

O livro é, de facto, uma boa porta de entrada para este universo, muito embora, na minha opinião, acabe por saber a pouco e não me tenha deixado apaixonada ou fascinada pela escrita de Gaiman. Com isto não quero dizer que esteja mal escrito, nem nada que se pareça, mas esperava mais de um escritor tão famoso e tão falado internacionalmente. Talvez seja um daqueles casos em que as expectativas atrapalham na apreciação do trabalho do autor.

"Tudo isto aconteceu há muito, muito tempo, num tempo inconcebível para as nossas mentes, quando os deuses ainda caminhavam pela Terra. Foi há tanto tempo, que as montanhas daquela época já se desgastaram e os lagos mais profundos já se transformaram em terra seca." 

Contudo, imagino que possa ser uma escolha acertada para um público mais jovem e deverá ser essa a razão para ter sido incluído no Plano Nacional de Leitura. Apesar das suas mais de duzentas páginas, a leitura é fluída e rapidamente passamos de um mito para o outro, sem perder o interesse em descobrir mais sobre estas personagens místicas.

Já leste alguma coisa de Neil Gaiman? Qual o teu livro favorito do autor? 

Podes encomendar o teu exemplar, e ajudar no crescimento deste blog, na Wook, com 20% de desconto imediato; ou na Book Depository, com 21% de desconto imediato e portes grátis para todo o mundo. 

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