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quinta-feira, 29 de maio de 2025

10 Livros para comprar na FLL e ler nas férias

 

Imagem de um livro posicionado sobre uma toalha de praia, acompanhado de óculos de sol, uma máquina fotográfica e uvas, transmitindo uma atmosfera de lazer e leitura nas férias à beira-mar.

A Feira do Livro de Lisboa é sempre uma oportunidade para explorar o universo literário, descobrir novas obras e renovar a nossa biblioteca pessoal. Com dezenas de expositores e uma vasta seleção de títulos, o evento convida leitores de todas as idades a mergulharem no prazer da leitura e pode ser o local ideal para encontrarmos as obras que irão marcar as nossas férias. Seja para relaxar na praia, aproveitar o tempo em casa ou viajar, os livros são companheiros indispensáveis para transformar momentos banais em experiências inesquecíveis. 


Buy Me A Coffee

Hoje, selecionei dez livros imperdíveis para adquirir na Feira do Livro de Lisboa, a preços simpáticos, especialmente se comprares na Hora H ou no âmbito do Livro do Dia, e que prometem enriquecer as tuas férias com boas histórias, reflexões e aventuras. Seja qual for o teu gosto literário, encontrarás opções que agradam desde a ficção à não-ficção, passando por temas contemporâneos e clássicos que resistem ao tempo. Prepara-te para montar a tua lista de leituras e aproveitar ao máximo este período de descanso que se aproxima com excelentes obras nas mãos. 


1. 1984, de George Orwell

Winston Smith é um membro do Partido. 

Trabalha no Ministério da Verdade, onde passa os dias mecanicamente a reescrever a história, de modo a ajustá-la às necessidades do governo. A cada dia que passa, a cada nova mentira, cresce nele uma revolta surda. 

Num mundo em guerra constante, sob a vigilância omnipresente das câmaras e dos Polícias do Pensamento, Winston é um homem profundamente só, preso a uma organização burocrática infernal. Até ao dia em que a quase desconhecida Julia lhe passa sorrateiramente um bilhete para a mão. E nesse dia a ideia de rebelião contra o sistema começa a ganhar forma. 

1984 é talvez a mais arrepiante e realista visão que a ficção nos deu acerca dos regimes totalitários. Obra especulativa, projeta no futuro uma sociedade distópica e disfuncional, onde impera o Grande Irmão (ele próprio uma ficção dentro da ficção). A hipervigilância a que são submetidas as personagens, o sentimento prevalecente de paranoia e a autocensura servem aqui para profetizar a ditadura perfeita, onde nem a liberdade de pensamento sobrevive. 

Clássico absoluto, que o tempo tem vindo a refinar, ganha ano após ano uma nova atualidade - porque as formas de totalitarismo evoluem, mas o seu objetivo último não: a abolição da memória e do julgamento crítico. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "1984" de George Orwell, publicado pela Antígona: uma imagem impactante com elementos sombrios e futuristas que refletem a atmosfera distópica da obra, destacando o título e o nome do autor em destaque.

2. A Amiga Genial, de Elena Ferrante 

A Amiga Genial é a história de um encontro entre duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade adolescente. 

Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm ambas de famílias remediadas. O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal, o de Lila Cerullo é sapateiro. 

Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja. 

Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente que fascina os rapazes do bairro, Elena continua a procurar nela a sua inspiração. 

O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua família no bairro onde vive. Mas a sua amizade prossegue. 

A Amiga Genial tem o andamento de uma grande narrativa popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda, mostrando os conflitos familiares e amorosos numa sucessão de episódios que os leitores desejariam que nunca acabasse. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "A Amiga Genial" de Elena Ferrante, publicado pela Relógio d'Água, exibindo uma ilustração vibrante com tons quentes, representando duas figuras femininas entrelaçadas, sugerindo a profunda amizade e os complexos relacionamentos explorados na obra.

3. A Escuridão, de Ragnar Jónasson

Abrangendo as ruas geladas de Reiquiavique, os fiordes isolados e as Terras Altas da Islândia, A Escuridão é o novo romance de um dos nomes mais entusiasmantes do policial nórdico atual. 

Aos 64 anos, a inspetora Hulda Hermannsdóttir, da Polícia de Reiquiavique, está prestes a ser forçada a reformar-se, mas antes quer levar a cabo uma última investigação: Elena, uma jovem refugiada proveniente da Rússia, foi encontrada sem vida numa enseada rochosa em Vatnslevsuströnd, na Islândia. 

Assim que começa a fazer perguntas, Hulda não demora muito a perceber que não pode confiar em ninguém. Elena não foi a única mulher a desaparecer naquela altura, e ninguém parece estar a contar a história toda. Quando os próprios colegas tentam pôr um travão na investigação, Hulda tem muito pouco tempo para desvendar a verdade, mas está determinada a descobrir quem é o assassino. Ainda que isso signifique colocar a própria vida em risco. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "A Escuridão" de Ragnar Jónasson, publicado pela TopSeller, apresentando uma atmosfera sombria e misteriosa com tons escuros e elementos que evocam suspense e intriga.

4. 21 lições para o século XXI, de Yuval Noah Harari

Qual o verdadeiro significado dos eventos que hoje testemunhamos e como poderemos lidar com eles à escala individual? Que desafios e escolhas se nos deparam? O que poderemos legar ou ensinar aos nossos filhos? Algumas das questões que procurarei explorar e dar resposta incluem o significado da ascensão de Trump, se Deus estará ou não de regresso ao nosso mundo, se o nacionalismo pode ser a resposta a problemas como o aquecimento global. 

O livro está dividido em 5 partes (O Desafio Tecnológico, o Desafio da Política, Desespero e Esperança, Verdade, Resiliência), cada uma delas com questões dedicadas a temas específicos, no total de 21 lições para o século XXI. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "21 Lições para o Século XXI" de Yuval Noah Harari, publicado pela Elsinore, exibindo um design moderno com elementos gráficos que representam tecnologia e sociedade, refletindo as questões contemporâneas abordadas na obra.

5. A Mão que Mata, de Lourenço Seruya 

Numa fria manhã de inverno, é encontrado um cadáver numa mansão na Serra de Sintra. 

A família Ávila estava aí reunida para formalizar as partilhas patrimoniais, na sequência do falecimento do patriarca e jamais imaginava que o processo seria interrompido daquela forma. 

O Inspetor Bruno Saraiva e a sua brigada da PJ são chamados a investigar, deparando-se com um caso peculiar: a vítima não era propriamente adorada pelos familiares, mas também ninguém tinha motivos para a querer morta. Terá o homicídio resultado de um assalto? 

As opiniões dividem-se e a família Ávila não parece muito disposta a colaborar com a polícia. 

Até que é encontrado um segundo cadáver na mansão...

Bruno Saraiva não tem dúvidas que o assassino está naquela casa, mas não tem ninguém que o apoie nesta teoria. Sem provas concretas que sustentem a sua crença, o Inspetor faz uma viagem-relâmpago a uma aldeia do Norte. Aí, toma conhecimento de uma informação que o põe no encalço do assassino: alguém que está disposto a tudo para esconder um terrível segredo. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "A Mão que Mata" de Lourenço Seruya, publicado pela Cultura Editora, apresentando uma imagem intrigante que captura a essência do suspense e do mistério presentes na obra.

6. A Terceira Índia, de Iris Bravo

Sofia tem 32 anos, é professora num colégio em Lisboa e casada com um arquiteto de uma família nobre ribatejana. Ele conservador e ela liberal, não tinham nada em comum quando se apaixonaram numas férias de verão dez anos antes. Viveram um namoro feliz seguido de um casamento de sonho, desgastado pela sua obsessão por uma gravidez. 

Quando descobre que foi traída, Sofia aceita uma proposta para substituir a sua mentora e viaja para o interior de Moçambique. 

Disposta a viver aventuras, envolve-se com Alex, um homem que a atrai, apesar dos seus modos secos e do pressentimento de que lhe esconde algo. 

