Sinopse
Gotham City, início da década de 1980. Habituado ao desprezo dos seus semelhantes, o comediante Arthur Fleck esforça-se por arrancar sorrisos aos poucos espectadores que ainda lhe restam. Amargurado e emocionalmente desequilibrado, é obrigado a comparecer a reuniões periódicas com uma assistente social para avaliação psicológica.
Um dia, após ter sido despedido da agência de talentos onde trabalhava, é barbaramente agredido. Nesse momento, a sua já ténue lucidez desintegra-se numa raiva descontrolada. É assim que, das profundezas da sua mente atormentada, surge o psicopata impiedoso que será conhecido pelo nome de Joker, e que se tornará no grande antagonista de Batman.
Opinião
Nem acredito que demorei tanto tempo para ver este filme, que estava debaixo de olho desde que foi lançado. A verdade é que deixei passar a oportunidade de ir ver ao Cinema e depois fui adiando, porque não tinha tempo, porque queria algo mais ligeiro, porque andava a ver uma série. Desta vez, estava à procura de uma coisa leve, uma comédia romântica, um enredo só para entreter. Com esse espírito, como acabei a ver Joker? Não resisti quando vi o poster e pensei que já era tempo de ver o filme que tantos prémios e reconhecimento trouxe a Joaquin Phoenix. Ainda por cima, ouvi rumores de que existiria uma continuação.
O meu primeiro comentário é para dizer o quanto este filme é extraordinário! Não porque o vilão deixe de ser vilão, mas porque conhecer o passado destas figuras pode ser enriquecedor para a construção que fazemos deles. Entender o que levou a que tomasse determinadas decisões e seguisse certos caminhos desviantes, não desculpa nunca as más acções, mas permite compreender e entender. Ainda por cima, Joker tem um foco muito grande na saúde mental, problema generalizado e que precisa de mais atenção, sobretudo nos dias que correm. A vergonha e o descrédito faz com que sejam assuntos pouco falados na primeira pessoa, mas este tipo de conteúdo pode muito bem ser um desbloqueador.
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Arthur é um homem que vive com a sua mãe idosa e debilitada, que trabalha como palhaço numa empresa que faz animações para diferentes clientes e com diferentes propósitos. Os seus problemas de socialização são perceptíveis desde a primeira cena e mostram a sua dificuldade de se relacionar com os outros. A sua figura peculiar também não ajuda a que as pessoas ao seu redor não olhem para ele com desconfiança. Sempre que procura se aproximar de alguém, acaba repudiado ou desiludido porque as pessoas o usam para interesse próprio.
O seu sonho é ser comediante e poder sair da miséria em que vive com a sua mãe doente, tornar-se famoso e amado pelo público. A dada altura a vida parece começar a correr melhor, quando descobre que pode ter poder sobre os privilegiados da sociedade. Quando se revolta e conhece o sabor do que pensa ser uma vitória, encontra um caminho para se sentir realizado e capaz numa sociedade que sempre o colocou de parte. Tudo piora quando o programa que o mantinha medicado e acompanhado por uma psicóloga é cancelado por falta de verbas. A cidade caminha perigosamente para o abismo e os mais desfavorecidos são os primeiros a pagar a fatura.
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O gatilho anterior, quando despoleta um movimento de revolta sem querer, juntando com a descoberta sobre a verdade sobre o passado da mãe e o seu próprio, transportam-nos para uma espiral de loucura que parece incontrolável. O cerco começa a apertar-se ao seu redor e a ligação com a família Wayne é revelada, com pormenores que envolvem os pais do futuro Batman, dado que estes acontecimentos sucedem antes da sua morte prematura. São revelações de certo modo chocantes e que encaminham o filme para caminhos que não pareciam possíveis de acontecer.
O enredo é brilhante, com bastantes reviravoltas inesperadas, mesmo para quem conhece o Joker dos filmes do Batman, e com actuações brilhantes. Joaquin está magistral no papel de protagonista, conseguindo imprimir uma humanidade inacreditável para uma personagem que provoca tantos ódios. Sem contar na forma extraordinária como retrata e parece encarnar os problemas mentais do seu personagem. A sua interpretação merece mesmo o Óscar e todos os prémios que recebeu por ela. Temos actores fantásticos que já viveram esta personagem de forma magistral, mas Phoenix levou para outro patamar, é outro campeonato. Não é que seja melhor que os anteriores, apenas é totalmente diferente de tudo o que já foi feito até hoje.
Não sei bem por onde poderá ir uma sequela, mas se trouxer o mesmo actor, é certo e sabido que irei ver. Acredito que toda a gente já viu este filme, mas, se estiveste em Marte e ainda não viste ou se andaste a adiar como eu, corre porque vale a pena cada minuto, cada cena, cada momento. Penso que todos já sabíamos do talento do actor, mas aqui ficou evidente. Não posso destacar os restantes porque o foco de tudo está nele, mas isso não quer dizer que esteja rodeado de más actuações. Bem pelo contrário, esses coadjuvantes são tão bons que reforçam o brilho de Joker e da sua loucura crescente.
Já viste o filme Joker? O que achaste da história e do seu protagonista? Acreditas que vamos ter sequela? Conta-me tudo nos comentários e vamos conversar sobre esta figura tão admirada na História do Cinema!
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