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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A minha experiência com SheerMe

 

Imagem de um copo elegante contendo pincéis de maquilhagem, rodeado por toalhas dobradas, simbolizando a experiência de cuidados pessoais e beleza proporcionada pela aplicação SheerMe.

Nos dias de hoje, a procura por cuidados pessoais e tratamentos de beleza tornou-se uma parte essencial da rotina de muitas pessoas, refletindo não só uma preocupação estética, mas também um investimento no bem-estar e na autoestima. A importância de dicarmos tempo para cuidar de nós vai além da aparência, pois está directamente relacionada com a saúde mental e a sensação de conforto. Neste contexto, a tecnologia pode desempenhar um papel fundamental ao democratizar o acesso a esses serviços, oferecendo soluções práticas e eficientes. Assim, aplicações como a SheerMe surgem como aliadas valiosas, permitindo que os utilizadores descubram e agendem tratamentos de beleza com facilidade, além de possibilitar a obtenção de descontos significativos. 


Buy Me A Coffee

A SheerMe é uma inovadora aplicação que transforma a maneira como descobrimos e agendamos tratamentos de beleza e cuidado pessoal, nas mais diversas áreas. Com o propósito de facilitar o acesso a serviços de qualidade e de promover esses mesmos serviços, a plataforma reúne uma vasta gama de opções num único lugar. Além de proporcionar uma experiência intuitiva e prática, a SheerMe destaca-se por oferecer descontos exclusivos, permitindo que os utilizadores desfrutem de tratamentos de alto padrão sem comprometer o orçamento. Com esta proposta, a aplicação torna-se uma aliada valiosa para quem procura cuidar de si se maneira acessível e conveniente. 


Podes ler também sobre a minha experiência com Salimbeni


Com uma interface amigável e de fácil navegação, podemos explorar uma ampla variedade de serviços, desde cortes de cabelo e manicure até tratamentos estéticos e massagens. As funcionalidades principais incluem a busca por profissionais e estabelecimentos locais, a visualização de avaliações e comentários de outros utilizadores, além dum sistema de reservas simplificado que permite agendar tratamentos com apenas alguns cliques, sem necessidade de sair da aplicação. Um dos grandes pontos fortes da SheerMe é a oferta de descontos exclusivos e que surgem regularmente, que incentivam a experimentar novos serviços e a aproveitar ao máximo as tuas experiências de cuidados pessoais. O processo é bastante fluído: basta selecionar o tratamento desejado, escolher o horário que melhor se adeque à tua agenda e confirmar a reserva, sendo possível fazer também o pagamento, se utilizares MBWAY ainda recebes cashback, tudo isto com a comodidade de realizar tudo no teu telemóvel. 


Imagem de fundo azul com uma jovem vestindo amarelo, segurando um telemóvel. A foto destaca o programa 'Convida & Ganha' da aplicação SheerMe, que oferece oportunidades de descontos em tratamentos de beleza e cuidado pessoal.

A vontade de experimentar novos tratamentos de beleza sempre foi uma constante na minha rotina, mas a dificuldade de encontrar opções que se encaixassem no meu orçamento era um desafio. Portanto, quando encontrei por acaso esta aplicação útil e prática, fiquei muito contente e disposta a descobrir todo o seu potencial. Graças à SheerMe, não só descobri uma ampla gama de serviços na minha área de residência, como também tive a oportunidade de aproveitar descontos que tornaram estas experiências ainda mais viáveis. A experiência de utilização é muito intuitiva e simples, com menus bem organizados, que permitem que encontre facilmente os tratamentos de beleza que procuro, incluindo filtros que ajudam a refinar a pesquisa de acordo com a localização e o tipo de tratamento desejado. 


Podes ler ainda sobre a minha experiência com a Rituals 


Na aplicação encontrei uma variedade impressionante de tratamentos e profissionais que prometem atender perfeitamente as minhas necessidades. A plataforma oferece serviços como manicure e pedicure, massagens relaxantes, tratamentos faciais, depilação, serviços de cabelereiro e até ginásios e tratamentos dentários. Comecei por utilizar a aplicação para agendar a pedicure para o Verão, utilizando o desconto que recebi quando me registei na plataforma. Gostei tanto da profissional que me atendeu, que em seguida comecei a fazer a manicure também desta forma, utilizando o cashback da aplicação e do MBWAY, além dos descontos sazonais que ela oferece. E, muito em breve, quero experimentar uma limpeza de pele e uma massagem relaxante, sendo que ambos fazem parte das minhas Resoluções para 2025


Só posso concluir que utilizar a SheerMe traz vantagens evidentes e enriquece significativamente a experiência de agendar tratamentos de beleza e cuidado pessoal. Além de ser muito útil para nós, interessados em usufruir destes serviços, também é uma ferramenta para os profissionais que aqui podem promover-se e angariar novos clientes. Por isso, acho que seria muito benéfico que a plataforma seja cada vez mais conhecida para que possa oferecer mais locais, especialmente nas áreas menores, para garantir que mais pessoas tenham acesso a opções próximas. Em suma, a minha experiência com a aplicação tem sido extremamente positiva e só te posso recomendar que experimentes e descubras todo o seu potencial. Para que possas começar com saldo na tua carteira da aplicação, se colocares o código INEG689I no registo, ganhas logo 5€ para gastares na tua primeira marcação. Vais aproveitar o desconto? Já usas esta aplicação? O que mais gostas nela? Se não conhecias, ficaste com alguma dúvida? Qual o serviço que mais te interessava aqui encontrar? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

#Livros - Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago

 

Capa do livro 'Ensaio sobre a Cegueira' de José Saramago, apresentando um fundo amarelo escuro. O título do livro está em destaque, escrito com a caligrafia artística de Chico Buarque, evocando um tom reflexivo e envolvente. A imagem sugere temas de percepção e a fragilidade da condição humana.

Sinopse

Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A cegueira alastra como «um rastilho de pólvora». Uma cegueira coletiva. 

Romance contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da preocupação cívica. 


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Opinião 

José Saramago, nascido em 1922 na Azinhaga, é um dos maiores nomes da literatura contemporânea, sendo o único autor de língua portuguesa laureado com o Prémio Nobel da Literatura, em 1998. A sua obra é marcada por uma prosa singular, que desafia as convenções narrativas tradicionais, e pela exploração profunda da condição humana, da sociedade e das suas fragilidades. Ensaio sobre a Cegueira é uma das obras mais emblemáticas do escritor e estava a chamar por mim desde que veio morar para a minha estante, mas como procuro saborear a obra deixada por Saramago, só leio um livro dele por ano, o que tem adiado o momento de pegar neste seu livro tão comentado em toda a parte. 


