Ora aqui está um tema polémico e que tem, nos últimos meses, incendiado as redes sociais, desde o movimento #MeToo nos Estados Unidos e que se tem vindo a espalhar por todo o mundo ocidental, causando estragos na vida dos inocentes e expondo os culpados aos olhos do grande público. Ainda antes deste escândalo que envolve o português Cristiano Ronaldo, este post já se encontrava na minha cabeça, embora tenha sido adiado devido a não ter tido o tempo que um tema tão sério exige.
Mas de hoje não passa esta reflexão sobre este fenómeno social que se está a espalhar e sobre o qual todos temos opinião e estão determinados a partilhá-la a todo o custo. As redes sociais inflamam os acontecimentos como nunca se viu e, apesar da informação nunca ter estado tão acessível, nunca existiu um nível de desinformação tão elevado. A preguiça intelectual invadiu a mente de todos e, com base apenas nos títulos de notícias, por vezes até falsas notícias, formamos opiniões pessoais e com elas emitimos julgamentos e sentenças.
Qualquer pessoa que viva neste mundo, seja homem ou mulher, e que tenha noção e capacidade de observar o que a rodeia, certamente compreende que os abusos sobre as mulheres foram prática corrente no passado e continuam a ser praticados na actualidade, disfarçados ou encobertos de forma mais dissimulada. Afinal, este tipo de prática já não é publicamente aceite, embora a sociedade ainda proteja os que se escondem por trás de uma porta fechada.
Este movimento americano permitiu que muitas mulheres quebrassem o silêncio e viessem procurar que a Justiça fosse feita sobre agressores do seu passado. Até aqui parece-me tudo muito bem e merecedor de admiração e respeito. O que me incomoda são os julgamentos em praça pública que destrói a imagem e a vida dos acusados, que até serem devidamente julgados pelos tribunais competentes, deverão ter direito à presunção de inocência.
É um fenómeno preocupante porque coloca todos, culpados e inocentes, no mesmo saco e permite que os oportunistas, que sempre se aproveitam destes fenómenos para proveito próprio, ganhem voz e sejam capazes de obter visibilidade, fama ou dinheiro, conforme qual seja o seu real interesse. Com isto não quero desvalorizar o papel da vítima, mas também não aceito que se diabolize os alegados agressores.
Com este fenómeno de exposição de agressões sobre mulheres, existe uma consequência social que tem vindo a crescer na sociedade e que influencia as relações entre homens e mulheres. De facto e ainda antes destas questões do #MeToo, os homens têm vindo a ganhar uma espécie de medo de se aproximar de mulheres que detenham alguma forma de poder, ainda que seja o simples poder de decidir a sua vida e tomar as suas próprias decisões.
Sentem-se intimidados e cada vez é mais difícil engatar miúdas giras que não sejam parvinhas ou se façam de parvas para se tornarem mais apetecíveis à primeira vista. Só que tudo se complica quando é possível ser acusado de abuso sexual após um caso de uma noite apenas e só porque a dita rapariga se arrependeu de ter dito que sim. E como ninguém espera pelas investigações da Polícia nem pela decisão dos juízes, mal a queixa é feita a vida de uma pessoa pode tornar-se num verdadeiro Inferno.
Sempre me senti muito feliz com a minha condição de mulher, mas nunca senti, como hoje, que os homens estão numa posição muito desagradável, os inocentes, claro está. É um lugar onde não gostaria nada de estar e, com isto, não estou a diminuir os crimes que foram, de facto, cometidos, os abusos que foram perpetuados ao longo de anos e anos, a dor das vítimas que não conseguiram fazer valer os seus direitos ou o desejo legítimo de que estes agressores sejam expostos para que não possam continuar impunes.
O que tens a dizer sobre este assunto? Acreditas que tudo pode ser abuso sexual? Ou existe margem para a tentativa de sedução onde o não possa ser aceite em qualquer momento?
Mas de hoje não passa esta reflexão sobre este fenómeno social que se está a espalhar e sobre o qual todos temos opinião e estão determinados a partilhá-la a todo o custo. As redes sociais inflamam os acontecimentos como nunca se viu e, apesar da informação nunca ter estado tão acessível, nunca existiu um nível de desinformação tão elevado. A preguiça intelectual invadiu a mente de todos e, com base apenas nos títulos de notícias, por vezes até falsas notícias, formamos opiniões pessoais e com elas emitimos julgamentos e sentenças.
Qualquer pessoa que viva neste mundo, seja homem ou mulher, e que tenha noção e capacidade de observar o que a rodeia, certamente compreende que os abusos sobre as mulheres foram prática corrente no passado e continuam a ser praticados na actualidade, disfarçados ou encobertos de forma mais dissimulada. Afinal, este tipo de prática já não é publicamente aceite, embora a sociedade ainda proteja os que se escondem por trás de uma porta fechada.
Este movimento americano permitiu que muitas mulheres quebrassem o silêncio e viessem procurar que a Justiça fosse feita sobre agressores do seu passado. Até aqui parece-me tudo muito bem e merecedor de admiração e respeito. O que me incomoda são os julgamentos em praça pública que destrói a imagem e a vida dos acusados, que até serem devidamente julgados pelos tribunais competentes, deverão ter direito à presunção de inocência.
É um fenómeno preocupante porque coloca todos, culpados e inocentes, no mesmo saco e permite que os oportunistas, que sempre se aproveitam destes fenómenos para proveito próprio, ganhem voz e sejam capazes de obter visibilidade, fama ou dinheiro, conforme qual seja o seu real interesse. Com isto não quero desvalorizar o papel da vítima, mas também não aceito que se diabolize os alegados agressores.
Com este fenómeno de exposição de agressões sobre mulheres, existe uma consequência social que tem vindo a crescer na sociedade e que influencia as relações entre homens e mulheres. De facto e ainda antes destas questões do #MeToo, os homens têm vindo a ganhar uma espécie de medo de se aproximar de mulheres que detenham alguma forma de poder, ainda que seja o simples poder de decidir a sua vida e tomar as suas próprias decisões.
Sentem-se intimidados e cada vez é mais difícil engatar miúdas giras que não sejam parvinhas ou se façam de parvas para se tornarem mais apetecíveis à primeira vista. Só que tudo se complica quando é possível ser acusado de abuso sexual após um caso de uma noite apenas e só porque a dita rapariga se arrependeu de ter dito que sim. E como ninguém espera pelas investigações da Polícia nem pela decisão dos juízes, mal a queixa é feita a vida de uma pessoa pode tornar-se num verdadeiro Inferno.
Sempre me senti muito feliz com a minha condição de mulher, mas nunca senti, como hoje, que os homens estão numa posição muito desagradável, os inocentes, claro está. É um lugar onde não gostaria nada de estar e, com isto, não estou a diminuir os crimes que foram, de facto, cometidos, os abusos que foram perpetuados ao longo de anos e anos, a dor das vítimas que não conseguiram fazer valer os seus direitos ou o desejo legítimo de que estes agressores sejam expostos para que não possam continuar impunes.
O que tens a dizer sobre este assunto? Acreditas que tudo pode ser abuso sexual? Ou existe margem para a tentativa de sedução onde o não possa ser aceite em qualquer momento?
Existem muitas formas de abuso,muitas vezes escondidas como Paquera, é muito difícil ser mulher nesse mundo machista,essa é a verdade.
ResponderEliminarBj.
http://blogcarolarruda.blogspot.com
@blogcarolarruda
Sim, tens toda a razão! Mas também é muito bom ser mulher ;)
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