Sinopse
Uma história fascinante de um homem que não nasceu para ser rei, que chegou ao trono depois de ver morrer o sobrinho e ver assassinar o irmão e o cunhado.
Isabel, viúva de Afonso, filho de D. João II, resistiu ao casamento. Mas Manuel era determinado. Desde aquele dia em que os seus olhares se cruzaram em Moura, sabia que Isabel havia de ser sua.
Por ela faria tudo, inclusive expulsar os hereges de Portugal, e depois os judeus. Mas mais uma vez a roda da fortuna girava e a sua felicidade durou pouco. Isabel morria no parto, e o seu único filho não sobreviveria. Era preciso garantir a descendência. Maria, irmã de Isabel, esperara, apaixonada, e o seu tempo tinha chegado. Seria rainha de Portugal e mãe de dez filhos, entre eles seis varões.
Um dos reis mais importantes da nossa História, construtor do império global português, numa época fascinante dos Descobrimentos, em que Lisboa se enche de espiões e especiarias.
Opinião
A última vez que li um livro desta autora foi no final de 2019 com o fantástico D. Teresa e mal ouvi dizer que a nossa melhor autora de romances históricos ia lançar um novo livro em 2020 não descansei enquanto não o agarrei, que é como quem diz, enquanto não o recebi em casa. Aproveitei a campanha da Wook com desconto de 20% que incluía novidades e utilizando um vale de desconto que tinha por lá, consegui um preço bem simpático.Desta vez, Isabel Stilwell chega para nos contar sobre um dos reis mais famosos de Portugal, D. Manuel I. Um homem que não se encontrava na linha directa de sucessão e o único que não recebeu a coroa de um ascendente em toda a nossa longa História. O aspecto mais interessante deste livro é que acompanhamos a infância deste homem até à sua maturidade o que significa que assistimos na primeira fila ao final do reinado de D. Afonso V e a todo o reinado do controverso D. João II.
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Manuel é filho de uma mulher que enviuvou cedo e que segurou o leme da sua casa nas mãos e criou os filhos mantendo a condução das propriedades da família e fazendo um jogo de influências nos bastidores de forma subtil para que pudesse sobreviver aos reinados vigentes, procurando lucrar ao máximo com cada um deles. Aliás, o jovem cresceu rodeado de mulher fortes e determinadas, como foi o caso da sua irmã rainha e da sua ama, Justa.
"Não era muito diferente de D. João, afinal eram sangue do mesmo sangue: como ele, escolhia os amigos a dedo, confidenciava com poucos, ou mesmo com nenhuns, desenhava estratégias com frieza e disfarçava os seus planos mais secretos com suficiente simpatia para que não desconfiassem dos seus desígnios. Tal como ele, era justa para quem a servia bem, porque a justiça inspira lealdade e devoção, e, sendo mulher, precisava ainda mais da fidelidade dos seus servidores do que o próprio rei."
Contudo, também com os reis que acompanhou aprendeu poderosas e importantes lições que moldaram de forma incontornável tanto a sua personalidade como o seu improvável reinado. Mas foi o brilhante D. João II, que ocultava os seus segredos de todos, e era um estratega implacável, que mais lhe ensinou durante os anos em que viveu como refém dessa corte.
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Apesar de termos um protagonista masculino, desengane-se quem pensa que as mulheres são meras figurantes. Além das que já referi, temos ainda as princesas de Castela, filhas dos reis católicos, habituadas com uma mãe reinante por direito próprio, e que acreditam que as mulheres são tão capazes como os homens para pensar e decidir. Tanto Isabel como Maria, as irmãs que casaram com D. Manuel, desempenharam um papel fundamental na sua vida e influenciaram algumas das decisões mais impactantes da nossa História, como a expulsão dos judeus ou a ligação à casa de Castela que nos levou à perda da independência.
"A filha do meio dos Reis Católicos dera a D. Manuel a segurança de que precisava, contagiando-o com a sua determinação, sem lhe roubar o palco e as luzes de que o rei tanto precisava."
Um dos aspectos mais curiosos é precisamente a improbabilidade maior de que uma dinastia que produziu tantas crianças, com tantos homens que sobreviveram à infância, acabar por ficar sem herdeiro directo e cair nas mãos dos espanhóis. Sabemos que foi fruto da ambição de soberanos como D. João II e D. Manuel que tanto almejavam herdar a coroa do vizinho e acabou por acontecer precisamente o contrário. Só não deixa de ser curioso que um rei que colocou tantos filhos no mundo e deixou seis homens como descendentes, ver a dinastia de Avis terminar nas mãos do idiota do D. Sebastião.
Não poderia ter gostado mais da experiência de leitura deste romance histórico incrível que acontece num dos momentos mais importantes da História Mundial e recomendo que leias logo que possas, porque vais adorar e certamente ficar fascinada com este rei que ficou conhecido pelo Venturoso, como não podia deixar de ser. Que livros já leste de Isabel Stilwell? Já tens o mais recente?
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