Corajosa e determinada, Sofia irá descobrir tudo aquilo de que é capaz, incluindo arriscar a sua vida. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "A Terceira Índia" de Iris Bravo, publicado pela Cultura Editora, apresentando uma ilustração vibrante que retrata elementos culturais e históricos relacionados à narrativa, transmitindo uma atmosfera de mistério e descoberta.

7. Águas Passadas, de João Tordo

Durante treze dias de Janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma subcomissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos. 

A jovem vítima é Charlie, filha de um empresário inglês, mas logo a vítima de um segundo crime brutal, um rapaz de dezassete anos aparece na floresta de Monsanto, em condições inenarráveis. Estas duas mortes prematuras e violentas abrem caminho a uma investigação que irá descarnar a alta sociedade portuguesa e o submundo do crime. 

Ao longo desse inclemente mês de Inverno, Pilar desbrava caminho na investigação, contra tudo e todos e com a ajuda de Cícero, um misterioso eremita. 

Desobedecendo a ordens superiores e colocando a própria vida em risco, vai penetrar no mundo escuro e tenebroso de um psicopata, enquanto luta com os fantasmas que há muito carrega: um pai polícia que morreu em serviço, um vício que a consome e a vulnerabilidade num mundo dominado por homens. 

 Depois da estreia no género com A Noite em Que o Verão Acabou, João Tordo regressa com um policial de ritmo imparável e delicada sensibilidade, que vai ao âmago dos nossos piores medos. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "Águas Passadas" de João Tordo, publicado pela Companhia das Letras, com uma imagem que remete às águas tranquilas de um rio ou lago, transmitindo uma atmosfera de mistério e reflexão.

8. As Mulheres Douradas, de Namina Forna

Somos raparigas ou somos demónios? Vamos morrer ou vamos sobreviver? 

Deka, de 16 anos, devido à sua intuição e natureza sente-se diferente e vive com medo do ritual do sangue, o qual irá determinar se pode ou não ser um membro da sua aldeia. Se o seu sangue correr vermelho, será aceite pela comunidade. Mas no dia da cerimónia o seu sangue revela ser dourado - a cor da impureza, de um demónio, e as consequências serão pior do que a morte. 

A jovem vê-se forçada a abandonar a aldeia onde sempre vivera na companhia de uma mulher misteriosa e a juntar-se a um exército de raparigas como ela - as alaki. Um grupo de raparigas quase imortais com dons raros e as únicas capazes de travar a maior ameaça do império. 

Mas, à medida que avança até à capital para treinar para a derradeira batalha, Deka descobre que a grande cidade murada encerra em si muitas surpresas. Nada nem ninguém é exatamente o que parece ser - nem mesmo Deka...


Wook | Bertrand 


Capa do livro "As Mulheres Douradas" de Namina Forna, publicado pela Edições Gailivro, apresentando uma ilustração vibrante que retrata figuras femininas envoltas em tons dourados e detalhes místicos, refletindo a riqueza cultural e a fantasia épica do romance.

9. As Primas, de Aurora Venturini

A obra-prima de uma escritora catapultada para a fama literária mundial aos 85 anos. A história de uma família em que as mulheres procuram fugir à norma, com ecos de Lucia Berlin, Shirley Jackson e Carson McCullers. 

Na cidade argentina de La Plata, nos anos de 1940, conhecemos Yuna e Petra, duas primas que pertencem à mesma família disfuncional, precária e destinada à desgraça. Pela voz de Yuna, vemos um universo tortuoso de mulheres abandonadas à sua sorte, a braços com a pobreza, a deficiência, o delírio fantasmagórico e a pressão social. 

Para se evadir do cerco das histórias de ameaças, violações e homicídios, Yuna recorre à sua imaginação artística: a cada episódio de violência, pinta uma nova tela. Vendo na arte uma fuga ao estropiamento familiar, Yuna lança sobre o seu mundo um olhar selvático - ora cândido e perspicaz, ora violento e ensimesmado - e protagoniza uma história que desafia todas as convenções literárias. 

Aurora Venturini poderia ser uma das peculiares personagens dos seus romances, já que o seu percurso ficou marcado pelo fait-divers de ter vencido um concurso literário para novos talentos quando já tinha escrito dezenas de livros e se aproximava do fim da vida. 

Entre o romance de formação, a delirante autobiografia, o divertimento literário e a radiografia de uma época, As Primas é uma obra que celebra, ao mesmo tempo, as dimensões universal e privada da literatura, revelando a desconcertante originalidade de uma autora que ousa colocar perguntas quase sempre cuidadosamente mantidas em silêncio. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "As Primas" de Aurora Venturini, publicado pela Alfaguara, apresentando uma ilustração elegante com tons sóbrios, refletindo a profundidade e a complexidade das relações familiares exploradas na obra.

10. Biblioteca Pessoal, de Jorge Luis Borges 

Jorge Luis Borges tornou-se o emblema do bom leitor, do verdadeiro amante e erudito da literatura. Borges imaginou o paraíso como uma biblioteca e foi bibliotecário por muitos anos, vivendo essa profissão como a de um guardião do tesouro das letras. Em 1985, foi-lhe pedida a criação de uma «biblioteca pessoal», que contaria com cem grandes obras. Borges morreu em 1986, antes que pudesse concluir esse projeto, mas deixou uma lista de livros que refletem as suas preocupações e gostos literários, bem como os prólogos dos primeiros sessenta e quatro títulos da série: «Desejo que esta biblioteca seja tão variada quanto a curiosidade que a mesma induziu em mim.» É esta escolha pessoalíssima de Borges que aqui se apresenta. 


Wook | Bertrand 


Capa do livro "Biblioteca Pessoal" de Jorge Luis Borges, publicado pela Quetzal, apresentando uma ilustração estilizada de uma estante repleta de livros antigos, evocando o universo literário e filosófico do autor argentino.

Espero que esta seleção de livros tenha inspirado a tua lista de leituras para as férias e que encontres aqui obras que irão enriquecer os teus momentos de descanso e descoberta, ao mesmo tempo que te pode servir de estímulo para te decidires a visitar a Feira do Livro de Lisboa agora em 2025, tendo em conta a quantidade de livros e autores que lá estarão à nossa espera. Um verdadeiro regalo para a vista e um castigo para a carteira se não nos controlarmos diante de tantas obras apetecíveis. 


Podes ver também 10 livros novos para ler nas férias


Não deixes passar esta ocasião especial nem deixes a tua mala de viagem vazia de bons livros. Afinal, uma boa leitura pode ser o momento perfeito para relaxar, aprender e sonhar, e a Feira do Livro de Lisboa é o cenário ideal para ampliar os teus horizontes culturais e literários. Agora, quero saber o que tens a dizer! Gostaste destas sugestões? Qual destes livros já leste ou pretendes ler nas férias? Queres partilhar alguma outra sugestão? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 27 de maio de 2025

#Livros - A Bíblia da Carreira, de Cassiana Tavares

 

Imagem da capa do livro "A Bíblia da Carreira" de Cassiana Tavares, publicado pela Manuscrito. A capa possui um fundo branco com o título e o nome da autora em letras azuis, transmitindo uma aparência limpa e profissional.

Sinopse

Como é que alguém consegue ser feliz quando as coisas não correm bem no trabalho? 

Para a psicóloga Cassiana Tavares, a resposta é simples: não consegue. Um emprego é mais do que um salário no fim do mês, é uma atividade central que estrutura e dirige o que fazemos todos os dias. A única solução é detetar o problema e resolvê-lo. E sim, existe uma resposta para todas as adversidades. Pode é não ser aquela de que estava à espera. 

Sabia que a nossa mente não está preparada para o multitasking? 

E que já foram identificadas as competências do século XXI? 

Infelizmente, também temos de nos preparar para as incompetências: chefes narcisistas e colegas tóxicos, abuso emocional, assédio e falta de equidade são apenas alguns exemplos. 

Como lidar com elas? 

