A Banda Sonora da Semana #65

Estamos no último dia de Setembro e amanhã começa o último trimestre do ano de 2019. Para os mais distraídos, o Natal já se encontra à espreita e o mundo vai-se invadir com esse tema muito em breve. Deste lado, ainda não tenho nada programado seja na minha vida ou aqui pelo blog, mas estou inteiramente disponível para ouvir as tuas sugestões do que gostarias de encontrar por aqui nos próximos tempos. Conto com a tua sugestão natalícia? 

Efemérides de 30 de Setembro

Dia da Bíblia 

1452 - A Bíblia de Gutenberg, o primeiro livro a ser impresso, é editada. 

1981 - É abolida a pena de morte na França. 

1964 - Nasceu Monica Bellucci, actriz italiana. 

1913 - Morreu Rudolf Diesel, engenheiro mecânico alemão. 

1955 - Morreu James Dean, actor norte-americano. 

Lamento muito se desiludo alguém, mas não vou recomendar a leitura da Bíblia, até porque nunca me propus fazer essa leitura. Não quer dizer que nunca o venha a fazer, mas não está nos meus planos mais próximos. No entanto, é inegável o seu papel como texto fundador da nossa civilização, tanto que foi escolhido para ser o primeiro editado pela prensa inventada por Gutenberg. Para saberes mais sobre a sua importância, bem como outros textos essenciais para a formação dos povos, deixo-te como sugestão o livro O Mundo da Escrita e até podes ler a minha opinião antes de mergulhar nesta leitura fascinante.

Para homenagear o icónico James Dean, deixo como sugestão o filme mais famoso deste actor, pelo menos é o que mais reconheço de ouvir falar. Nunca vi, confesso, mas estou disposta a abraçar esta sugestão contigo e mergulhar no Cinema dos anos 50 do século passado. Alinhas? 

Esta música ficou popular na voz de Roberto Carlos, mas foi com esta versão de Maurício Manieri que me apaixonei completamente por ela. Conheces esta música incrível? 

Desafio de Escrita dos Pássaros #3 - Uma aventura/momento que te tenha marcado

No que diz respeito a aventuras memoráveis e marcantes, tenho a sorte de ter vivido umas quantas, daquelas que contadas, ninguém acredita e outras que nem se pode contar mesmo para não chocar ou não permitirmos julgamentos sobre a nossa conduta ou carácter.

No entanto, quando penso melhor no assunto, constato que a grande aventura da minha vida foi ter-me apaixonado. Haverá algo que marque mais na vida das pessoas? Os amores que temos o privilégio de viver são repletos de ensinamentos, emoções, situações e até desilusões. Por muito imperfeito que seja esse amor, a vida não tem graça sem ele. Mesmo quando não experimentamos o final feliz dos contos de fadas, ganhamos com o acto de viver esse amor.

Diz, a sabedoria popular, que não há amor como o primeiro, e para mim, além de primeiro, é o único que vivi até à data. Já me apaixonei depois disso, mas amor não voltei a sentir. Não sei se será por isso, mas essa aventura que começou na adolescência tem repercussões em mim de formas que, por vezes, nem reparo.

A aventura acontece quando uma menina, com muita mania e que aparentava saber muito sobre a vida, se apaixona por um rapaz pouco recomendável, mais velho e com pouca disponibilidade para assumir os riscos que uma relação implica. Mas que, ainda assim, não eram muito capazes de contrariar a vontade de estar juntos quando os caminhos se cruzavam.

Nesse lugar, onde me encaixava perfeitamente, vivi alguns dos melhores e dos piores momentos da minha vida. Hoje, só resta a lembrança doce desse amor e essa lembrança é suficiente para que não guarde ressentimentos nem arrependimentos, e que continue a acreditar no poder transformador do amor. Existirá melhor aventura para se viver?  

Não te esqueças de ver a Apresentação do Desafio dos Pássaros

Top 5 - Ferramentas para gerir Blog e Redes Sociais

O aniversário do blog foi no final de Agosto, data que, pela primeira vez, ficou em branco por estas paragens. A verdade é que estou numa fase de muitas mudanças e não na melhor disposição para celebrações. Contudo, depois de sete anos a alimentar este blog com alguma regularidade, aprendi algumas coisas e descobri ferramentas que se tornaram essenciais para que seja capaz de o continuar a fazer de forma prática e sem ficar com um esgotamento nervoso. 

Decidi partilhar as que mais utilizo, que mais úteis são para mim e que se tornaram essenciais na existência deste espaço tão pessoal que gosto de dividir contigo, que me segues. Assim, se estás a começar ou já tens um blog e procuras ferramentas interessantes que te ajudem nessa tarefa, fica atenta. 

1. Canva

Esquece todos aqueles programas complicados e complexos que precisas de um curso para conseguires fazer o que quer que seja. Esta é a ferramenta perfeita para criares tudo o que te passar pela cabeça para o teu blog e para as tuas redes sociais. Intuitivo, com múltiplas opções e gratuito, permite criar uma identidade visual única e coesa. Vais adorar, garanto-te!

2. Buffer

Esta é a ferramenta que utilizo para agendar as minhas publicações no Facebook, no Twitter e no Instagram do blog. Tem uma versão paga, mas eu utilizo a versão gratuita que permite agendar um máximo de 10 publicações em cada conta e não tenho sentido necessidade de aumentar esse número por enquanto. 

Descobre Como ficar mais inteligente em 10 passos

3. Tailwind

Até ao momento, esta é a única ferramenta paga que utilizo no blog e não poderia estar mais satisfeita com ela. Permite-me agendar as publicações no Pinterest de forma totalmente personalizada, o que me poupa tempo e ainda aumenta o número de visitantes no blog. Se ainda não estás nessa plataforma, devias mesmo começar a apostar porque ajuda imenso na divulgação. 

