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terça-feira, 28 de agosto de 2018

#Livros - A Princesa Branca, de Philippa Gregory


#Livros - A Princesa Branca, de Philippa Gregory

Sinopse

Quando Henrique Tudor conquista a coroa de Inglaterra após a batalha de Bosworth, sabe que tem de se casar com a princesa da casa inimiga, Isabel de York, para unificar um país dividido pela guerra há duas décadas. 

Mas a noiva ainda está apaixonada pelo seu inimigo morto, Ricardo III. A mãe de Isabel e metade de Inglaterra sonham com o herdeiro ausente, que a Rainha Branca enviou para o desconhecido. Embora a nova monarquia tome o poder, não consegue ganhar o coração de uma Inglaterra que espera o regresso triunfante da Casa de York. 

O maior receio de Henrique é que um príncipe esteja escondido à espreita para reclamar o trono. Quando um jovem que quer ser rei conduz o seu exército e invade Inglaterra, Isabel tem de escolher entre o novo marido, por quem se começa a apaixonar, e o rapaz que afirma ser o seu amado e perdido irmão: a Rosa de York volta para casa finalmente. 

Opinião
Devo dizer que, mal terminei de ler A Rainha Vermelha, a minha vontade foi mergulhar de cabeça neste livro que hoje vos trago. É o que acontece com Philippa Gregory. Mesmo sabendo os factos históricos e que Henrique Tudor seria o próximo rei, depois de vencer Ricardo III, a curiosidade era enorme para saber como seria o reinado de Isabel de York.

Depois de ficarmos a conhecer rainhas fortes e que influenciaram os reinados dos seus maridos, como Margarida de Anjou, em A Senhora dos Rios, ou como Isabel Woodville, A Rainha Branca, é desconcertante encontrar uma rainha cujo poder é reduzido à mera aparência e à produção de descendência masculina para herdar a coroa da Inglaterra e formalizar a união das casas de Lencastre e York.

A união que pretendia forjar uma aliança entre as casas rivais não passava de um casamento entre inimigos que cresceram a odiar-se e com medo dos ataques adversários na luta pela coroa. As diferenças que separam o casal, além das já referidas, são imensas e quase impossíveis de ultrapassar. Isabel cresceu como princesa de uma corte feliz, com um rei amado e desejado por todos os ingleses. Henrique nasceu como um pretendente ao trono, sempre em fuga para não ser preso ou morto pelo lugar que ocupava como possível herdeiro.

A princesa cresceu rodeada de amor e atenção e com o exemplo do casal apaixonado formado pelos seus pais, enquanto que Henrique cresceu com medo de ser apanhado, sem o carinho da sua mãe, contando apenas com a protecção do seu adorado tio. Contudo, as reviravoltas da vida de ambos sucedem a todo o instante e a princesa aprende a esconder os seus sentimentos e a procurar a paz, aceitando todos os espinhos desta nova rosa Tudor.

O novo rei Henrique procura aprender com a sua esposa a arte de demonstrar confiança e inspirar o amor e admiração do seu povo, mas é uma luta inglória pois os ataques ao seu trono vem de todos os lados. Pretendentes, como ele antes fora, surgem a todo o instante e a estabilidade parece nunca chegar. A batalha que ganhou contra Ricardo parece ter sido apenas o início das lutas que precisou de travar para se manter nesse lugar e para poder reclamar a coroa inglesa como herança para os seus filhos.

A relação entre o casal é tensa e manchada pelas desconfianças, sendo a mãe do rei a ocupar o lugar de destaque e a maior influenciadora do rei. E quando pensamos que se começam a aproximar e parecem estar mais próximos e cúmplices, mais um pretendente surge que os afasta para sempre. Porque este pretendente afirma ser o irmão da rainha e, portanto, com muito mais direito ao trono que os Tudor.

Devo dizer que não sei como Philippa Gregory consegue, mas tenho de admitir que estou absolutamente viciada com esta série da Guerra dos Primos e mal posso esperar para continuar a ler os seus livros e descobrir os mistérios em torno dos York e dos Tudor. Assim, a minha próxima leitura será sobre Catarina de Aragão, A princesa determinada. Deixa o teu comentário e conta-me o que achaste deste livro! 

"Penso, mas não o digo, que o meu pai foi abençoado com bravura, que tinha uma enorme coragem natural, ao passo que Henrique é temeroso por natureza. E tinha uma esposa que o adorava, que casou com ele movida por um amor irresistível, e a família dela aceitou-o, e a sua causa era a causa deles, e todos nós - as filhas, os filhos, os cunhados, as cunhadas - lhe éramos leais. Era o centro de uma família que o amava e todos nós teríamos dado a vida por ele. Henrique tem consigo apenas a mãe e o tio, e ambos são pessoas de coração frio."

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Outros livros de Philippa Gregory com opinião publicada no blog:


A Senhora dos Rios
A Rainha Branca
A Rainha Vermelha
A Filha do Conspirador

Duas Irmãs, Um Rei
A Herança Bolena
O Amante da Rainha

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