Neste livro prático, com uma secção de exercícios a cada passo, a especialista em Psicologia do Trabalho convida-o a refletir sobre a sua atividade profissional, as mudanças que deseja incorporar e como combiná-las com o atual mercado de trabalho. 

Além de ajudá-lo a olhar em perspectiva para as várias fases da carreira e a antecipar medidas a tomar, encontrará conselhos práticos sobre o conteúdo a incluir no seu perfil e a valorizar a sua pegada no mercado. 


Buy Me A Coffee

Opinião 

A Bíblia da Carreira, de Cassiana Tavares, apresenta-se como um guia essencial para profissionais e estudantes que procuram compreender e construir uma trajetória de sucesso no mercado de trabalho. O livro aborda de forma abrangente temas como planeamento de carreira, desenvolvimento de competências, autoconhecimento e estratégias para alcançar objectivos profissionais, oferecendo ferramentas práticas e reflexões que auxiliam o leitor a traçar um caminho consistente e alinhado às suas aspirações. A autora, especialista em desenvolvimento pessoal e carreira, traz uma abordagem prática, combinando conceitos teóricos com exemplos reais para ajudar na tomada de decisões e no crescimento profissional. 


No cenário actual, o mercado de trabalho tem passado por transformações significativas impulsionadas pela rápida evolução tecnológica, a digitalização de processos e a crescente valorização de habilidades como adaptabilidade, criatividade e inteligência emocional. A incerteza económica, a automatização de funções tradicionais e a busca por profissionais mais preparados para lidar com mudanças constantes têm tornado o ambiente laboral cada vez mais competitivo e dinâmico. Neste contexto, livros como este oferecem orientações valiosas para os profissionais que desejam navegar com sucesso por esse mercado em contínua evolução, sem esquecer o bem-estar individual, a saúde mental e a ambição pessoal de cada um, que pode estar orientada para diferentes propósitos. 


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A importância duma orientação clara para a carreira reside na necessidade de estabelecer um percurso definido e estratégico para alcançar sucesso e realização. Uma orientação bem estruturada ajuda o indivíduo a compreender os seus objectivos, identificar as suas habilidades e direcionar os seus esforços de forma consciente, evitando dispersões e perdas de tempo. Além disso, uma trajetória clara proporciona maior segurança e motivação, permitindo que o profissional tome decisões alinhadas com os seus valores e metas de longo prazo. A Bíblia da Carreira apresenta uma estrutura bem organizada, dividida em sete capítulos que abordam de forma sistemática os principais aspectos relacionados ao desenvolvimento profissional. 


A autora inicia com uma introdução que contextualiza a importância de planear a carreira, seguida por secções dedicadas a autoconhecimento, definição de objectivos, estratégias de crescimento, habilidades essenciais e gestão de carreira. Cada capítulo combina teoria, exemplos práticos e exercícios para refletir, facilitando a compreensão e a aplicação dos conceitos pelo leitor. Sem esquecer a sequência lógica que orienta-nos desde a compreensão de nós mesmos até à implementação de acções concretas para alcançar os nossos objectivos profissionais, tornando-se numa verdadeira bíblia para quem precisa de orientação e crescimento na carreira. 


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Um dos pontos fortes deste livro é a sua clareza na comunicação. A autora apresenta conceitos complexos de forma acessível e bem estruturada, o que facilita a compreensão e aplicação das dicas e orientações. Outro dos principais pontos fortes é a sua aplicabilidade prática. Com conceitos e estratégias que podem ser facilmente implementadas na rotina profissional, permite que o leitor as coloque em prática de forma quase imediata, o que torna o livro numa ferramenta útil e acessível. Também a utilização de exemplos e casos de estudo tornam os conceitos apresentados mais concretos e perceptíveis. Estes recursos proporcionam uma compreensão prática das estratégias discutidas, o que permite ao leitor visualizar como aplicar os ensinamentos em situações reais do mercado de trabalho. 


Esta leitura pode muito bem despertar em ti uma nova perspectiva sobre planeamento, autoconhecimento e resiliência, incentivando a procurar uma trajetória mais autêntica e alinhada com os teus sonhos e princípios. Em suma, considero que o livro consegue unir teoria e prática de uma forma muito equilibrada e que motiva o leitor a refletir sobre as suas metas e a agir com propósito. Se procuras uma orientação clara e prática para construíres uma trajetória profissional sólida, tens aqui uma leitura indispensável. Quer estejas a começar a tua carreira ou desejes reavaliar o teu caminho profissional, esta obra serve como um verdadeiro guia de referência, inspirando confiança e promovendo acções concretas rumo ao crescimento profissional. Agora, quero muito saber a tua opinião! Já conhecias este livro? Achas que pode ser útil? Qual o ensinamento que achas mais interessante e que deveria ser mais explorado? Conta-me tudo nos comentários! 


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Wook | Bertrand 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Projecto Cinema - 1940 | E tudo o vento levou

 

Uma película de cinema sobre um fundo branco, representando o universo cinematográfico e celebrando o filme vencedor do Oscar de 1940, "E Tudo o Vento Levou".

No âmbito do projecto dedicado ao Cinema, onde decidi explorar e analisar todos os filmes que receberam o Óscar de Melhor Filme ao longo dos anos. Este percurso visa conhecer as obras premiadas e compreender as tendências, mudanças culturais e evoluções na indústria cinematográfica. Como parte desta iniciativa, hoje destaco o vencedor de 1940, E tudo o vento levou, uma obra clássica que marcou uma época e que continua a ser referência no mundo do Cinema. O objectivo é proporcionar uma visão abrangente sobre estas produções, celebrando o talento e a criatividade que moldaram a história do cinema mundial. Começo por este filme, pela dificuldade que tenho sentido em encontrar os anteriores disponíveis, até para alugar existem alguns bem complicados de descobrir como vou conseguir ver. Enquanto não resolvo, começamos por 1940 e com um filme que já tinha visto e que adoro! 


Buy Me A Coffee

Em 1940, o mundo vivia tempos turbulentos, marcados pela Segunda Guerra Mundial, que afetava profundamente a vida de milhões de pessoas e moldava o cenário global. Neste contexto de incerteza e conflito, o Cinema emergia como uma forma de escapismo e reflexão, ganhando ainda mais relevância na cultura popular. Naquela época, o Óscar já consolidava a sua importância como uma das maiores honras da indústria, reconhecendo produções que além de entreterem, também refletiam os valores, os sonhos e os desafios da sociedade. A vitória de E tudo o vento levou nesse ano reforçou a sua posição como uma obra icónica, cujo impacto e legado permanecem evidentes até hoje. 


E tudo o vento levou, lançado em 1939, é uma obra-prima do Cinema clássico dirigido por Victor Fleming. Baseado no romance de Margaret Mitchell, livro que já li há muitos anos e que tenho muita vontade de reler, o filme retrata a vida de Scarlett O'Hara durante a Guerra Civil Americana e a Reconstrução, explorando temas como o amor, perda, resistência e transformação. Considerado um marco na história do Cinema, a sua narrativa envolvente, com personagens marcantes e inovação técnica, incluindo o uso pioneiro de cores na época, consolidaram a sua posição como um dos filmes mais emblemáticos de todos os tempos. Scarlett, a protagonista, é uma jovem determinada e encantadora, que luta para manter o seu modo de vida a todo o custo e sonha com o amor do charmoso Ashley Wilkes, isto enquanto enfrenta as dificuldades duma sociedade em transformação. Com o impacto da guerra e as suas consequências, Scarlett mostra-se resiliente e engenhosa, ainda que os seus caprichos a coloquem em situações perigosas. 


Pôster do filme "E Tudo o Vento Levou" (Gone with the Wind), vencedor do Oscar de Melhor Filme em 1940. A imagem apresenta Scarlett O'Hara, interpretada por Vivien Leigh, com um fundo que remete ao Sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil, destacando-se as cores quentes e o estilo clássico da época.