Inscreve-te através deste link e ganha um mês gratuito para testares por ti mesmo. 

4. MailChimp

Ora aqui está um excelente exemplo de ferramenta útil e que não tenho usado como gostaria. Esta é a minha opção para criar uma lista de e-mails de forma a enviar uma newsletter que se pretendia regular. Claro, que tem sido um total fracasso pois não tenho dedicado tempo à criação da própria da newsletter. Ainda assim, é incontornável o poder que elas têm. As redes sociais podem terminar ou alterar as suas políticas, enquanto que a tua lista irá sempre pertencer-te e, regra geral, tratam-se de pessoas que estão mesmo interessadas no que tens a dizer. O MailChimp é gratuito até 2000 contactos e permite uma série de funcionalidades mais complexas nos planos pagos. 

Vê também o meu Top 10+1 Blogs favoritos

5. Google Analytics

Esta talvez seja a mais importante de todas as ferramentas que deves utilizar no teu blog. Através dela consegues analisar o comportamento do teu site e do teu público, tirando importantes lições e aplicações práticas do que está a resultar melhor ou pior. Pelo menos, mensalmente deverás analisar os resultados e a partir daí acertar a estratégia correcta para prosseguir com crescimento. Além de ser fiável é totalmente gratuita. 

Estas são as minhas ferramentas favoritas que me permitem gerir o blog e todas as redes sociais associadas de uma forma prática, eficiente e sem grandes custos. Espero que sejam úteis para a tua jornada na blogosfera e que os partilhes com os teus amigos. 

Agora conta-me, já utilizas estas ferramentas? Que outras conheces e recomendas? Conta-nos tudo nos comentários para que este post fique ainda mais rico. 

#Séries - Amar Depois de Amar

Sinopse

Amar Depois de Amar conta a história de quatro grandes paixões e do crime que elas desencadeiam entre a família Macedo e a família Oliveira. 

Raquel Macedo e Gonçalo Macedo são felizes, estão casados há 20 anos e têm dois filhos gémeos: Frederico e Alice. Gonçalo é sócio maioritário de uma empresa de viveiros de ostras e de uma fábrica de distribuição de peixe e marisco. Herdeiro rico, disputa o controlo da empresa com o primo e sócio minoritário, André, que o chantageia e vigariza. 

A mãe de Gonçalo, Matilde, sempre desconsiderou a nora pela sua leveza de espírito e despreocupação. Quando Gonçalo tem um acidente que o deixa em coma, Matilde tudo fará para dar cabo dela e para assumir o controlo da empresa familiar. 

Marina Oliveira e Augusto Oliveira também são casados há 20 anos, têm dois filhos adolescentes: Catarina e Nicolau. Em abono da harmonia familiar, que ambos prezam, o casal tem tentado esquecer as respectivas frustrações profissionais: Augusto é empreiteiro mas gostaria de ser inspector da PJ, como já tinha sido, e Marina queria ser profissional de danças de salão - onde tinha futuro, sobretudo, como dançarina de tango - actividade que abandonou por causa dos filhos. Virá ainda a ter um terceiro filho fora do tempo, o que a impedirá de recomeçar numa idade mais tardia. 

Os dois casais conhecem-se e, inicialmente contra a vontade de Augusto, a quem a riqueza de Gonçalo incomoda, e de Gonçalo, a quem a intimidade entre Raquel e Marina incomoda, tornam-se amigos inseparáveis. Raquel encontra em Marina a amiga cúmplice que lhe faltava mas Gonçalo encontrará nela também uma paixão avassaladora e correspondida. 

O amor entre os dois, que ambos acreditam ser um segredo absoluto, virá a lume quando sofrem um atentado e um acidente de viação. Marina morre e Gonçalo fica em coma. 

Nasce aqui uma investigação policial que nos leva ao encontro de quase todas as personagens. Pelo que se vem a descobrir, todas poderiam ter razões para ter praticado aquele crime porque, afinal, todas sabiam mais sobre aquela paixão do que deixavam transparecer - Alice e Nicolau; Xavier, compadre de Augusto; Aurora, empregada da fábrica e, principalmente, André, o sinistro primo de Gonçalo.

O inspector da Polícia Judiciária, Miguel Meireles, vai ter um papel preponderante nesta investigação em que investe tudo, também para tentar animar a mulher, Laura Meireles, que, acima de tido, deseja ser mãe, sem o conseguir, e se dedica à escrita de uma nova ficção inspirada no crime que atinge Marina e Gonçalo. O envolvimento de Laura neste inquérito ultrapassará em muito o aconselhável e, assim, por-se-á em perigo de vida e porá o casamento em risco.

Opinião

Desde 2014, quando terminou Belmonte, que não me acontecia algo do género com a ficção nacional. Talvez porque esta nova fórmula de colocar temporadas nas novelas me aborrece de morte e as torna intermináveis e pouco estimulantes. Mas depois de ter começado a ver este novo formato, que não pode ser considerado uma novela, fiquei rendida ao enredo e não consegui deixar de ver. 

Vê também a minha opinião sobre os Spoilers das Novelas da TVI

Como gosto de defender que as pessoas devem seguir os seus corações, ainda que isso não seja o que a sociedade ou os outros esperam de nós, fiquei apaixonada pela química entre o Gonçalo e a Marina. Não que esteja a dizer que eles fizeram o que é certo. Ou melhor, acho que decidiram viver esse amor proibido e isso agrada-me, mas escolheram fazê-lo da pior maneira. 

