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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Masterchef Júnior - Carácter aprende-se?




Depois de tanto Love on Top, fiquem a saber que não me limito a ver programas, considerados de categoria inferior. Está certo que a oferta não é assim uma coisa onde a qualidade seja importante, contudo, de quando em vez, lá surge um  programa interessante na televisão nacional. É o caso de Masterchef, desta vez no formato infantil. 

Começo por dizer que estas criancinhas me deixam deveras deprimida com os meus dotes culinários. É certo que nunca procurei ser uma fada do lar e não sou uma apaixonada pela cozinha. No entanto, assistir à forma como aqueles miúdos entendem a arte de cozinhar é humilhante para a maioria dos adultos. Pelo menos espero que seja mesmo a maioria que é para não me sentir ainda pior.

Eles fazem um verdadeiro brilharete, seja a confeccionar carne, peixe ou sobremesas. Uma coisa extraordinária e que me deixa sempre dividida entre a estupefacção e a admiração genuína. Apesar de ser um formato diferente, este não deixa de ser, em parte, um Reality Show. E como tal temos favoritos e aqueles que nem nos importamos muito que vão para casinha engordar os paizinhos. 

Pessoalmente, gosto particularmente do Pedro Jorge que, além de cozinhar muito bem, me faz rir imenso com as suas tiradas e, mesmo sabendo que percebe da coisa, não deixa de ser humilde. Depois gosto muito da Maria que me parece uma boa menina, com os valores certos e que me dá vontade de dar os sinceros parabéns a esses pais. 

Após este último programa, fiquei com a certeza de qual o concorrente que menos me aquece o coração. Falo do Gonçalo. É verdade que o rapaz cozinha bem, mas considero que lhe faltam tantas coisas que nem sei por onde começar. A que mais me espantou foi um comportamento que estamos cansados de ver em adultos mas que, confesso, nunca tinha visto numa criança. Aquela competitividade exacerbada que leva as pessoas a fazerem de tudo para ganharem, ainda que seja passando por cima dos outros. 



Achei inacreditável a forma como o Gonçalo (e o Tomás, de quem ainda não formei bem a minha opinião), levaram um colega, que lhes pediu ajuda como se pede a um amigo, a fazer tudo errada numa prova que lhe podia custar (e custou) a eliminação. Nunca na vida imaginei que estas atitudes pudessem surgir em crianças de tão tenra idade. E deixou-me a pensar nesta coisa de ter ou não ter carácter. 

Será isto uma coisa que se aprende, através das experiências interpessoais, ou será inato? Já nascemos com carácter, ou falta dele, ou é algo que se adquire e alguns perdem esse ensinamento durante a viagem? A verdade é que este miúdo tem sérios problemas de relacionamento com os outros, que ficaram bem claros pela forma como evita os abraços com os colegas. Nota-se que isso o incomoda e que não consegue criar laços de amizade com a grande maioria dos outros concorrentes. 

É verdade que são crianças e que é natural fazermos coisas erradas nessas idades. É também através dos erros que aprendemos. Mas não deixa de ser assustador ver comportamentos destes em meninos tão novos. Espero sinceramente que o Gonçalo aprenda com estes erros que tem cometido e que se torne um adulto melhor, pois a criança que hoje é não me parece provida da tal força que só o carácter dá. 

6 comentários:

  1. Esse episódio em concreto deixou-me a pensar nisso mesmo que disseste.
    Como é possível crianças terem atitudes dessas e serem tão competitivas, no mau sentido da palavra? Fiquei muito assustada e desiludida.
    A mãe do rapaz, fazendo o seu papel natural de mãe, defendeu-o logo mas não consigo deixar de pensar que algo falhou na educação dele ou foi influenciado de certa forma.
    E o facto de ele não gostar de afeto, particularmente da parte dos colegas é muito estranho também. Todos os outros são super queridos entre si.
    Espero que ele aprenda e que isto não se repita porque pessoalmente acho que não vai ser bom para ele quando for adulto.

    blackisntmysadcolor.blogspot.pt

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    1. O meu medo é que se torne em mais um adulto daqueles sem escrúpulos, que temos de sobra por aí. Espero que não...

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  2. A edição Portuguesa nunca vi, mas vi outras e só concordo totalmente contigo... Deveras deprimente e faz-me sentir um bocado rebaixada, quando até no outro dia para fazer uma simples salada de atum me correu mal e saiu uma bela........

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    1. É bom saber que não sou a única com habilidades fora do comum na cozinha :p Tens de ver a edição portuguesa, vais gostar.

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