Sinopse
Poucas figuras da História de Portugal suscitam tanta controvérsia. Para alguns, foi um déspota cruel; para outros, um governante iluminado; para quase todos, o político determinado e pragmático que reconstruiu Lisboa depois do terramoto de 1755.
Este livro dá voz a Pombal e a uma boa parte daqueles que o amaram e odiaram, numa memória única. Uma história empolgante, que permite conhecer uma época de luzes e sombras, glórias e catástrofes, e os enigmas de uma figura polémica, viva, grande e contraditória.
Opinião
Hoje, irei falar-te de um livro que me foi gentilmente enviado pela Guerra e Paz, conforme partilhei contigo no primeiro Compras & Recebidos. Quando recebi a informação sobre o lançamento deste livro de José Jorge Letria, fiquei muito curiosa e ainda mais feliz quando o mesmo me foi enviado. Afinal de contas, a figura do Marquês de Pombal é incontornável e, apesar de todos os seus feitos reconhecidos, está longe de ter sido consensual.
Só que este livro é desconcertante por colocar como narrador o próprio Marquês, como se tratassem das memórias que não escreveu. Assim, somos confrontados com um homem no final da vida, que se encontra a ser julgado por homens que considera inferiores a si próprio, a mando da filha do Rei a quem serviu, alegando estar a escrever a defesa que não lhe será possível apresentar em público.
No intervalo, temos declarações das mais variadas pessoas que se cruzaram com Sebastião José e até de gente que, sem nunca conhecer em pessoa o famoso Marquês de Pombal, viu o curso da sua vida ser influenciado por esse homem tão poderoso. No início, estas interrupções tornam-se um pouco confusas, mas depois de perceber e mergulhar neste conceito especulativo tudo se torna perfeito. Porque estes testemunhos servem, por vezes, como alívio cómico do relato político do que se passava em Portugal na época.
São referidas as costas que se voltaram logo que D. José ficou doente e o modo como passaram a tratar o seu Ministro após a sua morte. Este tratamento causa revolta e um sentimento de injustiça, pois Sebastião José afirma ter apenas cumprido as ordens do seu Rei e seguido o seu discernimento para fazer o que achava estar certo e ser melhor para o país.
Sem esquecer os acontecimentos marcantes deste reinado, como foi o atentado ao Rei, o terramoto de 1755 e o processo dos Távoras. E se o terramoto foi uma catástrofe que permitiu mostrar o seu valor político e reconstruir Lisboa e torná-la numa capital moderna e actual, já o processo terá sido determinante para o aumento significativo de inimigos que o Marquês de Pombal acumulou durante tantos anos a exercer o poder.
Estamos a falar de um livro com menos de 200 páginas, com um ritmo bem conseguido e que torna a leitura fluída e, apesar de estarmos a falar de História de Portugal, nada maçador. Facilmente se completa a leitura num dia, embora eu tenha demorado dois dias porque no primeiro tive pouco tempo livre para me dedicar a ele.
Tal como referi quando te contei sobre o Almanaque de Natal, sou uma grande fã dos livros da Editora Guerra e Paz porque tem cheiro de livro a sério. O papel é claramente de qualidade superior, o tipo de letra e o tamanho transformam o processo de leitura altamente confortável. Em suma, são livros feitos com um cuidado e esmero que cada vez é mais difícil de encontrar.
Pela minha parte, fiquei muito satisfeita com este livro que fala de História de forma surpreendente e verdadeiramente estimulante para que a atenção não seja dispersa, mesmo para quem não é muito amigo da matéria. Aliás, parece-me até uma excelente opção para levar na mala nestas férias. Não concordas?
Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato.
Só que este livro é desconcertante por colocar como narrador o próprio Marquês, como se tratassem das memórias que não escreveu. Assim, somos confrontados com um homem no final da vida, que se encontra a ser julgado por homens que considera inferiores a si próprio, a mando da filha do Rei a quem serviu, alegando estar a escrever a defesa que não lhe será possível apresentar em público.
No intervalo, temos declarações das mais variadas pessoas que se cruzaram com Sebastião José e até de gente que, sem nunca conhecer em pessoa o famoso Marquês de Pombal, viu o curso da sua vida ser influenciado por esse homem tão poderoso. No início, estas interrupções tornam-se um pouco confusas, mas depois de perceber e mergulhar neste conceito especulativo tudo se torna perfeito. Porque estes testemunhos servem, por vezes, como alívio cómico do relato político do que se passava em Portugal na época.
São referidas as costas que se voltaram logo que D. José ficou doente e o modo como passaram a tratar o seu Ministro após a sua morte. Este tratamento causa revolta e um sentimento de injustiça, pois Sebastião José afirma ter apenas cumprido as ordens do seu Rei e seguido o seu discernimento para fazer o que achava estar certo e ser melhor para o país.
Sem esquecer os acontecimentos marcantes deste reinado, como foi o atentado ao Rei, o terramoto de 1755 e o processo dos Távoras. E se o terramoto foi uma catástrofe que permitiu mostrar o seu valor político e reconstruir Lisboa e torná-la numa capital moderna e actual, já o processo terá sido determinante para o aumento significativo de inimigos que o Marquês de Pombal acumulou durante tantos anos a exercer o poder.
Estamos a falar de um livro com menos de 200 páginas, com um ritmo bem conseguido e que torna a leitura fluída e, apesar de estarmos a falar de História de Portugal, nada maçador. Facilmente se completa a leitura num dia, embora eu tenha demorado dois dias porque no primeiro tive pouco tempo livre para me dedicar a ele.
Tal como referi quando te contei sobre o Almanaque de Natal, sou uma grande fã dos livros da Editora Guerra e Paz porque tem cheiro de livro a sério. O papel é claramente de qualidade superior, o tipo de letra e o tamanho transformam o processo de leitura altamente confortável. Em suma, são livros feitos com um cuidado e esmero que cada vez é mais difícil de encontrar.
Pela minha parte, fiquei muito satisfeita com este livro que fala de História de forma surpreendente e verdadeiramente estimulante para que a atenção não seja dispersa, mesmo para quem não é muito amigo da matéria. Aliás, parece-me até uma excelente opção para levar na mala nestas férias. Não concordas?
"Se tinha de ser castigado, que fosse, mas nunca se devia perder de vista que condená-lo seria também condenar a memória do reinado de seu pai, que Sebastião José engrandecera com muitas medidas severas, mas justas e oportunas. A rainha sabia até que ponto D. José I confiara no seu ministro, na sua competência e no seu poder de decisão, ciente de que nunca dele partiria qualquer maquinação ou manobra sediciosa que pudesse fazer perigar a sua autoridade real."
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"Creio que nunca cheguei a compreender como um pequeno povo, num pequeno país entalado entre a Espanha e o mar, foi capaz de criar um império marítimo que pôs em sentido a própria Inglaterra."
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