Sinopse
Em 365 Dias: Naquele Dia, após os acontecimentos de 365 Dias, Laura Biel casa-se com Don Massimo Torricelli, o chefe da máfia siciliana que a sequestrou. A sua vida parece um conto de fadas: ela tem um marido amoroso, uma casa linda e um bebé a caminho. Mas Massimo tem muitos inimigos e eles sabem que a melhor maneira de lhe causar dor é ferir aqueles que ama. Depois de um mal entendido conjugal, Laura e a sua melhor amiga, Olga, fogem da Sicília para a Polónia natal. Mas sem a protecção do marido, Laura é sequestrada por Marcelo "Nacho" Matos, filho do chefe da máfia rival, e levada para as Ilhas Canárias pela máfia espanhola. Agora Massimo moverá qualquer montanha para resgatá-la. Mas o que o chefe da máfia siciliana não espera é que Laura comece a ter sentimentos pelo seu raptor, lindo e extremamente perigoso, enquanto é mantida refém.
Opinião
Como aconteceu com o primeiro, o novo filme da série 365 Dias gerou grande polémica e muitas opiniões negativas, já para não falar dos puritanos que não se cansam de remar contra a maré e querer impor os seus pontos de vista ao resto da humanidade. No entanto, a verdade é que as críticas negativas foram predominantes desta vez, pelo menos, do que tenho visto e ouvido, e nem todas por causa das cenas de sexo, mas pelas falhas do enredo.
Aviso já que se não viste o primeiro filme e/ou se ainda não viste este novo filme e não queres spoilers, aconselho-te a voltares aqui mais tarde. Parece-me impossível fundamentar as minhas opiniões e impressões sobre esta história sem referir aspectos importantes, mas que podem interferir com a experiência de quem ainda não viu. A primeira falha é logo no início do filme, que nos mostra que os protagonistas irão casar. Parece algo banal, só que o filme anterior tinha terminado com o acidente de Laura, deixando no ar que ela poderia ter morrido. Ficamos com a sensação de que não existe qualquer ligação entre os dois que seja coerente, e só ficamos a saber muito por alto o que aconteceu pela conversa de Laura com a melhor amiga.
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Quanto às cenas de sexo, considero menos chocantes que anteriormente e também mais desnecessárias. A sensação com que fiquei foi que a relação de Massimo e Laura está totalmente assente na atracção sexual que sentem um pelo outro. A cena do campo de golfe é do mais ridículo que já vi e os sonhos eróticos de Laura tornam-se tão aborrecidos pelo tempo que se perde a dar protagonismo a uma situação que temos a certeza que não vai acontecer, pois aí sim seria uma verdadeira surpresa que poria em causa todos os clichés que nos apresentam.
A beleza dos protagonistas sempre foi um ponto forte desta história e aqui na continuação não foi excepção e o grande aspecto positivo é que agora acrescentou-se um novo gato para podermos babar ainda mais. O Nacho é o clássico surfista moreno e gostoso, que parece estar cheio de boas intenções e querer apenas ajudar Laura a ultrapassar o desgosto que sofreu. Só que a ingenuidade de Laura, depois de ter se apaixonado e casado com um mafioso, é de nos dar nos nervos. Como pode acreditar que este Nacho seja um simples jardineiro? Sobretudo, depois de conhecer a casa do pai e de não saber nada da vida dele.
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Claro que os clichés nunca são de mais e aqui encontras a toda a hora e por toda a parte. A descoberta de que Massimo tem um irmão sobre o qual nunca falou à mulher poderia ser algo normal por não terem uma boa relação. Só que não. Temos aqui um irmão gémeo, idêntico, revoltado por não ser o herdeiro do império mafioso do pai e disposto a tudo para eliminar Massimo e ocupar o seu lugar. Para isso, alia-se a um mafioso rival que considera que Massimo está a ganhar demasiado poder e influência e acredita que seria mais benéfico para si próprio que a Sicília fosse controlada por este irmão que só quer vingança.
Pessoalmente, adorei estes homens bonitos e sensuais, das paisagens deslumbrantes e dos automóveis fantásticos que aparecem no filme. Depois temos a melhor personagem de todo o filme que é a melhor amiga de Laura, Olga. A sua relação com a amiga é incrível, o envolvimento com Domenico também é super divertido e alguns dos melhores diálogos são seus, com uma assertividade e bom humor que se encontram poucas vezes noutros personagens, alguns até com mais tempo de tela e outros que cada segundo é um desperdício de tão mal que vão. Os próprios protagonistas deixam muito a desejar neste filme, parecendo que não encontraram a forma de interpretar de forma adequada as personalidades e os conflitos que têm de viver.
Em suma, é um filme um tanto ou quanto sem sentido, com muitas lacunas no enredo e cujo final é uma repetição do primeiro e que promete ser outro fiasco. Sei que vou ver o próximo, mais por curiosidade e para confirmar que não é possível fazer nada pior do que este. Além, claro está, por causa dos homens bonitos que são um deleite para os olhos. E tu, já viste Naquele Dia? O que achaste desta continuação? Partilhas da minha opinião ou nem por isso? Conta-me tudo nos comentários!
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