As mentiras e os segredos foram o que levaram ao atentado e que culminaram com a morte da Marina e o coma do Gonçalo que vemos no primeiro episódio. Não deixa de ser frustrante imaginar que tudo poderia ter sido diferente para estes dois apaixonados se tivessem tido a coragem de assumir os seus sentimentos e optassem por ser verdadeiros com os seus companheiros. 

O caminho que a narrativa segue com a aproximação dos enganados Augusto e Raquel também é interessante e devo dizer que já se percebia a compatibilidade entre esses dois, mesmo quando acreditavam viver casamentos felizes. Pelo menos, é a imagem com que fiquei depois de ver tantos flashbacks. Outra fórmula de sucesso que tornou a história ainda mais interessante e rica. 

Podes ver também o meu Top 10 de Novelas da Globo

Os outros núcleos complementam-se sem que se torne desnecessário. Tudo encaixa na perfeição e completa a narrativa enriquecendo-a e tornando-a mais do que uma história de amor entre duas pessoas casadas que traíram os companheiros durante três anos. Até o elenco mais jovem teve um papel fundamental e protagonizou momentos muito interessantes no que diz respeito a relações e como lidamos com os nossos sentimentos e os dos outros. 

Para mim, este foi um projecto de sucesso que foi capaz de emocionar, perturbar e que nos fez reflectir nas consequências de se amar e no quanto se tem a ganhar quando se decide viver essas emoções sem medos, culpas e segredos. 

Viste esta série da TVI? O que achaste da história e do final? Conta-me tudo nos comentários, por favor! 

#Livros - 10 Passos Para Chegar ao Topo, de João Garcia e Rui Nabeiro

Sinopse

O que podemos aprender com o mais bem sucedido empreendedor português e com o nosso melhor alpinista? 

O Comendador Rui Nabeiro é o empresário mais bem sucedido do seu ramo. João Garcia é o melhor alpinista português e um dos melhores do mundo. À primeira vista, tudo os separa: nasceram em épocas diferentes, seguiram percursos diversos. Mas se nos aproximarmos um pouco mais de ambos, se os ouvirmos com atenção, percebemos o que têm em comum: sabem o que querem e são movidos pela enorme ambição de chegar à meta. 

Neste livro dá-se início a uma viagem paralela. Acompanhamos dois empreendedores, passo a passo, rumo ao ponto mais alto das suas carreiras. Ficamos a saber como constroem as equipas, como definem a rota, como escolhem o timing certo para atacar a montanha. Testemunhamos o trabalho árduo, mas também as recompensas - e aprendemos o método e os segredos que nos ajudarão a atingir os nossos objectivos, a conquistar o nosso próprio Evereste. 

Opinião

Creio não ser a única, mas a verdade é que tenho uma série de livros que se encontram na pilha em espera que me deveria envergonhar e até me impedir de comprar livros novos antes de os ler efectivamente. O livro que hoje te trago foi-me oferecido no Natal de 2015, pela minha querida amiga Liliana, criadora do projecto Um Blog entre Bibiliotecas, e é vergonhoso que só em 2019 o tenha terminado. 

Já o tinha começado em tempos mas, nem sei bem porquê, acabou por ficar parado na estante novamente, quase esquecido. Entretanto, numa arrumação que andei a fazer, onde tentei colocar todos os livros por ler que quero ler nos próximos tempos à vista, voltei a olhar para este título e lembrei-me da minha amiga e da experiência agradável que interrompi. Assim sendo, só me restou agarrar nele e levá-lo para a minha mesa de cabeceira. 

Podes ler também as minhas 6 Dicas para ler mais e melhor

Então, o livro 10 Passos Para Chegar ao Topo propõe uma viagem pelos percursos profissionais de duas pessoas de sucesso em áreas bem distintas e que, aparentemente, nada têm em comum. São dois homens de gerações diferentes, mas que trilharam o seu caminho a pulso e com determinação, sem nunca perder o foco. Aliás, essa talvez seja a grande lição a tirar deste livro, a importância de estarmos focado nos nossos objectivos. 

"São dois exemplos de ambição e de luta contra a adversidade. Estabeleceram os seus objectivos muito cedo. Fazem aquilo de que gostam. Trabalham muito. Não hesitam. Contam neste livro como é que definiram a sua rota, como constroem e gerem as equipas, e como decidem quando avançar ou recuar perante o risco."

Confesso que, como pessoa que gostaria de ter o seu negócio próprio, me sinto mais interessada pelo testemunho de Rui Nabeiro, devido ao seu percurso profissional de sucesso e à sua ética, reconhecida pela maioria. No entanto, a narrativa do João Garcia conquista pelo seu talento para contar histórias e pela paixão que se sente quando fala de alpinismo. 

Vê também a Tour pelo Caderno de Leituras

No final de cada capítulo, existe um resumo com as lições que podemos tirar da experiência de vida destes dois senhores e que me parece muito útil e que torne este livro num belo manual para ter por perto quando precisarmos de reencontrar o caminho ou apenas relembrar o que precisamos fazer para chegar ao topo da nossa montanha. 

"Mas foi muito importante ter conseguido escalar o Monte Branco porque percebi que só quem se esforça atinge o topo. Não é quem é mais velho, nem quem tem melhor equipamento, nem quem é mais bonito."

Depois desta leitura fiquei com os níveis de motivação em alta e embora não tenha qualquer vontade de pôr os pés no topo de uma montanha de verdade, como o João Garcia, fiquei com um desejo ainda maior de conhecer as instalações da Delta e de descobrir o Hotel Santa Beatriz, bem como todo o legado que Rui Nabeiro construiu na sua terra de origem. 