O romance narra a história duma epidemia inexplicável de cegueira que atinge uma cidade inteira, levando os seus habitantes a um colapso social e moral. A obra explora temas como a fragilidade da civilização, a natureza humana em situações extremas e a luta pela sobrevivência, revelando a cegueira não só física, mas também a cegueira moral e social que permeia as relações humanas. A história começa quando um homem dentro do seu carro, parado num semáforo, subitamente fica cego, incapaz de avançar com o seu carro, provocando o caos no trânsito e inúmeras reações ao seu redor. Todos os que se aproximaram deste homem, bastando partilhar uma sala de espera num consultório médico, viram-se contaminados com a cegueira branca, sem que conseguissem encontrar qualquer explicação para o fenómeno. É a partir deste momento que a sociedade, que antes se organizava de maneira convencional, desmorona, revelando instinto humano na sua essência mais primitiva. 


Podes ler também a minha opinião sobre Levantado do Chão


No meio do caos, o governo decide colocar os cegos em quarentena, num antigo asilo, bem como todos os que, embora ainda vissem, tivessem estado em contacto com os novos cegos. Assim, um pequeno grupo de indivíduos, incluindo uma mulher que misteriosamente mantém a sua visão, luta para sobreviver e preservar a humanidade num mundo onde a moralidade e a civilização parecem desvanecer. É a partir deste gatilho inicial que a sociedade se vê mergulhada num caos crescente, com os cegos a serem guardados e impedidos de sair pelos militares assustados que se encontram à porta do asilo, mas que, gradualmente, começam também a cegar, sendo levados para outro lugar de isolamento, que apenas recebe pessoas das forças armadas. Assim, este fenómeno, além de ser uma condição física, torna-se uma metáfora poderosa para a ignorância e para a incapacidade de ver a realidade ao nosso redor. 


"São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos." 


Em Ensaio sobre a Cegueira encontramos uma galeria de personagens, todas sem nome, como se esse detalhe fosse supérfluo diante do mal que os acometeu de repente. Temos o médico, um oftalmologista que fica cego depois de ter consultado o primeiro cego e perceber, com espanto, que não existia nenhuma doença que impedisse o homem de ver. A mulher do médico parece ser a única que mantém a visão, mesmo quando afirma estar cega para acompanhar o marido na quarentena imposta, e que se revela a salvação dos que a rodeiam, sendo capaz de orientar e resolver muitos problemas, resistindo e conseguindo que o seu grupo mantenha alguma dignidade, além de ser a única que consegue ver o tamanho da degradação que os rodeia, durante e depois do confinamento. E depois temos o melhor personagem de todos: o cão das lágrimas, que me deixou completamente sem palavras de tão especial que é este animal, mais humano do que todos os que eram suposto ser. Na verdade, Saramago utiliza cada um dos personagens para explorar a profundidade e complexidade da natureza humana e da dinâmica social, levando-nos a ponderar até onde a humanidade pode ir quando confrontada com a sua própria cegueira. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Caim


Num cenário distópico, Saramago explora e obriga-nos a refletir na fragilidade da civilização. A obra revela como, sob a pressão do caos e da desordem, as máscaras da civilização rapidamente se desfazem, expondo a vulnerabilidade dos indivíduos e das estruturas sociais. A cegueira desencadeia uma regressão moral que leva à brutalidade e à desumanização. A fragilidade das relações sociais, a corrupção do poder e a luta pela sobrevivência revelam uma crítica contundente à sociedade contemporânea, embora aparentemente sólida, está sempre à beira do colapso diante da irracionalidade e do medo. No entanto, à medida que a sociedade desmorona, o autor ilustra como a solidariedade pode emergir no meio da adversidade, com alguns indivíduos se unindo para ajudar uns aos outros, enquanto outros se entregam à brutalidade e ao egoísmo, lutando pela sobrevivência a qualquer custo. 


"Tanto nos custa a ideia de que temos de morrer, disse a mulher do médico, que sempre procuramos arranjar desculpas para os mortos, é como se antecipadamente estivéssemos a pedir que nos desculpem quando a nossa vez chegar." 


Como já nos habituou, José Saramago apresenta aqui o seu estilo de escrita singular que se destaca pela sua fluidez e complexidade. A ausência de pontuação convencional cria um fluxo contínuo que desafia o leitor a manter-se atento e engajado com a narrativa, para não perder nada de importante para a total compreensão da sua obra. As longas frases entrelaçam diálogos e descrições, sugerindo uma proximidade íntima entre os personagens e as suas experiências. Esta técnica confere um ritmo quase musical à leitura, e ainda reflete a confusão e o caos que permeiam o enredo, à medida que a epidemia da cegueira avança. Além disso, a ausência de nomes próprios para os personagens - que são identificados pelas suas características ou funções - universaliza a experiência, tornando-a mais simbólica e permitindo que o leitor veja a condição humana num sentido mais amplo, e ainda intensifica a mensagem crítica de Saramago. 


O livro não desilude e agora compreendo porque se tornou numa das suas obras mais emblemáticas e comentadas. Saramago provoca-nos e obriga-nos a ver além da superficialidade das relações humanas e a valorizar a luz da consciência e da compreensão mútua. Com certeza, entrou para os meus favoritos do autor e da vida e só posso recomendar-te, caso ainda estejas reticente, porque vais descobrir um autor e uma história inesquecíveis. Esquece as dúvidas e os medos e aventura-te pelo universo único de Saramago! Agora, convido-te a deixares a tua opinião! Já leste Ensaio sobre a Cegueira? O que sentiste com esta história? Qual a tua personagem favorita? Viste o filme baseado no livro? Conta-me tudo nos comentários! 


Encomenda o teu exemplar através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e contribui para as próximas leituras deste blog 


Wook | Bertrand 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Os Mais Lidos de 2024

 

Foto de capa do artigo com balões prateados e dourados sobre um fundo preto, formando o número '2024', simbolizando a celebração do ano novo e os posts mais lidos do blog ao longo de 2024

Em 2024, contra todas as probabilidades e contra todos os que advogam que os blogs já não atraem ninguém, continuamos aqui juntos, eu que escrevo, tu que me lês. Como já é tradição, venho agora partilhar quais os mais lidos de cada mês do ano que passou, posts que atraíram a atenção de mais pessoas e que abordam temas bem diversos, mas com especial foco nas listas de livros, filmes e séries e restaurantes que destaquei. Hoje, faremos uma viagem pelos destaques de cada mês, de Janeiro a Dezembro, com os conteúdos que mais te interessaram. 


Vê também os mais lidos de 2023


Assim, com esta seleção, espero relembrar os temas que dominaram o ano que terminou e ainda inspirar novas leituras e reflexões, caso estes posts te tenham passado despercebidos. Afinal, cada post escolhido representa uma oportunidade de conexão, aprendizagem e descoberta, refletindo um pouco do que foi o meu ano de 2024. Vem comigo explorar os artigos mais populares do ano que passou! 