O elenco principal é composto por Clark Gable como Rhett Butler, Vivien Leigh como Scarlett, Olivia de Havilland como Melanie Hamilton e Leslie Howard como Ashley. A equipa técnica contou com uma produção de alta qualidade, incluindo o director de fotografia Ernest Haller e a banda sonora de Max Steiner, que muito contribuiu para o legado duradouro desta obra-prima. A fotografia captura de forma magistral a atmosfera do Sul dos Estados Unidos, usando iluminação e composições que reforçam o drama e o romantismo da história. A banda sonora é uma das mais memoráveis da época, complementando emoções e cenas-chave com temas que permanecem icónicos até hoje. O roteiro é notável e destaca-se pela narrativa envolvente, diálogos marcantes e pela construção de personagens complexos e inesquecíveis, fazendo justiça ao livro em que se inspirou. 


Além do Óscar que o colocou nesta lista, também venceu em outras categorias desse ano, tendo batido recordes na época, com treze nomeações e oito vitórias. O filme recebeu os prémios de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actriz, Melhor Actriz Secundária, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direcção de Arte e Melhor Edição. Estamos perante um filme que, apesar de algumas representações e temas que refletem os padrões e perspectivas da sua época, continua a ser apreciado pela sua narrativa bem construída, pelas actuações marcantes e pela sua produção grandiosa. No entanto, também é alvo de debates críticos, principalmente devido às representações de personagens e temas raciais, que são vistos hoje sob um olhar mais consciente e questionador, embora não concorde com cancelamentos e desvios fundamentalistas, que me parecem absurdos. 


Esta é uma obra que transcende o tempo e que se consolidou como um ícone da história do Cinema. A sua importância vai muito além do mero entretenimento, pois marcou uma revolução na narrativa cinematográfica, ao combinar uma produção grandiosa com personagens fascinantes e uma abordagem inovadora para a época, e posso considerá-lo um dos meus favoritos da vida. Se tens estado escondida debaixo duma pedra e ainda não viste este clássico atemporal, não percas a oportunidade de mergulhar na história de E tudo o vento levou, um filme que permanece como uma das maiores obras do Cinema. Nesse caso, ou se apenas te bateu a vontade de reveres esta obra extraordinária, ela está disponível caso sejas subscritora da Max. 

Agora, quero muito saber a tua opinião! O que achas deste enredo? Conseguiste gostar da caprichosa Scarlett? Também te apaixonaste pelo Rhett Butler? Qual a tua cena favorita? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 20 de maio de 2025

#Livros - Cranford, de Elizabeth Gaskell

 

Imagem em preto e branco de uma mulher de perfil, com os olhos fechados, encostada a um sofá. A cena transmite uma atmosfera de serenidade e nostalgia, refletindo o clima delicado e introspectivo do livro "Cranford" de Elizabeth Gaskell, publicado pela Book Cover Editora.

Sinopse

Na cidade fictícia de Cranford, localizada na Inglaterra rural durante o início do século XIX, Gaskell escreve em torno da vida quotidiana e das interacções sociais dos seus habitantes, na sua maioria mulheres de meia-idade e idosas. A protagonista é Miss Matty, uma mulher solteira que vive com a sua criada numa casa modesta. As suas amizades íntimas com outras mulheres da cidade, incluindo Miss Pole, Miss Baker e Mrs. Forrester ajudam-na a navegar pelos desafios do dia-a-dia, incluindo mexericos, doenças e dificuldades financeiras. 

O romance é conhecido pelo seu humor e sátira gentil, uma vez que se diverte com os costumes e comportamentos da classe média provincial. Aborda temas sérios como a posição da mulher na sociedade, a paisagem económica em mudança e o impacto da industrialização nas zonas rurais. Cranford é um retrato pungente e espirituoso de uma era passada, caracterizada pelas suas comunidades unidas e pelo seu modo de vida gentil. 


Buy Me A Coffee

Opinião 

Cranford é uma obra clássica da escritora inglesa Elizabeth Gaskell, publicada originalmente em 1853. Com uma narrativa envolvente, a autora retrata a vida duma pequena comunidade rural na Inglaterra vitoriana, enquanto explora as relações sociais, costumes e tradições da época com sensibilidade e humor. Gaskell foi uma famosa escritora britânica, conhecida pelas suas histórias que abordam temas como a moralidade, a condição feminina e as transformações sociais. A sua escrita combina realismo, empatia e uma profunda compreensão da natureza humana, o que faz das suas obras um leitura atemporal e muito enriquecedora. 


Neste livro, o cenário da vila de Cranford, lugar pacato e conservador, serve como panos de fundo para explorar as dinâmicas duma sociedade que valoriza as aparências, a moralidade e as relações de vizinhança, refletindo as tensões entre o passado rural e as novas realidades modernas que se instauravam na época, embora se concentre sobretudo nas mulheres, solteironas e viúvas que povoam este lugar isolado. A narrativa combina episódios cómicos e dramáticos, enquanto explora os eventos quotidianos destas senhoras e destaca a importância da comunidade, da tradição e do papel feminino na época. A obra oferece, assim, uma visão sensível e bem-humorada da vida rural inglesa, evidenciando os valores e os desafios do seu tempo. 


Podes ler também a minha opinião sobre A Casa da Charneca


O universo de Cranford é marcado por uma atmosfera pitoresca e nostálgica, onde os valores tradicionais, a cortesia e a solidariedade entre as moradoras predominam. As personagens representam tipos típicos da época, como senhoras respeitáveis, viúvas e jovens mulheres, cuja rotina é permeada por pequenas histórias de amizade e resistência às mudanças sociais, e onde os homens não costumam ser bem recebidos. Tudo é detalhado, transmitindo uma sensação de tranquilidade e estabilidade, ao mesmo tempo que revela as tensões e as transformações que começam a surgir, pouco a pouco, mesmo na sociedade de Cranford. 


"No entanto, por certo desprezaria a moderna ideia da igualdade dos sexos. As mulheres iguais aos homens! Ela sabia-as bem superiores..." 


O elenco dos personagens são cativantes e contribuem de maneira significativa para a riqueza da narrativa. Entre eles, temos a Sr.ª Pole, uma viúva orgulhosa e acolhedora, representa a tradição e a resistência às mudanças da comunidade, enquanto a Sr.ª Hogg, uma mulher prática e dedicada, simboliza o senso comum e a estabilidade da vida em Cranford. A querida Miss Matty, inicialmente tímida e retraída, evolui ao longo da história, à medida que vamos conhecendo o seu passado e observando os desafios que se vê obrigada a enfrentar, sendo a verdadeira protagonista deste romance. Outros personagens, como o capitão Brown, a Sr.ª Forrester ou a jovem narradora que visita frequentemente esta comunidade e dela nos faz o relato, complementam o quadro social da vila, ilustrando diferentes formas de lidar com os problemas da vida. No fundo, cada personagem, com as suas particularidades, contribui para a atmosfera de solidariedade, humor e reflexão que permeia a obra e que reflete bem as complexidades das relações sociais da época. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Verão 


Com uma narrativa delicada e um estilo que combina a observação afiada com uma ternura comovente, a autora pinta um quadro vivido das personagens, cujos pequenos dilemas e alegrias refletem as nuances da vida comunitária vitoriana. Através duma escrita que entrelaça o trivial com o encantador, Gaskell consegue transformar o quotidiano de Cranford numa celebração da resistência, da amizade e do espírito de comunidade, fazendo do seu livro uma leitura encantadora e repleta de detalhes sobre a simplicidade e a complexidade da vida. Pessoalmente, esta foi uma leitura encantadora pela ternura que se perceber em cada página, mesmo nas mais críticas. Toda a narrativa é delicada e detalhada, ao mergulhar na vida destas mulheres e da sua comunidade, revela as suas rotinas, tradições e até as pequenas intrigas com sensibilidade e humor. 


"Nunca encontrei, nem antes nem depois, ninguém que tenha vivido tão longo tempo numa terra afastada e sem encantos, com esta alegria sempre crescente de saudar o renascer das estações e dos dias." 