Infelizmente, este livro está esgotado neste momento. Podes sempre tentar fazer pressão para que seja reeditado, mas também existem exemplares usados disponíveis no OLX. Aproveita e descobre onde comprar livros ao melhor preço. Vais ler este livro incrível? 

"O melhor activo de cada empresa é a força humana, não são certamente os computadores ou os carros, porque se alguém se chateia com o patrão e se vai embora, o computador não trabalha sozinho. Nem o carro se conduz a si mesmo."

A Banda Sonora da Semana #64

E, de repente, o Verão acabou e hoje começa o Outono. Em breve as folhas irão começar a cair das árvores e o frio começará a instalar-se entre nós. Não é que a ideia não seja agradável quando pensamos nela um pouco, mas torna-se aborrecida quando tomamos consciência do Verão fraquinho que tivemos. Mas o que realmente importa não está no amanhã nem no dia de ontem, mas apenas e só no dia de hoje. Vamos aproveitar o presente e desfrutar do que vier. 

Efemérides de 23 de Setembro

1976 - Início do I Governo Constitucional de Portugal, chefiado por Mário Soares. 

63 a.C. - Nasceu Augusto, primeiro Imperador Romano. 

1930 - Nasceu Ray Charles, pianista e cantor norte americano. 

1939 - Morreu Sigmund Freud, psiquiatra austríaco e fundador da psicanálise. 

1973 - Morreu Pablo Neruda, poeta chileno. 

Será que ainda existe gente que não viu Ray?? Custa-me a crer porque este é um filme incrível e que retrata um músico excepcional e a sua atribulada vida pessoal e artística. É uma pérola cinematográfica e musical e, se ainda não viste, não sabes o que andas a perder. 

Deixo-te também com um romance sobre Pablo Neruda que também teve uma adaptação para o Cinema do qual tenho uma vaga memória mas que me deixou com uma vontade enorme de ler O Carteiro de Pablo Neruda. Lembraste do filme e do livro? 

E para terminar em beleza ficamos com o inesquecível Ray Charles. Consegues resistir a este ritmo? 

Desafio de Escrita dos Pássaros #2 - O amor e um estalo

O amor e um estalo, tema desta semana deste nosso desafio de escrita, tem duas leituras que consigo fazer de imediato e onde não quero perder muito tempo pela quantidade de informação que nos é dada numa base diária sem que se vejam grandes resultados práticos.

A primeira, mais agradável e mais de acordo com a minha experiência pessoal, é claramente sexual. Uma boa palmada, na hora certa, pode fazer maravilhas pela nossa líbido e apimentar qualquer relação amorosa. Assim sendo, e se todos os intervenientes concordam, só tenho coisas a favor.

A segunda é um crime. Ainda que seja um estalo que te doeu mais no ego do que no corpo, continua a ser um crime e podes ter a certeza de que não será a última vez, a menos que termines essa relação e te afastes dessa pessoa. As relações tóxicas alimentam-se de pessoas que se encontra vulneráveis e são perpetuadas pelas promessas de mudança que nunca se concretizam.

Assim sendo, espero que fiques longe de criminosos e, se o desejares, desfrutes do amor com estalos de prazer inebriantes.

Vê a Apresentação do Desafio dos Pássaros

#Filmes - A Favorita

Sinopse

Século XVIII. Inglaterra está em conflito com a França. Anne, a rainha inglesa, é uma mulher doente e frágil que, apesar de se assumir como governante, deixa todas as decisões nas mãos de Sarah Churchill, a duquesa de Marlborough, sua amiga e amante. Quando Abgail, uma aristocrata caída em desgraça, chega ao palácio, torna-se próxima de Sarah. À medida que os assuntos de estado começam a exigir cada vez mais tempo e esforço de Sarah, Abgail encontra aí a oportunidade que esperava para se aproximar da monarca e cair nas suas boas graças. 

Opinião

Depois de ter deixado este filme como sugestão numa Banda Sonora da Semana, em Fevereiro deste ano, venho aqui partilhar a minha opinião por fim. A Favorita foi um filme muito falado no início de 2019 devido a todas as nomeações que recebeu e que culminou com a conquista apenas do Óscar e Globo de Ouro para melhor actriz.

Apesar de ser inegável a qualidade deste filme, bem como dos desempenhos das actrizes, não será um filme para todos verem e isso talvez justifique o facto de ter ficado com tantas nomeações sem prémios efectivos. O enredo é incrível, e o tom usado está no limite ténue entre a paródia e o drama. Só que, além dos assuntos históricos que não agradam a todos, o ritmo da narrativa é lento e até arrastado, repleto de momentos aparentemente mortos que servem para assimilar o que vimos e reflectir.

Podes ver também a opinião sobre o filme Maria, Rainha dos Escoceses

O filme situa-se no reinado de Anne de Inglaterra, numa fase avançada, quando a doença da rainha afectava a sua vida e a sua capacidade de dedicar-se e apresentar-se nos assuntos de Estado em pessoa. Depois do seu histórico de abortos e filhos mortos na infância, a depressão e a instabilidade faziam parte do seu ânimo. Esta combinação de acontecimentos infelizes talvez tenha sido o combustível que alimentou muitos dos rumores acerca deste reinado inglês.

Aqui, somos confrontados com esses rumores, tanto da doença da rainha como da sua relação amorosa com a amiga Sarah e até que seria a sua amiga que tomava as decisões políticas e militares. E é esse relato que nos é apresentado na primeira metade do filme, valorizando até a relação amorosa das duas como algo antigo e que se fortaleceu ao longo dos anos.

