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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Os Franceses e os outros



Não querendo com isto ofender ninguém, tenho de dizer a minha opinião. É que quanto mais o tempo passa, menos simpatizo com os franceses. Fico sempre com a sensação que são snobs e sofrem de um complexo de superioridade que me tira do sério. Estou, como é óbvio, a generalizar o que significa que é normal existirem excepções que não se enquadram nesta definição. 

Comecei a ter esta impressão sobre os franceses quando visitei Paris, há muitos anos atrás. E esta impressão só se tem vindo a intensificar. Isto já nem é sobre o Europeu, onde fomos tão menosprezados pelos altivos franceses. Neste momento, e durante as últimas semanas, o que me tem irritado são motivos económicos.

Falo daquelas sanções, que não se concretizaram, contra Portugal, por não ter cumprido o limite do défice. Pela parte que me toca, como portuguesa, claro que não achei muita piada à ideia em questão. Afinal, seria mais dinheiro que nos iriam tirar do bolso. Considero até um pouco desadequado aplicar uma multa monetária a um país que ainda não tem as suas contas em dia. Isso não iria aumentar ainda mais um défice que se pretende controlar?

Mas pior que as ameaças com as ditas sanções, é o facto disto não ser para todos. Só para alguns. Portugal e Espanha estavam contemplados como incumpridores. França, que também ultrapassou o limite do défice, nem sequer foi ameaçada, quanto mais considerada para as tais multas. E sabem os motivos apresentados? Ora, é a França, gente! Não se aplicam as mesmas regras contra a França.

Agora digam-me, são isto razões para se apresentar às pessoas? Vindas de quem manda nesta Europa onde estamos incluídos? Apesar de todos pensarmos que, por vezes, existem dois pesos e duas medidas, é descaramento a mais dizerem-nos isso mesmo, com todas as letras.

Por muito que me esforce, não consigo digerir esta informação. Especialmente, depois de ter lido A Mão do Diabo, livro onde fiquei a perceber tanto sobre os meandros da Economia mundial e do tanto que potências como a França contribuiu para estarmos no buraco em que estamos. Aliás, se querem uma aula sobre o estado em que estamos e o caminho trilhado até aqui chegarmos, este é o livro certo. É ficção, mas com muita realidade à mistura.

Para mim, as ameaças, concretizadas ou por concretizar, só fariam sentido se fazem sentido quando os critérios utilizados são os mesmos para todos os intervenientes. Assim, só concluo que existem os franceses e os outros. Sendo que os outros têm muito mais regras a cumprir que os franceses. 

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