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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

#Documentário - I Am Celine Dion

 

"Retrato emocional de Celine Dion em tons de preto e branco, capturando a essência de uma artista icônica e resiliente. Seu olhar expressa a força e a vulnerabilidade que permeiam sua trajetória, refletindo os desafios enfrentados nos últimos anos, incluindo sua luta contra o Síndrome da Pessoa Rígida, enquanto a artista reconta sua extraordinária jornada no documentário 'I Am Celine Dion'."

Sinopse

Dirigido pela nomeada ao Oscar Irene Taylor, I am Celine Dion oferece uma perspectiva sincera e reveladora dos desafios enfrentados pela icónica cantora, conhecida pela música My Heart Will Go On, banda sonora do famoso filme Titanic, de James Cameron. Enquanto a cantora enfrenta uma doença que redefine a sua vida, esta obra é uma expressão de amor aos seus admiradores, destaca a banda sonora que moldou a sua jornada, enquanto ilustra a resiliência inabalável do espírito humano. A difícil batalha da famosa cantora Celine Dion contra uma condição de saúde torna-se no tema central neste documentário dedicado também à sua trajetória. 


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Opinião 

I Am Celine Dion, lançado em 2024, é um documentário comovente que oferece uma visão abrangente da vida e da carreira duma das vozes mais icónicas da música mundial. Começa por celebrar a trajetória impressionante da artista, desde os seus primeiros passos nos palcos familiares no Canadá até ao estrelato internacional, mas essencialmente revela os desafios pessoais que a cantora tem enfrentado nos últimos anos, com a sua luta contra a Síndrome da Pessoa Rígida. Esta doença neurológica rara tem impactado a sua saúde e a sua capacidade de se apresentar em público, obrigando a que cancelasse concertos e tournées, sempre com desculpas inventadas que foram sendo difundidas. Mas Celine não quer mentir mais e decidiu usar este documentário para revelar a verdade mais triste e assustadora da sua vida, esperando com isso que os fãs a entendessem, continuassem a amá-la e a esperar pelo seu regresso. Transcendendo o mero relato biográfico, o documentário é uma reflexão profunda sobre o amor pela música, a vulnerabilidade e a força que reside em cada um de nós. 


O documentário oferece uma retrospectiva muito interessante da vida e da carreira da cantora, sem esquecer s suas origens humildes em Quebec. Desde muito jovem, Celine Dion demonstrou um talento excepcional para a música, numa família numerosa onde os estímulos musicais eram uma constante. Esse apoio incondicional da sua família foi fundamental para que perseguisse o sonho e acreditasse nele. Através duma combinação de determinação, paixão e uma capacidade vocal impressionante, Celine conquistou o seu espaço e ascendeu ao estrelato. Vemos a artista fenomenal, mas também a mulher que desafiou inúmeras adversidades. Fazendo uso de entrevistas íntimas e imagens de arquivo raras, o documentário entrelaça a sua trajetória musical com a vida pessoal, culminando com a exposição da mulher doente, frágil e incapaz de fazer o que mais gosta. 


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Ao mesmo tempo que nos faz revisitar a sua ilustre carreira, até com a visita a um armazém inacreditável onde estão guardados todos os objectos artísticos e até pessoais, com roupas e sapatos icónicos que nos remetem imediatamente para os momentos mais marcantes, também se expõe, os desafios e as fragilidades, revelando-se ao mundo como poucas vezes vemos um artista mostrar-se. Entramos na sua casa, vemos a sua vida familiar com os filhos, os empregados e os médicos e fisioterapeutas, e encontramos uma mulher envelhecida, sem maquilhagem, sem grandes vaidades, e com uma fragilidade física angustiante por causa da Síndrome da Pessoa Rígida. Esta condição rara e debilitante, que provoca tensão muscular extrema e limita a mobilidade, transformou a vida de Celine Dion num verdadeiro campo de batalha. Através de depoimentos emotivos e sinceros, é revelado como esta Síndrome afectou não só a sua capacidade de se apresentar no palco, mas também a sua própria rotina diária e as suas interações pessoais. 


Celine Dion, sem maquilhagem e com o cabelo preso em um coque simples, é vista em seu íntimo lar, tentando cantar novamente. O ambiente transmite uma atmosfera de vulnerabilidade e autenticidade, refletindo a luta da artista com sua saúde. Seu olhar expressa determinação, enquanto as luzes suaves do ambiente ressaltam a serenidade do momento. Essa imagem poderosa captura não apenas a paixão inabalável de Celine pela música, mas também os desafios que ela enfrenta, revelando um lado mais humano e sensível da cantora.