A prosa de Gaskell consegue captar as variações das emoções e dos relacionamentos, criando personagens cativantes e memoráveis. Além disso, o livro oferece uma reflexão subtil sobre as mudanças sociais e o papel da mulher na época, o que torna a leitura um prazer e uma revelação sobre este período. Saí desta leitura muito agradada com a escrita da autora e com muita vontade de ler mais das suas obras, sobretudo a mais famosa, Norte e Sul. Posso afirmar que esta leitura deixa uma impressão duradoura de acolhimento e valoriza a simplicidade, com a sua comunidade unida por laços de amizade e respeito mútuo. Quanto às recomendações, ficam para os leitores que apreciam obras de literatura clássica, romances fofinhos e ligeiros, mas bem escritos, e que valorizam narrativas sensíveis com um toque de humor e nostalgia. 


Agora, quero muito saber a tua opinião! Já leste Cranford? Conseguir despertar a tua curiosidade sobre esta obra? Conheces a obra da autora? Que outros livros de Gaskell já leste e recomendas? Conta-me tudo nos comentários! 


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quinta-feira, 15 de maio de 2025

A minha experiência com MediaProbe

 

Imagem de capa do artigo: uma televisão pequena de cor amarela ao lado de uma manta confortável, uma almofada macia e um prato de batatas fritas, criando uma atmosfera acolhedora ideal para assistir programas de TV.

A Mediaprobe é uma plataforma inovadora que recompensa os utilizadores por assistirem a programas de televisão e de rádio. Com uma abordagem simples e acessível, permite que acumules euros enquanto desfrutas dos teus conteúdos favoritos. A plataforma destaca-se pela sua facilidade de uso, transparência e pela oportunidade de transformar tempo de lazer em benefícios reais, proporcionando uma experiência divertida e vantajosa para quem gosta de assistir a programas de TV e Rádio. 


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O propósito é compreender como os espectadores se conectam com os programas que estão a assistir e, assim, fazem a medição das reacções emocionais durante o visionamento, e no final deves preencher também um questionário sobre o que viste. É uma forma revolucionária e que te permite ajudar para o futuro do audiovisual e ainda seres recompensada por isso. O público-alvo inclui toda e qualquer pessoa que goste de assistir televisão, vídeos e rádio, e que se sinta confortável em usar um dispositivo tecnológico e simples, e tenha acesso a um smartphone para descarregar a aplicação. 


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O sistema de recompensas funciona de forma simples e muito eficiente. Ao assistir aos programas solicitados, os utilizadores acumulam euros que são, semanalmente, carregados em Cartão Dá, o que permite que utilizes o saldo em diferentes lojas do grupo Sonae, desde o Continente, Well's ou Worten, só para dar alguns exemplos. Assim, basta aceitares os convites para os conteúdos que pretendes ver e assistir normalmente, enquanto o sistema registra as tuas reacções e o tempo de visualização, atribuindo depois o valor correspondente que será creditado no teu cartão na semana seguinte. Esta estrutura incentiva a participação contínua e permite que os utilizadores sejam recompensados de forma justa e transparente pelo seu tempo dedicado à plataforma. 


Captura de tela da aplicação Mediaprobe exibindo a tela de login, com campos para inserir usuário e senha, e o logotipo da plataforma.

O processo de registo na Mediaprobe foi muito simples, rápido e prático. Basta acederes ao site e preencheres os teus dados no formulário. Após este registo, recebes um questionário no teu e-mail para que possam encaixar o teu perfil nos projectos existentes. Se existir compatibilidade, recebes o sensor em tua casa, bem como as instruções para o utilizares. Em seguida, deves descarregar a aplicação no teu telemóvel, onde será feita a autenticação dos teus acessos, coletadas as reacções e respondidos os inquéritos. As minhas primeiras impressões foram muito positivas, tanto quanto ao interface intuitivo, como com a variedade de programas disponíveis para assistir. A plataforma é confiável, com um sistema de recompensas transparente, além de oferecer uma experiência fluída e muito atrativa. 


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Ao iniciar esta experiência, encontrei alguns desafios que influenciaram a minha percepção sobre a plataforma. O funcionamento dos elétrodos, que por vezes precisam de ser trocados durante as sessões, deixavam-me desconfortável, mas com o hábito, tornou-se algo normal e que em nada atrapalha enquanto estou a assistir aos programas. Os convites começaram logo a surgir e é rara a semana em que não tenho pelo menos uma oportunidade, embora esteja limitada pela disponibilidade no que toca aos horários laborais. Logo no início desta experiência, tive a oportunidade de assistir a diversos jogos de futebol do Euro 2024, muitos que inclusivamente já iria assistir de qualquer maneira, portanto não foi sacrifício nenhum e adorei a experiência, o que me levou a continuar a utilizar a plataforma e a contribuir com as minhas reacções e opiniões. 


Para maximizares os teus ganhos na Mediaprobe, é importante manter uma participação consistente e regular na plataforma, de forma a assistir ao máximo de programas disponíveis. Em suma, só posso dizer que a minha experiência com a Mediaprobe tem sido bastante positiva e só posso recomendar a todos que procuram uma maneira agradável de aproveitar o tempo que vês conteúdos ao mesmo tempo que és recompensada por isso, permitindo um ganho extra muito interessante. Pela minha parte, pretendo continuar a participar e conto com perspectivas futuras bastante promissoras para a plataforma, para que possam oferecer cada vez mais oportunidades. Portanto, se gostas de assistir a programas de TV e Rádio e queres ganhar um rendimento extra, não hesites e experimenta a Mediaprobe. Se estás aberta a novas experiências, não percas a oportunidade de transformar o teu entretenimento em benefícios reais. 


Agora, gostava muito de saber a tua opinião! Já conhecias a Mediaprobe? Já participas no painel? O que pensas sobre o que a plataforma oferece? Gostavas de receber recompensas todas as semanas? Conta-me tudo nos comentários! 

terça-feira, 13 de maio de 2025

#Livros - Vera Lagoa, de Maria João da Câmara

 

Imagem da capa do livro "Vera Lagoa - Um diabo de saias", publicado pela Oficina do Livro. A foto mostra a jornalista Vera Lagoa usando uma camisola preta e um colar de pérolas. Ela está segurando o queixo com a mão, exibindo uma expressão pensativa e confiante.

Sinopse

Poucas mulheres marcaram tanto o século XX português como Vera Lagoa. De carácter destemido e opiniões fortes, a sua voz livre foi uma lufada de ar fresco no jornalismo português. Na coluna Bisbilhotices, no Diário Popular, comentou a sociedade do final do Estado Novo de forma atrevida, mordaz, indiscreta ao ponto de provocar o escândalo. No pós-25 de Abril, foi das raras vozes independentes, dissonantes, sem compromissos nem cálculo, que se atreveu a criticar os novos poderes instituídos. 

Pela mão da historiadora Maria João da Câmara chega-nos finalmente a sua biografia. De uma menina marcada pela figura trágica do pai até à jovem precoce no trabalho, no casamento e na maternidade; de uma habitué dos ambientes intelectuais e artísticos sofisticados da Lisboa do pós-guerra - onde encontra Amália Rodrigues, Sttau Monteiro, Cesariny, Natália Correia, Ary dos Santos e José Manuel Tengarrinha, o amor da sua vida - à sua entrada nos meios oposicionistas e apoio à candidatura de Humberto Delgado, em 1956. 

Da invenção por desespero do pseudónimo Vera Lagoa para o Diário Popular de Pinto Balsemão, à sua grande esperança, e posterior desilusão, com o regime democrático, registadas de forma corajosa e contundente no seu jornal O Diabo, Vera Lagoa - Um diabo de saias é o registo do percurso tão notável quanto acidentado de uma mulher à frente do seu tempo. 

