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terça-feira, 17 de setembro de 2019

#Livros - Amélia de Orleães, de Margarida Durães


#Livros - Amélia de Orleães, de Margarida Durães

Sinopse

Amélia de Orleães foi a última rainha de Portugal. Entre o seu nascimento e a morte no exílio viveu oitenta e seis anos repletos de momentos felizes, mas também de desilusões e traições. A sua vida foi uma luta contínua, espelhando um dos períodos mais críticos da história de Portugal e da Europa. 

Elegante, amável e culta, D. Amélia parecia ser a esposa ideal do rei D. Carlos. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam. Porém, o «ofício» de rainha consorte foi mais além. Graças à sua iniciativa modernizaram-se os sectores da saúde pública e da assistência social em Portugal. No ramo das artes, devemos-lhe sobretudo a criação do Museu dos Coches (1905). 

Em 1908 presenciou o assassinato do marido e do filho mais velho e, no dia 5 de Outubro de 1910, foi obrigada a partir de Portugal. Faleceu em Outubro de 1951, em Versalhes. Os seus restos mortais foram trasladados para Portugal e repousam no Panteão dos Braganças, ao lado do marido e dos filhos.

Opinião

Tal como referi na última edição de Compras & Recebidos, o exemplar de Amélia de Orleães foi-me gentilmente enviado pela Bertrand Editora e faz parte da colecção Rainhas de Portugal da chancela Temas e Debates. A sua proposta é apresentar novas biografias destas figuras essenciais da nossa História e a protagonista, desta vez, é a última rainha de Portugal.

O trabalho foi exaustivo e foram consultados documentos em Portugal, Inglaterra e França para nos trazer um relato detalhado da vida de Amélia de Orleães. Desde a infância, à juventude antes do casamento com o futuro rei de Portugal, sem esquecer os primeiros anos de casada, o nascimento dos filhos, a coroação como rainha portuguesa até aos acontecimentos trágicos que conhecemos das aulas de História, o regicídio e a queda da monarquia.

Filha primogénita da família real francesa que se encontrava no exílio em Inglaterra, cresceu sabendo que o trono lhes estava vedado e que eram considerados uma ameaça ao seu país. Mas quando a família foi autorizada a regressar, logo assumiu o seu lugar de destaque e absorveu todo o legado cultural dos dois países e com isso foi capaz de implementar em Portugal alguns projectos que sobrevivem até aos dias de hoje.

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O casamento não seguiu o costume antigo de ser um mero acordo, sem que os intervenientes tivessem qualquer palavra a dizer. Muito embora não se esperasse que nenhum dos dois casasse com quem bem lhes aprouvesse, foi necessário que se conhecessem e mostrassem o seu consentimento no casamento para que este se formalizasse.

"O casamento de D. Carlos e D. Amélia estava assente na livre escolha, no mútuo conhecimento e na atracção e não apenas em acordos e negociações diplomáticas como era, até então, apanágio das diversas casas reais." 

Apaixonados, viveram dias felizes nos primeiros anos de casados e que culminaram com o nascimento de dois filhos que iriam garantir a sucessão ao trono português. Muito por culpa de intrigas no seio da corte, o casal acabou por se afastar e o seu relacionamento nunca mais voltou ao que era no início. No entanto, reinaram durante alguns anos e a rainha desempenhou um papel fundamental especialmente no avanço dos cuidados de saúde pública e em termos culturais.

Depois do assassinato do seu marido e do filho mais velho, assumiu o papel de aconselhar o filho mais novo que foi coroado e acabou por se tornar no último rei de Portugal, D. Manuel II. Este foi um reinado curto pois logo os republicanos aproveitaram o declínio da monarquia para acabar com ela e implementarem a república em 5 de Outubro de 1910.

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"(...) D. Amélia teve a percepção imediata de que os republicanos tinham conseguido derrubar a monarquia não porque fosse a vontade do povo português mas porque era o desejo de um grupo de monárquicos traidores que o acaso tinha permitido que se apossassem do poder."

Graças à sua constante troca de correspondência, ficamos a conhecer detalhadamente a sua visão do que aconteceu após o golpe republicano e como lidou com o regresso ao exílio e como nunca desistiu de lutar pelo que considerava o direito do seu filho ao trono português. D. Amélia correspondia-se com uma série de figuras portugueses que continuavam a apoiar a monarquia, mas também com a sua extensa família com quem trocava confidências e de quem recebia total apoio em todas as crises da sua longa vida.

Toda a obra da rainha foi escondida ou negada pela recente República e, como tal, pouco chegou aos nossos dias do que fez pelo nosso país, nem do progresso que trouxe consigo. Com este livro, são reveladas algumas das suas iniciativas e é reposta a verdade que ficou esquecida lá atrás. O livro é narrado de uma forma muito interessante e não existe espaço para aborrecimentos, ou não estivéssemos a falar de uma mulher que viveu tantos anos e com tantos acontecimentos sucessivos e trágicos.

#Livros - Amélia de Orleães, de Margarida Durães

Esta é uma edição muito bem cuidada com imensas fotos que ilustram momentos da vida da criança, da mulher e da rainha. Traz uma visão mais humana desta figura histórica e que só acrescenta informação desconhecida sobre ela e até sobre a História do nosso país. É, sem dúvida, um livro excelente para aprender mais sem nos apercebermos sequer que o estamos a fazer.

Gostas de biografias? E o que sabes sobre a última rainha de Portugal? 

"A dor de tanto ter dado e tudo ter perdido e a desilusão que sentia perante a ingratidão dos homens foi-se atenuando com o tempo, que tudo cura e tudo faz esquecer." 

Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis. 

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