Sinopse
Dona Filipa e Dom João I, Unidos pelo Amor e pelo Reino conta a história de um casal de origens diversas, que a vida juntou sob a mesma bandeira. Ele, filho ilegítimo de um rei e de uma burguesa; ela, neta de um monarca estrangeiro e senhora de elevada estirpe. Mas se os seus berços os distinguiam, em comum tinham o amor à cultura, ao conhecimento e à virtude cristã.
Dom João de Avis nascera de Dom Pedro I de Portugal e de Teresa Lourenço, filha de um mercador lisboeta; Dona Filipa de Lencastre era a primogénita do príncipe John de Gaunt e da bela fidalga Blanche de Lencastre, que inspirara arrebatados versos aos poetas. O casamento de Dom João I e Dona Filipa resultara de um acordo político entre o novo soberano português e o duque de Lencastre, selando uma aliança perpétua entre os seus países. O primeiro encontro entre ambos logo os deixou presos nas suas diferenças, pois onde Dom João I era viril e moreno, Dona Filipa era delicada e de tons claros. Esses laços, tão fortemente atados desde o primeiro momento, liam-se nos seus gestos, na cumplicidade que deixavam transparecer, na paixão com que se entregavam um ao outro e na perfeição dos filhos que criaram, enquanto Deus não os chamou a si.
Com a honra a guiar-lhes a alma e a pátria a pulsar-lhes no peito, Dom João I e Dona Filipa caminharam lado a lado, durante 18 anos, unidos pelo amor e pelo reino.
Opinião
Como apaixonada reconhecida por romances históricos, andava com muita vontade de ler alguma coisa da autora Maria João Fialho Gouveia e assim que encontrei o seu mais recente livro à venda num grupo de Facebook nem pensei duas vezes e tratei de o comprar. Durante o Verão terminei a leitura mas outros compromissos atrasaram a partilha desta opinião por estas paragens, mas o que interessa é que aqui estamos para falar sobre ele.
A proposta deste livro é acompanharmos os reis fundadores da nossa segunda dinastia, D. João I e Dona Filipa, desde a infância de cada um até ao seu encontro que culmina na construção da família mais famosa e icónica da História de Portugal, também conhecida como a Ínclita Geração.
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Depois de ter lido a obra de Isabel Stilwell, onde esta nos apresenta a vida da rainha Filipa de Lencastre, confesso que as partes iniciais sobre a infância da nossa protagonista me custaram um pouco e, em determinados momentos, me pareceram até forçados, faltando alguma naturalidade nos diálogos e em certos relatos do passado.
"Mas sabe que o pai os amou mais do que a qualquer outro filho, por serem fruto de um grande amor. Provavelmente nem ao herdeiro do trono quis El-Rei como aos filhos que teve com a Castro."
Por outro lado, gostei bastante dos capítulos relativos a D. João, onde ficamos a conhecer o caso amoroso da sua mãe com o rei D. Pedro, fruto mais da luxúria do que do amor, e acompanhamos os primeiros anos do Infante que estava destinado à Igreja e não ao trono, como filho natural que era.
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Além disso, temos um vislumbre da Lisboa da época, ainda em crescimento e ainda a consolidar a sua importância enquanto capital do reino, bem como do temperamento impetuoso do jovem João, apaixonado também pela sua Inês, mas consciente do seu dever para com o seu país no momento em que é chamado para defender a soberania de Portugal sobre Espanha.
"Ora essa, vender, Silveira? E as ideias são lá coisas que se vendam? As ideias defendem-se!"
É uma leitura fluída e com informação interessante sobre uma época tumultuosa onde os ânimos estavam exaltados e as paixões à flor da pele. Contudo, tenho de confessar que não foi um livro que me tenha arrebatado nem apaixonado, o que poderá dever-se às leituras anteriores que fiz, conforme referi. Por isso mesmo, pretendo dar uma nova oportunidade à autora e quero muito ler Os Távoras. Já leste alguma coisa da autora? Que livro recomendas?
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