Fruto de uma pesquisa admirável com recurso a diversas fontes históricas, nomeadamente ao arquivo pessoal de Vera Lagoa e a entrevistas com familiares, amigos e colaboradores que a conheceram de perto, através da história desta mulher, Maria João da Câmara dá a conhecer uma sociedade, se não desconhecida, pelo menos esquecida, que vale a pena conhecer: a sociedade portuguesa na segunda metade do século passado. 


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Opinião 

Vera Lagoa - Um diabo de saias, de Maria João da Câmara, é uma obra que mergulha na trajetória de Maria Armanda Falcão, uma das primeiras mulheres a assumir uma posição de destaque no jornalismo português, desafiando preconceitos e conquistando o seu espaço numa época marcada pelo forte machismo, antes e depois da Revolução dos Cravos. A autora, Maria João da Câmara, reconhecida escritora e historiadora, dedica-se a retratar com sensibilidade e rigor a vida e o legado desta figura emblemática, enquanto oferece ao leitor uma narrativa envolvente e informativa que celebra a luta por igualdade e por liberdade em Portugal. Ao mesmo tempo que combina elementos biográficos e analíticos, o livro destaca a importância do protagonismo feminino em contextos de repressão e resistência. 


O livro apresenta a trajetória duma mulher marcada pela sua personalidade forte e com uma vida repleta de experiências marcantes. A narrativa fala do seus sentimentos e das suas decisões, explorando temas como a coragem, a liberdade e a resistência, enquanto nos conta sobre a construção da sua personalidade e da sua identidade no meio dos desafios do quotidiano, numa era profundamente marcada pela Ditadura. A sua vida atribulada e fascinante, leva-nos a refletir sobre as múltiplas facetas duma personagem que desafiou convenções e sempre procurou afirmar o seu espaço no mundo, sem aceitar qualquer restrição intelectual ou de género. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Dever de Deslumbrar


Esta biografia é marcada pela linguagem acessível, que dialoga directamente com o leitor. O estilo da autora combina elementos de humor, ironia e muita sensibilidade, o que contribui para uma leitura fluida e cativante. A autora consegue captar brilhantemente as nuances do quotidiano e das relações humanas, revelando a mulher por trás do mito, e um país que passou décadas à procura do caminho da liberdade para todos. Já Maria Armanda Falcão é audaciosa e irreverente, que desafia as convenções e os padrões tradicionais de comportamento e que toda a sua vida defendeu os seus princípios, nunca se vendendo, fosse qual fosse o preço a pagar. Mulher forte, destemida e com uma visão crítica sobre as questões da sociedade ao seu redor, capaz de criticar amigos e estender a mão e pedir justiça para antigos inimigos. Vera Lagoa simboliza uma voz de resistência e autonomia num contexto social muitas vezes opressivo e restritivo, quer em Ditadura, quer nos primeiros passos da Democracia, em Portugal. 


"Vera Lagoa era, como veremos, uma mulher inteligente, forte e corajosa. E as mulheres fortes são, muitas vezes, mal-amadas, porque mal-entendidas. Arrojada, cínica, cáustica, verdadeira, inconformada, destemida, vaidosa, polémica, seriam muitos os epítetos que poderíamos apor para caracterizar Maria Armanda Falcão." 


Ao longo da sua história, diversas figuras desempenham papéis essenciais na construção e na revelação da sua personalidade. Entre elas, destaca-se o pai, que representa as suas raízes e que é a fonte onde foi beber, de onde retirou os princípios e valores que defendeu toda a vida, onde primeiro entendeu o valor da liberdade e o quanto era essencial viver numa sociedade onde diferentes formas de pensar pudessem conviver, sem medo de prisões, torturas e mortes. Também os amigos próximos são peças fundamentais para esta mulher cujo único medo era a solidão. Alguns permanecem ao seu lado desde sempre, mas outros vão caindo à medida que se revolta contra o novo regime e se recusa a ser permissiva com os ataques contra a liberdade, contra o direito de criticar o poder instituído, qual ditadura, mas agora de esquerda. Por outro lado, chegaram os amigos de direita, onde descobriu que também existia gente séria e com vontade de tornar Portugal no que sonhou. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Pessoa: Uma Biografia


Não fosse esta uma biografia duma mulher de forte personalidade, logo o protagonismo feminino teria de ser um dos temas centrais de toda a narrativa. A autora destaca a luta de Vera por autonomia, reconhecimento e liberdade de expressão, evidenciando o papel fundamental das mulheres para a resistência e como a sua voz foi a única que se ouviu perante injustiças durante muito tempo. O seu eterno desejo de romper com as imposições sociais, evidencia a coragem de Vera Lagoa em desafiar os padrões tradicionais e exercer a sua liberdade de expressão e de escolha. Ao mesmo tempo, ficamos a conhecer tudo o que esta mulher enfrentou, todas as adversidades, os ataques e as lutas em que participou e que tornaram o seu nome incontornável na segunda metade do século XX. 


"O 25 de Abril foi um dos grandes sonhos de toda a minha vida. Alvorada da esperança, recebida com lágrimas de alegria. Mas tudo se desfez mais depressa que um sonho. Transformou-se num pesadelo." 


A obra destaca-se pela originalidade ao fazer o registo importante da vida e da personalidade de Vera Lagoa, pseudónimo de Maria Armanda Falcão. A profundidade com que a autora investiga os aspectos históricos, sociais e pessoais desta figura confere ao livro uma riqueza de detalhes que enriquece a leitura e oferece uma compreensão multifacetada da sua trajetória e do momento que se vivia no país. Além disso, o estilo de Maria João da Câmara é marcado por uma narrativa envolvente e sensível, que combina uma linguagem acessível com uma escrita elegante, sendo assim capaz de transmitir emoções com maestria, sem esquecer os registos deixados pela própria biografada nas suas crónicas, editoriais e nos livros que publicou ao longo da carreira. 


Confesso que tinha grandes expectativas sobre este livro, tanto que foi determinante para decidir as minhas visitas à Feira do Livro de Lisboa no ano passado. E agora, terminada a leitura, todas as expectativas se cumpriram e até foram ultrapassadas. A leitura foi incrível, com uma abordagem envolvente e provocadora, como a própria biografada, mas sempre duma forma sensível e inteligente, permitindo ver melhor a mulher por trás do mito. Outro aspecto muito agradável são as fotografias que são partilhadas e que permitem visualizar esta figura em diferentes momentos da sua vida, e constatar o quanto sempre se movimentou em diversos meios da sociedade, sendo capaz de se adaptar sempre. Fiquei também muito curiosa e com muita vontade de ler mais do que escreveu e gostaria muito de ver reeditados os seus livros de crónicas que retratam a sua personalidade, mas também a época tumultuada em que viveu. 


Numa época em que tanto se fala das celebrações do 25 de Abril, aqui está uma vida pautada pela luta pela liberdade e que foi capaz de ter um olhar crítico, mesmo quando o entusiasmo era generalizado e todos acreditavam que os sonhos se iriam cumprir. Mas agora, quero muito saber a tua opinião! Já leste a biografia de Vera Lagoa? Já conhecias esta figura tão importante? Que aspecto mais te interessou na sua história? Conta-me tudo nos comentários! 


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Wook | Bertrand 

quinta-feira, 8 de maio de 2025

#Documentário - Michael Jackson: A Faking It Special

 

Imagem do rosto de Michael Jackson em perfil, com o cabelo cobrindo parcialmente o rosto, criando uma atmosfera misteriosa e introspectiva que remete às controvérsias e mistérios envolvendo sua figura.

Sinopse

Especialistas em linguagem corporal, fala e psicologia forense investigam se Michael Jackson estava a fingir perante o público. 


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Opinião 

Michael Jackson: A Faking It Special é um documentário que procura explorar e analisar os alegados crimes atribuídos ao Rei da Pop. Com uma abordagem investigativa, o programa tem como propósito oferecer uma nova visão sobre as controvérsias que envolveram a vida do artista, enquanto examinam depoimentos, entrevistas e evidências. Assim, é aqui apresentada uma análise das alegações de abuso sexual contra Michael Jackson. A narrativa explora as acusações enfrentadas pelo artista ao longo da sua carreira, abordando as controvérsias, os processos judiciais e as investigações que marcaram a sua trajetória. Com a análise feita por vários especialistas, somos levados a questionar a veracidade das acusações e também da defesa do cantor. 


