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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Projecto Cinema - 1986 | África Minha

 

Fita de filme sobre um fundo branco, representando o tema do projeto sobre os vencedores do Oscar de Melhor Filme, com referência ao vencedor de 1986, África Minha (Out of Africa).

Estou de volta com a série dedicada a todos os vencedores do Óscar na categoria de Melhor Filme. Hoje, vamos destacar o vencedor da cerimónia de 1986: África Minha. Baseado no livro de Karen Blixen, é dirigido por Sydney Pollack, o filme leva-nos a uma África colonial impressionante, onde amor, memória e uma visão intimista da vida no território africano se entrelaçam. Além de revisitar a obra que conquistou a estatueta dourada naquele ano, vamos também discutir os seus méritos artísticos, a abordagem estética e o contexto histórico que o tornaram um marca na história do Cinema. 


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Na 58.ª edição dos Óscares, África Minha saiu vitorioso, contando de forma épica a vida duma baronesa dinamarquesa que se muda para o Quénia colonial, acompanhando amores, escolhas difíceis e a imponente paisagem africana. Protagonizado por Meryl Streep e Robert Redford, o filme é lembrado pela sua cinematografia ampla, pela direcção elegante e pela banda sonora de John Barry, que lhe rendeu também o Óscar de Banda Sonora Original. Passada na África oriental sob domínio colonial britânico, nas primeiras décadas do século XX, a paisagem é a verdadeira protagonista, com savanas, campos de café, montanhas que se erguem ao longe e o céu vasto que parece não ter fim. O filme retrata, de forma romântica e ambígua, uma época de transição, entre o esplendor duma paisagem quase intocada e as tensões dum sistema colonial que molda relacionamentos, empregos e expectativas para o futuro da região. 


Acompanha todo o desenrolar do Projecto Cinema - Óscar de Melhor Filme 


O filme coloca a relação entre as pessoas e a natureza no centro da experiência, mostrando como a terra, o clima, os animais e as paisagens podem moldar decisões, relações e até identidades. É o encaixe entre um intenso drama romântico com uma visão de grande escala, aproveitando tanto a nostalgia por mundos exóticos quanto a fascinação por histórias de amor, descoberta e autoconhecimento em cenários grandiosos. A recepção inicial foi amplamente positiva entre críticos e público. A actuação de Meryl Streep e a realização de Sydney Pollack receberam elogios consistentes, a cinematografia de David Watkin e a banda sonora de John Barry foram destacadas como elementos de alto nível, e o filme destacou-se como um dos grandes vencedores da temporada de premiações, de forma geral. 


Pôster oficial do filme África Minha (Out of Africa), vencedor do Oscar de Melhor Filme em 1986. A imagem mostra uma paisagem de savana africana ao pôr do sol, com tons quentes, e o título Out of Africa em letras douradas na parte superior, evocando o tema romântico-aventureiro da história.

África Minha conta a história real de Karen Blixen, condessa dinamarquesa que, no início do século XX, vai para o Quénia com o marido para gerir uma plantação de café. Entre a imensa savana, as dificuldades económicas e o isolamento duma vida de estrangeira em território colonial, Karen constrói uma existência disciplinada, marcada pela coragem e pela elegância, mas também pelo desejo de liberdade. O núcleo emocional do filme é o romance com o caçador Denys Finch Hatton, uma relação intensa que desafia as convenções da época e que se torna a verdadeira força motriz de Karen, mesmo diante das responsabilidades e tensões do casamento. 


Destacando-se pela produção de grande escala, o filme combinou locações reais no Quénia com cenários construídos para recriar com verossimilhança o ambiente da África colonial no início do século XX. Interiores e ambientes aristocráticos foram desenvolvidos em estúdios para alcançar o luxo da fazenda e das residências da época, complementados por uma direcção de arte que reforçou o contraste entre a opulência europeia e a paisagem africana. O filme é um exemplo marcante de como elementos técnicos e visuais ajudam a contar uma história. A cinematografia privilegia a vastidão africana com planos abertos e panorâmicas aéreas que capturam a luminosidade dourada das savanas, reforçada pela palete de tons quentes, que transmite a sensação de luz perpétua do continente. 



Além de Melhor Filme, também foi vencedor nas categorias de Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Banda Sonora, Melhor Direcção de Arte e Melhor Som. O sucesso foi retumbante, tanto que venceu ainda três Globos de Ouro e três BAFTA e consolidou o seu lugar como um grande marco do Cinema dos anos 80. A obra instaurou uma estética de sonho, que levou a um impacto cultural que vai além da sala de Cinema, influenciando a moda, fotografia de viagem e a percepção popular de África. Os debates em torno desta obra continuam a surgir, sobretudo, sobre a visão romântica do colonialismo e a memória histórica. Portanto, convido-te a ver ou rever este vencedor do Óscar do ano em que eu nasci, que ainda tem muito para entregar, mesmo passados tantos anos, e que proporciona um momento cinematográfico inesquecível. 


Agora, quero muito saber a tua opinião! Já viste África Minha? Que momento mais te marcou? Qual o teu personagem favorito? Conta-me tudo nos comentários abaixo! 

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