Sinopse
Esta é a história de Teresa, uma mulher de armas, à frente do seu tempo, que governou num mundo d homens e de conspirações.
Filha de Ximena Moniz do Bierzo, de quem herdou os olhos verdes e a astúcia, e de Afonso VI de Leão e Castela. Viúva aos 25 anos do Conde D. Henrique de Borgonha regeu com pulso de ferro o que era seu por direito. Em 1116, o Papa Pascoal II reconheci-a como Rainha.
Pelo Condado Portucalense confrontou a meia-irmã e rival Rainha Urraca de Castela, o pai, a igreja Católica, os nobres portucalenses e até mesmo o seu próprio filho D. Afonso Henriques, na lendária Batalha de São Mamede. Trinta e três anos depois de ter chegado ao condado, via-se obrigada a fugir, derrotada e traída. Restava-lhe o consolo de ter a seu lado o seu amado, Fernão Peres de Trava, e a certeza de que Alberto, seu fiel amigo, escreveria, com verdade, a sua história.
Isabel Stilwell é a autora de romances históricos mais lida em Portugal. D. Teresa - Uma Mulher que Não Abriu Mão do Poder é um romance emocionante sobre esta personagem fundamental da nossa história - mãe de D. Afonso Henriques, amante de Fernão Trava e Rainha de Portugal.
Opinião
A minha paixão pelo romance histórico levou-me a descobrir esta autora portuguesa e a render-me ao seu talento, especialmente porque retrata figuras da nossa História que estudamos na escola e que nem sempre compreendemos devidamente. Sobretudo, quando se tratam de mulheres que não se submeteram ao papel secundário a que os homens achavam ser o que lhes era devido.
Comprei este livro em Julho e mal podia esperar para me dedicar à leitura sobre esta personagem tão mal-amada da nossa História. Em D. Teresa, fazemos uma viagem até ao reinado de Afonso VI e ficamos a conhecer o envolvimento amoroso dos seus pais, o afastamento da sua mãe após ter dado à luz duas filhas, os primeiros anos no campo e a chegada das filhas bastardas à corte do seu pai e o início da rivalidade com a irmã legítima, D. Urraca.
Lê ainda a minha opinião sobre o livro Filipa de Lencastre
Fiquei muito intrigada com a fase complexa que se vivia nesse reinado aqui ao lado, num tempo em que ainda éramos vassalos dessas paragens, onde um rei tratou de afastar os seus irmãos, de forma a unificar o território até se auto-intitular Imperador. São sempre fascinantes os mistérios que se escondem e que nunca serão totalmente respondidos.
Essa primeira fase mostra bem o que precedeu a formação do nosso reino e as motivações para o desejo de independência. Depois de passearmos pela corte de Leão e Castela, o casamento de Teresa com D. Henrique tem como dote o Condado Portucalense onde ambos se estabelecem e criam a sua família e lançam as raízes para a ambição de se tornar rainha e suplantar a irmã.
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Ao ficar viúva aos 25 anos de idade, agarra o seu destino nas mãos e decide lutar pelo que lhe pertence e que será a herança do seu filho, Afonso Henriques. O que mais me fascinou foi perceber a forma como nos é apresentada D. Teresa nos livros da escola, como uma mulher ambiciosa que lutou contra o filho, como se fosse uma usurpadora ou como não tivesse interesse na independência do Condado. Na verdade, já se intitulava rainha de Portugal e era assim tratada até por papas.
Claro que este livro é fruto de muita suposição, tendo em conta a distância temporal dos factos relatados e os relatos tendenciosos da época. Cada cronista respondia ao seu rei e, portanto, relatava os acontecimentos de forma a agradar a quem lhe pagava. A independência é uma coisa moderna e talvez até hipócrita. O olhar dos homens para com mulheres que estavam à frente do seu tempo seria sempre de censura e reprovação.
Apesar do romance, fiquei com uma imagem muito mais positiva acerca de D. Teresa e do seu legado como filha e mãe de reis, sempre com o objectivo de assumir o poder para si própria, por se considerar legítima herdeira de seu pai e perfeitamente capaz de ser mulher e rainha. Que leitura espectacular, fluída e cativante, num livro muito bem cuidado e com imensas imagens ilustrativas dos factos relatados.
Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto em cartão e portes grátis.
Comprei este livro em Julho e mal podia esperar para me dedicar à leitura sobre esta personagem tão mal-amada da nossa História. Em D. Teresa, fazemos uma viagem até ao reinado de Afonso VI e ficamos a conhecer o envolvimento amoroso dos seus pais, o afastamento da sua mãe após ter dado à luz duas filhas, os primeiros anos no campo e a chegada das filhas bastardas à corte do seu pai e o início da rivalidade com a irmã legítima, D. Urraca.
Lê ainda a minha opinião sobre o livro Filipa de Lencastre
Fiquei muito intrigada com a fase complexa que se vivia nesse reinado aqui ao lado, num tempo em que ainda éramos vassalos dessas paragens, onde um rei tratou de afastar os seus irmãos, de forma a unificar o território até se auto-intitular Imperador. São sempre fascinantes os mistérios que se escondem e que nunca serão totalmente respondidos.
"Era dura a sina das mulheres, desprezadas desde o momento do nascimento, sem posses ou poder, filhas, depois esposas, de quem se esperava apenas que engravidassem e dessem à luz rapazes."
Essa primeira fase mostra bem o que precedeu a formação do nosso reino e as motivações para o desejo de independência. Depois de passearmos pela corte de Leão e Castela, o casamento de Teresa com D. Henrique tem como dote o Condado Portucalense onde ambos se estabelecem e criam a sua família e lançam as raízes para a ambição de se tornar rainha e suplantar a irmã.
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Ao ficar viúva aos 25 anos de idade, agarra o seu destino nas mãos e decide lutar pelo que lhe pertence e que será a herança do seu filho, Afonso Henriques. O que mais me fascinou foi perceber a forma como nos é apresentada D. Teresa nos livros da escola, como uma mulher ambiciosa que lutou contra o filho, como se fosse uma usurpadora ou como não tivesse interesse na independência do Condado. Na verdade, já se intitulava rainha de Portugal e era assim tratada até por papas.
"À tia Elvira choraram-na genuinamente, era a princesa dos pobres, mas o que os fascinava na tia Urraca era o facto de ser uma mulher de poder, rainha como o meu pai, tão poderosa, dizem, como ele. Não gostavam dela, ninguém gosta de mulheres poderosas."
Claro que este livro é fruto de muita suposição, tendo em conta a distância temporal dos factos relatados e os relatos tendenciosos da época. Cada cronista respondia ao seu rei e, portanto, relatava os acontecimentos de forma a agradar a quem lhe pagava. A independência é uma coisa moderna e talvez até hipócrita. O olhar dos homens para com mulheres que estavam à frente do seu tempo seria sempre de censura e reprovação.
Apesar do romance, fiquei com uma imagem muito mais positiva acerca de D. Teresa e do seu legado como filha e mãe de reis, sempre com o objectivo de assumir o poder para si própria, por se considerar legítima herdeira de seu pai e perfeitamente capaz de ser mulher e rainha. Que leitura espectacular, fluída e cativante, num livro muito bem cuidado e com imensas imagens ilustrativas dos factos relatados.
"Fugia, trinta e três anos depois de ter chegado ao Condado Portucalense, com tanta esperança, tantos projectos, tantos sonhos. Ao lado de Henrique, entrara aos 15 anos na posse do reino que o pai lhe dera, num reino que seria seu para sempre."
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