A verdade é que Michael Jackson, conhecido como o Rei da Pop, foi uma das figuras mais influentes e icónicas da música e da cultura popular mundial. A sua carreira começou na infância, como integrante dos Jackson 5, e posteriormente consolidou-se com uma carreira a solo marcada por sucessos inovadores, videoclipes revolucionários e uma presença marcante nos mídia. Jackson transformou o cenário musical com o seu talento, estilo único e habilidades de dança, além de ter deixado um legado duradouro que impactou gerações. A sua relevância transcende a música, influenciando a moda, dança e a cultura pop global, tornando-se uma figura de destaque cuja influência permanece até hoje. 


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Os principais temas abordados incluem as acusações de abuso sexual infantil, as investigações policiais e os processos judiciais que marcaram este período, bem como as dúvidas e questionamentos levantados sobre a veracidade das denúncias e até sobre a infância do próprio artista. Além disso, também discute o impacto destas alegações na carreira e na imagem de Jackson, provocando um turbilhão na justiça, na comunicação social e na opinião pública. Esta análise diferenciada permite uma compreensão mais equilibrada do artista, que vai além do simples julgamento moral e incentiva a uma reflexão sobre os factores que podem influenciar muito a percepção pública e a justiça em casos de alta notoriedade. 


Imagem de Michael Jackson vestido de preto, com uma expressão séria, posando diante de uma cortina vermelha ao fundo.

É inegável que o documentário apresenta diversos momentos e temas que podem gerar controvérsia ou discordância, tanto para quem acredita na sua inocência, quanto para os que se possam sentir afectados pelas alegações. No entanto, tenho de admitir que este episódio pode apresentar algumas lacunas ou abordagens de certo modo superficiais ao explorar os alegados crimes do rei da pop. Esta será sempre uma narrativa controversa e que permite muitos questionamentos sobre o que de facto fez Michael Jackson com todas aquelas crianças que passavam tanto tempo na sua casa, com a permissão dos seus pais. A discussão permanece aberta, o que revela a divisão de opiniões sobre a verdadeira natureza dos factos, e será sempre uma nódoa a marcar o legado extraordinário deste artista ímpar. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre o documentário Donald Trump: A Faking It Special


Na minha opinião, temos aqui uma abordagem interessante, mas que poderá ser questionável, servindo mais como um retrato das reacções de Michael Jackson às acusações, com a análise dos especialistas a entregar algumas conclusões inesperadas. Ainda assim, tenho de admitir que assistir a este documentário realmente abalou a minha percepção sobre o rei da pop, pois revelou aspectos obscuros e controvérsias que eu desconhecia ou preferia ignorar. No fundo, esta produção despertou uma mistura de cepticismo e empatia, fazendo com que passasse a olhar para este artista único sob uma perspectiva mais crítica e até questionadora. Estamos perante um tema muito relevante na sociedade actual, onde ainda é necessária uma discussão contínua sobre a protecção dos direitos das vítimas de abuso e a responsabilidade pública diante de acusações graves. Portanto, aqui fica ressaltada a necessidade duma análise crítica e ética das informações disseminadas na era digital, promovendo o debate sobre justiça, memória e responsabilidade social. 


Só posso recomendar que assistas ao documentário Michael Jackson: A Faking It Special pela perspectiva interessante que nos oferece sobre as alegações e controvérsias que envolveram o rei da pop durante tantos anos e que lhe assombraram a carreira e o legado. No entanto, sugiro que assistas com espírito crítico e até que complementes as informações com outras fontes para formar uma opinião mais equilibrada sobre o tema. Mas agora quero muito saber a tua opinião! Já viste este documentário? Qual a tua visão sobre as acusações e o legado do rei da pop? Algo no episódio te fez mudar de opinião ou te surpreendeu? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 6 de maio de 2025

#Livros - Verão, de Edith Wharton

 

Ilustração da capa do livro "Verão" de Edith Wharton, publicado pela Relógio d'Água. O fundo é em tom verde água, com uma figura feminina de lado, vestida de branco, segurando a mão à frente dos olhos para proteger-se do sol.

Sinopse

Edith Wharton chamou a O Verão o seu "Ethan escaldante". A novela tem como pano de fundo o mundo rural, o que representa uma mudança em relação ao ambiente de classe alta urbana da maioria das suas obras. 


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Opinião 

Verão é uma obra da famosa escritora americana Edith Wharton, publicada originalmente em 1917. Conhecida pelo seu olhar perspicaz sobre as complexidades das relações sociais e as nuances da vida aristocrática, Wharton é uma das vozes mais influentes da literatura americana do século XX. Os seus romances frequentemente exploram os conflitos entre as convenções sociais e os desejos pessoais, refletindo as transformações da sociedade da sua época. Apesar de, aquando da sua publicação, a Primeira Guerra Mundial estivesse em curso, a obra reflete, sobretudo, as mudanças na sociedade americana no início do século XX, com o advento do modernismo e uma crescente preocupação com as questões de classe, identidade e as expectativas sociais, especialmente para as mulheres. 


A autora nasceu numa família rica de Nova Iorque e teve acesso a uma educação refinada que influenciou profundamente a sua escrita. Wharton foi também a primeira mulher a vencer o Prémio Pulitzer de Ficção, em 1921, pelo seu romance A Idade da Inocência, que talvez seja a sua obra mais famosa. Em Verão, a autora narra a história de Charity Royall, uma jovem que vive na pequena cidade de North Dormer, no interior de Nova Iorque. Quando a protagonista conhece Lucius Harney, um jovem estudante universitário, a sua rotina tranquila é abalada pelos desejos de liberdade e descoberta e é obrigada a lidar com as suas próprias aspirações e as convenções da sociedade em que vive. 


Podes ler também a minha opinião sobre A Idade da Inocência


Os personagens principais incluem a já referida Charity Royall, que vive sob a tutela do senhor Royall e que mantém com ele uma relação complexa, marcada por uma mistura de dependência e desejo de liberdade; e Lucius Harney, que chega à cidade para passar o Verão. A relação entre estes dois revela-se intensa e cheia de ambiguidade, pois ambos desenvolvem uma atração profunda, embora conscientes das diferenças sociais e das implicações dos seus sentimentos. É esta relação entre estes dois jovens que está no centro da trama e conduz todo o desenvolvimento do enredo, e que permite que sejam explorados os conflitos sociais e morais, com especial destaque para as restrições impostas às mulheres na sociedade da época. 


"Passara toda a vida entre pessoas cuja sensibilidade parecia ter murchado por falta de uso; e a princípio, mais maravilhoso do que os carinhos de Harney, eram as palavras que deles faziam parte." 


Wharton aborda a questão do preconceito e da moralidade, questionando as normas que definem o comportamento aceitável e expondo as consequências dessas tensões no destino dos personagens. Duma forma delicada, aborda também os temas da juventude e do amadurecimento. Deste modo, a obra retrata o período de transição da jovem Charity, que enfrenta as dificuldades de crescer e compreender o mundo ao seu redor. A narrativa explora as emoções, desejos e conflitos típicos desta fase, ao mesmo tempo que explora as dificuldades de abandonar a inocência e a visão idealizada da juventude. Entrelaçados na trajetória dos personagens estão os temas da luta pela liberdade e a busca por autoconhecimento. Vemos Charity enfrentar as limitações impostas pela sua condição social e pelo ambiente restritivo da sua cidade natal, enquanto anseia por uma vida que lhe permita explorar o mundo que existe para lá desse lugar tacanho e desinteressante. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Villette 


O Verão, como período de transformação e descobertas, simboliza esse processo de libertação, onde Charity confronta as suas próprias emoções e limites, enquanto procura entender quem realmente é e o que deseja para o seu futuro. Os pontos fortes da narrativa de Edith Wharton residem na sua habilidade para explorar de maneira sensível as emoções e dilemas dos personagens, com especial foco nos da protagonista. A autora apresenta uma prosa elegante e precisa, que captura com delicadeza as nuances do ambiente rural e das relações humanas, criando uma atmosfera carregada de tensão e expectativa. O que mais chamou a minha atenção foi a forma subtil como a autora conseguiu transmitir a sensação de confinamento emocional e até físico, quando Charity se sente presa naquele lugar onde nada de surpreendente parece poder acontecer. 


