Sinopse
A visão apocalíptica de um futuro anunciado por um passado remoto.
Numa área remora da Mongólia, despenhou-se um satélite de investigação, desencadeando uma busca frenética pela sua carga valiosa: o projecto de um físico ligado ao estudo da energia negra - e uma imagem chocante de destruição da Costa Leste dos EUA.
Ao Vaticano, chega uma encomenda contendo dois estranhos objectos: uma caveira com gravações em aramaico antigo e um livro encadernado com pele humana. Os testes de ADN revelam que pertenceram ao mesmo corpo: o rei mongol Gengis Khan.
O comandante Gray Pierce e a Força Sigma preparam-se para descobrir uma verdade ligada à decadência do Império Romano e a um mistério que remonta ao início da Cristandade, assim como a uma arma escondida há séculos e que encerra em si o futuro da humanidade.
Opinião
E porque há autores que nunca nos falham, é sempre um prazer regressar a eles, e é precisamente o caso de James Rollins, em especial com a saga Força Sigma, que me tem apaixonado nos últimos tempos. Este grupo de gente especializada nas mais diversas áreas da ciência e com treino militar, formam uma equipa de elite com uma capacidade acima da média e cujas missões são sempre empolgantes e de tirar o fôlego. E em O Olho de Deus não é excepção.
O meu propósito de ler os livros desta saga em ordem cronológica segue a bom ritmo e só não está a ser mais rápido porque estou a fazer render estas aventuras, para não me sentir órfã nem ficar à espera de novos livros com ansiedade, coisa que muito me enlouquece. Curiosamente, neste livro temos um toque de Portugal sobre o qual não tinha conhecimento, o que muito me surpreendeu. Pois que desta vez tudo começa em Macau, com a busca de Seichan pela sua mãe.
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As descrições sobre essa cidade tão intimamente ligada a Portugal são fantásticas e, apesar dos perigos, nos deixam com uma vontade imensa de conhecer com os nossos próprios olhos. O problema adensa-se quando Seichan, Gray e Kowalski são encurralados e ficam nas mãos de um homem que os pretende vender e lucrar com este encontro. A perseguição sucede entre Macau, Hong Kong e até a perigosa Coreia do Norte, com momentos de tensão inacreditáveis e onde escapam por muito pouco.
"Assim, como podia ela não desejar protegê-lo? Em Roma, o medo levara-a a querer defendê-lo do mal, até mesmo contra a sua vontade. Mas ao olhar para ele neste momento, sorridente e entusiasmado, sabia que se tinha enganado. Desconhecia quantos anos passaria com ele, mas reconhecia que chegara a altura de ser ela a pegar-lhe na mão e dar-lhe força quando ele necessitasse."
Por outro lado, temos o regresso de Vigor e Rachel, que apresentam duas relíquias misteriosas e que, de forma surpreendente, parecem estar ligadas com outro fenómeno que está a suceder no espaço. Um satélite de investigação que se despenha na Mongólia e que promete apresentar respostas sobre a energia negra, a energia da criação do universo. Só que também é um perigo se cair nas mãos erradas pois poderia transmitir informações confidenciais que deveriam permanecer secretas.
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É deste modo que somos levados por uma viagem entre o passado, o presente e o futuro, que revela o quanto estes estão interligados e conectados de formas que nem imaginamos. Ficamos a saber mais sobre São Tomé, Gengis Khan, física quântica e energia negra, só para dar alguns exemplos. Este autor tem uma fórmula de entrelaçar ciência com factos históricos que nos prende de uma forma única, fazendo ligações, conexões que sempre nos surpreendem e ensinam ao mesmo tempo.
"Só os jovens estavam convencidos da sua imortalidade e desejavam desafiar a morte de forma tão negligente. A idade acabava por sabotar essa confiança, mas os melhores de entre nós continuavam a combater moinhos de vento apesar de estarem ao corrente disso - ou, se calhar, por isso mesmo, apreciando cada dia, vivendo plenamente, mas sabendo que haveria um fim."
No entanto, e sem querer dar qualquer spoiler, preciso dizer que o final foi devastador. Apesar de alguns elementos que são partilhados ao longo do livro, nada nos prepara para a perda de alguns dos personagens mais importantes da saga até à data. Chega a ser um choque ler esses capítulos finais e confesso que senti alguma confusão por este desfecho violento. É verdade que não é a primeira vez que o autor nos surpreende deste modo, mas ainda assim isso não diminuí o impacto que sentimos.
Agora, admito que estou muito curiosa para ler o próximo volume e perceber para que caminho segue esta história e, principalmente, estes personagens. Já conheces a Força Sigma? Acompanhas esta saga de James Rollins? Qual o teu favorito? Conta-me tudo nos comentários!
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