O Rock in Rio é um dos festivais de música mais icónicos do mundo, com as suas origens que remontam a 1985 no Brasil. Desde então, a sua expansão por diferentes cidades globais, incluindo Lisboa, solidificou o seu papel como um verdadeiro ponto de encontro para os amantes da música de todos os géneros. Além de apresentar artistas famosos, também promove a celebração da diversidade cultural e da linguagem universal da música. Com uma proposta que vai muito além do entretenimento, o Rock in Rio destaca-se pelo seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Em 2024, com um novo cenário junto ao rio Tejo, chegou a minha vez de viver esta experiência única, que une fãs e cria memórias inesquecíveis.
A decisão de ir ao Rock in Rio 2024 em Lisboa foi, acima de tudo, para unir o amor pela música de algum dos meus artistas favoritos, com a vontade de experenciar um dos festivais mais emblemáticos do mundo e, a cereja em cima do bolo, partilhar este momento especial com a melhor amiga da vida. O cartaz conquistou-nos, ao reunir no mesmo dia James e Ivete Sangalo, e as expectativas ficaram bem altas, com a organização dum fim de semana bem especial e que prometia muitas surpresas boas. O planeamento foi articulado com as viagens da santa terrinha das amigas até Lisboa, sendo que o alojamento ficou por minha conta. Afinal, Montijo é já ao lado e num instante chegamos onde queremos. Depois de as ter apanhado na Gare do Oriente, apesar das dificuldades em chegar lá de carro por causa do festival, decidimos estacionar num dos parques dessa zona, para não perdermos mais tempo e poder almoçar antes de irmos apanhar o Shuttle que nos levaria ao recinto.
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Também fez parte do planeamento escolher o que levar, entre o que precisávamos e o que poderíamos levar para dentro do recinto sem problemas. Para começar, optei por roupas leves e confortáveis, perfeitas para longas horas de caminhada e muito calor, sem esquecer os ténis para garantir que os meus pés resistissem a tantas horas de espetáculos. Quanto aos itens essenciais, foram reunidos numa mochila prática, e incluíram a garrafa de água, protetor solar, bolachas para petiscar e uma sanduíche para tentar reduzir os custos lá dentro. Depois de ter reservado o autocarro na aplicação, desembarcamos, longe de mais da entrada, mas sempre bem acompanhados pelos voluntários disponíveis para orientar e esclarecer dúvidas. Como tinha o MBWay Pulse, oferecido junto com a compra do meu bilhete, a passagem pelos seguranças foi feita nessa fila bem mais rápida, ainda que eficiente e com revistas de bagagem realizadas de maneira cuidadosa e ágil, assegurando que a entrada era feita com toda a segurança para todos.
Mal entramos, somos logo envolvidos pela atmosfera vibrante e contagiante, com uma energia única, onde jovens e adultos se misturavam numa celebração coletiva da música e da cultura. Onde a vista alcança só vemos cores vivas, instalações interativas e cenários deslumbrantes. A experiência vai além dos artistas, dado que por toda a parte temos uma diversidade de actividades e atrações, com stands temáticos, muitos associados a marcas conhecidas, onde a caça ao brinde parece ter-se tornado um desporto olímpico. Toda a gente me alertou para os preços altos da comida e da bebida, mas devo dizer que não achei nada fora do normal, sobretudo no que se refere à comida. A variedade de food trucks era considerável, oferecendo opções para todos os paladares e estavam bem distribuídas pelo espaço, de forma a todos os palcos terem acesso a bares para matar a sede, mas também onde comer bem.
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O ponto alto, claro, que foram os concertos propriamente ditos, com performances memoráveis que marcaram e tornaram a minha experiência inesquecível. A exuberância de Ivete Sangalo, que já tinha visto antes no Meo Arena, iluminou o palco com a sua energia contagiante. A multidão cantou em uníssono os sucessos que transcendem gerações, ainda que o som não tivesse a qualidade que esperava num evento desta envergadura. Ainda assim, os ritmos brasileiros e a sua presença de palco arrebatadora tornaram a sua apresentação um verdadeiro espetáculo. Em seguida, enquanto jantávamos, a nostalgia tomou conta com os míticos Ornatos Violeta que, com a sua sonoridade única e as suas letras poéticas, proporcionaram um momento especial e nostálgico. Por último, temos James, que deveriam ter sido cabeças de cartaz, e que entregaram uma performance cheia de emoção e intensidade, criando uma atmosfera mágica que nos fez a todos dançar sob as luzes vibrantes do festival. Entretanto, a noite ficou desagradável com um vento frio que nos fez fugir a vontade de ficar para ouvir Kura e assim fomos embora depois do fogo de artifício lançado após o concerto de James.
Um dos desafios enfrentados nesta edição do Rock in Rio, em Lisboa, foram as longas filas para alguns stands, que talvez tenham permitido que se tenha gasto bem menos durante o evento. O espaço propriamente dito também precisa de ser melhorado com mais áreas verdes que ofereçam mais sombras no Verão e sem todo aquele pó que se levanta à medida que a multidão caminha e que nos deixa as roupas, os sapatos e até os cabelos impróprios para consumo. Algo que muita gente reclamou foram as filas para sair do recinto, o que não nos aconteceu de todo. O dia 22 era o que terminava mais tarde, o único que não esgotou e, além disso, não ficámos mesmo até ao final. Ainda assim, muita gente saiu na mesma altura que nós e não houve qualquer problema para passar os portões nem para rapidamente entrar no autocarro que nos levou de volta à Gare do Oriente.
Apesar de achar o custo do bilhete muito alto face a outros, ainda assim, a experiência foi transformadora, muito devido à música e aos artistas que assistimos, mas também pela excelente companhia que levei comigo e que me permitiu viver este momento ainda mais intensamente. Portanto, só posso recomendar este festival a todos os amantes de música e de experiências inesquecíveis. Vale pelo cartaz, o mais importante na minha opinião, mas também pela atmosfera eletrizante, pela vista extraordinária que o novo espaço oferece e pela organização de alto nível, que promete melhorar muito mais nas próximas edições, já familiarizados com o novo recinto. Em suma, as minhas expetativas que estavam altas, forma ultrapassadas e acredito que, com um cartaz sedutor, posso muito bem voltar a viver este festival único. Agora, convido-te a partilhares as tuas próprias experiências no Rock in Rio, desta ou doutras edições. O que consideras mais único neste festival? Qual a tua memória mais marcante deste evento? Se tens perguntas ou curiosidades também as podes deixar nos comentários abaixo!
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