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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

#Filmes - Elvis

 

#Filmes - Elvis

Sinopse

A cinebiografia de Elvis Presley acompanhará décadas da vida do artista e a sua ascensão à fama, a partir do relacionamento do cantor com o seu controlador empresário "Coronel" Tom Parker. A história mergulha na dinâmica entre o cantor e o seu empresário por mais de 20 anos em parceria, usando a paisagem dos EUA em constante evolução e a perda da inocência de Elvis ao longo dos anos como cantor. No meio da sua jornada e da sua carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley, fonte da sua inspiração e uma das pessoas mais importantes da sua vida.


Opinião

Achei que ia ver este filme ao Cinema, mas ele ficou tão pouco tempo, que foi impossível apanhá-lo em cartaz, tendo em conta a minha disponibilidade e as minhas folgas. Portanto, restou-me o streaming e, depois de ter visto, não fiquei assim com muita pena de não ter visto no grande ecrã. Isto nada tem a ver com a sua qualidade, mas com o género que não cresce com os efeitos e a atmosfera da experiência em sala, podendo perfeitamente ser vista em casa, sem grandes perdas. 


Para começar, temos a música espectacular de Elvis Presley como pano de fundo, banda sonora e cereja no cimo do bolo ao longo de todo o filme. A energia, o contexto, o percurso e crescimento profissional do artista, as suas influências, tudo consegue ser percebido pela música que fez e cantou ao longo da sua curta vida. O Elvis é o protagonista, contada a sua história pelos olhos do polémico empresário que o controlou desde cedo, mas o verdadeiro brilharete é mesmo da sua música. Os jovens terão oportunidade de descobrir a música do rei do rock e perceber o quanto influenciou e continua a influenciar artistas ao longos das décadas. Os mais velhos têm aqui a oportunidade de relembrar alguns dos maiores sucessos. 


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As interpretações de Austin Butler e Tom Hanks são outro factor de sucesso deste filme. Numa palavra: brilhantes! Butler encarna Elvis de uma forma estonteante, como se encarnasse o espírito do artista que deslumbrou uma geração e lhes ensinou sobre a rebeldia e a liberdade. Por outro lado, Hanks conseguiu transmitir intensamente a personalidade dúbia e pouco credível do empresário Tom Parker, que se propõe contar a sua versão da história da vida e do sucesso de Elvis. Assim, é com esta premissa que ficam protegidos de qualquer erro ou falsidade que possa ser representada, pois esta é a defesa de Parker perante todas as acusações que lhe foram feitas antes e depois da morte do cantor. 


#Filmes - Elvis

A fotografia do filme acompanha e transmite muito bem a ideia de altos e baixos, com cores fortes e alegres nos períodos de sucesso, com muita luz e brilhos; em contraste com as sombras e o ar de brilho falso das épocas decadentes. Outra analogia muito interessante é o que criaram ao colocar o encontro de Parker e Elvis na roda gigante, que mostra bem o quanto esta parceria entre os dois homens seria uma sucessão de altos e baixos, momentos explosivos de sucesso absoluto, alternados com outros de profundo desânimo, alienação e perda de oportunidades. 


Podes ler ainda a minha opinião sobre Rocketman


Muitos nomes conhecidos da música da época surgem ao longo do filme, sendo muito mais exploradas as alegadas amizades e influências musicais de Presley, do que a sua vida amorosa e familiar. Os pais aparecem bastante, a mãe como figura essencial na sua vida, mas que morre cedo; o pai, como gestor da empresa que criou para gerir a sua carreira e o seu património, mas que parece aproveitar-se para proveito próprio, bem como a grande maioria das figuras que circulam ao redor do músico, em busca do que este lhes pode oferecer. Apesar de terem existido outras mulheres na sua vida, a única que é retratada no filme é a que foi sua esposa e mãe da sua filha. A deterioração da relação dos dois é mostrada, revelando que Elvis só conseguia viver em cima do palco, passando a maioria do tempo fora dele na cama, alheado do mundo, encharcado de medicação. 



O retrato da época, com o racismo evidente e os ideais puritanos a ditarem a moral da sociedade americana, é bem colocado e mostra também como a irreverência das músicas e da dança de Elvis chocou os mais conservadores, que não aceitavam ver um rapaz branco a portar-se de uma forma que só os negros faziam nos seus círculos fechados. Depois, temos as mortes de Luther Kink e de Robert Kennedy, que marcam todos os americanos e o próprio Elvis. O chocante é perceber que este homem viveu esta montanha-russa num ápice, tendo nos deixado com apenas 42 anos, encerrado em casinos, sem nunca ter saído dos Estados Unidos para a tournée que seria esperada. 


Não será um filme extraordinário, e acredito que seja possível que, no futuro, outras propostas virão sobre a vida do ícone Elvis Presley, mas vale muito a pena pelas interpretações, pelas músicas e pelo retrato de uma época que nos apresenta. Já viste o filme Elvis? O que achaste da história? Recomendas aos amigos? Conta-me tudo nos comentários!  

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