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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Donald Trump, o Presidente



Quer me parecer que o mundo ainda está de boca aberta com estas eleições. Eu, pela parte que me toca, ainda estou assim, estupefacta. Uma semana já se passou, mas não consigo abandonar esta sensação de espanto e de incredulidade. 

Mais tempo se passou desde que falei sobre este assunto, quando me interrogava qual seria a melhor escolha, Donald Trump ou Hillary Clinton. A verdade é que sempre encarei a Hillary como a opção menos má. Um mal menor que nos iria livrar da incerteza provocada pela loucura propagada por Donald Trump.

Apesar de ver os americanos, no geral, como um povo ignorante, xenófobo e cheio de preconceitos, nunca me passou pela cabeça que estes acreditassem que o ódio defendido por Trump seria a melhor escolha para os guiar nos próximos quatro anos. Tive sempre em mim uma certa esperança de que o bom senso imperasse e que, na hora de ir votar, os americanos fossem pela Hillary.

No fundo, andávamos todos a tapar o sol com a peneira, porque por todas as características que acima referi era mais do que óbvio que este seria o desfecho desta novela americana. No entanto, não deixa de ser assustador. Talvez nem tanto pelo que este presidente poderá fazer, mas pelo significado deste resultado. A implicação clara de que as pessoas querem sangue e atitudes contra aqueles que consideram inimigos.

A incógnita em que vamos viver nos próximos tempos, até percebermos as reais consequências desta eleição e o quanto nos irá afectar a todos, em todo o mundo, estará presente durante bastante tempo, na minha opinião. Sinto-me verdadeiramente assustada com a caixa de Pandora que se abriu na semana passada e fico preocupada por todos nós.

A parte mais engraçada disto tudo, é perceber que os Simpsons adivinharam, pensando que estariam a encenar algo absurdo e apenas cómico, que um dia Donald Trump seria o Presidente dos Estados Unidos da América. Quer-me parecer que nunca mais vou encarar as paródias desta série da mesma forma. Não concordam?


2 comentários:

  1. Penso que os efeitos desta eleição já se estão a sentir. Os americanos afirmaram que não querem saber da opinião dos europeus, mas esquecem-se que as acções de uns influenciam os outros: um exemplo disso é a Frente Nacional de França estar basicamente isolada nas sondagens. É minimamente assustador, tendo em conta que trata-se de um dos países europeus mais multiculturalistas. Não é preciso acrescentar mais nada.

    Já dentro dos próprios E.U.A, mal o primeiro presidente cor de laranja foi anunciado, os ataques sexistas, racistas, homofóbicos e afins subiram automaticamente e assim continuam, pelo que vai demorar imenso para a harmonia ser restabelecida. Sobre outros assuntos igualmente sérios, como as alterações climáticas, a criatura em questão prontificou-se logo a anunciar que vai investir na exploração de combustíveis fósseis e cortar nas ajudas monetárias para a ONU sobre este problema, pelo que o futuro já está basicamente traçado. E promete ser tenebroso.

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    1. Concordo inteiramente com tudo o que disseste. Algo que já estávamos a sentir dentro da própria Europa, com o crescimento dos partidos extremistas, promete crescer ainda mais e poderá tomar proporções assustadoras.
      O sentimento geral é que estamos a caminhar a passos largos para trás, para uma época que não deveria ser esquecida e que tanto mal fez.

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