Buy Me A Coffee

1. Janeiro

Top 10 - Melhores Leituras de 2023


2. Fevereiro

#Documentário - Tina


3. Março 

#Séries - 3 Mulheres


4. Abril 

#Séries - A Escada


Imagem da capa da série 'A Escada', mostrando uma escada elegante que se eleva em um ambiente iluminado, simbolizando a ascensão e a jornada de crescimento ao longo do ano. A foto captura a essência da série, convidando os leitores a explorarem os posts mais lidos de 2024, mês a mês

5. Maio 

Verão 2024 - 10 Livros novos para ler nas férias


6. Junho 

#Places - Fierabella


7. Julho

#Review - Martini Fiero


8. Agosto

#Places - Ginos


Montagem de fotos dos pratos servidos no restaurante Ginos em Lisboa, destacando a variedade e apresentação dos pratos. Imagens incluem deliciosas massas, pizzas artesanais, saladas frescas e sobremesas irresistíveis, capturando a essência da culinária italiana em um ambiente acolhedor.

9. Setembro

#Séries - Sem Limites


10. Outubro 

#Places - Épico Restaurante


11. Novembro 

#Filmes - O Pai


Capa do filme 'O Pai', com Anthony Hopkins em destaque, retratando um homem idoso lutando contra a demência. A imagem transmite uma sensação de vulnerabilidade e profundidade emocional, refletindo a complexidade dos relacionamentos familiares e os desafios da idade avançada

12. Dezembro 

#Places - Osaky Sushi


À medida que nos direcionamos para o futuro, com tantas mudanças a acontecer na minha vida, considero essencial ter em consideração as lições aprendidas com os posts mais lidos de 2024. Afinal, não posso ignorar os temas que mais aprecias ver por cá e, portanto, tenho a certeza que irão continuar a fazer parte do planeamento de conteúdo de 2025 por estas paragens. Reforço então o meu desejo para que venham novos desafios e oportunidades neste novo ano! Agora, conta-me, já tinhas visto todos estes posts? Qual o teu favorito? Algum tema que prefiras ver por cá? Fico à espera do teu comentário abaixo! 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

#Livros - Zelensky O Herói Improvável, de Andrew L. Urban e Chris McLeod

 

A capa do livro "Zelensky, o Herói Improvável" apresenta um retrato impactante de Volodymyr Zelensky, capturado em uma foto em preto e branco. Seu rosto expressa determinação e resiliência, com um olhar que transmite tanto vulnerabilidade quanto força. O fundo preto enfatiza a intensidade da imagem, destacando a figura do presidente ucraniano como um símbolo de coragem em tempos de adversidade. A composição visual reflete a narrativa do livro, que explora a trajetória surpreendente de Zelensky de comediante a líder em momentos cruciais da história.

Sinopse

A 24 de fevereiro de 2022, o presidente russo lançou aquilo a que chamou uma «operação militar» para invadir a Ucrânia. O objetivo era que a invasão se concretizasse rapidamente e sem oposição. No entanto, interpondo-se firma no seu caminho, encontrou Volodymyr Zelensky, o popular comediante que se tornara o presidente improvável da Ucrânia apenas três anos antes. As ofertas para abandonar o seu país foram céleres, mas ao contrário do que muitos esperariam deu uma resposta que perdurará no tempo: «Preciso de munições, não de uma boleia.» 

Zelensky é atualmente o líder inesperado de uma geração, cuja força reuniu cidadãos comuns para defenderem as suas casas, saírem para a rua e lutarem pela sua independência. Mas quem é ele? Como adquiriu as suas capacidades de liderança? Porque é que entrou na política? Que ideologia defende? E como é que se transformou no grande herói do nosso tempo? 

Zelensky - O Herói Improvável oferece-nos a história do líder ucraniano, desde a infância, passando pela família e não esquecendo a surpreendente trajetória pública, de personalidade televisiva a primeiro presidente judeu da Ucrânia, revelando-nos todos os altos e baixos que moldaram o maior protagonista do atual panorama mundial, o homem que uniu o seu povo e o mundo inteiro sob uma única bandeira. 


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Opinião 

Zelensky, o Herói Improvável é uma obra que explora a trajetória surpreendente de Volodymyr Zelensky, desde as suas origens como comediante e criador de conteúdos até à sua ascensão como presidente da Ucrânia num momento de crise global. Os autores trazem uma análise profunda e envolvente sobre o impacto de Zelensky no cenário político contemporâneo, destacando a sua habilidade para unir um povo em tempos de adversidade. Andrew L. Urban é um famoso jornalista e autor, conhecido pelo seu trabalho em documentários e livros relacionados a questões políticas e sociais, enquanto Chris McLeod é um experiente escritor e editor com foco em narrativas que abordam eventos actuais e figuras influentes. Juntos, oferecem uma visão cativante e reflexiva sobre um líder que se tornou um símbolo de resistência e coragem. 


Deste modo, o livro oferece uma análise profunda do contexto político e social da Ucrânia, um país que, nas últimas décadas, tem enfrentado desafios significativos, desde a luta pela independência até à invasão russa em 2022. A obra contextualiza a ascensão do actual presidente da Ucrânia e a sua importância vai muito além da figura carismática de Zelensky e da própria luta da Ucrânia por soberania. Afinal, este momento crítico ressoa com questões globais sobre democracia, autoritarismo e solidariedade internacional. Através desta narrativa, lançada poucos meses após a invasão, os autores iluminam os desafios que a Ucrânia enfrenta, ao mesmo tempo que celebram este líder que se tornou um foco de esperança inesperado. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Governador 


Antes de entrar para a política, Zelensky conquistou o público com o seu carisma e humor, especialmente na série Servidor do Povo, onde interpretava um professor que se tornou presidente. A sua ascensão ao poder, inicialmente vista como uma audaciosa jogada dum outsider, rapidamente se transformou num desafio monumental quando a Ucrânia se viu no epicentro dum conflito armado. O livro explora como a sua habilidade de comunicação e empatia, cultivadas na comédia, se tornaram ferramentas fundamentais na sua liderança, permitindo que unisse a nação e enfrentasse adversidades inimagináveis, quando acreditávamos que não voltaríamos a ter guerras na Europa. Ao longo da obra, observamos o crescimento de Zelensky que, de um ex-comediante e estrela de televisão, transforma-se num líder resiliente, capaz de enfrentar os desafios, recusando fugir, e de humanizar a luta do seu país. 


"Não podia ser mais claro: 141 países do mundo condenaram a Rússia e consideraram ilegítima a invasão da Ucrânia, numa votação na Assembleia Geral das Nações Unidas. E nenhum desses 141 países fizera o que quer que fosse para impedir a Rússia de violar a lei internacional." 