Podes ver ainda a opinião sobre Marie Antoinette

Mas a intriga adensa-se quando chega uma nova rapariga à corte e começa a conquistar o apreço, a atenção e os favores da rainha. Abgail torna-se numa rival para Sarah que, assim que o percebe, tenta afastá-la e reter o amor da rainha para si, de modo a não perder a sua influência sobre ela. Esta guerra é ambígua porque as intenções de Sarah nunca ficam totalmente claras. Se por um lado parece ser puro interesse pessoal pelo que pode perder, por outro não deixa de revelar alguns sentimentos verdadeiros com a monarca.

Este é um triângulo amoroso invulgar mas muito bem explorado e interpretado de forma soberba pelas três actrizes que o compõem. A fotografia do filme é muito bonita e encaixa de forma perfeita com as suas sombras e os segredos que se escondem e revelam de um modo subtil por vezes, noutras nem tanto.

A única coisa de que senti falta foi alguma contextualização com factos históricos no final do filme. Até porque é muito injusto ficarmos com esta imagem decadente da rainha que foi capaz de unificar em definitivo a Escócia e a Inglaterra no que conhecemos hoje como Grã-Bretanha. Uma das razões porque gosto de filmes e romances históricos é a possibilidade de aprender qualquer coisa sobre essas épocas, e senti que ficou a faltar essa parte neste filme.

Também gostas de filmes históricos? Viste A Favorita? O que achaste desta história invulgar? 

6 Dicas para ler mais e melhor

Devo dizer que sou leitora desde muito cedo e esse foi um prazer que cresceu comigo ao longos dos anos e a cada novo livro terminado. É das melhores formas de passar o tempo sem precisar de companhia. Viajamos sem sair do lugar, aprendemos coisas diferentes a cada leitura, inclusive nas releituras. Talvez seja mesmo um dos meus passatempos favoritos de um modo geral. 

No entanto, sei bem que não é assim para toda a gente. Tenho consciência de que existe muita gente que tem verdadeira aversão a todo e qualquer livro, especialmente os clássicos e que consideram tijolos todos os livros com mais de 200 páginas. Acredito que não imaginam o que estão a perder, caso contrário teriam muito mais motivação para criarem os seus hábitos de leitura. 

Portanto, para quem anda com vontade de começar a ler mais e conquistar o prazer da leitura, decidi partilhar algumas dicas que podem ajudar na criação dessa rotina. Mesmo para quem já ganhou o gosto por esta actividade, poderá encontrar aqui dicas para conseguir ler mais páginas e mais livros em menos tempo e até a conseguir cumprir os seus objectivos de livros por mês ou por ano. Vamos a elas? 

1. Decide os teus hábitos de leitura

O primeiro passo é criares uma rotina onde conste um lugar específico onde vais ler e um horário. É importante que o espaço seja agradável e confortável, de forma a que o teu cérebro associe o acto de ler com algo positivo. O horário também é importante para não ficares a adiar eternamente sem que pegues no livro uma vez que seja durante todo o dia. O ideal é começares por definir um horário matinal, se te for possível. 

Pessoalmente, gosto de ler na cama antes de dormir e é esse o meu ritual diário de leitura. Para quem ainda não tem esse hábito consolidado é mais difícil implementar neste horário porque é mais fácil encontrar desculpas para evitar, mas comigo funciona muito bem. 

2. Tem um livro sempre contigo

Esta é uma dica essencial e que te vai ajudar a apreciar a leitura enquanto foges dos momentos de tédio que todos temos ao longo do dia. Actualmente, usamos esses momentos para ficar agarrados ao telemóvel e, regra geral, ficamos ali a perder tempo nas redes sociais ou em jogos aleatórios. Se trouxeres um livro sempre contigo poderás aproveitar o tempo que passas nos transportes públicos, nas filas de espera, na tua hora de almoço no trabalho ou qualquer momento mais morto do teu dia. E nem a desculpa do peso te vai servir porque existem imensos livros pequenos, leves e com menos páginas, sem falar nos ebooks que podes ler até no teu telemóvel. 

Vê também o Tour pelo Caderno de Leituras

3. Começa com 20 páginas por dia

Para quem ainda lê devagar ou não dispõe de muito tempo, o ideal é começar com objectivos pequenos como é o exemplo de vinte páginas. Claro que, quando um livro te pegar a jeito, vais dar por ti a ler sem conseguir parar e sem pensar nas horas mas, até esse dia chegar, vinte páginas permitem que consigas ler um número simpático de livros por mês. 

Pela parte que me toca, gosto de ler sem ter esse limite, o que nem sempre é possível. Quando tenho de acordar cedo e não posso me esticar, defino um limite de cinquenta páginas para me obrigar a parar, o que só faço quando esse capítulo termina. Manias de leitor, eu sei. 

4. Elimina distracções

Seja qual for a actividade a que te propões, é muito fácil encontrar distracções que fomentam a procrastinação. Logo, quando falamos de implementar hábitos de leitura o caso não é diferente. Quando fores para o teu espaço dedicado à leitura, trata de te manter afastada da televisão, do computador e do telemóvel. Colocar no silêncio ou em modo de voo também serve para que a tua atenção não disperse das páginas que precisas de ler nesse dia. 

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5. Marca as páginas e faz anotações 

Para que tires mais proveito da leitura e retenhas os momentos mais especiais ou as frases que mais te tocaram podes e deves marcar o teu livro. Se isso não te incomoda, podes sublinhar o livro ou usar marcadores. Se fores como eu, que não gosta muito de fazer essas marcações nas próprias páginas do livro, podes usar aqueles marcadores ou post-its e destacar passagens que consideras importantes, úteis ou qualquer outra coisa que te passe pela cabeça. 

