Sinopse
Na nova e ousada abordagem musical da história tradicional que o público conhece, Cinderela é uma jovem ambiciosa cujos sonhos são maiores do que o seu mundo permite. Entretanto, com a ajuda do seu Fado Madrinho ela é capaz de perseverar e realizar os seus sonhos.
Opinião
O filme live-action Cinderela, lançado em 2021, é uma nova adaptação do clássico conto de fadas que ganhou vida nas telas com um toque moderno. Dirigido por Kay Cannon, a produção traz um elenco talentoso, que inclui Camila Cabello no papel da protagonista, Billy Porter como a Fada Madrinha, e Nicholas Galitzine como o Príncipe Robert. Combinando elementos musicais, romance e empoderamento, actualiza a história tradicional para um público contemporâneo. A verdade é que a história da Cinderela, que remonta a séculos atrás, é um dos contos de fadas mais icónicos e famosos do mundo. A narrativa centra-se numa jovem maltratada pela sua madrasta e irmãs, que encontra o amor e a felicidade com a ajuda de elementos mágicos, culminando num baile real e um sapatinho de cristal.
Esta versão live-action vem apresentar uma nova perspectiva a esta narrativa clássica, incorporando elementos bem contemporâneos e uma mensagem forte de empoderamento, destacando a importância da escolha e da autodeterminação, ao mesmo tempo em que celebra a essência atemporal do conto. A jovem Cinderela, uma sonhadora que vive num mundo que frequentemente a limita, ambiciona tornar-se uma designer de moda, apesar de viver sob a opressão da sua madrasta e das duas filhas dela. Uma oportunidade inesperada leva-a ao baile real, onde o príncipe terá de escolher a sua noiva, e este reencontro fá-la questionar o seu destino. Acontece que esta fusão de elementos clássicos com uma visão moderna transforma Cinderela numa celebração da individualidade e da força feminina, o que faz com que a história toque de forma diferente com as novas gerações.
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A nossa protagonista, conhecida por Ella entre a sua família e os seus amigos, e interpretada por Camila Cabello, traz uma nova dimensão à clássica personagem. Desde o início do filme, Ella destaca-se pela sua determinação e espírito independente, características que vão muito além da imagem tradicional da princesa passiva. A interpretação de Camila humaniza a personagem, apresentando uma Cinderela que não se limita a sonhar, mas que também age para transformar a sua realidade. Por seu lado, o Príncipe Robert é um personagem que ganha profundidade e complexidade, destacando-se como mais do que apenas um interesse romântico para a protagonista. Ao contrário da representação tradicional do príncipe encantado, Robert é apresentado como um jovem que procura a sua própria identidade e não se sente seduzido pela ideia de vir a ser rei, desafiando as expectativas impostas pela sua posição. A sua relação com Ella é marcada por um forte vínculo emocional e uma genuína empatia, que se desenvolve à medida que ambos enfrentam as pressões das suas respectivas realidades.
Não podemos esquecer o papel da madrasta e das suas filhas, retratadas de forma a complexificar os seus elementos tradicionais de vilãs. Assim, a madrasta, interpretada pela Idina Menzel, é uma figura ambiciosa e insegura, cujas acções são consequência do seu passado, da sua educação e das suas frustrações, pois também teve sonhos que não permitiram que vivesse. Esta abordagem adiciona camadas à sua personalidade, mostrando-a como uma mulher pressionada pelas suas próprias circunstâncias. As irmãs, por sua vez, também expressam vulnerabilidades e inseguranças o que as torna mais humanas. Esta reinterpretação das antagonistas enriquece a narrativa e ainda oferece uma visão mais profunda das motivações que levam as personagens a agir de maneira hostil. Por fim, a Fada e as criaturas mágicas desempenham aqui um papel fundamental na construção da narrativa e na evolução da protagonista, sem esquecer os excelentes momentos de humor que proporcionam, especialmente quando me lembro dos ratos que se transformam em cocheiros e entregam momentos muito cómicos em todo esse episódio.
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A direcção traz uma visão criativa e refrescante para este clássico conto de fadas. Kay Cannon infunde a narrativa com um espírito de autonomia e ambição, destacando a jornada de Cinderela, não apenas como uma busca pelo amor, mas sobretudo pela realização pessoal e pela liberdade de escolher o seu próprio destino. A cinematografia vibrante e os números musicais envolventes, que misturam clássicos da Disney com novas canções, criam uma experiência visual e sonora encantadora. A verdade é que Cinderela impressiona pelo seu estilo visual exuberante, que combina cenários deslumbrantes, figurinos encantadores e efeitos especiais na medida certa. Os palácios e a vila são meticulosamente projetados, criando um mundo de conto de fadas que captura a essência mágica da história. Os figurinos, em especial os que são apresentados como criações de Ella, são lindos de morrer e transmitem bem o talento que a protagonista revela ter nas suas criações.
Para mim, o aspecto mais interessante desta adaptação é não se limitar à narrativa tradicional da princesa em apuros, mostrando que a verdadeira felicidade não precisa depender dum príncipe encantado, mas sim da confiança em si mesma e da coragem para lutar pelos seus objectivos. Além disso, o amor é retratado de maneira mais complexa, destacando a parceria e o respeito mútuo, ao invés da simples idealização romântica. Gostei particularmente desta nova perspectiva, com uma abordagem moderna que combina músicas marcantes e uma forte mensagem de empoderamento feminino. Também a actuação de Camila Cabello como Cinderela é muito bem construída e as canções originais que interpreta adicionam uma frescura à narrativa, mas posso afirmar que todo o elenco foi escolhido a dedo e contribuem positivamente para o sucesso do filme e para o momento de entretenimento que proporciona a quem vê.
Portanto, estamos perante uma proposta encantadora que certamente atrairá os fãs de contos de fadas, especialmente os que apreciam uma abordagem moderna e musical da história clássica. O filme pode ser especialmente atraente para jovens adultos e famílias, pois combina elementos nostálgicos com uma mensagem de autodescoberta. Em suma, vale muito a pena assistir, tanto pela estética visual e pelas performances, quanto pela forma como reinterpreta temas atemporais, tornando-os relevantes para o público contemporâneo. Se procuras uma história inspiradora com uma pitada de magia e romance, Cinderela é uma escolha que certamente não vai desapontar e vai agradar a todos.
Agora, quero muito saber a tua opinião! Viste esta nova versão de Cinderela? Gostaste das interpretações dos actores? O que achaste das mudanças na narrativa? Qual preferes, a versão Disney ou esta versão moderna? Conta-me tudo nos comentários abaixo!
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