Enquanto a artista luta para manter a sua identidade e a paixão pela música, o documentário pinta um retrato tocante de resiliência e vulnerabilidade, mostrando a jornada de Celine Dion em busca de tratamento e a sua luta interna para reconciliar a sua imagem pública de ícone pop com a realidade das suas limitações físicas, sem com isto perder a esperança de conseguir regressar aos palcos e ao público que tanto ama. É um convite à empatia e à compreensão sobre como as adversidades podem moldar, mas não definem o espírito de alguém que se tornou sinónimo de força e talento inigualáveis. Uma Celine debilitada conta como, após o diagnóstico da doença, começou a mentir sobre os motivos para abandonar ou cancelar espectáculos, até ter chegado um momento em que os medicamentos que lhe permitiam subir ao palco estavam com doses tão altas que a iriam matar. Por causa disso, tem estado isolada nos últimos anos e só agora é revelado pela própria o verdadeiro motivo, cansada que está de mentir e esconder, sem conseguir explicar aos fãs o que realmente se passava com a sua saúde. A sua voz, que sempre guiou a sua vida, parece estar-lhe a fugir e todo o seu esforço é para encontrar uma forma de recuperar e conseguir regressar, o que, depois de tudo o que é mostrado, fica difícil de acreditar que fosse possível, pelo menos da forma como sempre a conhecemos. 


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Apesar de ser uma doença rara, não deixa de acontecer a outras pessoas, pessoas essas com menos recursos financeiros que a nossa Celine e dei por mim a pensar como poderiam essas pessoas alcançar uma vida normal com um problema de saúde destes tão incapacitante emocional e fisicamente. Claro que isto não diminui a luta da cantora, que procurou rodear-se de pessoas capazes de a ajudarem a recuperar e encontrar o caminho de regresso aos palcos do mundo. Talvez o momento mais angustiante seja a crise a que assistimos no final do documentário. Depois de ter conseguido ir para estúdio gravar uma música, ao chegar junto do seu fisioterapeuta ele percebe um espasmo num pé, que seria o sinal de que poderia ter um episódio. Apesar de todos os esforços para manter Celine calma e reverter este cenário, a verdade é que a artista acaba prostrada, com dores dilacerantes e incapaz de falar. No final, é explicado que a crise foi desencadeada pelas fortes emoções que a cantora sentiu por ter voltado ao estúdio e ter sido capaz de gravar a música. Ou seja, não são só emoções negativas que ativam a doença, mas qualquer emoção forte, como a que ela precisa sentir para estar em palco ao vivo. As dúvidas sobre o seu futuro são mais que muitas, mas fica claro que desistir não está nos seus planos. 



Ao longo da narrativa, Celine transmite mensagens de resiliência e força, mostrando que, apesar das adversidades físicas e emocionais, é possível encontrar luz e esperança. A sua determinação em continuar a lutar pelos seus sonhos serve de inspiração, lembrando-nos a todos que a verdadeira paixão e amor pela arte podem prevalecer mesmo nos momentos mais difíceis. Além de humanizar a figura de Celine Dion, o documentário também destaca a importância de discutir questões de saúde e bem-estar num mundo que frequentemente coloca os artistas num pedestal. Lançado em Junho de 2024, o impacto foi gigante e alterou significativamente a maneira como o público a vê e entende. Parece-me evidente que as imagens que vimos foram gravadas bem antes, mas não deixou de ser chocante, para todos os milhares que viram o documentário, a apresentação de Celine Dion na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, no cimo da Torre Eiffel, com uma imagem deslumbrante repleta de beleza e elegância, a cantar uma canção icónica da gigante Edith Piaf. O momento já seria lindo, mas devido ao que agora sabemos da sua saúde, parecia um milagre. Foi épico e uma alegria para todos os que torciam para que os sonhos da cantora se realizassem e fosse possível voltar a assistir ao vivo ao seu talento. 


Portanto, I Am Celine Dion é um poderoso testemunho de resiliência e de paixão duma das vozes mais icónicas da música, e que faz parte das divas dos anos 90 e 2000. Ao refletir sobre o futuro da cantora, a saudade da sua voz única torna-se mais palpável, tendo criado um misto de esperança e apreensão, que culminou com a concretização em Paris. Apesar das dificuldades, a força de Celine Dion e o seu inegável talento continuam a inspirar milhões ao redor do mundo. Obra emocionalmente reveladora, oferece uma visão íntima da vida e da carreira de Celine, e uma discussão importante sobre doenças neurológicas e a forma como podem ser incapacitantes para os seus portadores. É uma oportunidade única para conhecer a mulher por trás da diva e de refletir sobre a força que se encontra na adversidade. Se tens andado escondido do mundo e ainda não viste este documentário, que podes encontrar na Amazon Prime Video, só te posso dizer que estás a perder a oportunidade de te emocionares e te inspirares com esta história tocante, com uma experiência que certamente ficará na tua memória muito depois dos créditos finais. 


Agora, conta-me tudo! Já viste o documentário? O que achaste da vulnerabilidade de Celine Dion? E o que tens a dizer do seu regresso apoteótico? Deixa a tua opinião nos comentários abaixo! 

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