Esta é uma técnica que me ajuda muito na hora de escrever as opiniões por aqui e sei que outros produtores de conteúdo também a usam, mas acho que também pode ser útil mesmo para quem lê apenas por prazer. Além de que é muito revelador voltar a pegar num livro que se leu no passado e ver que passagens destacámos. Será uma experiência interessante e que mostra a pessoa que éramos na altura ou o que estava a acontecer na nossa vida na época. 

6. Lê sobre temas que gostas

Esta dica pode parecer óbvia, mas nunca é demais lembrar porque não falta quem goste de complicar o que é simples. Olha para os teus interesses e passatempos, coisas que te dão prazer, e procura livros sobre esses assuntos. Se gostas de desporto, procura dentro dessa temática. Se gostas de artesanato, existem imensos livros sobre isso. Se preferes viajar, procura livros de viajantes. Acredita, existem livros sobre todos os assuntos que possas imaginar. Queres apostar? Deixa um comentário com a tua área de interesse que vou te responder com sugestões literárias. 

Entretanto, inspira-te com estes Livros para ler no Dia da Mulher (e não só)

Agora, espero que estejas neste momento a pôr todas estas dicas em prática e te tornes um leitor melhor para teu próprio proveito. Qual achaste mais útil no teu caso? E que outras dicas tens para partilhar? 

#Livros - Amélia de Orleães, de Margarida Durães

Sinopse

Amélia de Orleães foi a última rainha de Portugal. Entre o seu nascimento e a morte no exílio viveu oitenta e seis anos repletos de momentos felizes, mas também de desilusões e traições. A sua vida foi uma luta contínua, espelhando um dos períodos mais críticos da história de Portugal e da Europa. 

Elegante, amável e culta, D. Amélia parecia ser a esposa ideal do rei D. Carlos. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam. Porém, o «ofício» de rainha consorte foi mais além. Graças à sua iniciativa modernizaram-se os sectores da saúde pública e da assistência social em Portugal. No ramo das artes, devemos-lhe sobretudo a criação do Museu dos Coches (1905). 

Em 1908 presenciou o assassinato do marido e do filho mais velho e, no dia 5 de Outubro de 1910, foi obrigada a partir de Portugal. Faleceu em Outubro de 1951, em Versalhes. Os seus restos mortais foram trasladados para Portugal e repousam no Panteão dos Braganças, ao lado do marido e dos filhos.

Opinião

Tal como referi na última edição de Compras & Recebidos, o exemplar de Amélia de Orleães foi-me gentilmente enviado pela Bertrand Editora e faz parte da colecção Rainhas de Portugal da chancela Temas e Debates. A sua proposta é apresentar novas biografias destas figuras essenciais da nossa História e a protagonista, desta vez, é a última rainha de Portugal.

O trabalho foi exaustivo e foram consultados documentos em Portugal, Inglaterra e França para nos trazer um relato detalhado da vida de Amélia de Orleães. Desde a infância, à juventude antes do casamento com o futuro rei de Portugal, sem esquecer os primeiros anos de casada, o nascimento dos filhos, a coroação como rainha portuguesa até aos acontecimentos trágicos que conhecemos das aulas de História, o regicídio e a queda da monarquia.

Filha primogénita da família real francesa que se encontrava no exílio em Inglaterra, cresceu sabendo que o trono lhes estava vedado e que eram considerados uma ameaça ao seu país. Mas quando a família foi autorizada a regressar, logo assumiu o seu lugar de destaque e absorveu todo o legado cultural dos dois países e com isso foi capaz de implementar em Portugal alguns projectos que sobrevivem até aos dias de hoje.

Podes ler também a opinião sobre Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo

O casamento não seguiu o costume antigo de ser um mero acordo, sem que os intervenientes tivessem qualquer palavra a dizer. Muito embora não se esperasse que nenhum dos dois casasse com quem bem lhes aprouvesse, foi necessário que se conhecessem e mostrassem o seu consentimento no casamento para que este se formalizasse.

"O casamento de D. Carlos e D. Amélia estava assente na livre escolha, no mútuo conhecimento e na atracção e não apenas em acordos e negociações diplomáticas como era, até então, apanágio das diversas casas reais." 

Apaixonados, viveram dias felizes nos primeiros anos de casados e que culminaram com o nascimento de dois filhos que iriam garantir a sucessão ao trono português. Muito por culpa de intrigas no seio da corte, o casal acabou por se afastar e o seu relacionamento nunca mais voltou ao que era no início. No entanto, reinaram durante alguns anos e a rainha desempenhou um papel fundamental especialmente no avanço dos cuidados de saúde pública e em termos culturais.

Depois do assassinato do seu marido e do filho mais velho, assumiu o papel de aconselhar o filho mais novo que foi coroado e acabou por se tornar no último rei de Portugal, D. Manuel II. Este foi um reinado curto pois logo os republicanos aproveitaram o declínio da monarquia para acabar com ela e implementarem a república em 5 de Outubro de 1910.

Lê a opinião sobre O Homem Mais Rico do Mundo

"(...) D. Amélia teve a percepção imediata de que os republicanos tinham conseguido derrubar a monarquia não porque fosse a vontade do povo português mas porque era o desejo de um grupo de monárquicos traidores que o acaso tinha permitido que se apossassem do poder."

Graças à sua constante troca de correspondência, ficamos a conhecer detalhadamente a sua visão do que aconteceu após o golpe republicano e como lidou com o regresso ao exílio e como nunca desistiu de lutar pelo que considerava o direito do seu filho ao trono português. D. Amélia correspondia-se com uma série de figuras portugueses que continuavam a apoiar a monarquia, mas também com a sua extensa família com quem trocava confidências e de quem recebia total apoio em todas as crises da sua longa vida.