No livro, os autores exploram os temas centrais de liderança, coragem, resiliência e pratiotismo, que se entrelaçam na figura do presidente ucraniano. Com uma abordagem perspicaz, a escrita dos autores capta tanto a complexidade do personagem central quanto o contexto histórico e político da Ucrânia e da sua relação conturbada com a Rússia. Urban e McLeod conseguem equilibrar uma narrativa fluída com uma análise profunda, apresentando factos com clareza e acessibilidade. Usando uma linguagem directa, informam sobre os contornos iniciais deste conflito e ainda instigam o leitor a refletir sobre estes temas tão importantes para a defesa dos valores do Ocidente. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Os Romanov


Misturando biografia e análise política, utilizam uma estrutura que se desdobra em capítulos temáticos que exploram diferentes aspectos da vida de Zelensky e do conflito iniciado em Fevereiro de 2022. Num mundo onde a desinformação e o populismo desafiam as instituições democráticas, a obra oferece uma análise sobre a importância do comprometimento ético e da resiliência diante das adversidades. Mais do que uma espécie de biografia, é um chamado à reflexão sobre os valores que sustentam a liberdade e a justiça, tornando-se especialmente relevante para os leitores que procuram entender as dinâmicas do poder contemporâneo e o papel dos líderes em tempos de crise. A trajetória do presidente ucraniano pode muito bem inspirar uma nova geração de líderes a abraçar a vulnerabilidade e a empatia, mostrando que a verdadeira força reside não só em posições de poder, mas na capacidade de se conectar com as pessoas. 


"Os eleitores tinham de escolher entre continuar a ter o que Poroshenko lhes dera nos últimos cinco anos ou dar o salto para o desconhecido com Zelensky, que não abraçara nenhuma medida significativa além de a promessa de limpar a política ucraniana, erradicando a corrupção e reduzindo a influência dos oligarcas." 


A narrativa é enriquecida pelos discursos icónicos de Zelensky, nos lugares mais importantes da democracia e que o colocaram como uma figura central para que o seu país não fosse ignorado nem a sua luta esquecida. No entanto, não posso ignorar que o livro foi escrito muito cedo e, como tal, não inclui muitos dos acontecimentos que se seguiram num conflito que irá completar três anos agora em 2025. Aliás, o seu tom é de quem acredita que um desfecho estará para breve, o que sabemos que não aconteceu. Ainda assim, tens aqui uma leitura essencial se te interessas por política contemporânea, História recente e perfis de líderes carismáticos. Para quem não entende muito bem este conflito, pode encontrar aqui uma porta de entrada para a história dum homem e do espírito dum povo que luta por liberdade. 


Agora, deixo-te o convite para partilhares as tuas reflexões e opiniões sobre a obra. Já leste? Ficaste a saber mais sobre o líder ucraniano? Que aspecto mais te inspirou na sua trajetória? Conta-me tudo nos comentários! 


Encomenda o teu exemplar através dos links abaixo, sem custos adicionais para ti, e contribui para as próximas leituras deste blog 


Wook | Bertrand 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Top 3 - Melhores Filmes de 2024

 

Imagem de um balde de pipocas frescas ao lado de bilhetes de cinema, simbolizando a experiência cinematográfica incrível que 2024 proporcionou, destacando os melhores filmes do ano

O ano de 2024 terminou, mas os Tops do ano ainda não. Hoje, vamos refletir sobre as experiências cinematográficas que marcaram o ano. O universo do Cinema sempre proporciona uma variedade de emoções, histórias e interpretações que nos fazem questionar, sonhar e, muitas vezes, nos emocionar. Neste post, vou partilhar os meus três filmes favoritos, entre os que vi durante 2024, aqueles que se destacaram pela qualidade de produção, pela profundidade das narrativas e pela habilidade dos actores para trazer estes personagens à vida. 


Vê também o meu Top 3 de Melhores Filmes de 2023 


Este ano, não vi tantos filmes quanto gostaria, mas posso dizer que assisti a uma mistura eclética de géneros, desde dramas intensos até comédias refrescantes e leves. Cada um destes filmes deixou uma marca indelével, não só pela sua estética visual, mas sobretudo pelas mensagens que carregam e pelos diálogos que nos fazem refletir. Prepara-te para conhecer os meus eleitos de 2024, que te podem inspirar e entreter tanto quanto o fizeram comigo. Vens comigo? 


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1. Salgueiro Maia: O Implicado 

Salgueiro Maia - O Implicado, constitui o primeiro retrato, a projetar no grande ecrã, daquele que é considerado o herói e o símbolo mais puro do 25 de Abril de 1974. Fernando Salgueiro Maia, o anti-herói não ocasional, produto de uma formação académica e militar, foi um homem que soube pensar o futuro, seguir as ideias, contestando-as, vivendo uma vida cheia, alegre e fértil, solidária e sofrida - se não tem morrido prematuramente aos 47 anos, teria agora 75. 

Através de uma abordagem moderna, intimista e emocional, Salgueiro Maia - O Implicado retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o Capitão de Abril. As pequenas revelações que permitem perceber melhor de onde vinha a moderação, a valentia, a educação e a firmeza com que sempre se apresentou publicamente, e que foram a chave para que a Revolução dos Cravos tenha sido como foi. 

Mais do que um docudrama, Salgueiro Maia - O Implicado é uma história de ficção baseada em factos históricos, relatos pessoais, revelações íntimas, emoções reais de quem acompanhou o capitão ao longo de toda a vida. Um filme que revela o outro lado de uma personagem mítica e que presta homenagem ao homem, ao estudante, ao militar, ao pai, ao amigo e ao ímpar militar de Abril. 


Pôster do filme 'Salgueiro Mais - O Implicado', apresentando o protagonista em uma expressão intensa, cercado por uma atmosfera tensa e intrigante. Ao fundo, silhuetas de personagens enigmáticos e elementos que sugerem mistério e drama, com cores sombrias que evocam a complexidade da trama. O título do filme se destaca em letras ousadas, prometendo uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.

2. I Am Celine Dion 

Dirigido pela nomeada ao Oscar Irene Taylor, I am Celine Dion oferece uma perspectiva sincera e reveladora dos desafios enfrentados pela icónica cantora, conhecida pela música My Heart Will Go On, banda sonora do famoso filme Titanic, de James Cameron. Enquanto a cantora enfrenta uma doença que redefine a sua vida, esta obra é uma expressão de amor aos seus admiradores, destaca a banda sonora que moldou a sua jornada, enquanto ilustra a resiliência inabalável do espírito humano. A difícil batalha da famosa cantora Celine Dion contra uma condição de saúde torna-se no tema central neste documentário dedicado também à sua trajetória. 


