Sinopse
Com apenas 16 anos de idade, Maria Stuart, filha legítima de Jaime V, rei da Escócia, casou-se com Francisco II, herdeiro directo de Henrique II, rei de França. Após a morte acidental de Henrique, Francisco, então com 15 anos, ascendeu ao trono fazendo de Maria sua consorte. Quando o jovem rei morre, 17 meses depois, Maria recusa-se a voltar a casar e é obrigada a abdicar. Assim, regressa à sua Escócia natal, onde pretende reclamar o trono que é seu por direito de sucessão. No entanto, Isabel I de Inglaterra, receando que a influência dos franceses coloquem em causa a sua própria soberania, dá origem a um jogo político para desacreditar Maria, sua prima, por muitos considerada a herdeira legítima do reino de Inglaterra.
Opinião
Já não é segredo para ninguém que sou fascinada pela época dos Tudor, muito graças às lendas em torno de Henrique VIII e, sobretudo, devido aos livros de Philippa Gregory. Graças a esta autora fiquei ainda a conhecer o que aconteceu nos reinados anteriores aos Tudor e os acontecimentos que levaram a que esta família chegasse ao trono inglês. Inclusivamente, esta autora já escreveu sobre a Rainha dos Escoceses no livro A Outra Rainha, onde retrata o que aconteceu a Maria desde que ficou prisioneira de Isabel.
Logo, quando vi que este filme ia estrear, fiquei a morrer de curiosidade para o ver. Mais ainda porque percebi que era baseado num livro com o mesmo nome - Maria, Rainha dos Escoceses -, escrito por historiador após uma pesquisa exaustiva que pretendia trazer para a luz aspectos menos conhecidos sobre esta rainha que tudo fez para ocupar o lugar que lhe pertencia por direito. E após ter visto o filme, fiquei ainda mais curiosa para ler o livro.
O filme começa com a chegada de Maria à Escócia para ocupar o seu trono, sendo recebida pelos nobres e pelo seu meio-irmão que ocupava o seu lugar na sua ausência. As paisagens escocesas são de uma beleza ímpar, mas a recepção à rainha não se revela das mais acolhedoras. Os escoceses desconfiavam desta mulher que tinha sido criada pelos franceses e não lidavam muito bem com o facto de terem de obedecer a uma mulher e por ela serem governados.
A sua intransigência não terá ajudado e conquistou alguns inimigos poderosos que hostilizou, no seu regresso, na sua tentativa de ser obedecida e ver reconhecido o seu direito e o seu poder real. Vamos assistindo à luta que fazem contra o seu reinado, ao mesmo tempo que a jovem rainha, viúva do rei francês, se apaixona por um belo escocês, também de sangue real com direitos legítimos aos tronos da Escócia e da Escócia.
O seu belo e ambicioso marido revelou-se uma decepção, muito embora tenha servido para fornecer um legítimo herdeiro e de sangue real por ambos pai e mãe para o trono escocês e com pretensões a ser também herdeiro do trono de Isabel I, como efectivamente acabou por acontecer. No entanto, Maria pretendia ser reconhecida como a herdeira da prima, coisa que Isabel não estava disposta a fazer, especialmente depois de Maria ter sido obrigada a fugir do seu país para sobreviver.
Apesar da protagonista ser a rainha escocesa, Isabel e a sua corte também surgem ao longo deste filme, retratada numa fase já decadente mas ainda apaixonada por Robert, embora sem coragem para assumir esse amor e correr o risco de ver o homem que ama lhe roubar a coroa e o poder, como viu acontecer a outras rainhas, como a própria Maria Stuart. O braço de ferro entre as duas também é um factor de tensão em ambos os lados da fronteira, sem que nenhuma se queira submeter ao poder da outra.
Até que Maria fica à mercê de Isabel, necessitando da sua protecção para sobreviver e do seu apoio para voltar à Escócia e recuperar o seu trono. Confiante de que, sendo ambas mulheres e sabedoras das dificuldades da sua condição, a prima se sentiria compelida a ajudá-la, constatou que a protecção se transformou numa prisão e terminou de forma trágica como a História nos contou.
Gostei bastante deste retrato de uma jovem rainha que teve poucas oportunidades de reinar mas que, ainda assim, nunca desistiu de lutar pelos seus direitos. As protagonistas deste filme estiveram muitíssimo bem, embora destaque a dificuldade que terá sido para a actriz que representou o papel de Isabel I. Pela minha parte, é impossível pensar nesta rainha inglesa sem me lembrar da interpretação feita por Cate Blanchett de forma brilhante e sem mácula.
Esta foi uma excelente experiência cinematográfica e, agora, só quero confirmar o quanto um livro pode ser ainda melhor e mais interessante. Já viste este filme? Também queres ler o livro? Qual achaste melhor?
Vi a série Reign que também retrata a história da Mary Stuart e gostei muito. Já viste?
ResponderEliminarTenho que ver esse filme, fiquei curiosa!
Beijinho
A Maria Rita - BLOG
Ainda não vi mas já está na minha lista de espera!
EliminarSe gostas desta rainha, acho que vais gostar deste filme ;)
Beijinhos