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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O negócio das adopções



Este assunto tem dado muito que falar, tanto na Comunicação Social, como nas redes sociais. Tudo começou quando uma repórter da TVI decidiu investigar uns rumores que nos chegavam do Reino Unido. Relatos de portuguesas que ficaram sem os seus filhos, retirados pelas autoridades britânicas, alegadamente por não terem condições e por colocarem em risco o bem-estar desses menores. 

A polémica instalou-se quando se percebeu que existiam uma série de histórias mal explicadas e onde se praticava uma quase perseguição a estas mães, muitas vezes, sem motivos sólidos e bem fundamentados. É claro que defendo a protecção das crianças acima de tudo, mas não me parece que seja suficiente um comentário de uma criança na escola, sem qualquer prova adicional, para retirar essa mesma criança à sua família.

Ainda concordo menos com a forma acelerada com que colocam essas crianças portuguesas para adopção, sem dar grandes hipóteses aos pais de recuperarem os seus filhos. A coisa ainda se agrava quando percebemos o negócio que se formou em redor deste assunto.

Perceber que se pode receber uma quantia avultada para ser família de acolhimento, onde as restrições e exigências para tal são mínimas, é assustador. Bem como o pormenor de que as próprias assistentes sociais estão relacionadas com empresas privadas que vivem desses processos de entregar crianças a famílias de acolhimento e processos de adopção plena.

É óbvio que não acredito que todas as situações sejam exageradas para se poder retirar crianças, bonitas e fáceis de colocar para adopção, às famílias e ganhar dinheiro com isso. Tal como cá se passa, certamente existem casos em que as acusações são legítimas e o mais correcto é mesmo retirar essas crianças e protegê-las das próprias famílias.

Contudo, com o que vi nesta reportagem, a sensação que se fica é que as pessoas envolvidas não serão as mais isentas para julgar cada caso e que existem inúmeras situações injustas e onde as famílias são as vítimas. Vítimas que não conseguem pedir ajuda, pois vivem sob a ameaça de serem totalmente impedidos de ver os seus filhos e outras ameaças do género.

Apesar de não acreditar que todos sejam vítimas inocentes, considero importante que lhes seja dado o direito de uma defesa e um juiz sem interesses próprios nos casos. E que o Governo Português ganhe consciência do que se passa por terras de Sua Majestade, preste auxílio a estes portugueses e peçam contas a quem de direito.

Como sabem, não tenho filhos nem previsão para os ter a curto prazo, mas não sou capaz de ficar indiferente a estes testemunhos. A angústia de quem está acusado, sendo inocente, deve ser gigantesca e a sensação de impotência enorme. Emigrar nunca foi algo que estivesse nos meus planos, embora ninguém possa prever o dia de amanhã, mas depois de tudo o que se disse, o Reino Unido está completamente riscado da minha lista.

E tu? O que pensas desta polémica em torno do negócio das adopções no Reino Unido?

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