Sinopse
A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo.
No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.
Chamam-lhe o Anjo Branco.
Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.
Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.
No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.
Chamam-lhe o Anjo Branco.
Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.
Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.
Opinião
Esta foi uma leitura adiada durante este ano, porque o tempo não dá para tudo e em tempo de aulas e trabalho os meus livros é que ficam postos de parte na prateleira a ganhar pó. Mas com as férias que, finalmente, gozei este Verão, fui decidida a ler, por fim, esta obra de José Rodrigues dos Santos.
Depois de ler A Vida num Sopro, a minha curiosidade estava no auge para saber o que ia acontecer ao filho da doce Amélia. Embora não fale nem desvende muito mais acerca do passado, aqui reencontramos inúmeras personagens do anterior romance e que se revelam de forma mais pronunciada.
Mas o mais importante, é mesmo a forma cuidada e repleta de pormenores que quase nos permite sentir o cheiro, o sabor de África. Mais propriamente de Moçambique, local onde moram parte das minhas raízes. Ler este livro foi como voltar no tempo e sentir-me pisar a terra de meu pai. Ouvir novamente as histórias deliciosas da vida em Lourenço Marques, das peripécias de um rapazola sempre pronto a fazer disparates.
Contudo, aqui também se mostra a face do Estado Novo e se revela a forma como as coisas aconteciam por baixo do pano, onde a população comum não via as meadas que se teciam para manter um território que clamava por independência, por liberdade e igualdade. Tudo aquilo que lhe negámos por demasiado tempo. Acresce ainda o quanto se torna interessante perceber que esta história foi baseada na vida do próprio pai do autor.
Para quem ainda não leu, acho que vale a pena cada página e cada minuto que ganhamos ao visitar esta história, que também é a nossa, enquanto país. Pode não ter sido tudo bonito, mas é bom saber que existiram pessoas boas e generosas que procuraram dar o melhor de si a este lugar e a esta gente.
Podem encomendar o vosso exemplar aqui, com portes gratuitos.
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