Toda a obra da rainha foi escondida ou negada pela recente República e, como tal, pouco chegou aos nossos dias do que fez pelo nosso país, nem do progresso que trouxe consigo. Com este livro, são reveladas algumas das suas iniciativas e é reposta a verdade que ficou esquecida lá atrás. O livro é narrado de uma forma muito interessante e não existe espaço para aborrecimentos, ou não estivéssemos a falar de uma mulher que viveu tantos anos e com tantos acontecimentos sucessivos e trágicos.

Esta é uma edição muito bem cuidada com imensas fotos que ilustram momentos da vida da criança, da mulher e da rainha. Traz uma visão mais humana desta figura histórica e que só acrescenta informação desconhecida sobre ela e até sobre a História do nosso país. É, sem dúvida, um livro excelente para aprender mais sem nos apercebermos sequer que o estamos a fazer.

Gostas de biografias? E o que sabes sobre a última rainha de Portugal? 

"A dor de tanto ter dado e tudo ter perdido e a desilusão que sentia perante a ingratidão dos homens foi-se atenuando com o tempo, que tudo cura e tudo faz esquecer." 

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis. 

A Banda Sonora da Semana #63

Quero começar por te apresentar a nova imagem desta rubrica semanal e espero receber o teu feedback nos comentários, sim? Gostas? Era algo que já andava a ser ponderado desde Agosto e que agora passou a ser uma realidade. Que fique inaugurada esta nova fase aqui pelo blog e na vida em geral. Os conteúdos continuarão na mesma linha, mas fica à vontade para partilhar o que gostarias de ver por estas paragens no futuro. 

Efemérides de 16 de Setembro

Dia da Independência do México

1769 - Sebastião José de Carvalho e Melo recebe do rei D. José I de Portugal o título de Marquês de Pombal.

1380 - Morreu Carlos V de França.

1896 - Morreu Carlos Gomes, compositor brasileiro. 

1980 - Morreu Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço. 

Não posso ignorar o nosso polémico Marquês de Pombal e venho relembrar-te de um livro que já tem opinião publicada por estas paragens. Refiro-me, como já percebeste, ao livro de José Jorge Letria, Mal por Mal, Antes Pombal. É uma obra desconcertante mas reveladora das várias reacções ao Ministro mais famoso deste país, as mais positivas e as mais negativas. 

Para terminar, ficamos com uma das mais famosas composições de Carlos Gomes, brasileiro que fez muito sucesso na Itália, e que me parece ter sido esquecido pela maioria. A verdade é que só descobri este compositor por causa da mini-série da Globo, Chiquinha Gonzaga, e fiquei rendida a esta personagem da história da música. Como sei que nem todos são fãs de ópera, fica com uma música que certamente irá te agradar e interpretada pelo incrível Ney Matogrosso. Já conhecias a música e o compositor? 

Desafio de Escrita dos Pássaros #1 - Problemas, só problemas

A sério que vamos começar a falar de problemas?? Já estou a imaginar o campeonato pela taça de pessoa mais carregada de problemas do planeta Terra. Na verdade, até não estou. Ainda tenho fé nos resistentes que continuam a povoar a blogosfera e penso que todos vamos dar a volta ao tema e encontrar uma forma divertida de falar de problemas, mal de que ninguém se safa, seja qual for a proporção de carga de cada um.

Não sou excepção à regra e, portanto, cá carrego os meus problemas, sempre sem permitir que eles se tornem no centro do meu pensamento. Tenho duas categorias de problemas. Os que posso resolver e os que não posso fazer nada. Nos primeiros, penso e analiso até encontrar a solução mais adequada. Nos segundos, chegada à conclusão de que não há nada a fazer, atiro para traz das costas e não lhes dou mais atenção. Nesse caso, o que tiver de ser, será.

Infeliz ou felizmente, não somos todos iguais e outros terão outras formas de lidar com os seus problemas. Os meus favoritos são ainda aqueles que encaram um problema e nele conseguem ver uma oportunidade. São os tão populares empreendedores, que chegaram para ficar e que prometem tomar conta do mundo.  

Agora, o que importa reter é que não controlamos a maioria dos problemas que nos chegam, mas controlamos sempre a forma como lidamos com eles e como os resolvemos. E estamos sempre a tempo de começar a encará-los de forma diferente, aprendendo com os erros cometidos no passado.

Vê também a Apresentação do Desafio dos Pássaros

Tour pelo Caderno de Leituras

Estamos no nono mês de 2019 e decidi partilhar contigo um projecto que iniciei este ano, motivada pelo Caderno de Leituras da Tatiana Feltrin, embora me tenha inspirado em muitos outros vídeos que se multiplicam pelo Youtube, de forma a encontrar as inspirações certas com opções que me façam sentido na organização das minhas leituras. 

A ideia é que o caderno seja útil e prático e, portanto, a escolha das secções é pessoal e depende do tipo de leitor, da quantidade de livros e até do motivo de quereres registar essas leituras. Mesmo para quem lê por lazer, é muito interessante guardar um registo que se pode revisitar e incentivar até aos hábitos de leitura. Pela minha parte, tem-me sido de extrema utilidade para a escolha dos livros e para a respectiva review aqui no blog.

Descobre as minhas 6 Dicas para ler mais e melhor

Curiosos? Passemos então ao caderno! 

Este foi o caderno que escolhi para começar esta ideia de organização. Foi-me oferecido pela incrível Cookie TinyBite, tem uma capa de plástico resistente e que protege o interior e é em tamanho A5. Sei que há quem opte por usar cadernos A4, mas para mim não fazia sentido, pelo menos nesta altura da minha vida em que, apesar de ler muito, tenho que fazer outras coisas que ocupam o meu tempo e não permitem que o ritmo seja mais acelerado. 