"O sentimento que a invadia não era ciúme; estava muito segura do seu amor; era antes um terror do desconhecido, de todas as atrações misteriosas que deviam estar a arrastá-lo para longe dela, e da sua impotência para competir com elas." 


A narrativa desperta um desejo de compreensão mais profunda sobre o destino destas figuras que acompanhamos ao longo da novela, embora tenha de admitir que o final não seja totalmente revelador. A história também acaba por provocar uma reflexão sobre a efemeridade dos momentos de felicidade e a inevitável passagem do tempo, lembrando-nos da fragilidade das paixões e das escolhas que fazemos sob a influência de circunstâncias externas. Penso que é mais um caso onde o carácter do homem amado era um tanto ou quanto evidente, mas a paixão cega e a nossa protagonista acaba por cair em todas armadilhas que o destino tinha para ela e termina a regressar ao lugar de partida, no papel que em tempos recusou. 


Só posso recomendar esta leitura para todos os que apreciam romances e autores clássicos, bem como todos os que gostam de temas como o amor e as complexidades das relações humanas, assuntos atemporais. Além disso, pode ser a leitura ideal para quem aprecia uma narrativa bem elaborada, com personagens profundos e uma atmosfera que captura os detalhes da época, e que proporciona uma reflexão sobre as convenções sociais e as escolhas pessoais. Mas agora quero muito saber a tua opinião! Já leste Verão? O que achaste deste triângulo amoroso? Acreditaste nos sentimentos do Harney? O que te pareceu a figura do tutor da Charity? Conta-me tudo nos comentários! 


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quinta-feira, 1 de maio de 2025

#Places - Mundet Factory

 

Prato de massa colorido e bem decorado, com ingredientes frescos e vibrantes, apresentado de forma apetitosa e atraente.

O Mundet Factory é um restaurante que encanta os seus clientes com uma proposta inovadora e acolhedora. Com uma decoração moderna e ambiente descontraído, o estabelecimento destaca-se pela combinação duma atmosfera confortável e um cardápio diversificado, que mistura sabores tradicionais com toques contemporâneos. Situado no Seixal, uma cidade histórica e vibrante na margem sul do Tejo, e que é conhecida pelo seu património industrial e belas paisagens, o Seixal combina tradição e modernidade, atraindo cada vez mais visitantes. A localização do restaurante oferece uma vista privilegiada da zona ribeirinha, integrando-se perfeitamente no ambiente que mistura história, natureza e uma comunidade dinâmica, tornando-se um ponto de referência gastronómico na zona. 


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O estabelecimento, que inclui restaurante, bar e esplanada, está instalado numa antiga fábrica que abrigou em tempos uma das maiores exportadoras de cortiça a nível mundial e que foi fundada em 1905. O ambiente é acolhedor e moderno, combinando elementos industriais com toques contemporâneos na sua decoração, onde se destacam os detalhes em madeira e metal, além da iluminação suave que valoriza o espaço, tornando-o perfeito tanto para refeições informais quanto para momentos mais especiais. O layout bem planeado oferece um equilíbrio entre conforto e estilo, convidando os clientes a desfrutar duma experiência agradável num ambiente cuidadosamente pensado para proporcionar bem-estar. 


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Outro aspecto diferenciador deste restaurante é o menu diversificado e inovador. Para começar esta experiência, decidimos escolher uma entrada para partilhar, o que se revelou uma tarefa difícil porque todas pareciam bem tentadoras. A eleita foi a Oahu Shrimp, que consiste em gambas fritas acompanhadas de Chutney Tropical de manga e abacaxi. Uma delícia! No que diz respeito aos pratos principais, também optámos por dividir para experimentar ao máximo a cozinha oferecida. Assim, escolhemos apenas pratos de peixe e marisco para esta primeira visita. Pedimos O Polvo, acompanhado por batata doce e azeite aromatizado; Bacalhau e Choco, em duas tempuras e acompanhado de açorda de alho e coentros; e Caril de Gambas à Goesa, com Arroz Basmati e Papadi crocante com cominhos. 


Imagem com montagem de fotos do restaurante Mundet Factory no Seixal, exibindo o couvert acompanhado de elegantes copos de vinho, destacando a atmosfera acolhedora e a proposta gastronômica do local.

Por provar ficaram os muitos pratos de carne bem apetecíveis, que ficarão certamente para uma próxima visita, além das Pizzas. E não é que existe até uma com o meu nome? Também existe uma lista de acompanhamentos que podes escolher para complementar a tua refeição, bem como opções para Vegans e crianças, o que torna o espaço muito mais inclusivo, tentando agradar a todos. A carta de vinhos pareceu-me muito interessante e completa, além de que vi algumas sangrias nas mesas à nossa volta que tinham muito bom aspecto. As sobremesas têm nomes bem originais e são um regalo para os olhos de tão lindas que são. A que nos conquistou pelo aspecto foi o Bosque Encantado, que infelizmente não cumpriu com as nossas expectativas, de tão altas que estavam. 


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A qualidade da comida no Mundet Factory é verdadeiramente impressionante, destacando-se pelo sabor e pela frescura dos ingredientes utilizados. Os pratos que experimentámos foram cuidadosamente preparados, refletindo uma combinação equilibrada de sabores e uma apresentação atractiva. Cada garfada revelou o compromisso do restaurante para oferecer uma experiência gastronómica de alto padrão, garantindo que os clientes desfrutem de refeições saborosas e memoráveis. Além disso, não posso esquecer o atendimento, que se revelou um dos pontos fortes. Os funcionários demonstram simpatia, atenção e disponibilidade para atender às necessidades dos clientes, enquanto criam uma atmosfera acolhedora e agradável. Desde que chegámos, os colaboradores mostraram-se prestáveis e dispostos a esclarecer todas as nossas dúvidas sobre o cardápio, dar sugestões e detalhes sobre os pratos, o que muito enriqueceu a nossa experiência gastronómica. 


Montagem de fotos dos pratos principais e da sobremesa do Mundet Factory no Seixal, exibindo cores vibrantes e apresentação apetitosa.

Já o tempo de espera foi bastante razoável, sobretudo, tendo em conta que a sala estava cheia e com muito movimento. Para garantir que a visita seja bem sucedida, aconselho que faças a tua reserva, especialmente nos fins de semana, que são bem mais movimentados. Em suma, este é o lugar certo se procuras uma experiência gastronómica única e de qualidade, seja com amigos, família ou refeições casualmente sofisticadas. Perfeito para relaxar e aproveitar momentos agradáveis, capaz de atender a diferentes paladares, ainda oferece onde continuar a noite depois do jantar com uma esplanada incrível onde podes continuar a beber um copo, enquanto algum DJ ou banda toca no palco. É verdade que não é propriamente um espaço acessível, mas vale muito a pena pela qualidade dos pratos que entrega e de toda a experiência que consegues desfrutar num só lugar. No entanto, se não é o momento oportuno financeiramente, podes também aproveitar um almoço, onde oferecem pratos do dia com preços bem simpáticos e assim ficares a conhecer antes de fazeres um investimento maior. 


Resumindo, a minha experiência no Mundet Factory foi extremamente positiva. Foi, sem dúvida, uma excelente escolha para celebrar o aniversário duma amiga e permitiu-me conhecer um lugar bem interessante na linda baia do Seixal. Mas agora, quero muito saber a tua opinião! Já conheces o Mundet Factory? Experimentaste o restaurante ou apenas a esplanada? Tens algum prato favorito? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

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