O pôster do documentário 'I Am Celine Dion' apresenta a icônica cantora Celine Dion em uma pose poderosa e emotiva, rodeada por imagens de sua carreira impressionante. Com um fundo que evoca a grandiosidade de seus shows, o design destaca as emoções e a paixão que definem sua música. O título do documentário aparece em letras elegantes, refletindo a jornada inspiradora de Celine, desde suas humildes origens até se tornar uma das artistas mais amadas do mundo

3. O Pai 

Sozinho no seu apartamento em Londres, Anthony foi sempre um homem independente. Agora com 81 anos, mostra uma grande resistência em aceitar a proposta de Anne, a filha, para que tenha alguém em casa para cuidar de si. Para o velho senhor, consentir é assumir uma incapacidade que considera não ter. Mas Anne, que em breve se mudará para Paris, precisa de saber que o pai não ficará entregue a si mesmo. Nesse processo, Anthony sente-se de tal modo pressionado que começa a duvidar de si, de Anne e da própria concepção da realidade. 

Com assinatura do realizador e dramaturgo Florian Zeller, um drama sobre envelhecimento, sanidade e perda de autonomia, que adapta a peça homónima da sua autoria. 

Na 78.ª edição dos Globos de Ouro, este filme foi nomeado nas categorias melhor actor (Anthony Hopkins), actriz secundária (Olivia Colman), filme dramático e argumento; nos BAFTA, teve seis nomeações, acabando por ganhar prémios de melhor actor e argumento adaptado. Com seis nomeações para Óscares, recebeu o de melhor actor e argumento adaptado. 


Pôster do filme 'O Pai', com Anthony Hopkins e Olivia Colman. A imagem retrata um ambiente intimista, onde Hopkins, no papel de um homem idoso enfrentando os desafios da demência, expressa uma mistura de confusão e vulnerabilidade, enquanto Colman, como sua filha, exibe uma expressão de preocupação e amor. O design do pôster utiliza tonalidades sóbrias, refletindo a profundidade emocional e a complexidade das relações familiares abordadas no filme

Portanto, estes foram os filmes que selecionei como os melhores que vi em 2024. Cada um deles trouxe algo único, seja uma abordagem inovadora ou uma nova luz sobre questões contemporâneas, reforçando o poder do Cinema como forma de arte e veículo de transformação social. Como tal, espero que este post te inspire a explorar estes filmes e a mergulhar nas suas histórias envolventes. Enquanto aguardamos ansiosamente o que 2025 nos reserva no mundo do Cinema, continuemos a celebrar a magia da sétima arte e a sua capacidade de nos conectar e provocar mudanças. 


Agora, quero saber sobre as tuas experiências cinematográficas de 2024! Já viste algum destes filmes? Qual o que mais te interessa? Qual o melhor filme que viste no ano passado? Recomendas algum que me tenha escapado? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

#Livros - Se isto é um homem, de Primo Levi

 

Capa do livro "Se isto é um homem" de Primo Levi, apresentando uma imagem sombria de torres de vigia ao lado de arame farpado, simbolizando a desumanização e o sofrimento nos campos de concentração durante o Holocausto. A cena evoca um sentimento de opressão e reflexão sobre as atrocidades cometidas contra a humanidade.

Sinopse

Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é deitod pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; e aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. 

Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta. 

Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus. 


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Opinião 

Primo Levi, um dos mais importantes escritores e testemunhas do Holocausto, nasceu em Itália em 1919. Químico de formação, Levi foi deportado para o campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, uma experiência que moldou profundamente a sua vida e a sua obra. Após a guerra, ele dedicou-se a relatar as suas vivências e reflexões sobre a condição humana, a ética e a memória, utilizando uma linguagem clara e impactante. O seu livro Se isto é um homem, publicado em 1947, é um relato autobiográfico que procura compreender e transmitir a brutalidade do regime nazista, questionando a natureza da humanidade diante da desumanização. 


Queria muito ler este livro, não fosse ele uma obra emblemática e um marco fundamental na Literatura sobre o Holocausto. É sempre retratada como uma obra essencial para compreender os horrores duma época que nunca devia ter acontecido e que transcende o tempo ao abordar a experiência humana neste contexto bizarro. Penso que nunca foi tão relevante quanto hoje, pela urgência de recordar e discutir os horrores do passado, sobretudo quando olhamos à nossa volta e só vemos discursos de ódio e de intolerância. O livro apresenta a vida quotidiana dos prisioneiros no campo de concentração, explorando a desumanização, o sofrimento e a luta pela sobrevivência perante condições extremas. Levi descreve não só as atrocidades cometidas, mas também os laços de solidariedade que se formavam entre os prisioneiros, uma prova da resiliência humana diante da barbárie. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Arquipélago Gulag


No livro, Primo Levi descreve o campo de concentração de Auschwitz como um lugar desumano e de desespero, onde a brutalidade se tornava a norma e a dignidade humana era sistematicamente erradicada. O cenário é marcado por barracas de madeira, cercas de arame farpado e torres de vigia que se erguem imponentes, revelando a opressão e o controlo absoluto. O frio penetrante e a sujidade predominavam, contributo para a degradação física e moral dos prisioneiros, que são reduzidos a números e tratados como mercadorias. As condições inóspitas, o medo constante e a presença opressora dos guardas criam um ambiente que aniquila a esperança e a individualidade, transformando a vida numa luta diária pela sobrevivência. O autor consegue transmitir a atmosfera claustrofóbica e opressiva do lugar, fazendo que nós, leitores, sejamos capazes de sentir, em parte, a angústia e o horror vividos por aqueles que ali estiveram. 


"Já nada nos pertence: tiraram-nos a roupa, os sapatos, até os cabelos; se falarmos, não nos escutarão e, se nos escutassem, não nos perceberiam. Tirar-nos-ão também o nome: se quisermos conservá-lo, teremos de encontrar dentro de nós a força para o fazer, fazer com que, por trás do nome, algo de nós, de nós tal como éramos, ainda sobreviva." 


Primo Levi, além de narrar as suas experiências enquanto prisioneiro, também se torna a voz de muitos que não puderam contar as suas histórias. A memória, neste contexto, emerge como um imperativo moral e ético, uma forma de resistência contra o esquecimento e a negação do Holocausto. O autor enfatiza a importância do testemunho como um acto de humanidade, onde relatar os horrores vividos torna-se um meio de preservar a dignidade das vítimas e de educar as gerações futuras sobre os perigos da indiferença. Assim, além de horar os que sofreram, também instiga uma consciência crítica que impeça a repetição dos erros do passado. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Manuscrito de Birkenau 


A linguagem usada por Primo Levi é clara e directa, que se contrapõe à brutalidade das experiências que narra. O seu tom é, ao mesmo tempo, sóbrio e reflexivo, permitindo que o leitor absorva a gravidade da realidade do Holocausto sem se perder em emoções exageradas. Levi utiliza um estilo narrativo que combina a precisão científica com a profundidade emocional, o que torna a sua escrita não só um testemunho histórico, mas também uma meditação sobre a condição humana. A simplicidade das suas frases contrasta com a complexidade dos temas abordados, e essa escolha estilística reforça a urgência da sua mensagem. Através duma prosa que flui de maneira quase clínica, ele convida o leitor a confrontar a barbárie nazista e, ao mesmo tempo, resgatar a dignidade do ser humano. 


