Sinopse
Sexo e música: uma harmonia que vem de longe...
Conheçamos a história que liga, desde as origens da Humanidade e em todas as culturas, a música com a sexualidade.
Partindo das ligações fisiológicas entre o prazer sexual e o prazer de ouvir música, esta obra aborda, de um ponto de vista antropológico e histórico, aquilo que, em todas as épocas e em todas as latitudes, fez com que a música e o sexo se cruzassem: a música das heteras romanas, as melopeias das gueixas, as composições do romantismo alemão ou das bandas pop da década de 1970. Por último, o autor revela o que une a música e a sexualidade nas representações artísticas e culturais: da pintura chinesa à banda desenhada, passando pelas influências da música e do sexo sobre a literatura e a arte cénica, das danças da Antiguidade à cultura hip-hop.
Opinião
Este livro foi-me gentilmente enviado pela Temas e Debates a meu pedido assim que tomei conhecimento do seu lançamento. Afinal de contas, um livro que se propõe a fazer as ligações entre o sexo e a música parece-me fascinante e a minha curiosidade ficou em estado de alerta máximo. Tanto que, mal chegou cá a casa, foi directo para a minha mesa de cabeceira e fez-me companhia todas as noites.
Com tudo o que existe de subjectivo nas artes, como é o caso particular da música, e na sexualidade, todas as conclusões são fundamentadas tendo isso em conta e conscientes que cada um de nós terá memórias que poderão alterar a nossa percepção sobre determinado tema musical e que isso também poderá sofrer alterações ao longo da nossa vida.
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Tudo começa pela mecânica da música e a forma como afecta fisicamente a todos que ouvem, que criam ou que executam, o impacto que tem no nosso corpo e as ligações que se forma a partir daqui com o prazer, que me parece uma componente óbvia e essencial do sexo. Depois de percebermos a parte mecânica, vamos às origens da música e do sexo nos humanos, que começa pela imitação de animais e segue o seu curso evolutivo de forma natural e fascinante.
"Diz-se da música que ela é um «ruído organizado». Eu prefiro dizer que ela é um som que o nosso cérebro pensa ser organizado, e (melhor ainda) um som que o nosso cérebro organiza em função das suas recordações."
Seguidamente, somos conduzidos pelas várias representações da música e do sexo nas artes ao longo da História da Humanidade, como na Literatura ou no Cinema. Esta é uma edição cuidada e repleta de imagens e ilustrações que complementam muito bem a mensagem que se pretende passar e ajudam a perceber melhor o que se conta.
Podes ler também a minha opinião sobre O Mundo da Escrita
Outro aspecto muito interessante deste livro está nas pequenas biografias que pontuam toda a obra sobre personalidades relacionadas com a música, conhecidas de todos nós, e onde se faz o paralelo com a sua vida sexual quando a mesma é pública. Ficamos a conhecer aspectos interessantes de artistas tão diferentes como Brahms, Beethoven, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Miles Davis, Elvis Presley ou os Rolling Stones, só para dar alguns exemplos.
"A virgindade era própria da mulher que não era verdadeiramente mulher; esta podia portanto ser deificada, cumprir tarefas importantes e ser respeitada ao mesmo nível que os homens, como viria a ser a Virgem Maria."
Esta foi uma leitura incrível que me fez pensar de forma diferente e procurar outros ângulos quando penso em determinada música ou artista e procurar as relações que existem com a sexualidade, do próprio e da minha. Para os apaixonados por música têm aqui uma leitura que vos vai interessar e abrir horizontes e tenho a certeza que vão dar por vocês a acompanhar a mesma com uma banda sonora bem interessante e variada.
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