Sinopse
"Perdi o meu pai numa batalha, a minha irmã às mãos de uma espia de Isabel Woodville, o meu cunhado às mãos do seu carrasco e o meu sobrinho às mãos de um seu envenenador, e agora o meu filho foi vítima da sua maldição..."
A apaixonante e trágica história de Ana Neville e da sua irmã Isabel, filhas do Conde de Warwick, o nobre mais poderoso da Inglaterra durante a Guerra dos Primos. Na falta de um filho e herdeiro, Warwick usa cruelmente as duas jovens como peões, mas elas desempenham os seus papéis de forma previdente e poderosa.
No cenário da corte de Eduardo IV e da sua bela rainha Isabel Woodville, Ana é uma criança encantadora que cresce no seio da família de Ricardo, Duque de Iorque, transformando-se numa jovem cada vez mais corajosa e desesperada quando é atacada pelos inimigos do seu pai, quando o cerco em seu redor se aperta e quando não tem ninguém a quem possa recorrer, a quem possa confiar a sua vida.
Opinião
É fascinante a forma como
Philippa Gregory consegue contar a mesma história sob diferentes pontos de vista e, ainda assim, mesmo quando todos sabem como termina este enredo complexo, ficamos presos até à última página. Como espreitar pelo buraco da fechadura e perceber o que se passa nos lugares secretos, entrar na mente dos protagonistas de épocas conturbadas e repletas de conflitos.
Sempre colocando as mulheres em lugar de destaque, como donas do seu destino, voltamos à Guerra dos Primos e a mais uma mulher que cresceu na corte de Eduardo IV, conviveu com a rainha, Isabel Woodville, e viveu em pânico por considerá-la sua inimiga. Enquanto que em
A Rainha Branca, encontramos uma mulher bela, amada e desejada que chega ao trono de Inglaterra por amor e em
A Rainha Vermelha assistimos à luta da fundadora da casa Tudor pelo que acredita ser o seu direito, neste livro ficamos a conhecer a rainha que substitui a primeira, que viveu com o sonho de concretizar as ambições do seu pai mas que, no fundo, só queria ser amada e admirada.
Ana Neville começa como uma menina inocente e deslumbrada pelo brilho da corte de Eduardo IV e da sua bela mulher. Contudo, rapidamente se deixa influenciar pelas opiniões familiares e cresce com a opinião dividida. Admira e teme Isabel Woodville. Tudo se agrava quando o seu pai se coloca na posição de inimigo mortal da rainha ao assassinar o seu pai e irmão numa tentativa de destronar o seu marido e colocar no seu trono a sua filha mais velha, Isabel.
O desprezo da rainha atinge as raparigas de uma forma que apenas as humilha e desprestigia junto da corte. Claro que os rumores que correm em torno desta rainha invulgar, que a ligam a maldições e feitiços só faz com que as irmãs fiquem aterrorizadas e certas de que irão sentir a vingança desta mulher até ao seu último suspiro.
As referências à roda da fortuna são uma constante em todos os livros e este não é excepção. Continuamos a ser apresentados à ideia de que os momentos altos da vida, em que alcançamos o sucesso, são apenas o que precede as quedas e assim sucessivamente. A verdadeira sabedoria está em aceitar os sucessos e as derrotas com a mesma serenidade e compreender que fazem parte do caminho.
Um dos meus momentos favoritos é o reencontro da anterior rainha, Margarida de Anjou e a sua antiga melhor amiga, Jaquetta. Uma amizade que descobrimos em
A Senhora dos Rios e que levou uma grande reviravolta. Por fim, a intrépida rainha francesa compreende o que a sua amiga lhe tentou ensinar durante tantos anos e mostra não guardar ressentimentos pela sua queda final ser fruto do sucesso da filha da amiga.
Esta é mais uma história que nos revela os perigos que giram em torno da coroa inglesa e no que tanta gente foi capaz de fazer para se colocar nesse lugar privilegiado, onde a ambição é mais importante do que a verdadeira legitimidade para herdar o trono e ser rei de Inglaterra. É um caminho que destrói famílias, desperta assassinos e é motivo para as mais sangrentas batalhas.
Agora, que cheguei aqui mal posso esperar para me agarrar ao que se segue,
A Princesa Branca e descobrir o que acontece quando se reúne numa mesma família a casa de Lencastre e de Iorque, dando origem à dinastia Tudor.
Também gostas de romances históricos? Qual o teu autor favorito?
"Eu pensava que, se os príncipes estivessem mortos, não haveria nenhum outro pretendente ao trono, que o meu esposo poderia ocupá-lo sem perturbações, e que, quando Deus decidisse levar-nos, o meu filho tomaria o lugar dele. Mas agora vejo que todo o homem é um Fazedor de Reis. Mal um trono fica desocupado, por um instante que seja, já alguém está a ser considerado como candidato a usar a coroa. E, mal corre o rumor de que aqueles que antes reinavam estão agora mortos, novos príncipes surgem como ervas daninhas numa colheita."
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Outros livros de Philippa Gregory com opinião publicada no blog:
A Senhora dos Rios
A Rainha Branca
A Rainha Vermelha
Duas Irmãs, Um Rei
A Herança Bolena
O Amante da Rainha