Sinopse
Catarina Parr, uma viúva de trinta e um anos envolvida num caso amoroso secreto com um novo amante não tem por onde escolher quando um homem com idade suficiente para ser seu pai e que já enterrou quatro esposas - o rei Henrique VIII - lhe ordena que case com ele.
Catarina não tem dúvidas sobre o perigo que enfrenta: a última rainha durou dezasseis meses, a anterior a essa apenas meio ano. Mas Henrique adora a nova esposa e a confiança de Catarina nele aumenta à medida que consegue reunir a família real, cria um círculo de estudos no coração da corte e governa o reino como regente.
Mas será o suficiente para mantê-la a salvo? Líder de uma reforma religiosa e autora publicada, Catarina destaca-se como uma mulher independente, que pensa pela sua cabeça. Mas não pode salvar os protestantes, ameaçados devido à sua fé, e o olhar perigoso de Henrique volta-se para ela. O clero tradicional e rivais que lhe disputam o poder acusam-na de heresia - o castigo é morte na fogueira e a assinatura do rei está no mandado de prisão...
Da autora que descreveu as mulheres de Henrique VIII chega-nos um retrato profundamente intimista da última: uma mulher que ansiava por paixão, poder e instrução na corte de um assassino medieval.
Opinião
Quero começar por dizer que já me sinto orfã, agora que terminei de ler todos os livros de Philippa Gregory sobre a Guerra dos Primos e sobre os Tudor. Foi uma viagem incrível, repleta de aventuras e de personagens históricos fascinantes e sempre com a possibilidade de conhecer melhor algumas mulheres extraordinárias que ficaram escondidas na sombra das figuras masculinas da sua época.
E agora só me faltava descobrir os mistérios da última esposa de Henrique VIII, Catarina Parr, a viúva que conseguiu sobreviver ao terceiro marido e finalmente casar-se com o homem que amava, ainda que tenha sido uma felicidade de curta duração. Isto são os factos históricos que podemos encontrar em qualquer Wikipédia da vida, mas Gregory vai sempre muito além disso, ainda que com base nos dados históricos.
"Um sorriso lascivo nos lábios húmidos recorda-me, para meu horror, que ele é um sensualista encurralado num corpo que apodrece e que eu serei sua esposa em todos os sentidos da palavra; deitar-se-á comigo enquanto eu suspiro por outro homem."
Em A Rainha Subjugada, tudo começa quando Catarina, logo depois de enviuvar do segundo marido, recebe a proposta de casamento do rei. O choque não a impede de ganhar algum tempo para dar a resposta definitiva que lhe tirará a liberdade e a porá num lugar privilegiado e perigoso em simultâneo. O tempo que ganhou utiliza para se despedir do amado com quem tinha planos de se casar e, em seguida, para ganhar forças junto da irmã que serve na corte desde o tempo da primeira rainha, Catarina de Aragão, e que testemunhou a ascensão e queda de todas.
A irmã de Catarina, além de ficar feliz pela elevação da família a um lugar que nunca pensaram ser possível, procura também alimentar-lhe o desejo de defender a nova religião aos olhos do rei, que se encontra rodeado de homens da antiga religião que defendem retrocessos com os quais os protestantes não podem concordar. É esta luta que, a princípio parece não lhe interessar, se revela o combustível que lhe permite resignar-se com o seu destino e abraçar este casamento e o seu papel de rainha de Inglaterra.
"Joana Seymour será sempre a esposa preferida, diga eu o que disser, faça o que fizer. Deu-lhe o filho varão e morreu antes que ele se fartasse dela. Agora o rei recorda uma mulher perfeita, mais santa do que esposa, e até consegue espremer algumas lágrimas por ela. Mas Nan, a minha irmã, lembra-se de que Joana morreu aterrorizada e sozinha, a perguntar pelo marido, e ninguém teve coragem de lhe dizer que ele tinha fugido a cavalo."
Existe muito o que assinalar nesta mulher que, tendo desafiado pelas ideias alguns dos conselheiros do rei, teve a cabeça a prémio, com um mandado de prisão assinado pelo rei, e que conseguiu escapar com vida e sobreviver ao homem que enterrou quatro esposas. Além disso, estamos perante uma mulher que publicou em nome próprio livros que ainda hoje são editados e lidos.
Mais uma história fascinante contada pelas brilhantes e envolventes palavras de Philippa Gregory, que nos coloca no centro dos seus cenários, como se estivéssemos lá, bem no centro da corte Tudor de Henrique VIII. Só posso te recomendar esta autora, qualquer um dos livros, se gostas de romances históricos ou simplesmente de histórias bem contadas.
Diz-me que já conheces os livros da Philippa? Qual o teu favorito?
Podes encomendar o teu exemplar nos links abaixo e contribuir para as próximas leituras deste blog
tenho de ler! :)
ResponderEliminarjiaescreve.blogspot.com (Sou nova neste mundo dos Blogs, portanto quando tiveres algum tempinho livre faz-me uma visita e deixa a tua opinião)
Tens mesmo! ;)
EliminarAssim que possa, vou fazer-te uma visita.
Beijinhos e boa sorte*