Sinopse
Do mesmo autor do thriller A Ameaça, chega-nos o primeiro volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta. Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995, publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta histórica épica, tecida por intrigas, aventuras e luta política. A trama centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição. Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é considerada a sua obra de eleição.
Opinião
Tal como é dito na sinopse, o mundo tem falado deste livro de forma continuada nas últimas décadas e confesso que tinha muita curiosidade sobre ele. Nunca li nada do autor e, portanto, não estava com problemas de me adaptar à mudança de estilo ou de temas dos seus livros, embora confesse que, depois desta leitura de mais de mil páginas, me sinto com vontade de ler tudo que Ken Follett escreveu, sobretudo sobre Kingsbridge.
Não me ocorre nenhum escritor contemporâneo que escreva deste modo, sobre estes temas históricos, que nos transporte para uma época tão longínqua e que pareça que estamos lá, entendendo perfeitamente o estilo de vida da população, pobres, ricos e homens da Igreja. Fez-me lembrar de O Nome da Rosa, de Umberto Eco, e até fiquei com vontade de reler esse livro para aqui escrever sobre ele. O livro de Eco é um clássico da Literatura, e acredito que este Os Pilares da Terra, com o passar do tempo, será também ele considerado um clássico.
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Tudo começa em 1123, num prólogo de tirar o fôlego. Assistimos a uma execução, presidida por homens que, no futuro, se tornarão poderosos, e somos apresentados à misteriosa mulher que se encontra na assistência, grávida de fim de tempo, provavelmente filho do homem que será morto. É uma mulher extremamente bonita, com uns olhos estranhos dourados, e que termina lançando uma maldição sobre os homens que causaram a morte dessa homem. É isto que ficamos a saber e o mistério só será resolvido totalmente no final do livro, passados mais de cinquenta anos.
"Quando vos decidirdes, por favor, não vos esqueçais de uma coisa: o orgulho desmedido é um pecado vulgar, mas um homem é capaz de frustrar a vontade de Deus com a mesma facilidade devido ao excesso de humildade."
De seguida, começa o livro propriamente dito, passados onze anos dos eventos do prólogo, e começam a surgir algumas daquelas que serão as personagens principais. Começo pela misteriosa mulher do início que vamos conhecer acompanhada pelo seu filho, a viver na floresta, longe da sociedade. Depois, temos a minha personagem favorita de todo o livro, Philip. Um homem da Igreja, com um sentido prático e uma visão capaz de levar para a frente grandes empreendimentos, cujas capacidades o levam a tornar-se prior de Kingsbridge antes de chegar aos trinta.
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Estamos perante uma personalidade de princípios sólidos e que serve de ligação entre todos os restantes personagens e núcleos. Como Tom Pedreiro, outra personalidade fascinante, que vive a correr atrás do seu sonho de construir uma catedral, e a sua família que ele arrasta ao longo do caminho sinuoso e repleto de dificuldades que tem pela frente enquanto busca a concretização do seu sonho. Temos ainda Aliena, filha do conde, orgulhosa e senhora de si, que recusa casar com William e, nesse momento, sela o seu destino e encontra um inimigo de morte até ao final.
"Vós conheceis-me, e conhecem o meu irmão; e escolhestes o Alfred. Conheceis o Prior Philip, e conheceis o Conde William; e escolhestes o William. Tudo o que me resta dizer-vos é que tudo o que vos acontecer a partir de agora não poderá ser mais merecido."
Esta é uma viagem repleta de aventuras e desventuras, onde se reúnem pessoas de personalidade forte e princípios sólidos, em oposição aos vilões sórdidos, ambiciosos e sem limites. A eterna luta do bem contra o mal, num relato fascinante, com pormenores detalhados, mas não aborrecidos, sobre o modo de vida da época e também sobre o que de facto era construir um edifício da envergadura de uma catedral num tempo em que os recursos eram limitados e os conhecimentos rudimentares.
Que leituras fascinante!! Só a posso recomendar a quem ainda não leu, e começar a planear as próximas leituras referentes a esta saga de Kingsbridge. Já leste os livros de Ken Follett? O que achas desta saga?
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VOLUME 1
Wook | Bertrand | Book Depository
VOLUME 2
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