Sinopse
Após mais de 30 anos de serviço como um dos melhores aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está onde deveria estar: a voar nos limites como piloto de testes e a evitar uma subida na hierarquia que o faria deixar de voar. Quando se encontra a treinar um destacamento de graduados Top Gun para uma missão especializada que nenhum piloto vivo alguma vez viu, Maverick encontra o Tenente Bradley Bradshaw, nome de código "Rooster", filho do falecido amigo de Maverick, o Tenente Nick Bradshaw, nome de código "Goose". Face a um futuro incerto e confrontado com fantasmas do passado, Maverick é obrigado a enfrentar os seus medos mais profundos, culminando numa missão que exige o sacrifício daqueles que forem escolhidos para voar nela.
Opinião
Agora que a pessoa se habituou a regressar às salas de Cinema, não quer outra coisa e já tenho de me segurar para não ir com mais frequência. Claro, os preços dos bilhetes não são incentivadores, e as estreias interessantes estão longe de outros tempos de ouro de Hollywood. No entanto, o retorno de Top Gun foi uma tentação impossível de resistir. Afinal, o primeiro filme foi lançado no ano do meu nascimento e cresci a ver este filme passar com frequência nas sessões da tarde em todos os canais aos fins de semana.
Ainda por cima, estamos a falar do Tom Cruise dos anos 80, que vive no imaginário de todas as meninas dos anos seguintes, como um homem de sonhos. Bonito, charmoso, interessante, fascinante até. Para esta imagem muito contribuiu os papéis que protagonizou ao longo dos anos mas, sobretudo, a sua personagem de Pete Mitchell, o Maverick de Top Gun. Trata-se dum piloto arrogante, convencido das suas qualidades e perícia, sedutor e que se acha engraçado. Naturalmente, num jovem são características comuns e que achamos que, pelo menos algumas, são ultrapassadas com a idade. Não é o que acontece.
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Passaram mais de trinta anos, as expectativas eram muito altas, perigosamente altas, e o risco de Tom Cruise não ser capaz de corresponder ao ideal que criou em 1986 era gigante. Mas está longe de ter sido o que aconteceu. Com Top Gun Maverick, temos uma exaltação do velho Cinema de acção, sem grandes efeitos especiais, sem enredos mirabolantes ou complicados, onde as máquinas são importantes, mas o homem ainda é mais e pode fazer a diferença. Maverick é protegido nos últimos trinta anos pelo seu rival icónico, Iceman, interpretado por Val Kilmer, que o tem mantido na Marinha e a pilotar como tanto deseja. As promoções não são a sua ambição, ao contrário da maioria. Permanece Capitão, mas desse modo pode continuar a voar, que é o que verdadeiramente lhe interessa.
Quando o filme começa, Mitchell está a testar um avião e sua capacidade de atingir determinada velocidade, projecto que se encontra em risco de terminar pois o governo pensa que seria melhor aplicar esses fundos num projecto relacionado com drones, o futuro onde as máquinas serão capazes de cumprir as missões se existir necessidade de ser pilotado pelo homem. Apesar da idade, Maverick está longe de se resignar perante esta notícia, e graças à sua audácia e coragem, consegue que o seu projecto não seja cancelado e volta a chamar as atenções sobre si mesmo.
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Contra a sua vontade, é chamado de volta à escola de elite Top Gun, lugar para onde não desejava de todo voltar, sobretudo, pelas memórias relacionadas com a perda do seu melhor amigo. Percebemos que o piloto está longe de ter ultrapassado o facto de ter sobrevivido, quando Goose se foi. A sua missão será treinar um grupo de pilotos extraordinários para uma missão que beira o impossível e cujo sucesso está na perícia destes pilotos de vencer o tempo curto que terão, pilotando aviões antigos que não poderão vencer num confronto directo com as mais recentes tecnologias da aviação.
Os oficiais não ficam satisfeitos com este regresso do piloto rebelde e o próprio sente-se incomodado, pois entre os seus alunos encontra-se o filho do melhor amigo morto, que agora pretende seguir as pisadas do pai na Marinha. Os conflitos emocionais estão presentes, mas não são o foco. O amor também não poderia faltar mas, mais uma vez, não é este o protagonista. O verdadeiro destaque está posto nas qualidades extraordinárias de piloto destemido, audaz e inspirador de Maverick e a sua capacidade de mostrar as dificuldades ao mesmo tempo que prova que é possível concluir com sucesso a missão e todos voltarem vivos para casa.
Tom Cruise está épico neste papel, imprimindo uma sensação de eterna juventude, como se a idade não tivesse alterado nada em si e continuasse a ser capaz de seduzir a apaixonar o espectador. A forma como foi filmado também o protege para que não seja óbvia a diferença de idades entre o professor e os seus jovens e bonitos alunos. No fundo, é uma ode ao homem como peça fundamental para tirar partido das máquinas, uma exaltação das capacidades que podem ser adquiridas, exploradas, exponenciadas. E tem um sabor delicioso de filme de outros tempos. Será que vai marcar o início de mais filmes com este personagem icónico?
Já foste ao cinema ver Maverick? O que achaste do filme e da interpretação de Tom Cruise? Recomendas o filme? Conta-me tudo nos comentários!
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