Abri os olhos lentamente, ainda
confusa e sem saber onde estava nem tão pouco como ali fui parar. Sento-me e
olho ao redor. Só vejo árvores exóticas e um mar incrível à minha frente.
Quando me observo com mais atenção, reparo que estou nua e não faço a menor
ideia do que me aconteceu. A única coisa que me resta é uma Natureza em estado
bruto e a total ausência de memórias passadas. Sinto-me como uma folha em
branco. Perdi a noção de passado, presente e futuro. Perdi até a noção de mim
própria.
Como terei ido parar neste lugar?
Quando me disponho a explorar o meio envolvente, descubro que me encontro numa
ilha, aparentemente deserta, e sinto a solidão como um peso nos ombros. Não
sinto falta de ninguém em particular, vantagem de não ter recordações na
bagagem. Mas sinto falta da companhia que só um ser vivo te pode proporcionar.
O que fazer nestas condições?
Será que existe alguém à minha
procura? Serei lembrada por alguém? Estarão pessoas preocupadas com o que me
aconteceu e desejosas de saber o meu paradeiro? Irá alguém encontrar-me nesta
ilha deserta e paradisíaca? Tantas perguntas sem resposta à vista e que me
invadem a mente sem que as possa evitar.
Assim se passou uma semana e
quando já estava habituada à minha nudez e à ausência de memórias, eis que
acordo sobressaltada e tomo consciência que se tratou apenas de um sonho dos
muitos que daqui a umas horas não guardarei qualquer lembrança…
Vê tudo na Apresentação Desafio dos Pássaros
Sonhar é sempre melhor que não ter sonho algum!!!
ResponderEliminarDisso não tenho dúvidas!
EliminarÉ uma pena o limite das 400 palavras pois se pudesses alargar estar reflexão tenho a certeza que descobririas mais coisas interessantes, e nós também, acerca do que é estar só e vulnerável.Fiquei mesmo com pena de não haver mais para ler!
ResponderEliminarSim, mas confesso que a minha inspiração também não estava em alta e por isso escolhi a solução mais fácil que foi terminar como um sonho.
EliminarMas obrigada pela simpatia! :)