O desafio desta semana deixou-me a pensar por bastante tempo, confesso. É que, salvo raras excepções, não costumo dar grande importância aos directores ou realizadores, como preferirem chamar.
Pondo de parte os realizadores que não costumam desiludir e estão entre os meus favoritos, não me ponho com atenção em quem realiza os filmes que vejo. Assisto e depois logo decido se gosto ou não sem grandes considerações técnicas.
Sou uma leiga, é o que é. E é nessa qualidade que aqui te vou deixando as minhas sugestões ao longo destas 52 semanas. Portanto, para chegar a um veredicto para o tema desta semana, fui dar uma espreitadela a alguns filmes de que gostei até encontrar a combinação perfeita.
Desta forma, pensando num filme que tenha sido uma agradável surpresa e que tenha sido realizado por alguém desconhecido do grande público, surgiu-me o "Corrigindo Beethoven". Um filme que descobri por acaso, quando recebi alguns dos DVD's da colecção imensa do senhor meu pai.
A música é uma das minhas grandes paixões e o génio de Beethoven incontornável e afigurou-se uma escolha óbvia e, ainda assim, surpreendente para um final de noite sem nada para fazer. A história está muito bem contada e mostra-nos um Beethoven no final dos seus dias, já surdo e a iniciar o que seria a corrente dos novos músicos que lhe sucederam.
É inacreditável como um génio, mesmo depois de perder a audição, continua a compôr e a sentir cada nota. Já não com os ouvidos, mas na sua mente. Sentir a sua revolta e a sua impotência para combater o mal que o afasta do que mais ama, a música. Deixa-nos com um sabor amargo.
Embora, a lição a tirar é a de que nem os maiores revezes da vida são capazes de nos afastar dos nossos sonhos e ambições. Basta que seja esse o nosso desejo e que nada nos faça desistir. Um filme forte, com uma mensagem poderosa e que estou certa que vais gostar tanto quanto eu.
Sinopse
A poucos dias da estreia da Nona Sinfonia, Beethoven (Ed Harris) precisa de ajuda para transcrever as partituras. Anna Holz (Diane Kruger), uma jovem estudante de música no Conservatório de Viena, acede prontamente em ajudá-lo, apesar de conhecer o difícil carácter do compositor. Anna é arrastada para o difícil e tempestuoso mundo de Beethoven, mas vê a oportunidade como um momento único por estar a participar na criação mais sublime e espiritual do compositor.
Podes acompanhar o Desafio de Cinema - 52 Filmes em 52 Semanas e ver os próximos temas.
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