Sinopse
Giuseppe Garibaldi nasceu em Nice, em 1807, numa família ligada à actividade marítima. Impulsionado pelas suas ideias políticas e sociais avançadas e imbuído de um fervoroso patriotismo, desde cedo se envolve na política, ligando-se ao movimento a favor de uma Itália unida. Comprometido em conspirações, acaba exilado na América do Sul onde conhece Ana Maria Ribeiro da Silva, Anita Garibaldi, que se torna sua companheira de armas e de vida. No Brasil e no Uruguai, no mar e em terra, combate ao lado de movimentos de inspiração republicana e liberal, ganhando uma excepcional experiência de liderança e militar. No regresso a Itália, em 1848, somando êxitos decisivos, empenha-se directamente, sempre com tropas de voluntários, nas guerras que conduzem à unificação italiana. Morre em 1882 na ilha de Caprera, onde reviu as suas memórias autobiográficas.
A excepcional vida de Garibaldi e os seus feitos foram de tal monta que ganhou não só uma enorme admiração dos seus compatriotas, como também o seu nome retumbou por muitas partes do mundo. As presentes memórias autobiográficas, escritas na primeira pessoa, são uma oportunidade única de ler o relato de uma vida rara, plena de aventuras caracterizadas por uma coragem sobre-humana, dedicada a uma luta sem tréguas em nome da liberdade e que fizeram do seu autor uma das figuras chave do ressurgimento e unificação italiana.
Gentilmente, as Edições Sílabo enviaram-me este livro para que o lesse e partilhasse a minha opinião sincera, coisa que sempre faço com todo o gosto e respeito por quem me lê. Este é um livro longo, com imensos pormenores técnicos, militares e políticos. No entanto, também nos é apresentado o lado humano do homem, da sua infância e da sua juventude, e dos ideais que com ele foram crescendo desde tenra idade.
Ficamos a conhecer o início de vida em Nice e os acontecimentos que o levaram para a América onde se destacou na luta pela sua amada liberdade no Brasil e no Uruguai. Além de ter aprendido novas formas de combater, conhecer grandes figuras do seu tempo e de se admirar com a coragem dos sul americanos, ainda teve tempo para se apaixonar e reconhecer em Anita a companheira feita à sua imagem e semelhança.
É tal a sua importância na vida de Garibaldi que é a única mulher que menciona nas suas memórias, apesar de ter deixado corações partidos por todos os portos por onde passou. Em Anita encontra uma mulher feita à sua medida, capaz de o acompanhar nas duras batalhas, combater ao seu lado e apaixonada pelas mesmas causas que ele. A tristeza pela perda da mulher da sua vida e a culpa que sente percebem-se sempre que escreve sobre ela.
No entanto, o grande foco destas memórias são as batalhas e os cenários políticos que impedem a sua Itália de se unificar e se tornar no país livre dos seus sonhos. É esse o seu grande objectivo e pelo qual combate até ao fim. Tudo o que aprendeu nos países onde viveu, é utilizado em prol da sua pátria. Com todos os seus feitos heróicos, com toda a experiência que acumulou nos longos anos a comandar voluntários, a sua humildade é inacreditável e é o que mais me surpreendeu.
Ao longo do seu texto, desdobra-se em agradecimentos e a prestar homenagens aos companheiros, nunca ficando com os méritos dos feitos alcançados, mas partilhando com todos os que fizeram parte da sua jornada. Os vivos e sobretudo os mortos não são esquecidos, ainda que os seus nomes se tenham desvanecido e Garibaldi guarde apenas uma memória vaga dos seus rostos.
Para quem tenha conhecimentos ou interesse por estratégia militar, este é certamente um relato fascinante e repleto de pormenores, escrito na primeira pessoa, por um homem que esteve presente e assistiu e participou nas batalhas nos mais diversos lugares, com as condições mais adversas, sem nunca perder o foco na vitória. Para os leigos, como eu, por vezes, os relatos tornam-se demasiado exaustivos, muito embora as notas de rodapé, sejam as escritas pelo tradutor como as escritas pelo próprio autor, forneçam uma grande ajuda na compreensão dos aspectos mais técnicos.
Todo o fascínio que tem crescido em mim em torno deste herói italiano, fruto de romances históricos e séries televisivas, não sofreu qualquer dano depois da leitura das suas memórias, pois o próprio revela-se tão fascinante e apaixonado quanto tem sido retratado na ficção. Provavelmente, porque todos foram beber às suas palavras para criar o retrato do homem por trás do herói.
Assim, além da minha opinião que é a melhor sobre este livro, este deverá ser mais um motivo para dares uma oportunidade a este género literário e abraçares as memórias autobiográficas do herói italiano, Giuseppe Garibaldi. Parece-te uma boa ideia? Costumas ler biografias?