Podes ver também a lista de Livros para o Regresso às Aulas

Tudo começa com este registo de livros lidos ao longo do ano. Cada cor corresponde a um mês diferente e a ideia é perceber como correu em cada mês e contabilizar o total. Apesar de ter começado o ano muito em baixo, já recuperei e agora estou com um ritmo de leituras que muito me agrada e que espero manter daqui por diante. 

Em seguida, começam os projectos de leitura a que pretendo dedicar mais algum tempo e o primeiro está relacionado com os Clássicos da Literatura. São livros incontornáveis, intemporais e fantásticos, portanto não existe mais motivo para continuar a adiar a leitura, não achas? Até agora, já temos três lidos e com opinião publicada no blog e encontro-me a ler o quarto. Também costumas ler Clássicos ou nem por isso? 

Vê também a lista de Novidades para ler nas férias

Aqui encontras a continuação dos Projectos de Leitura que são ler tudo da Philippa Gregory, seja da saga Guerra dos Primos ou Tudor; a saga Força Sigma de James Rollins; os romances históricos de Isabel Stilwell e o meu propósito de ler mais Biografias, género literário que tem ganho um novo fôlego em Portugal. Na próxima foto, podes ver o último projecto que está relacionado com Autores de Língua Portuguesa. Em que projectos de leitura estás envolvido? 

Agora apresento-te o início das páginas mensais. Cada página corresponde a um mês, onde registo os livros que li durante esse período e os livros cuja opinião foi publicada no blog. 

Inspira-te com a lista de Livros para ler no Dia da Mulher (e não só)

Aqui encontras a minha lista de livros novos, sejam os que comprei ou os que recebi das editoras. Também separados por mês e seguindo o mesmo esquemas de cor para cada mês ao longo de todo o caderno. É também uma forma de controlar os meus gastos com livros e não estourar o orçamento na primeira curva. 

Por fim, temos a indispensável Wishlist com todos os livros que quero colocar na minha estante. Quer dizer, todos não serão porque uma wishlist é algo que está sempre em construção. Os títulos que se encontram marcados a verde já foram adquiridos, mas podes ter a certeza que muitos mais seriam se eu pudesse. Que livros tens na tua? 

Que ferramenta utilizas para organizar as tuas leituras? Também tens um Caderno de Leituras? 

#Filmes - O Grande Gatsby

Sinopse

A história do aspirante a escritor, Nick Carraway, que deixa o Oeste para ir para Nova Iorque na Primavera de 1922, uma era de baixa moral, de um jazz deslumbrante e de reis do contrabando. Perseguindo o Sonho Americano, Nick instala-se perto da casa do misterioso milionário Jay Gatsby e também da casa da sua prima Daisy e o seu mulherengo marido de sangue-azul, Tom Buchanan. 

É assim que Nick é atraído para o cativante mundo dos super-ricos, das suas ilusões, dos seus amores e decepções. Nick assiste, dentro e fora do mundo em que habita, à história de um amor impossível, sonhos incorruptíveis e amargas tragédias, levando-nos até às nossas lutas do mundo actual.

Opinião

Depois de ter lido o livro e de ver aquela edição tão bonita, tive mesmo de ver o filme O Grande Gatsby. Refiro-me ao filme de 2013, com o talentoso Leonardo Dicaprio. Sei que existem outras versões mais antigas, mas essas ainda não foram vistas e, portanto, não serei capaz de comparar as várias adaptações. E como gostei bastante desta, não me senti em nada defraudada nem com vontade de procurar outra alternativa. 

Primeiro, acho que a adaptação foi muito fiel ao livro e não encontrei nada de incoerente com a história escrita por F. Scott Fitzgerald. A narrativa é bem construída, sem deixar nada de importante de fora e penso que tudo foi muito bem contado, sem deixar pontas soltas. Sem esquecer alguns pontos fundamentais, como o mistério em torno de Gatsby, ou a futilidade de Daisy, ou os pensamentos racistas de Tom. Todas as personagens estão muito bem retratadas e apenas o romance entre Nick e a amiga de Daisy fica mais esquecido. 

Podes ler a minha opinião sobre o livro O Grande Gatsby

Tal como acontece no livro, a demora em nos vermos frente a frente com Gatsby só adensa a aura de mistério e de pessoa pouco recomendável. No filme, passam trinta minutos até que o vemos de forma directa, numa das suas famosas festas. Até lá, o nosso narrador prepara-nos para o espanto que o próprio sentiu ao conhecer esta pessoa dúbia e ambiciosa e é isso mesmo que sentimos ao longo de todo o filme. Espanto, muito espanto. 

Já sabíamos, os que leram, que este é um enredo muito especial e fascinante, mas o grande destaque do filme é o figurino de todas as personagens. É, no mínimo, perfeito. Transporta-nos para os loucos anos 20 de forma clara e absoluta, e encaixa na personalidade de cada um como uma luva. Desde a sobriedade do dinheiro antigo com Tom, ao novo rico extravagante com Gatsby, ao ar coquete de Daisy, às roupas mais humildes de Nick, tudo o que vestem fala sobre quem são. 

Além disso, a fotografia do filme também é de uma beleza inacreditável e muito ajuda para nos transportar para a atmosfera da época. O contraste entre a opulência que se vivia tanto na casa de Daisy como na de Gatsby, contrasta com o ambiente sujo onde se movimenta a amante de Tom. Visualmente funciona e sentimos que estamos mesmo em 1922. 

Desse lado, temos fãs deste filme? Se viste outras adaptações, qual a tua favorita? Achas que vale a pena ver alguma outra? Conta-me tudo nos comentários!