"Destruir o homem é difícil, quase tanto quanto criá-lo; não foi fácil, não foi rápido, mas os alemães conseguiram-no. Desfilamos dóceis, debaixo dos seus olhares: da nossa parte, nada mais têm a recear: nem actos de revolta, nem palavras de desafio, nem sequer um olhar de condenação." 


Se isto é um homem é estruturado numa narrativa que combina memórias pessoais e reflexões filosóficas, dividida em capítulos que retratam a vida quotidiana no campo de concentração de Auschwitz. Esta organização permite ao leitor acompanhar a desumanização progressiva dos prisioneiros, ao mesmo tempo que oferece vislumbres da resistência da dignidade humana. A alternância entre relatos descritivos e momentos de introspecção proporciona uma experiência de leitura profunda e impactante, fazendo com que o leitor, além de testemunhar os horrores do Holocausto, também reflita sobre questões universais sobre a condição humana, moralidade e a capacidade de sobrevivência. 


O livro é curto, mas absolutamente intenso, sendo muito difícil ler muitos capítulos de seguida, devido aos relatos crus, que sabemos terem sido reais e que vitimaram tantas e tantas pessoas. Ao longo destas páginas, fui levada a refletir sobre a fragilidade da dignidade humana e sobre a importância de lembrar e continuar a partilhar estes relatos. É uma leitura dura, triste, mas verdadeiramente necessária para que estes horrores não se apaguem das nossas mentes e para, assim, não permitirmos que voltem a acontecer. O livro de Levi é um testemunho poderoso e deveria ser lido e relido por todos, pois transcende o tempo e transporta-nos para lugares negros da alma humana. Portanto, se ainda não leste, deixo-te o desafio para que o enfrentes e mergulhes em Auschwitz pela mão de Primo Levi, uma viagem memorável e dolorosa, mas essencial para nunca nos tornarmos em algozes de alguém. 


Agora, quero saber a tua opinião! Já leste esta obra-prima? Conhecias o trabalho literário deste autor? Gostas de livros sobre o Holocausto? Qual recomendarias? Conta-me tudo nos comentários! 


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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Top 10 - Melhores Leituras de 2024

 

Foto de um livro entreaberto sobre uma mesa, com páginas levemente viradas ao vento, simbolizando as melhores leituras de 2024. Ao fundo, uma xícara de café fumegante e um caderno de anotações, criando uma atmosfera acolhedora de reflexão e descoberta literária

Agora que 2024 chegou ao fim, é chegado o momento de refletir sobre as leituras que me marcaram ao longo do ano. A Literatura tem o poder de nos transportar para novos mundos, desafiar as nossas perspectivas e enriquecer as nossas vidas de maneiras inesperadas. Hoje, pretendo reunir uma seleção das dez melhores obras que se destacaram em 2024, tendo em conta, acima de tudo, a minha experiência pessoal com cada um. 


Podes ver também as Melhores Leituras de 2024


Quer sejas uma leitora ávido ou alguém que procura novas recomendações, este Top 10 promete trazer uma diversidade de géneros e estilos que certamente despertarão o teu interesse e poderão relembrar-te ou apresentar-te as resenhas que perdeste ao longo do ano. Dos romances envolventes aos livros de não ficção instigantes, cada título escolhido representa uma experiência literária imperdível, disso podes estar certa. Portanto, prepara-te para mergulhar em histórias cativantes que definiram o meu ano literário e que, sem dúvida, continuarão a ecoar na minha mente nos próximos tempos. Vens comigo? 


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1. Chega de Saudade, de Ruy Castro

Foi o meu primeiro contacto com as biografias famosas de Ruy Castro e a temática desta não podia ser mais interessante. É quase um tratado de tudo o que envolveu a Bossa-Nova, desde as origens, as primeiras sementes, os músicos e artistas que a criaram e promoveram, com todo o impacto que teve tanto no Brasil como no estrangeiro. Só peca porque termina. 


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Foto de capa do livro 'Chega de Saudade' de Ruy Castro, que explora a história da bossa nova e suas influências culturais no Brasil. A imagem destaca a elegância e o ritmo envolvente da música, refletindo a essência nostálgica e vibrante desse importante movimento musical.

2. Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro, de Cândida Pinto 

Sou fascinada pelas figuras de Snu e Sá Carneiro e pela sua extraordinária história de amor. Como tal, tinha grandes expectativas para esta leitura que foram largamente ultrapassadas. Foi delicioso conhecer melhor as duas figuras centrais, os anos que passaram juntos, poucos mas intensos, e todos os que tiveram o prazer de conviver com este casal tão icónico e que partilharam muitas duas suas memórias desse tempo. Daqueles livros que terminamos e temos vontade de começar de novo. 


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Foto de capa do livro 'Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro' de Cândida Pinto, destacando uma imagem evocativa que reflete a intimidade e a complexidade da relação entre Snu Abecassis e o poeta e político português, com um design que combina elementos nostálgicos e contemporâneos.

3. Ficções, Jorge Luis Borges 

Finalmente, comecei a ler Jorge Luis Borges com o seu célebre livro de contos e foi uma experiência inesquecível. É daqueles livros que acabas de ler e sabes que o vais voltar a ler ao longo da vida e sempre tirar coisas novas de cada releitura. Agora, compreendo tudo o que tinha ouvido e lido a respeito do autor e só posso recomendar a todos os que ainda não se aventuraram nas suas obras. 


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Foto de capa do livro 'Ficções' de Jorge Luis Borges, uma obra-prima da literatura que explora temas de realidades paralelas, labirintos da mente e as complexidades do tempo, com uma estética intrigante que reflete a profundidade e a originalidade dos contos do autor

4. a máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe 

Mais uma estreia, agora com um autor português, que é muito aclamado, mas que ainda não morava na minha estante. Mais mal é começar, não é o que dizem? Nada me podia ter preparado para esta leitura marcante e perturbadora e agora só sei que vou querer ler tudo o que este homem escreveu. Os próximos serão assim impactantes também? 


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Capa do livro 'A Máquina de Fazer Espanhóis' de Valter Hugo Mãe, apresentada em um fundo minimalista. A imagem destaca a arte da capa, que reflete a profundidade e a originalidade da narrativa, simbolizando as complexidades das relações humanas e a busca por identidade.

5. O Arquipélago Gulag, de Aleksandr Soljenítsin 

Esta é uma leitura dura e até revoltante. Passado na Rússia comunista, coloca a nu todas as atrocidades que lá foram cometidas contra o povo, contra os pobres, conta todos os opositores do regime. Para quem pensa que só a Direita o fez, aqui está um abre-olhos para finalmente percebermos que todos os regimes extremistas são repressores e assassinos. 