"A minha Anita era o meu tesouro, não menos entusiasta do que eu pela sacrossanta causa dos povos e por uma vida aventurosa. Encarava as batalhas como uma espécie de jogo e os incómodos da vida como um passatempo. Consequentemente, qualquer que fosse a situação, o futuro sorria-nos em tons de felicidade, e, quanto mais selvagens se apresentavam os vastos desertos americanos, mais deliciosos e belos nos pareciam."
Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis.
A excepcional vida de Garibaldi e os seus feitos foram de tal monta que ganhou não só uma enorme admiração dos seus compatriotas, como também o seu nome retumbou por muitas partes do mundo. As presentes memórias autobiográficas, escritas na primeira pessoa, são uma oportunidade única de ler o relato de uma vida rara, plena de aventuras caracterizadas por uma coragem sobre-humana, dedicada a uma luta sem tréguas em nome da liberdade e que fizeram do seu autor uma das figuras chave do ressurgimento e unificação italiana.
Opinião
Depois de ter lido o romance sobre a vida de Anita Garibaldi, descobri que a Autobiografia do próprio Garibaldi seria lançada novamente em Portugal e tinha de a ter na minha estante. Aliás, fiz questão de deixar como sugestão numa Banda Sonora da Semana este mesmo livro de que hoje te venho falar, tal era o meu entusiasmo pelo dito.Gentilmente, as Edições Sílabo enviaram-me este livro para que o lesse e partilhasse a minha opinião sincera, coisa que sempre faço com todo o gosto e respeito por quem me lê. Este é um livro longo, com imensos pormenores técnicos, militares e políticos. No entanto, também nos é apresentado o lado humano do homem, da sua infância e da sua juventude, e dos ideais que com ele foram crescendo desde tenra idade.
Ficamos a conhecer o início de vida em Nice e os acontecimentos que o levaram para a América onde se destacou na luta pela sua amada liberdade no Brasil e no Uruguai. Além de ter aprendido novas formas de combater, conhecer grandes figuras do seu tempo e de se admirar com a coragem dos sul americanos, ainda teve tempo para se apaixonar e reconhecer em Anita a companheira feita à sua imagem e semelhança.
É tal a sua importância na vida de Garibaldi que é a única mulher que menciona nas suas memórias, apesar de ter deixado corações partidos por todos os portos por onde passou. Em Anita encontra uma mulher feita à sua medida, capaz de o acompanhar nas duras batalhas, combater ao seu lado e apaixonada pelas mesmas causas que ele. A tristeza pela perda da mulher da sua vida e a culpa que sente percebem-se sempre que escreve sobre ela.
No entanto, o grande foco destas memórias são as batalhas e os cenários políticos que impedem a sua Itália de se unificar e se tornar no país livre dos seus sonhos. É esse o seu grande objectivo e pelo qual combate até ao fim. Tudo o que aprendeu nos países onde viveu, é utilizado em prol da sua pátria. Com todos os seus feitos heróicos, com toda a experiência que acumulou nos longos anos a comandar voluntários, a sua humildade é inacreditável e é o que mais me surpreendeu.
Ao longo do seu texto, desdobra-se em agradecimentos e a prestar homenagens aos companheiros, nunca ficando com os méritos dos feitos alcançados, mas partilhando com todos os que fizeram parte da sua jornada. Os vivos e sobretudo os mortos não são esquecidos, ainda que os seus nomes se tenham desvanecido e Garibaldi guarde apenas uma memória vaga dos seus rostos.
Para quem tenha conhecimentos ou interesse por estratégia militar, este é certamente um relato fascinante e repleto de pormenores, escrito na primeira pessoa, por um homem que esteve presente e assistiu e participou nas batalhas nos mais diversos lugares, com as condições mais adversas, sem nunca perder o foco na vitória. Para os leigos, como eu, por vezes, os relatos tornam-se demasiado exaustivos, muito embora as notas de rodapé, sejam as escritas pelo tradutor como as escritas pelo próprio autor, forneçam uma grande ajuda na compreensão dos aspectos mais técnicos.
Todo o fascínio que tem crescido em mim em torno deste herói italiano, fruto de romances históricos e séries televisivas, não sofreu qualquer dano depois da leitura das suas memórias, pois o próprio revela-se tão fascinante e apaixonado quanto tem sido retratado na ficção. Provavelmente, porque todos foram beber às suas palavras para criar o retrato do homem por trás do herói.
Assim, além da minha opinião que é a melhor sobre este livro, este deverá ser mais um motivo para dares uma oportunidade a este género literário e abraçares as memórias autobiográficas do herói italiano, Giuseppe Garibaldi. Parece-te uma boa ideia? Costumas ler biografias?
"A minha Anita era o meu tesouro, não menos entusiasta do que eu pela sacrossanta causa dos povos e por uma vida aventurosa. Encarava as batalhas como uma espécie de jogo e os incómodos da vida como um passatempo. Consequentemente, qualquer que fosse a situação, o futuro sorria-nos em tons de felicidade, e, quanto mais selvagens se apresentavam os vastos desertos americanos, mais deliciosos e belos nos pareciam."
Podes encomendar o teu exemplar na Wook, com 10% de desconto imediato e portes grátis.