No âmbito do projecto dedicado ao Cinema, onde decidi explorar e analisar todos os filmes que receberam o Óscar de Melhor Filme ao longo dos anos. Este percurso visa conhecer as obras premiadas e compreender as tendências, mudanças culturais e evoluções na indústria cinematográfica. Como parte desta iniciativa, hoje destaco o vencedor de 1940, E tudo o vento levou, uma obra clássica que marcou uma época e que continua a ser referência no mundo do Cinema. O objectivo é proporcionar uma visão abrangente sobre estas produções, celebrando o talento e a criatividade que moldaram a história do cinema mundial. Começo por este filme, pela dificuldade que tenho sentido em encontrar os anteriores disponíveis, até para alugar existem alguns bem complicados de descobrir como vou conseguir ver. Enquanto não resolvo, começamos por 1940 e com um filme que já tinha visto e que adoro!
Em 1940, o mundo vivia tempos turbulentos, marcados pela Segunda Guerra Mundial, que afetava profundamente a vida de milhões de pessoas e moldava o cenário global. Neste contexto de incerteza e conflito, o Cinema emergia como uma forma de escapismo e reflexão, ganhando ainda mais relevância na cultura popular. Naquela época, o Óscar já consolidava a sua importância como uma das maiores honras da indústria, reconhecendo produções que além de entreterem, também refletiam os valores, os sonhos e os desafios da sociedade. A vitória de E tudo o vento levou nesse ano reforçou a sua posição como uma obra icónica, cujo impacto e legado permanecem evidentes até hoje.
E tudo o vento levou, lançado em 1939, é uma obra-prima do Cinema clássico dirigido por Victor Fleming. Baseado no romance de Margaret Mitchell, livro que já li há muitos anos e que tenho muita vontade de reler, o filme retrata a vida de Scarlett O'Hara durante a Guerra Civil Americana e a Reconstrução, explorando temas como o amor, perda, resistência e transformação. Considerado um marco na história do Cinema, a sua narrativa envolvente, com personagens marcantes e inovação técnica, incluindo o uso pioneiro de cores na época, consolidaram a sua posição como um dos filmes mais emblemáticos de todos os tempos. Scarlett, a protagonista, é uma jovem determinada e encantadora, que luta para manter o seu modo de vida a todo o custo e sonha com o amor do charmoso Ashley Wilkes, isto enquanto enfrenta as dificuldades duma sociedade em transformação. Com o impacto da guerra e as suas consequências, Scarlett mostra-se resiliente e engenhosa, ainda que os seus caprichos a coloquem em situações perigosas.
O elenco principal é composto por Clark Gable como Rhett Butler, Vivien Leigh como Scarlett, Olivia de Havilland como Melanie Hamilton e Leslie Howard como Ashley. A equipa técnica contou com uma produção de alta qualidade, incluindo o director de fotografia Ernest Haller e a banda sonora de Max Steiner, que muito contribuiu para o legado duradouro desta obra-prima. A fotografia captura de forma magistral a atmosfera do Sul dos Estados Unidos, usando iluminação e composições que reforçam o drama e o romantismo da história. A banda sonora é uma das mais memoráveis da época, complementando emoções e cenas-chave com temas que permanecem icónicos até hoje. O roteiro é notável e destaca-se pela narrativa envolvente, diálogos marcantes e pela construção de personagens complexos e inesquecíveis, fazendo justiça ao livro em que se inspirou.
Além do Óscar que o colocou nesta lista, também venceu em outras categorias desse ano, tendo batido recordes na época, com treze nomeações e oito vitórias. O filme recebeu os prémios de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actriz, Melhor Actriz Secundária, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direcção de Arte e Melhor Edição. Estamos perante um filme que, apesar de algumas representações e temas que refletem os padrões e perspectivas da sua época, continua a ser apreciado pela sua narrativa bem construída, pelas actuações marcantes e pela sua produção grandiosa. No entanto, também é alvo de debates críticos, principalmente devido às representações de personagens e temas raciais, que são vistos hoje sob um olhar mais consciente e questionador, embora não concorde com cancelamentos e desvios fundamentalistas, que me parecem absurdos.
Esta é uma obra que transcende o tempo e que se consolidou como um ícone da história do Cinema. A sua importância vai muito além do mero entretenimento, pois marcou uma revolução na narrativa cinematográfica, ao combinar uma produção grandiosa com personagens fascinantes e uma abordagem inovadora para a época, e posso considerá-lo um dos meus favoritos da vida. Se tens estado escondida debaixo duma pedra e ainda não viste este clássico atemporal, não percas a oportunidade de mergulhar na história de E tudo o vento levou, um filme que permanece como uma das maiores obras do Cinema. Nesse caso, ou se apenas te bateu a vontade de reveres esta obra extraordinária, ela está disponível caso sejas subscritora da Max.
Agora, quero muito saber a tua opinião! O que achas deste enredo? Conseguiste gostar da caprichosa Scarlett? Também te apaixonaste pelo Rhett Butler? Qual a tua cena favorita? Conta-me tudo nos comentários abaixo!
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