Existe uma tendência para todos romantizarmos as despedidas de uma forma que, no meu entender, se encontra longe da realidade. É o que vemos nos filmes e nos romances mais populares e acabou por se tornar parte da cultura popular que as despedidas são momentos bonitos e emocionantes. Talvez por vivermos na suposição de que, após uma triste despedida, irá suceder um feliz reencontro.
Pessoalmente, gosto pouco de despedidas e prefiro guardar toda essa energia mais negativa para o momento em que nos encontramos de novo e fazemos a festa com direito a foguetes e apanha de canas. No entanto, ao pensar na despedida da quarentena não posso dizer que seja um momento de tristeza. Também não será ainda de alegria, porque o perigo ainda não passou verdadeiramente. É um risco que nos vemos obrigados a correr para não sobrevivermos ao vírus e acabarmos a morrer de fome.
Ainda assim, não deixa de ser agradável regressar a alguma normalidade, mesmo sabendo que poderá ser provisória e que podemos todos acabar por voltar atrás. Não será com alegria que voltaremos a esse estado e certamente ninguém dirá: Foi tão bom, não foi?
Portanto, faz o favor de ter juízo com esse desconfinamento desenfreado e vamos procurar todos aproveitar a liberdade que nos devolveram, sem comprometer o futuro de todos, pode ser? Achas que és capaz?
Aproveita para ler todos os temas do Desafio de Escrita dos Pássaros aqui.
Por acaso sinto que aproveitei bem o confinamento, menos na parte que a ler diz respeito, só li dois livros juvenis e mesmo assim custou pois estava sem concentração nenhuma, e não tinha novo livro nenhum dos meus dois desbloqueadores de ressacas literárias infalíveis, Lesley Pearse e Fredrik Backman, já agora, se ainda não leste nada do Fredrik Backman, faz o favor de ler, vais AMAR! *.*
ResponderEliminarNão conheço mas se recomendas, ainda por cima com essa convicção, vai já directo para a minha lista de desejos! :D
Eliminar