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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

#Filmes - Marie Antoinette


#Filmes - Marie Antoinette

Sinopse

A princesa austríaca Maria Antonieta é enviada ainda adolescente à França para se casar com o príncipe Luís XVI, como parte de um acordo entre os países. Na corte de Versalles ela é envolvida em rígidas regras de etiqueta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar a sua juventude. Só que, fora das paredes do palácio, a revolução não pode mais esperar para explodir. 

Opinião

E como o prometido é devido, cá estou para comentar o filme que sugeri na última A Banda Sonora da Semana, rubrica onde me proponho a lançar algumas sugestões para inspirar o início de cada semana e alegrar um dia que por si só é aborrecido.

Este é um filme de 2006 que se propõe a contar a história de Maria Antonieta, uma princesa austríaca que se tornou na última rainha da França. Apesar da história desta menina ser trágica, o filme não tem nada ares de tragédia. É um filme repleto de cores vibrantes, cheio de vestidos coloridos, plumas e doces de deixar água na boca.

O retrato da corte francesa naquela época é-nos apresentado como ridículo, tantos são os protocolos a que os delfins, depois coroados reis, estão sujeitos. A quantidade de pessoas que os rodeia em todos os momentos é angustiante, e aquele hábito de ficar a ver os monarcas enquanto tomam as suas refeições é algo absolutamente estranho. Parecem animais de circo, que a nobreza vai ver para criticar o comportamento.

Os vestidos de Maria Antonieta são verdadeiras obras de arte, bem como o cabelo que utiliza cada vez mais alto. A forma como, ao se tornar rainha, começa a formar uma corte mais de acordo com a sua natureza, e os divertimentos onde ocupa o seu tempo, não conseguem colmatar as falhas do seu casamento. Apesar da sua beleza e juventude, o seu marido não parece interessado em consumar o casamento, tarefa essencial para quem pretende ter um herdeiro para o trono.

Muitos anos se passam desde o casamento oficial até ao momento em que se tornam, de facto, marido e mulher. A partir desse momento, começaram a chegar os filhos tão desejados pela coroa francesa. No entanto, nunca nos são apresentados como um casal apaixonado. O rei parece sentir-se assoberbado pela tarefa que tem em mãos, a de governar a França num período tão complicado. A rainha passa o seu tempo a divertir-se com os amigos, em festas constantes e jogos onde se perdia cada vez mais dinheiro.

Apesar dos acontecimentos históricos da época serem repletos de interesse, o filme acaba por se tornar um tanto ou quanto aborrecido. A narrativa é lenta, com muita cor e música ruidosa, mas com diálogos pouco interessantes e com pouco conteúdo. No fundo, penso que o filme fica aquém das expectativas que dele tinha. Esperava mais e melhor e não foi isso que vi.

Embora não tenha caído no cliché de apresentar estes últimos monarcas franceses como gente que não se importava com o que se passava ao seu povo. Apresenta Luís XVI e a sua esposa como jovens perdidos e sem talento para exercer os cargos que lhes foram atribuídos. Mais preocupados com as aparências do que com o real propósito que encerra a governação. E foi isso que ditou o seu fracasso e o seu destino.

Em suma, é um filme visualmente bonito. Tanto nos figurinos como por se passar no espectacular Palácio de Versalles, local que visitei e onde me deslumbrei. Com um cenário como este, seria impossível não ficar preso pela beleza que emana do ecrã. Só lamento que o enredo tenha sido pouco desenvolvido e os diálogos tão pobres.

E tu, já viste o filme Marie Antoinette? O que achaste deste filme? Concordas com a minha opinião ou nem por isso? 

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