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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

#Livros - As Flores de Lótus, de José Rodrigues dos Santos



Sinopse
Pode uma ideia mudar o mundo?

O século XX nasce, e com ele germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias.

Inspirando-se em figuras históricas como Salazar e Mao Tse-Tung, o novo romance de José Rodrigues dos Santos conduz o leitor numa viagem arrebatadora que nos leva de Lisboa a Tóquio, de Irkutsk a Changsha, do comunismo ao fascismo o que faz de As Flores de Lótus uma das mais ambiciosas obras da literatura portuguesa contemporânea. 

Opinião
Passou cerca de uma semana desde o lançamento do livro O Reino do Meio e, portanto, parece-me a altura perfeita para começar a falar do início desta trilogia que me veio parar às mãos quando fui, em Julho, passar férias a casa do paizinho. Eles ainda não leram os livros e, como sabia que ainda tinha de esperar pelo livro final, nem queria trazer já porque sabia que se lhes pegasse me ia ficar a roer à espera de saber o desfecho da história. 

Pois que foi isso mesmo que aconteceu, meus amigos. Tentei evitar pegar neles, mas foi impossível e, quando dei por ela, já estava mergulhada nas aventuras das quatro personagens principais, colocados em quatro pontos geográficos diferentes mas estratégicos, porque irá chegar o momento em que as suas vidas se cruzam. Desta forma, viajamos entre Portugal, Rússia, China e Japão, e pelo que acontecia em cada um destes países desde o final do século XIX. 

É muito interessante tomar consciência do caminho que levou ao final da Monarquia em Portugal e o início conturbado da República, que levou ao descontentamento geral que conduziu aos militares ocuparem o poder com a pretensão de resolver os problemas do país. Nesta narrativa, terminamos com o pós Primeira Guerra Mundial e com Salazar a dar os primeiros passos como Ministro das Finanças. 

Quanto ao que se passa nos restantes países não irei desvendar porque apenas pretendo partilhar o espaço temporal em que esta narrativa acontece e não me pôr aqui a dar spoilers. Como seria de esperar, quando terminei o livro a história estava numa encruzilhada de tal forma empolgante em todas as frentes, que fui a correr à estante para continuar a acompanhar e descobrir o que ia acontecer a estas pessoas que nos absorvem e nos empolgam. 

Por isso, se queres conhecer um pouco do que aconteceu no mundo ao longo de todo o século XX, aconselho-te a começares por este livro e perderes-te nas malhas desta trama tão bem escrita, aliás como é hábito de José Rodrigues dos Santos. 

"O senhor está a pensar como um político!", devolveu o ministro das Finanças indigitado num tom mordaz. "Quer agradar às pessoas para recolher a aprovação delas, mas já lhe expliquei que é essa justamente a raiz do problema. Há certos momentos em que um governante tem de aplicar medidas desagradáveis para salvar o país. Se fosse possível recuperar Portugal com medidas fáceis, senhor general, pode ter a certeza de que a pátria já tinha sido salva há muito tempo. Não existe coisa de que um político mais goste que uma medida fácil e popular. Se o país ainda não foi salvo é porque não existem soluções fáceis, apenas medidas duras e difíceis. Numa democracia, em que os governantes precisam dos votos do povo para subirem ao poder e se manterem lá, não é possível aplicar tais medidas. Como deve calcular, ninguém ganha eleições a prometer rigor, por mais necessário que ele seja."

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2 comentários:

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