Estava a ver se conseguia fugir ao assunto, isto é, estava a tentar abstrair-me e esquecer-me do terrível dia 14 de Fevereiro. Not accomplished.
E portanto, cá venho eu destilar o meu veneno relativo à data.
Antes que comecem os pensamentos típicos de que só os solteiros é que detestam esta data, devo dizer que mesmo quando namoro este mel todo é uma coisa que me enjoa sobejamente.
Sim, detesto o dia dos namorados e embora a história de São Valentim seja muito bonita e fofinha e bla bla bla, acho que a maioria das pessoas fez disto uma palhaçada.
É que, desde quando, corações e mais corações vermelhos e cor de rosa e cupidos e rosas e coisas bregas do género, têm a ver com o amor?
Claro que é sempre bom receber mais um presente, mas sair de casa nesse dia é um atentado ao bom gosto de qualquer pessoa normal.
Não sou contra o amor (muito pelo contrário), só sou contra o dia dos namorados!!!
Será assim tão estranho e anormal?
Que seja! Prefiro ser estranha e até anormal, do que me render ao mundo vermelho e rosa.
E que dizer dos restaurantes? Parece que guardam toda a piroseira conhecida para essa noite!
E depois aquilo que mais me irrita, são aqueles casais que passam um ano inteiro sem se lembrar da sua cara metade e no dia, pimba, é só amor e prendinhas e flores e jantar fora e declarações apaixonadas, de preferência com muito público, que é para todos verem o quanto se amam. Porque para esses não é ao outro que se estão a declarar, mas sim ao mundo. Como se fizesse parte do status ter alguém a quem enviar corações e flores e bombons, mas só nesse dia. No dia seguinte volta tudo à normalidade e já não se suportam outra vez.
Não me entendam mal. Acho bem que comemorem se gostam e se, principalmente, se sentem felizes por ter essa pessoa ao vosso lado. Mas há tantas formas de amar a dois. Que afinal de contas, deveria ser o principal objectivo. Um é pouco, dois é bom, três é de mais. A sabedoria popular sempre tem razão no fim das contas.
E agora que chegue depressa o dia 15 de Fevereiro, please!!!