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Capa do livro 'O Arquipélago Gulag' de Aleksandr Soljenítsin, que retrata a opressão e os horrores dos campos de trabalho forçado na União Soviética, com uma estética sombria e impactante que reflete a profundidade e a gravidade da obra

6. Uma Coluna de Fogo, de Ken Follett 

Continuo a deliciar-me com os romances históricos de Ken Follett passados na icónica Kingsbridge. São tão espectaculares que, invariavelmente, acabam na lista de melhores do ano, como é o caso do último que li em 2024. Se ainda não leste, não sei por que esperas! O próximo, que será lido em 2025, já cá mora e mal posso esperar para lhe pegar. 


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Capa do livro 'Uma Coluna de Fogo' de Ken Follett, apresentando uma ilustração vibrante e envolvente que retrata o contexto histórico da época elisabetana, com elementos de intriga, política e romance, simbolizando a luta entre católicos e protestantes.

7. 21 Lições para o Século XXI, de Yuval Noah Harari 

Mais uma obra de Harari que nos faz pensar no futuro que está aí ao virar da esquina e que partilha lições que podem muito bem ser úteis nos tempos que correm. É a prova de que a Filosofia pode ser acessível, interessante e até um best-seller. Cá entre nós, já tenho o próximo deste autor na estante! 


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Capa do livro '21 Lições para o Século XXI' de Yuval Noah Harari, destacando o título em letras grandes e impactantes sobre um fundo simples, simbolizando a exploração de desafios contemporâneos e reflexões sobre o futuro da humanidade.

8. Apneia, de Tânia Ganho 

Confesso que, mais uma vez por causa do hype generalizado, não dei muita atenção a este livro na época em que foi lançado. No entanto, acabei por não lhe resistir e decidi dar-lhe uma oportunidade. E que bem que fiz! É grande, por vezes cansativo, mas é visceral e toca temas que mexem com as nossas emoções como poucas vezes acontece. Foi uma muito agradável surpresa e só posso recomendar que pegues nele, se o tens perdido na estante a ganhar pó. 


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"Apneia" de Tânia Ganho: Capa do livro destacando uma arte envolvente e simbólica, que reflete a profundidade emocional da narrativa. A imagem captura a essência da obra, convidando o leitor a mergulhar em uma jornada intensa e reflexiva sobre os desafios da vida e da identidade.

9. Wolf Hall, de Hilary Mantel 

Fica aqui o primeiro volume em representação da trilogia sobre Thomas Cromwell, que me fez regressar à era Tudor e que entregou uma nova visão sobre uma época tão controversa e marcante. Foi uma viagem extraordinária e que me fez viajar para a minha época favorita da Inglaterra. São muitas páginas, que parecem poucas de tão interessante que se torna, apesar das dificuldades, sobretudo, com os nomes iguais de vários personagens. 


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Capa do livro "Wolf Hall" de Hilary Mantel, que apresenta uma ilustração em tons escuros e sóbrios, retratando a figura de Thomas Cromwell, um dos principais personagens da obra. O design evoca o ambiente histórico da Inglaterra do século XVI, com elementos que remetem ao período Tudor, refletindo a complexidade política e as intrigas da época. A imagem captura a essência da narrativa envolvente e a maestria da autora em contar a história de poder e ambição.

10. As Vinhas da Ira, de John Steinbeck 

Que livro extraordinário, meus amigos! Trata duma época sobre a qual sabia muito pouco, numa região dos Estados Unidos que sofreu um impacto tremendo com a Crise de 1929, e que se viu envolto num êxodo numa antes visto, mas que não trazia nunca a prosperidade que procuravam. É triste, mais ainda por ser real. Vemos uma família, mas fica claro que foram milhares de famílias que viveram este cenário dantesco. E o final? Inacreditável! 


Wook | Bertrand 


Foto de capa do livro 'As Vinhas da Ira' de John Steinbeck, apresentando uma paisagem árida e desolada, simbolizando a luta e a resistência dos personagens em meio à Grande Depressão. A imagem evoca a intensidade emocional e as questões sociais abordadas na obra-prima do autor, destacando a busca por dignidade e esperança em tempos difíceis.

Agora que parei para refletir sobre as leituras de 2024, é impossível não sentir uma profunda gratidão pela riqueza de histórias e ideias que me foram apresentadas ao longo do ano. Cada livro, não só os desta lista, proporcionou entretenimento e desafiou-me a pensar de maneira crítica e a expandir os meus horizontes. O que é certo é que estas narrativas irão acompanhar-me muito além de 2024, moldando percepções e contribuindo para o meu crescimento pessoal e intelectual. 


Assim, encerro este post com a esperança de que as minhas melhores leituras de 2024 te possa inspirar a explorar novos géneros e autores. Porque a Literatura tem o poder de conectar pessoas, provocar reflexões e, muitas vezes, oferecer um escape bem-vindo da realidade. Só desejo que, em 2025, possamos continuar a partilhar as nossas descobertas literárias e a celebrar a magia dos livros juntos. Afinal cada leitura é uma nova jornada e mal posso esperar para descobrir quais aventuras me aguardam nos próximos capítulos. Agora, é a tua vez de partilhares as tuas leituras. Qual o melhor livro que leste em 2024? Leste algum destes? Qual vais querer ler em 2025? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

#Livros - O Inimigo de Deus, de Bernard Cornwell

 

A capa do livro "O Inimigo de Deus" de Bernard Cornwell apresenta um imponente senhor da guerra, vestido com uma cota de malha reluzente e um elmo adornado. Ele exibe uma expressão determinada e feroz, enquanto peles rústicas caem sobre seus ombros, simbolizando sua força e posição na sociedade medieval. Ao fundo, uma paisagem sombria e dramática sugere o ambiente de conflito e tensão da época, refletindo a rica narrativa histórica da obra.

Sinopse

Após uma vitória gloriosa no campo de batalha, Artur parece ter conquistado a união das Ilhas Britânicas. Agora terá de enfrentar as hordas invasoras dos Saxões, enquanto Merlim inicia uma demanda para descobrir os Tesouros Mágicos da Bretanha, na crença de que os poderes dos velhos deuses irão interceder a favor de Artur na batalha decisiva. 

Mas Artur esquece-se que os deuses amam o caos e cedo a frágil paz desmorona no momento em que velhas rivalidades irrompem e ameaçam destruir todas as suas conquistas. E no pior momento, os mais próximos de Artur preparam-se para a traição...

Neste segundo volume da Trilogia dos Senhores da Guerra, Bernard Cornwell dá nova vida à lenda arturiana, combinando factos históricos, batalhas intensas e o velho mundo mágico de Merlim. 


