Sinopse
Uma conhecida história de amor contada em três versões e séculos distintos: no passado, no presente e no futuro. Pedro e Inês reencontram-se através dos tempos, uma e outra vez. Mas, quaisquer que sejam as circunstâncias e a época em que vivam, o seu amor é impossível...
Opinião
Queria muito ver este filme português, com um elenco de luxo, e com elementos históricos incontornáveis no nosso país. Queria tanto que já tinha referido esse desejo numa Banda Sonora da Semana do ano passado. Não fui a tempo de ir ao Cinema, mas tratei de o ver por estes dias.
Confesso que esperava um pouco mais deste filme. O filme é bonito, com boas interpretações e com cenários muito bem filmados, só que é também muito confuso, especialmente nos primeiros vinte minutos, quando ainda não estamos acostumados com os saltos temporais súbitos. Leva algum tempo até que entramos nesse ritmo instável e compreendermos que o narrador, que ganha voz através de Pedro, fala da sua Inês como uma só personagem intemporal e eternamente ligada a si.
Aliás, essa tornou-se na minha parte favorita de todo o filme pois contém frases lindíssimas, profundas e repletas de significado. Mais do que os enredos criados e o verdadeiro deste amor tão famoso e que ficou na História de Portugal, o Pedro narrador que parece falar com conhecimento do passado, presente e futuro, é o factor diferenciador.
As histórias retratadas parecem servir como exemplo de duas almas que vivem a reencontrar-se ao longo dos tempos, noutros lugares, noutras circunstâncias, mas com o mesmo destino trágico. O preço a pagar por esse amor é sempre alto e irreparável, sem hipótese de redenção. Como se não estivessem fadados a viver um amor feliz e realizado na íntegra.
Ainda assim, o filme conseguiu despertar-me a curiosidade para o livro, A Trança de Inês, de Rosa Lobato Faria, que serviu de base para a criação deste filme tão complexo e confuso. Apesar de nunca ter lido nada desta autora, tenho esperança que a mensagem tenha sido melhor passada nas páginas do seu livro, que a concretização tenha sido mais bem conseguida desse modo.
Curiosamente, este livro já estava na minha lista de desejos quando, em 2017, o coloquei como uma das sugestões de livros para ler nas férias. Depois de ver este filme, passou para o topo da lista e conto agarrar um exemplar nos tempos mais próximos. Até porque, com o lançamento do filme, este livro ganhou uma nova edição e todo um novo interesse nasceu em torno dela.
Pela minha parte, pretendo dedicar mais atenção ao Cinema português e ver mais filmes nacionais nos próximos tempos. Viste Pedro e Inês? Que opinião tens sobre este filme?
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