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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sinto-me orfã


Para começar, tenho de dizer que uma coisa destas já não me acontecia há imenso tempo. E, tanto quanto me lembro, nunca me aconteceu com uma produção portuguesa.

O que é certo é que nos últimos meses segui atentamente e com muita expectativa a produção nacional Belmonte. Desde o primeiro episódio que se revelou uma novela fora do normal. Diferente daquilo que estamos habituados, principalmente, nos últimos anos.

Quando comecei a ver novelas, ainda uma criança, o que de melhor se fazia vinha do Brasil, da Globo, para ser mais exacta. Vi grandes novelões que me prenderam ao ecrã por meses a fio, histórias marcantes que ainda hoje ficaram na minha memória e que recordo com saudade. Os actores davam grandes shows, ainda mais quando comparados com os nossos que ainda davam os primeiros passos nessa indústria e que revelavam ainda todas as suas fragilidades. Nessa época, eu ficava muito chateada se tinha de perder um episódio sequer. Não me importava nada de ficar em casa, de não sair, porque o que me interessava era saber o que iria acontecer de novo.

Depois chegou a crise de criatividade à Globo, e estes perderam impacto nas nossas vidas. Em contrapartida, foi quando as novelas portuguesas começaram a ganhar mais destaque, pois revelavam uma evolução, uma melhoria de qualidade, tanto nos enredos, como no próprio desempenho dos actores. Nessa altura, desliguei desse mercado. Quando estava em casa, assistia a alguma que acompanhava mais pelas revistas do que pela televisão. Nunca mais nenhuma me prendeu.

Até começar Belmonte. Logo desde o início se revelou diferente. Especial. Só o facto de nós, espectadores, sabermos desde logo quem era o mau da fita, foi coisa que me surpreendeu. Das duas, uma: ou se tornava uma grande chatice, aborrecendo-nos, ou teria um enredo cheio de outros mistérios e questões que nos colaria ao ecrã, desejosos de saber mais. Para grande surpresa minha, foi a segunda. Como já não acontecia há muitos anos, dei por mim irritada quando começou nova novela que colocou Belmonte para um horário mais tardio. Continuei a assistir e voltei a ficar chateada quando tive de perder episódios, fosse por que motivo fosse. Pelo menos, desta vez, tive a ajuda da Internet e do You Tube que tem malta porreira que disponibilizava os episódios logo no dia seguinte e, desta forma, fui recuperando o que perdia.

Outra coisa improvável aconteceu. Eu que, inicialmente, não achava piada nenhuma ao Filipe Duarte, passei a apaixonar-me pelo João Belmonte. A personagem revelou-se um tipo de homem que me deixa encantada. O homem, enquanto aparência física apenas, não me dizia nada, mas enquanto personagem criada e construída ao longo da história, fez-me mudar de opinião radicalmente.

E agora, que chegou ao fim, sinto-me abandonada. Sinto que perdi alguma coisa. Terminou na Sexta-feira, mas é hoje, Segunda-feira, que sinto mais a sua falta. É verdade que acabei por ver também O Beijo do Escorpião, mas era mais para fazer tempo enquanto aguardava por Belmonte do que pela própria novela em si. E estes Jardins Proibidos não me despertam minimamente a atenção. Não vi a primeira fase à 14 anos atrás, e não tenho vontade de ver agora.



O que se seguirá? Hoje, sei o que virá. Sessão de cinema e jantar com as amigas. Amanhã é que já não sei bem como será... 

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