Buy Me A Coffee

Opinião 

Regressamos a Bernard Cornwell e à sua versão das Crónicas Arturianas com o segundo volume da Trilogia Os Senhores da Guerra. Passada na Grã-Bretanha do século VI, num período de transição entre o paganismo e o cristianismo, a série oferece uma visão realista e crua da época, explorando os conflitos políticos, as batalhas e as sempre complexas relações humanas. Assim, Cornwell baseia-se em fontes históricas e nas lendas arturianas, trazendo à vida não só os tradicionais heróis e vilões, mas também os dilemas morais e éticos que moldaram a era. Deste modo, O Inimigo de Deus aprofunda as tensões entre os valores pagãos e cristãos, enquanto Artur luta para unir o seu reino diante de adversários internos e externos, destacando a fragilidade da paz e a constante luta pelo poder. 


A história é centrada em torno de Artur, um líder carismático que procura unir os reinos britânicos contra a invasão saxónica, enquanto enfrenta traições, rivalidades e dilemas morais. Narrado por Derfel, amigo de Artur e Senhor da Guerra da Dumnónia, com uma voz forte e cativante, mergulha num mundo de batalhas épicas, alianças frágeis e da luta por um ideal de justiça que desafiava tudo o que então se conhecia. O livro apresenta um elenco de personagens ricos e complexos, cada um movido pelas suas próprias motivações e conflitos internos. No centro da narrativa, só podia estar Artur, o líder carismático, que não ambiciona o poder, embora todos ao seu redor desejem que ele o tome para si e construa a Bretanha segura e próspera dos seus sonhos. Ao seu lado, temos Merlin, o enigmático druida que representa a sabedoria ancestral e a conexão com as tradições pagãs, mas que também enfrenta a crescente influência do cristianismo. Assim, através de personagens bem construídos e um contexto histórico detalhado, o autor transporta-nos para uma era marcada pela luta entre a tradição e a mudança. 


Podes ler também a minha opinião sobre O Rei do Inverno


Uma das descobertas mais interessantes desta versão, é o personagem Derfel Cadarn, protagonista complexo e multifacetado, cuja jornada pessoal reflete bem as tensões e conflitos da época em que viveu. No início da trilogia, Derfel é um jovem guerreiro leal, profundamente influenciado pela sua devoção a Artur. No entanto, à medida que a história avança, ele vê-se atormentado por dilemas morais e lealdades conflitantes. Pela sua proximidade com Artur, vê grande parte do que acontece ao seu redor, incluindo as traições e desilusões, como as que acontecem no final deste volume e que revelam os mistérios em torno de Lancelot e Guinevere. Mais uma vez, Artur esteve à beira do abismo, prestes a perder tudo, mas conseguiu reverter uma situação difícil e recuperar o controlo sobre o reino que protege, tornando-se o governante e decisor de forma definitiva. 


"Nos dias que correm, recordamos Artur como um senhor da guerra, como o homem extraordinário que metido numa reluzente armadura de latão polido fez de uma espada uma lenda. Ele, porém, teria preferido que o lembrassem apenas como um governante bom, honesto e justo. A espada deu-lhe poder, mas ele colocou esse poder ao serviço da lei." 


Em O Inimigo de Deus, Bernard Cornwell mergulha nas complexidades da lealdade, da fé, da guerra e da luta pelo poder, explorando como estes temas se entrelaçam na tumultuada era da Inglaterra medieval. A lealdade é frequentemente testada, a fé, por sua vez, serve tanto como um guia moral quanto como uma fonte de divisão e de fanatismos perigosos. A guerra é apresentada como um cenário de batalhas épicas e um catalisador que revela o verdadeiro carácter dos indivíduos, expondo as suas ambições e medos. Por fim, a luta pelo poder permeia todas as interações, onde cada personagem parece procurar conquistar um espaço de influência. O mais fascinante em toda esta trilogia é a exploração do cruzamento entre história e mito, especialmente na figura de Artur, Guinevere e Lancelot. Apesar de se basear nas lendas arturianas, Cornwell descontrói tudo o que achamos saber, apresentando um Artur muito mais humano e complexo, preso entre as exigências das suas responsabilidades e os conflitos da sua época, tornando-se um inimigo tanto de cristãos quanto de pagãos, pela forma pragmática como encarava a religião. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre O Espelho e a Luz


Mais uma vez, Bernard Cornwell apresenta um estilo narrativo marcante que combina fluidez e riqueza detalhes históricos, transportando o leitor para a Grã-Bretanha medieval com uma veracidade impressionante. A sua prosa é ágil e envolvente, tornando a leitura viciante e o nosso interesse preso do início ao fim. As descrições das batalhas, dos cenários e das emoções dos personagens são extraordinariamente vívidas, ao ponto de quase sentirmos a tensão do campo de batalha e a adrenalina do conflito. O autor alterna habilidosamente entre estes momentos de acção intensa e passagens mais reflexivas, criando um fluxo que mantém a tensão alta e, ao mesmo tempo, oferece oportunidades para o desenvolvimento dos personagens e a construção do cenário histórico. Esta variação de ritmo enriquece muito a experiência de leitura e permite uma maior ligação do leitor com a jornada de Artur e dos seus aliados. 


"Tudo parecia tão distante do mundo do Caldeirão e dos Tesouros desaparecidos, mas Nimue ainda acreditava na sua magia e, por ela, eu não mostraria descrença, embora nesse dia resplandecente na Dumnónia de Artur, me tivesse parecido que a Bretanha forjava o seu caminho das trevas para a luz, do caos para a ordem e da selvajaria para a lei. Era esse o objetivo de Artur. Era esse o seu Camelote." 


Esta foi uma experiência de leitura intensa e provocativa, repleta de reviravoltas e descobertas impressionantes que tornaram este livro ainda melhor do que o anterior. O que mais me impressionou foi a forma como Cornwell retrata a figura de Artur, não só como o lendário herói, mas como um homem repleto de falhas e contradições, sempre a lutar contra um destino que parece estar sempre fora do seu controlo. O desfecho deste volume pode ser impactante, entregando uma resolução que, embora possa surpreender alguns, é coerente com a jornada dos personagens e com os eventos que os cercaram até aqui. No fundo, concluímos que a busca por poder é sempre permeada por traições e alianças instáveis, enquanto a guerra não se limita a ser um campo de batalha, mas pode ser um espaço de transformação pessoal e colectiva. 


O Inimigo de Deus é uma obra que irá cativar diversos tipos de leitores. Desde os fãs de História e amantes da mitologia, até os que procuram acção e aventura. Pela minha parte, esta reinterpretação da lenda do Rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda é imperdível e verdadeiramente viciante. Ainda não terminei a trilogia, mas parece que já me sinto triste perante a perspectiva de abandonar estas figuras tão fascinantes. Mas agora quero muito saber a tua opinião! Já leste a trilogia? O que achaste deste segundo volume? O que mais gostaste? Qual a tua personagem favorita? Conta-me tudo nos comentários! 


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